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ANALISE TRIBUTARIA DAS SOCIEDADES EMPRESARIAS

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ANÁLISE TRIBUTÁRIA DAS SOCIEDADES EMPRESARIAS
E
RECUPERAÇÃO DE CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS EXTEMPORÁNEOS.
Simples Nacional.
O simples nacional esta em vigor desde 01 de julho de 2017, foi instituído pela lei complementar nº 123 de 2006.
O principal objetivo do simples nacional e facultar e regular o tratamento diferenciado aplicável as microempresas e as empresas de pequeno porte.
Microempresas: poderá apresentar no ano calendário uma receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 reais.
Empresas de Pequeno Porte: poderá apresentar no ano calendário uma receita bruto superior a R$ 360.000,00 reais e igual ou inferior a R$ 3.600.00,00 reais.
EXEMPLO: CÁLCULO DO SIMPLES NACIONAL
2016
COMERCIO / INDUSTRIA
Fevereiro
R$ 280.543,00
Março
R$ 165.654,00
Maio
R$ 154.658,00
Junho
R$ 97.031,00
Julho
R$ 219.324,00
Agosto
R$ 51.565,00
Setembro
R$ 61.084,00
Outubro
R$ 9.616,00
Novembro
R$ 46.904,00
Dezembro
R$ 216.641,00
Janeiro 2017
R$ 135.065,00
Fevereiro 2017
R$ 152.315,00
Total faturado anual: R$ 1.602.985,00
Uma empresa industrial, optante pelo simples nacional, auferiu as seguintes receitas. Calcule o valor da DAS de fevereiro de 2017 (considere os efeitos na nova vigência da LC155/16).
O simples nacional esta imputado os seguintes imposto: PIS, IPI, CONFIS E ICMS.
Total faturado anual: R$1.602.985,00 na (RTB 12) se enquadra na 4ª Faixa de 11,20%
Dedução do percentual para apurar da DAS:
 (RTB 12 X %) – R$ 22.500,00
(RTB 12)
 (1.602.985,00 X 11,20%) – 22.500,00 = 9,8% 
 1.602.985,00
Fevereiro 2018: R$152.315,00 X 9,8%= R$ 14.926,87
EXEMPLO: CÁLCULO DO SIMPLES NACIONAL
Novo Simples nacional 2018
O Simples Nacional a partir do ano de 2018:
Novo limite de enquadramento passara de R$ 3.600.000,00 milhões para R$ 4.800.000,00 equivalente a R$ 400.000,00 milhões mensalmente de receita para empresa de pequeno porte.
As microempresas poderão faturar até R$ 360 mil.
Os Microempreendedores Individuais (MEI) terão também um novo teto que passará de R$ 60 mil para R$ 81 mil ao ano, passando de uma média de R$ 5 mil ao mês para R$ 6,75 mil.
 A alíquota simples sobre a receita bruta mensal deixará de existir.
 Em 2018, a alíquota será maior, porém com um desconto fixo dependendo da faixa de enquadramento da empresa de acordo com seu faturamento.
Portanto, a alíquota dependerá do cálculo que leva em consideração o faturamento bruto acumulado nos últimos doze meses e um desconto fixo. Em outras palavras, redução de carga tributária para algumas empresas e aumento para outras, por isso a importância de estar atento às mudanças.
 Nova tabela.
Com as novas tabelas, vamos passar pelo resumo dos cinco anexos criados pela Lei Complementar n.º 155, que alterou a Lei Complementar n.º 123. Vale destacar que a quantidade de faixas de faturamento caiu de 20 para apenas 6. Antes de mais nada, descubra em qual anexo a sua empresa está enquadrada. Então, o cálculo que deve ser feito é o seguinte: 
Receita anual total durante o ano multiplicado pela alíquota indicada. Depois, é só descontar o valor apontado e dividir o valor final pela receita anual bruta total.
Em suma: (RBT12 * Aliq) – PD/RBT12
RBT12: Receita Bruta Total acumulada nos doze meses anteriores.
Aliq: alíquota nominal constante (anexos I e V da Lei Complementar).
PD: parcela de deduzir constante (anexos I e V da Lei Complementar)
Lucro presumido
O lucro presumido é uma forma de tributação simplificada para a determinação da base de cálculo do imposto de renda (IRPJ), e da Contribuição Social (CSLL), das pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas, no ano-calendário, à apuração do Lucro Real, sendo apurados trimestralmente, ou seja, em 31/03, 30/06, 30/09, e 31/12.
Empresas obrigadas a aderir ao regime do lucro Presumido:
Receita bruta acumulada entre R$ 3.600.000,00 a R$ 78.000.000,00
O Lucro Presumido é o regime cumulativo, onde operações do ICMS, IPI, PIS, CONFINS do mês correspondente, não deduz das operações realizadas no mesmo período ou período anterior.
A periodicidade dessas contribuições é mensal, de forma que mensalmente deve-se verificar as receitas auferidas, para fins de verificação da incidência da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS. 
As alíquotas do PIS e COFINS para as pessoas jurídicas ou para as receitas não inseridas na sistemática da “não cumulatividade” são de: 0,65% para o PIS/PASEP e 3% para o COFINS
Como regra geral, temos que as receitas devem ser reconhecidas, para fins de apuração do IRPJ e CSLL, de acordo com o regime de competência. 
Características:
Apuração do regime tributário lucro presumido
Admita-se que no primeiro trimestre do ano uma empresa optante pela tributação com base no lucro presumido:
Obteve receitas de prestação de serviços hospitalares no valor de R$ 5.289.106,95 e recebeu pagamento de R$ 628.439,05, a título de indenização por forca de condenação judicial em processo movido contra a operadora de planos de saúde
Não obteve outras receitas ou resultados, nem tem qualquer outro valor que deva ser computado na base de cálculo do imposto
 Apure, os valores relativos ao imposto de renda pessoa jurídica e contribuição social sobre o lucro líquido.
 Faturamento: R$ 5.289.106,95 x 8 % = R$ 423.128,55 
Base de cálculo = R$ 423.128,55 x 15% = R$ 63.469,28
Adicional IR: R$ 423.128,55 – 60.000,00 = R$ 363.1228,55 x 10% = 
R$ 36.312,85
Darf: R$ 63.469,28 + R$ 36.312,85 = R$ 99.782,13
Apuração do regime tributário lucro presumido
Apuração do lucro presumido no regime de Competência
Se a empresa adotar esta forma de reconhecimento de suas receitas, deverá apurar os tributos incidentes (IRPJ, CSLL, PIS e COFINS), sobre o total da nota fiscal, no período em que a mesma foi emitida, no caso em tela no primeiro trimestre de 2017, com os seguintes valores:
Base de calculo: R$ 222.000,00
IMPOSTOS
SUAS PARTICULARIDADES
TOTAL
IRPJ
15% sobre os 32% da base presumida
R$ 10.656,00
Adicional de IRPJ
10% sobre os 32% da base presumida que exceder a R$ 60.000,00
R$ 1.104,00
CSLL
9% sobre os 12% da base presumida
R$ 2.397,60
PIS
0,65% sobre o total da nota fiscal
R$ 1.443,00
COFINS
3% sobre o total da nota fiscal
R$ 6.660,00
 
DARF a recolher:
R$ 22.260,60
Apuração do lucro presumido no regime de Caixa
Se a empresa adotasse esta forma de reconhecimento, os tributos incidiriam somente sobre as parcelas efetivamente recebidas, os quais totalizariam:
Base de calculo: R$ 222.000,00
IMPOSTOS
SUAS PARTICULARIDADES
TOTAL
IRPJ
Recebimento de fevereiro e março R$ 74.000,00 15% sobre os 32% da base presumida
R$ 3.552,00
CSLL
recebimento de fevereiro e março
R$ 799,20
PIS
0,65% sobre o recebimento de fevereiro e março
R$ 481,00
COFINS
3% sobre o recebimento de fevereiro e março
R$ 6.660,00
 
DARFa recolher:
R$7.052,20
Lucro real
Lucro real é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas na legislação. 
Lucro real, portanto, significa lucro tributável, para fins de legislação do Imposto de Renda, distinto do lucro líquido apurado contabilmente. 
Em outras palavras, “lucro real” é, na verdade, o “lucro fiscal”, ou seja, aquele sobre o qual incidirá efetivamente o Imposto de Renda Pessoa Jurídica, para as empresas tributadas nessa modalidade. Conforme estabelece o artigo 247, do Regulamento do Imposto de Renda
Cuja receita total superior ao limite de R$ 78.000.000,00 ou proporcional ao número de meses do período, quando inferior a 12 meses (ou seja, no caso de início de atividades no ano anterior, multiplica-se o número de meses de atividade por R$ 6.500.000,00);
Cujas atividades sejam banco comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de créditos, financiamento e investimento, sociedades de créditos imobiliários, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários,
empresa de arrendamento mercantil, cooperativas de créditos, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta;
Que tenham lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;
Obrigatoriedades:
Que autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto;
Que, no decorrer do ano-calendário, efetuem pagamento mensal do Imposto de Renda pelo regime de estimativa;
Que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos de contas a pagas e a receber, compras de direito creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring);
Constituídas como Sociedade de Propósito Específico formada por microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional (LC 123/2006, artigo 56, na redação da LC n° 128/2008).
Ausentes as situações acima, a adoção de outro regime de tributação pela pessoa jurídica é facultativo.
A apuração do lucro real deve ser precedida da apuração do lucro líquido, contabilmente, com observância das disposições das leis comerciais. 
(adições, exclusões e compensações), conforme dispõe os artigos 247 e 262 do RIR/1999. 
As pessoas jurídicas sujeitas ao regime não cumulativo da contribuição para o PIS e da COFINS devem calcular as respectivas contribuições mediante a aplicação das alíquotas de 1,65% (PIS) e de 7,6% (COFINS) sobre o faturamento bruto auferido.
A base de cálculo do PIS/COFINS não cumulativo, incidirá sobre o total das receitas auferidas no mês pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou classificação contábil.
Para tanto, o total das receitas compreende a receita bruta e todas as demais receitas auferidas pela pessoa jurídica com os seus respectivos valores decorrentes do ajuste a valor presente de que trata o inciso VIII do caput do artigo 183, da Lei nº 6.404/76
Características:
Periodicidade de Apuração do Lucro Real
Às pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, é permitido apurar o lucro real e, consequente determinar o imposto de renda efetivamente devido: 
Trimestralmente; ou Anualmente.
Apuração Trimestral
Caso a empresa opte pela apuração trimestral, na prática, se diz que ela está no balanço trimestral. Por sua vez, se o período de apuração for anual, diz-se que a empresa está no balanço anual.
Se a empresa optar pela apuração trimestral, o imposto é apurado e recolhido trimestralmente.
Nesse Regime, os períodos de apuração serão encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro.
Excetuam-se dessa regra os casos de incorporação, fusão, cisão ou encerramento de atividades, nos quais a apuração da base de cálculo e do imposto devido deve ser efetuada na data em ocorrer qualquer desses eventos (artigo 220 do RIR/1999).
O imposto devido trimestralmente deve ser pago em quota única, até o último dia útil do mês subsequente ao do encerramento do trimestre da sua apuração, ou, opcionalmente, em até três quotas mensais, iguais e sucessivas, respeitando o valor mínimo de R$ 1.000,00 para cada uma.
Caso a empresa opte pelo lucro real anual, ou seja, pelo pagamento mensal do imposto por estimativa devera:
Apurar e recolher o imposto mensalmente, com base em valore s estimados (o recolhimento deverá ser efetuado até o último dia útil do mês seguinte da apuração):
Apurar o lucro real anualmente, em 31 de dezembro, ou por ocasião de incorporação fusão, cisão ou encerramento de atividades, para fins de determinação do imposto efetivamente devido no período e ajuste de diferenças-pagamento do saldo positivo apurado ou restituição ou compensação de saldo negativo apurado (art. 221 do RIR/99); e caso a empresa “discorde” devido por estimativa. Poderá apurar o lucro real no decorrer do ano, mediante levantamento de balanços ou balancetes periódicos, com base nos quais poderá reduzir ou suspender os pagamentos mensais do imposto.
Apuração Anual
Apuração do lucro real
No desenvolvimento do exemplo, considere determinada pessoa jurídica sujeita ao lucro real anual que no ano (01 de janeiro a 31 de dezembro) apresente os seguintes dados e informações em seu registro:
Composição da receita e da despesa no ano e demais informações
 
 
Item
Janeiro
Receita proveniente da venda de mercadorias
R$ 5.600.000,00
Devolução de vendas
-R$ 600.000,00
Receita proveniente da venda de serviços
R$ 400.000,00
Despesas e custos totais do período
-R$ 4.200.000,00
Despesas indedutíveis na apuração do lucro real e da base de cálculo da CSL, conforme Lalur
R$ 800.000,00
Receita de aplicações financeiras de renda fixa
R$ 40.000,00
IRRF sobre rendimentos de aplicações financeiras
R$ 6.000,00
Ganho / perda de capital na alienação de bens e direitos
-R$ 20.000,00
Receita deselicproveniente da restituição de tributos pagos a maior ou indevidamente
R$ 3.000,00
Dividendos recebidos de outras sociedades
R$ 10.000,00
Aluguéis recebidos
R$ 6.000,00
estimativa paga no ano:
 
IRPJ
R$ 400.000,00
CSL
R$ 150.000,00
Retenções sobre as receitas de serviço
 
IR fonte
R$ 4.000,00
CSL
R$ 4.000,00
PIS
R$ 36.400,00
Cofins
R$ 12.000,00
sobre a retenção na fonte do IR, da CSL, do PIS e daCofins, consultar capitulo próprio nesse livro.
Base de cálculo
DETERMINAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO
Itens tributáveis
IRPJ
CSL
Receita proveniente da venda de mercadorias
R$ 5.600.000,00
R$ 5.600.000,00
Receita proveniente da venda de serviços
R$ 400.000,00
R$ 400.000,00
Devolução de vendas
R$ - 600.000,00
R$ - 600.000,00
RECEITA TOTAL
R$ 5.400.000,00
R$ 5.400.000,00
OUTRAS RECEITAS:
Receita de aplicações financeiras de renda fixa
R$ 40.000,00
R$ 40.000,00
Ganho / perda de capital na alienação de bens e direitos
R$ - 20.000,00
R$ - 20.000,00
Receita de Selic proveniente da restituição de tributos pagos a maior ou indevidamente
R$ 3.000,00
R$ 3.000,00
Alugueis recebidos
R$ 6.000,00
R$ 6.000,00
RECEITA TOTAL
R$ 5.429.000,00
R$ 5.429.000,00
Despesas e custo totais do período
R$ - 4.200.000,00
R$ - 4.200.000,00
LUCRO CONTABIL
R$ 1.229.000,00
R$ 1.229.000,00
Despesas indedutíveis na apuração do lucro real e da base de calculo da CSL, conforme Lalur
R$ 800.000,00
R$ 800.000,00
Receita não tributável
R$ - 10.000,00
R$ - 10.000,00
BASE DE CÁLCULO
R$ 2.019.000,00
R$ 2.019.000,00
Alíquotas Aplicáveis e a Base de Cálculo
Alíquota aplicável a base de cálculo
Normal
15%
9%
Adicional (somente para IR)
10%
 
Limite sobre o qual não incide adicional (somente o excesso fica sujeito ao adicional)
R$ 240.000,00
 
Cálculo dos tributos
Base de cálculo
R$ 2.019.000,00
R$ 2.019.000,00
Normal
R$ 302.850,00
R$ 181.710,00
Adicional (IRPJ)
R$ 177.900,00
 
Valor devido
R$ 480.750,00
R$ 181.710,00
Valor a recolher
Determinação dos valores a recolher
 
IRPJ
IRPJ
CSL
Valor devido
R$ 480.750,00
R$ 480.750,00
R$ 181.710,00
Estimativa paga no ano
R$ - 400.000,00
-400000
R$ - 150.000,00
Valores retidos
 
 
 
Sobre rendimentos de aplicações financeiras
R$ - 6.000,00
-6000
0
Sobre receitas da atividade
R$ - 4.000,00
-4000
R$ - 4.000,00
Total a recolher
R$ 70.750,00
70750
R$ 27.710,00
Data do Recebimento e Código de Darf
Em quota única até
31/mar
31/mar
Importante: se o dia do vencimento não for dia útil, antecipar o recolhimento para o primeiro dia útil que o anteceder.
Código Darf.
Entidades financeiras
2390
2390
6758
Outras PJ sujeitas ao lucro real
2430
2430
6773
Demais PJ
2456
2456
6773
Lucro arbitrado
O arbitramento de lucro é uma forma de apuração da base de cálculo do imposto de renda utilizada pela autoridade tributária ou pelo contribuinte. 
É aplicável pela autoridade tributária quando a pessoa jurídica deixar de cumprir as obrigações acessórias relativas à determinação do lucro real ou presumido, conforme o caso.
Quando conhecida a receita bruta e, desde que ocorrida qualquer das hipóteses de arbitramento previstas na legislação fiscal, o contribuinte poderá efetuar o pagamento do imposto de renda correspondente com base nas regras do lucro arbitrado. 
São diversas legislações que normatizam as regras aplicáveis ao arbitramento do lucro, mas a base geral está no RIR/1999, artigos 529 a 539.
O PRINCÍPIO DA NÃO CUMULATIVIDADE 
Este princípio é aplicado a todas as Sociedades Empresarias ou a elas equiparadas, que estão enquadradas no Regime Tributário do Lucro Real. 
A não cumulatividade é princípio constitucional de aplicação obrigatória ao IPI (artigo 153, II), ICMS (artigo 155, II, §2º, I), impostos residuais (artigo 154, I) e contribuições residuais (artigo 195, § 4º).
Quanto as Contribuições Sociais do PIS/COFINS, havia previsão Constitucional para a instituição da não cumulatividade a ser regulamentada pelo legislador, através do artigo 195, § 12.
Base de calculo:
  Art. 1o das Leis 10.865/04 e 10.637/02 “A Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins, com a incidência não cumulativa, incide sobre o total das receitas auferidas no mês pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou classificação contábil.”
Aplicando alíquotas de 1,65% para PIS/PASEP e 7,6% COFINS respectivamente, nos termos do § 4º, do artigo 3º das Leis 10.637/2002 e 10.833/2003:
NÃO CUMULATIVIDADE PARA O IPI E ICMS
No que concerne ao IPI e ao ICMS, o método a ser adotado para evitar a cumulatividade está expresso na Constituição. O texto supremo impõe a técnica da compensação, determinando que seja compensando o imposto devido em cada operação com o montante incidente nas anteriores. 
NÃO CUMULATIVIDADE DO PIS E COFINS
As Leis n° 10633/2002, e 10637/2003, definem regime de apuração não cumulativo da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, autorizando que sejam descontados da base de cálculo créditos calculados em relação a:
 Art. 3o Do valor apurado na forma do art. 2o a pessoa jurídica poderá descontar créditos calculados em relação a:   
I - bens adquiridos para revenda, exceto em relação às mercadorias e aos produtos referidos:
a) no inciso III do § 3o do art. 1o desta Lei; e  
b) nos §§ 1o e 1o-A 
II - bens e serviços, utilizados como insumo na prestação de serviços e na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda, inclusive combustíveis e lubrificantes, exceto em relação ao pagamento de que trata o art. 2o da Lei no 10.485, de 3 de julho de 2002, devido pelo fabricante ou importador, ao concessionário, pela intermediação ou entrega dos veículos classificados nas posições 87.03 e 87.04 da TIPI; 
IV – aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos a pessoa jurídica, utilizados nas atividades da empresa;
V - valor das contraprestações de operações de arrendamento mercantil de pessoa jurídica, exceto de optante pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte - SIMPLES; 
VI - máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado, adquiridos ou fabricados para locação a terceiros ou para utilização na produção de bens destinados à venda ou na prestação de serviços. 
VII - edificações e benfeitorias em imóveis de terceiros, quando o custo, inclusive de mão-de-obra, tenha sido suportado pela locatária;
VIII - bens recebidos em devolução, cuja receita de venda tenha integrado faturamento do mês ou de mês anterior, e tributada conforme o disposto nesta Lei.
IX - energia elétrica consumida nos estabelecimentos da pessoa jurídica.  
IX - energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a forma de vapor, consumidas nos estabelecimentos da pessoa jurídica. 
X - vale-transporte, vale-refeição ou vale-alimentação, fardamento ou uniforme fornecidos aos empregados por pessoa jurídica que explore as atividades de prestação de serviços de limpeza, conservação e manutenção. 
XI - bens incorporados ao ativo intangível, adquiridos para utilização na produção de bens destinados a venda ou na prestação de serviços
Aplicando alíquotas de 1,65% para PIS/PASEP e 7,6% COFINS respectivamente, nos termos do § 4º, do artigo 3º das Leis 10.637/2002 e 10.833/2003:
§ 4o O crédito não aproveitado em determinado mês poderá sê-lo nos meses subseqüentes.
A DEFINIÇÃO DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO EXTEMPORÂNEO 
O crédito Tributário extemporâneo é o crédito decorrente da não cumulatividade de tributos como o ICMS, IPI e PIS/COFINS, que o contribuinte poderia ter registrado em sua escrita fiscal em determinada competência e, por qualquer motivo, deixou de fazê-lo.
Podemos dizer que crédito tributário é aquele em que poderia ser registrado em escrita fiscal, de direito do contribuinte em oposição ao fisco, realizado em momento posterior ao da ocorrência da despesa e da aquisição da mercadoria ou do insumo, não aquele crédito tributário que compõe a obrigação tributária principal de direito do fisco em oposição ao contribuinte. 
APROVEITAMENTO DO CRÉDITO POR PESSOA JURÍDICA QUE PASSAR A SER TRIBUTADA COM BASE NO LUCRO REAL
A pessoa jurídica que, tributada com base no Lucro Presumido ou optante pelo Simples Nacional, passar a ser tributada com base no Lucro Real, na hipótese de sujeitar-se à incidência não cumulativa da Cofins e do PIS/PASEP, terá direito ao aproveitamento dos créditos tributários apurados em períodos pretéritos, calculando sobre o estoque de abertura, devidamente comprovado, na data da mudança do regime de tributação adotado para fins do Imposto de Renda.
PROCEDIMENTOS DE REGISTRO DE CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS
					Entendimento Fisco:
Retificação de todas as obrigações acessórias pertinentes;
Acréscimo de juros de mora; 
Exige procedimento especial de repetição (PER/DComp, Portaria CAT nº 83/1991)
Depende de reconhecimento expresso do Governo;
Prazo de cinco anos para retificar e aproveitar. (Prescricional) 
						Procedimento Alternativo: 
Registro nos livros do mês corrente;
Valor nominal do crédito;
Aproveitamento diretamente na apuração;
Exigiria fiscalização para ser revisto;
Prazo de cinco anos para registrar. (Decadencial)
Retificação das respectivas DCTF
AUDITORIA FISCAL OU TRIBUTÁRIA
É o ramo da auditoria voltado para a análise do correto cumprimento das obrigações tributárias pelos contribuintes, propiciando condições legais para o planejamento fiscal e tributário. Elas abrangem, também, o cumprimento das obrigações acessórias, materializadas pela apresentação de declarações, tais como DIPJ, Dacon, DCTF, Dirf, etc.
http://souzaalmeida.com.br/advogados/

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