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Aula 06

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Teoria da Literatura II
Alessandra Favero
Aula 6
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Movimentos artísticos literários do Século XIX
REALISMO
NATURALISMO
PARNASIANISMO 
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O Realismo
Objetividade: Quando medita sobre a realidade, o autor realista adota uma posição cientificista ao registrá-la objetivamente, como se lançasse um olhar atento e imparcial produzindo um retrato fiel do que vê, não apregoando, neste ínterim, qualquer ajuizamento de valor.
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O Realismo
Do desprezo que o artista realista sentia pela monarquia, pelo clero e pelos ideais burgueses, surgem outras características, frutos da “arte engajada”, que chamaremos aqui de pseudo-características por se relacionar mais com o tema, tais como:
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O Realismo
Expressão antiburguesa que apresenta uma visão negativa da família burguesa como assunto central da concepção da sociedade brasileira. 
Neste aspecto, o realista demostra a hipocrisia social e familiar derivada das relações adúlteras entre aqueles que conviviam no ambiente burguês.
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O Realismo
Expressão anticlerical com a acusação clara à falsa devoção das beatas e à adulteração dos padres que, na maioria das vezes, apareciam travestidos de apenas uma variante de sua multifacetada personalidade, adequada para manipular os indivíduos ingênuos da própria sociedade burguesa e demais classes.
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O Realismo
Expressão universalista – que se detém sobre os temas sob o enfoque da visão externa do homem, ou seja, o artista se volta para as questões que se mostram diante e fora de seu ser, assim os temas se tornam de caráter universal, isto é, contemporâneo na vida de todos, sem distinção de qualquer ordem.
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O Realismo
 Contemporaneidade: o autor realista atenta para o presente, por isso abandona de lado o nacionalismo e o retorno ao passado histórico, temas tão cogitados pelo artista romântico, na experiência de valorizar a nação brasileira.
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O Realismo
Materialismo: como verdadeira negação da emoção e aversão ao sentimentalismo do poeta romântico. Dessa percepção da realidade, surge a imagem do homem-engrenagem, ou seja, o ser humano passa a ser visto como uma peça do mecanismo do universo - como ilustra Charles Chaplin no filme Tempos modernos. 
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Vídeo
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O Naturalismo
Determinismo (derivado da corrente filosófica determinista) e originário da Filosofia da arte, de Hypolite Taine, que aponta três elementos determinantes para a concepção de uma obra de arte, como produto do meio em que o escritor está imerso, o período histórico no qual vive e a raça a qual concerne.
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O Naturalismo
As obras naturalistas apresentam uma certa obsessão pelos fatores hereditários, revelando enfermidades e irregularidades no caráter do indivíduo, sem esquecer de apresentar a composição familiar, o aparelho educacional e o artefato cultural como elementos condicionadores da personalidade. 
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O Naturalismo
A vida humana representada nas obras naturalistas é condicionada por fatores biológicos e sociológicos, à imagem das pessoas da história real. 
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O Naturalismo
Características particulares:
Hereditariedade: física e psicológica, como fator decisivo da conduta humana, as personagens naturalistas apresentam um comportamento animalizado, movido predominantemente pelo instinto, sem referência a sua vida interior. 
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O Naturalismo
Desequilíbrio = desordem mental e emocional. Interessante notar é que esse desequilíbrio fica oculto até que o indivíduo se depare com alguma manifestação ou condições que possam promover o desencadeamento da doença decorrente de fatores biológicos e sociais.
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O Naturalismo
Miserabilidade humana: o escritor naturalista tem como prioridade destacar e analisar espaços sociais miseráveis por serem o motivo dos desequilíbrios que deseja ressaltar.
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O Naturalismo
 A análise crítica: revela condições contraditórias para gerar a meditação sobre a realidade social e suas moléstias.
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O Parnasianismo
O movimento parnasiano surgiu na França com a publicação de Parnaso Contemporâneo, um conjunto de coletâneas poéticas, guiadas pelo resgate da cultura greco-romana clássica, retomando os deuses mitológicos e as musas inspiradoras. 
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O Parnasianismo
Na produção do movimento parnasiano encontramos a valorização da “arte pela arte”, o que significa dizer que os assuntos não advinham de nada além de uma mera desculpa para a composição poética. 
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O Parnasianismo
Os poetas parnasianos concentravam sua atenção à perfeição formal, de onde deriva o gosto por vocabulário erudito, linguagem complicada, assaz trabalhada para conseguir a perfeição poética formal tão almejada. Deste modo, os temas são de ordem comum. 
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Conclusões
O movimento artístico literário do século XIX traz uma inovação ao apresentar, dentro de um mesmo período histórico, três vertentes literárias, sendo que duas se manifestam por meio da prosa – o realismo e o naturalismo - e uma por intermédio da poesia – o parnasianismo. 
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Referências
BOEIRA, N. O Rio Grande de Augusto Comte. In: DACANAL, J. H. e GONZAGA, S. RS: Cultura e ideologia. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1980.
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Teoria da Literatura II
Alessandra Favero
Atividade 6
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Você consegue diferenciar os movimentos estéticos do século XIX?
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