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CASOS CONCRETOS ADM II 8 ao 16

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SEMANA 8
A Administração de certo estado da federação abre concurso para preenchimento de 100 (cem) cargos de professores, conforme constante do Edital. Após as provas e as impugnações, vindo todos os incidentes a ser resolvidos, dá-se a classificação final, com sua homologação. Trinta dias após a referida homologação, a Administração nomeia os 10 (dez) primeiros aprovados, e contrata, temporariamente, 90 (noventa) candidatos aprovados. Teriam os noventa candidatos aprovados, em observância à ordem classificatória, direito subjetivo à nomeação?
RESPOSTA: Sim, o STF nos informativos 510 e 520 já decidiu que os candidatos aprovados dentro do número de vagas têm direito subjetivo ao ato de provimento originário, ou seja, nomeação. Por outro lado, a contratação dos temporários é ilegal abusiva, assim os classificados têm direito subjetivo a nomeação que pode ser combatida através de mandado de segurança.
SEMANA 9
O Presidente da República, inconformado com o número de servidores públicos na área da saúde que responde a processo administrativo disciplinar, resolve colocar tais servidores em disponibilidade e, para tanto, edita decreto extinguindo os respectivos cargos...
A). A extinção de cargos públicos, por meio de decreto, está juridicamente correta? Justifique. 
RESPOSTA: Não, pelo princípio da reserva legal a extinção do cargo depende de lei de iniciativa do executivo com fundamento no art. 48, CRFB/88 c/c art. 61 § 1º, CRFB/88 e a teoria dos freios e contrapesos. 
B). É juridicamente correta a decisão do Presidente da República de colocar os servidores em disponibilidade? 
RESPOSTA: Não, a disponibilidade ocorre na extinção do cargo ou na declaração de necessidade até o devido aproveitamento não é instrumento punitivo.
C). Durante a disponibilidade, os servidores públicos percebem remuneração?
RESPOSTA: Sim, a remuneração proporcional ao tempo de serviço de acordo com o art. 41 §3º CRFB/88 e vencimentos integrais na formula da sumula 358 STF.
SEMANA 10
O Governador do Estado “N”, verificando que muitos dos Secretários de seu Estado pediram exoneração por conta da baixa remuneração, expede decreto, criando gratificação por tempo de serviço para os Secretários, de modo que, a cada ano no cargo, o Secretário receberia mais 2%. Dois anos depois, o Ministério Público, por meio de ação própria, aponta a nulidade do Decreto e postula a redução da remuneração aos patamares anteriores. Diante deste caso, responda aos itens a seguir. 
A). É juridicamente válida a criação da gratificação? 
RESPOSTA: Não é válida a criação pois a majoração e fixação de vantagem de servidores depende de lei de iniciativa do chefe do executivo. Sendo assim, é inconstitucional a gratificação por vicio formal, violando o princípio da reserva legal e a teoria dos freios e contrapesos. 
Não, uma vez que a Constituição Federal estabelece, no Art. 37, X, que a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do Art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica. Além disso, o § 4º do Art. 39 prevê que os Secretários Estaduais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória
B). À luz do princípio da irredutibilidade dos vencimentos, é juridicamente possível a redução do total pago aos Secretários de Estado, como requerido pelo Ministério Público?
RESPOSTA: Sim, a concessão da gratificação é ilegal e pode ser reduzida e por outro lado a irredutibilidade é assegurada apenas aos vencimentos base. O STF já decidiu que o servidor não tem assegurado as vantagens remuneratórias. 
Sim, uma vez que a irredutibilidade não garante a percepção de remuneração concedida em desacordo com as normas constitucionais. Não há direito adquirido contra regra constitucional ou legal.
SEMANA 11
João, servidor público federal, ocupante do cargo de agente administrativo, foi aprovado em concurso público para emprego de técnico de informática, em sociedade de economia mista do Estado X Além disso, João recebeu um convite de emprego para prestar serviços de manutenção de computadores na empresa de Alfredo. Com base no exposto, responda, fundamentadamente, aos itens a seguir. 
A) É possível a cumulação do cargo técnico na Administração Federal com o emprego em sociedade de economia mista estadual? E com o emprego na iniciativa privada? 
RESPOSTA: Não é possível a cumulação do cargo público com o emprego na sociedade de economia mista estadual, na forma do Art. 37, XVII, da Constituição da República, bem como do Art. 118, § 1º, da Lei nº 8.112/1990. De outro lado, não há qualquer vedação, constitucional ou legal, ao exercício de atividade remunerada (não comercial) junto à iniciativa privada (no caso, como prestador de serviços de manutenção de computadores), desde que não haja incompatibilidade de horários prejudicial ao serviço público.
B) Caso João se aposente do cargo que ocupa na Administração Pública federal, poderá cumular a remuneração do emprego na empresa de Alfredo com os proventos de aposentadoria decorrentes do cargo de agente administrativo?
RESPOSTA: É possível a cumulação, pois, conforme o Art. 37, § 10, da Constituição, só é vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do Art. 40 ou dos artigos 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública.
SEMANA 12
Luiz foi secretário de assistência social do Estado “X” durante cinco anos e acaba de ser cientificado de que o Ministério Público Estadual ajuizou, contra ele, uma ação de improbidade administrativa por ter celebrado contrato, indevidamente rotulado de convênio, sem a observância do devido procedimento licitatório...
(A) O argumento de Luiz, ao pretender afastar a improbidade administrativa sob o fundamento de que não teria agido com a intenção de fraudar o procedimento licitatório, deve prevalecer? 
RESPOSTA: Sim, de acordo com a jurisprudência consolidada dos Tribunais Superiores, a improbidade é a ilegalidade tipificada e qualificada pelo elemento subjetivo da conduta. Assim, para caracterizá-la, é indispensável que a conduta do agente seja dolosa. No caso, afasta-se também a culpa de Luiz, pois ele demonstrou que tomou todas as cautelas exigíveis antes da celebração do ajuste.
(B) O argumento de Luiz, ao pretender descaracterizar o ato de improbidade administrativa invocando a aprovação de suas contas pelo TCE, deve prevalecer?
RESPOSTA: O argumento de Luiz não deve prevalecer, tendo em vista a independência das instâncias. Nesse sentido, confirma-se a norma do Art. 21, inciso II, da Lei n. 8.429/92.
SEMANA 13
Maria é filha da servidora pública federal Josefina, aposentada por invalidez em janeiro de 2013. Depois de uma briga com sua genitora, formula denúncia ao órgão federal competente, afirmando que sua mãe, na verdade, está apta para o exercício das funções inerentes ao seu cargo, o que se comprova mediante a verificação de que ela exerce semelhantes funções em um escritório privado desde fevereiro de 2013, quando se recuperou plenamente da doença... 
A) Foi regular o prosseguimento do processo após a desistência formulada por Maria?
RESPOSTA: Sim, porque a Lei nº 9.784/1999 estabelece que a desistência ou renúncia do interessado, conforme o caso, não prejudica o prosseguimento do processo, se a Administração considerar que o interesse público assim o exige (Art. 51, § 2º).
 B) Uma vez que a decisão se baseou no laudo do citado profissional, é procedente o argumento da nulidade do processo pela participação do médico em questão?
RESPOSTA: Sim, pois a Lei de processo administrativo (Lei nº 9.784/99), ao prever as hipóteses de impedimento do servidor, estabelece ser impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que tenha participado ou venha a participar como perito (Art. 18, II).
SEMANA 14
Marcos Silva, aluno de uma Universidade Federal, autarquia federal, inconformado com a nota quelhe fora atribuída em uma disciplina do curso de graduação, abordou a professora Maria Souza, servidora pública federal, com um canivete em punho e, em meio a ameaças, exigiu que ela modificasse sua nota... Como advogado(a), indique a peça processual adequada para amparar a pretensão de sua cliente, analisando todos os aspectos jurídicos apresentados?
RESPOSTA: Ação anulatória de PAD C/C reintegração aos quadros e ressarcimento de todas as vantagens que a servidora deixou de receber no período que esteve afastada. 
Viola o contraditório e a ampla defesa, vez que a servidora não foi citada e deverá existir a nulidade do processo administrativo disciplinar.
SEMANA 15
Determinada Sociedade de Economia Mista federal, exploradora de atividade econômica, é objeto de controle pelo Tribunal de Contas da União, o qual verifica, em tomada de contas especial, que há editais de licitação da estatal que contêm critérios de julgamento inadequados. Sobre o caso, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente, responda aos itens a seguir. 
A) Uma sociedade de economia mista que explora atividade econômica pode ser submetida ao controle do Tribunal de Contas? 
RESPOSTA: Sim, o controle externo a cargo do congresso nacional é realizado com o auxílio do tribunal de contas. A fiscalização se refere a receita, despesa e gestão orçamentária e abrange a administração direta e indireta.
B) O Tribunal de Contas pode determinar a aplicação de critérios que entenda mais adequados, para o julgamento de licitações?
RESPOSTA: Não, vez que qualquer cidadão pode denunciar irregularidades no procedimento licitatório junto ao tribunal de contas, podendo corrigir a licitação. Contudo a elaboração do edital indicando critérios de julgamento é ato discricionário. Assim a interferência viola o princípio da separação dos poderes.
SEMANA 16
José, cidadão brasileiro que exercia o cargo de deputado estadual, foi condenado, em caráter definitivo, por improbidade administrativa, em julho de 2013. Com a condenação, os direitos políticos de José foram suspensos por cinco anos, embora ele tenha sempre afirmado ser inocente... 
A) José é parte legítima para a propositura da ação?
RESPOSTA: José não tem os direitos políticos pela condenação sofrida. É certo que o gozo dos direitos políticos é requisito de legitimidade ativa, sendo assim José não tem legitimidade para propor a ação.
 B) Eventuais compradores dos imóveis, na condição de particulares, podem ser afetados pela decisão da ação popular e, por isto, também devem figurar no polo passivo?
RESPOSTA: Os compradores devem figurar no polo, visto que foram beneficiados do ato lesivo ao patrimônio público.

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