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MANDADO DE SEGURANÇA MODELO

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MANDADO DE SEGURANÇA
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA _______ DA COMARCA DE SALVADOR - ESTADO DA BAHIA
O impetrante, por meio de seu advogado devidamente constituído pelo instrumento de mandato em anexo, vem, respeitosamente, a presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo art. 5º, LXIX da Constituição Federal e nas disposições da Lei 12.016/2009, impetrar o presente
MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE CONCESSÃO DE LIMINAR
contra ato praticado pelo Senhor _________________, (Secretário Municipal de Saúde), que pode ser encontrado na Secretária Municipal de Saúde, consubstanciado nos fundamentos fáticos e jurídicos a seguir expostos:
I ‑ DOS FATOS
O impetrante é aposentado por invalidez, decorrente de exposição a agentes nocivos a saúde durante o período em que estava empregado, adquiriu doença grave. Em posse de toda a prova documental, necessita de medicamento controlado com urgência, em face da gravidade de sua doença. E, por insuficiência de recursos financeiros, pois o seu rendimento mensal é de apenas um salário mínimo, recorre ao estado para o fornecimento de medicação, fazendo jus ao seu direito que tem natureza de proteção constitucional. 
Ao comparecer ao posto de saúde, o impetrante obteve a informação de que a distribuição dos medicamentos estava suspensa. Posteriormente, Edson envia requerimento ao Secretário Municipal de Saúde, que em resposta e sem entendimento profissional da situação do impetrante, afirma que não há urgência na utilização do medicamento, e o repasse do governo do Estado só ocorreria dentro de 160 (cento e sessenta) dias, Sugerindo a Edson que dentro desse período caso houvesse piora no seu quadro, buscasse atendimento hospitalar de urgência. De modo que não houve alternativa senão a propositura do presente remédio.
II – DO CABIMENTO
O direito social a saúde está diretamente ligado ao direito à vida. A Constituição brasileira dispõe que a saúde é um direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação (art.196). 
A própria Constituição considera de relevância pública as ações e serviços de saúde. Cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle. Assim, por meio dele, o Poder judiciário pode e deve exercer a jurisdição constitucional incidental para invalidar os atos e suprir as omissões inconstitucionais do poder público, a fim de assegurar a efetividade e pleno gozo dos direitos fundamentais. É um direito social que têm por propósito garantir o mínimo necessário a uma existência digna, trazendo à disponibilidade de recursos materiais indispensáveis a satisfação do postulado a justiça social.
Conforme o Artigo 5o, LXIX, da Constituição da República Federativa do Brasil, conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por “habeas-corpus” ou “habeas-data”, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público. Nesse mesmo sentido é a redação do artigo 1º da Lei 12.096 de 2009 ao assegurar que conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça. Registre-se que, para fins de Mandado de Segurança, equiparam-se às autoridades os representantes ou órgãos de partidos políticos e os administradores de entidades autárquicas, bem como os dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de atribuições do poder público, somente no que disser respeito a essas atribuições.
III – DO DIREITO LÍQUIDO E CERTO VIOLADO
O direito líquido e certo é aquele que pode deve ser demostrado de plano mediante prova pré-constituída, sem a necessidade de dilação probatória. Trata-se de direito “manifesto na sua existência, delimitando na sua extensão e apto a ser exercitado no momento da impetração”. Portanto, o ato coator tem que ser ilegal contrário à lei ou praticado com abuso de poder. 
A Constituição da República Federativa do Brasil estabelece em seu Art. 196, que “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.”.
Assim, é indiferente ao cidadão necessitado distinguir a qual dos entes públicos deve se dirigir preferencialmente, isto porque a Constituição Federal dispõe no art. 23, II, sobre a competência comum dos entes federados em prestar atendimento à saúde da população. (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Apelação nº 3003974-89.2013.8.26.0405- Relator Paulo Barcellos Gatti)
Tais entendimentos acima descritos são pacíficos na jurisprudência atual. Sendo assim, com o intuito de unificar a sua jurisprudência, o Enunciado nº 16 da Seção de Direito Público e a Súmula nº 37 assim dispõe:
“A ação para o fornecimento de medicamento e afins pode ser proposta em face de qualquer pessoa jurídica de Direito público Interno.” (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Apelação nº 3003974-89.2013.8.26.0405- Relator Paulo Barcellos Gatti)
Diante disso, conclui-se que o município tem responsabilidade no que tange ao fornecimento de medicamento.
IV ‑ DO FUMUS BONI JURIS E DO PERICULUM IN MORA:
Conforme o art. 7º, III da Lei 12.016/09, ao despachar a inicial, o juiz ordenará que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida. Diante do exposto, vê-se que o fundamento da presente impetração é relevante e que encontra amparo no texto da Constituição e na jurisprudência atual sinal de bom direito.
De igual modo, há risco na demora da prestação jurisdicional. Observa-se que o impetrante é detentor de moléstia grave, e por essa razão necessita urgentemente de medicamentos específicos para tratamento de saúde. Sendo certo que o não tratamento (e a continuidade deste) ocasionará complicações em sua saúde podendo chegar a óbito. Por esse motivo necessita em caráter de urgência dos medicamentos mencionados (conforme documentos em anexo).
VI ‑ DA LIMINAR:
Assim, presentes os requisitos, pede a V. Exa. que, LIMINARMENTE, assegure ao Impetrante o direito de obter do Município que forneça os medicamentos receitados. Importante frisar que o impetrante precisa de cuidados contínuos, logo requer-se que o fornecimento de medicamentos sejam permanentes, ou seja, até que se conclua o tratamento ou sane a doença, podendo para tanto trocar de medicamentos conforme orientação médica.
VII ‑ DO PEDIDO:
Ante o exposto, requer a Vossa Excelência que se digne a:
(1) Requer seja notificada a autoridade coatora do conteúdo da presente petição inicial.
(2) Requer seja dado ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada.
(3) Requer seja ouvido o representante do Ministério Público.
(4) Reitera o pedido liminar nos termos formulados.
(5) Pede a concessão da prestação de serviço de saúde, bem como o fornecimento de medicamento especifico para o tratamento do impetrante, até que se sane a doença, ou havendo a necessidade de tratamento que a Administração Pública municipal arque com essa despesa fornecendo os medicamentos necessários (tempo indeterminado).
(6) Seja estipulada multa diária até um limite pré-fixado por V. Exa, como forma coercitiva ao Poder Público Municipal pelo não cumprimento da determinação (se houver).
Provas pré-constituídas anexas.
Dá-se à presente causa, para efeitosfiscais e de alçada, o valor de R$1000,00
Nestes termos,
Pede deferimento.
______________, xx de ____________ de 20xx.
Advogado
Oab

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