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Polimorfismo

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Polimorfismo na produção de medicamentos
Eduardo de Freitas Ferreira1; Márcia de Paula2 ;Natália Neiva Bezerra3; Sandy de Castro4
Resumoª:O polimorfismo pode ocasionar desvios de qualidade durante o processo produtivo e influenciar o desempenho dos medicamentos. Por isso, o entendimento do fenômeno e suas implicações abre um campo amplo de possibilidades a serem exploradas na área farmacêutica, incluindo o surgimento de novos paradigmas e ferramentas na garantia da qualidade de medicamentos. Este trabalho apresenta uma introdução aos aspectos básicos do fenômeno do polimorfismo e suas implicações na produção e controle de medicamentos, com ênfase no polimorfismo dos fármacos. A presença de diversas formas cristalinas diferentes para um mesmo fármaco pode alterar algumas das propriedades físico-químicas da substância, dentre as quais a sua solubilidade, o que pode afetar diretamente o seu perfil de dissolução. Palavras–chave: Polimorfismo de fármacos. Qualidade de medicamentos. Desempenho dos medicamentos.
Introdução
O polimorfismo é definido como a habilidade de uma substância existir no estado sólido com, no mínimo, duas estruturas cristalinas diferentes. Por consequência, cada polimorfo é uma fase cristalina distinta (Haleblian & Mccrone, 1969). A princípio, todos os fármacos apresentam a capacidade de se cristalizar em estruturas cristalinas diferentes, portanto, todos os fármacos podem apresentar o fenômeno do polimorfismo. Entretanto, em função de barreiras cinéticas e termodinâmicas, isso nem sempre é observado. A criação do termo “polimorfismo” é atribuída ao químico alemão Eilhard Mitscherlich em 1822, mas o conhecimento do fenômeno é antigo: já em 1788 o químico alemão Martin Heinrich Klaproth observou que carbonato de cálcio pode cristalizar-se em calcita e aragonita (Haleblian & Mccrone, 1969). Apesar do fenômeno do polimorfismo ser conhecido há mais de dois séculos, o setor farmacêutico começou a estudá-lo com mais ênfase somente a partir de 1960, sendo que os maiores esforços para o entendimento e a avaliação do impacto do polimorfismo de fármacos têm sido realizados apenas nas últimas décadas (Grant & Byrn, 2004).
Metodologia
A metodologia utilizada no trabalho foi uma revisão da bibliografia com as palavras chave polimorfismo de fármacos e biodisponibilidade. Foram utilizados artigos originais e de livre acesso a língua nos quais mostram o tema abordado que é polimorfismo na produção de fármacos. Os artigos para a realização das pesquisas, foram do ano 2012 a 2016. Foram analisados diversos artigos,dissertações e pesquisados por meio de internet, para falar um pouco mais sobre o tema polimorfismo de forma clara e breve. A produção dos nanocristais de fármacos é possível devido à interação entre a superfície da partícula e o solvente, por intermédio de um tensoativo ou polímero, superando as diferenças de densidade. A produção por Top down(de cima par é um processo fácil, rápido, escalonável e de baixo custo, tornando-se uma atrativa metodologia para resolver o problema de insolubilidade, biodiodisponibilidade e absorção de princípios ativos pouco hidrossolúveis. Apresenta, contudo, a desvantagem de ser uma técnica que demanda grande quantidade de energia e experiência.
Discussão 
O polimorfismo pode ter um impacto direto sobre diversas características do fármaco e, consequentemente do medicamento. Vale ressaltar que o estado cristalino do fármaco irá determinar sua velocidade de dissolução, refletindo diretamente em sua absorção e biodisponibilidade, além da estabilidade da molécula. Estas alterações podem refletir-se na intensidade do efeito esperado do medicamento, devido à alteração da extensão e velocidade de absorção do fármaco, podendo resultar em falhas terapêuticas, aumento na toxicidade e no surgimento eventos adverso. A consequência mais importante do polimorfismo é a possível diferença na biodisponibilidade das diferentes formas polimórficas de um fármaco, particularmente quando a substância é pouco solúvel. A velocidade de absorção de um fármaco depende, em geral, da sua velocidade de dissociação.Usualmente tanto o polimorfo mais estável é o menos solúvel, quanto é o que apresenta menor velocidade de dissociação. Felizmente, a diferença na biodisponibilidade dos diferentes polimorfos é, geralmente, insignificante. Com o objetivo de proteger as patentes, a indústria farmacêutica deve identificar e caracterizar todos os possíveis polimorfos em que o fármaco pode cristaliza
Conclusão
A escolha da forma cristalina pode ser decisiva para determinar se a formulação farmacêutica será física e quimicamente estável, se o pó irá ou não ser compressível se os níveis plasmáticos necessários serão atingidos para uma resposta terapêutica desejada. Assim, as agencias reguladoras, as industrias farmo-químicas e farmacêuticas devem estimular os esforços para a identificação e o estudo das propriedades das diferentes formas cristalinas dos fármacos, mapeando suas possíveis consequências para a manufatura, a segurança e a eficacia dos medicamentos.
O polimorfismo pode ser definido como uma alteração que ocorre na estrutura cristalina do fármaco convertendo-se na sua forma mais estável, porém, podendo ser farmacologicamente inativa. É importante identificar e caracterizar o polimorfismo durante o estudo de préformulação, visto que a eficácia e segurança do produto acabado esta relacionada diretamente as diferenças das propriedades físico-químicas e estabilidade da forma cristalina. É necessário controlar os efeitos dos diferentes fatores que influenciam na aparição de um polimorfo, a fim de conhecer a verdadeira atividade farmacológica, que em casos extremos pode chegar a produzir efeitos farmacológicos antagônicos e/ou tóxicos. Com o objetivo de proteger as patentes, a indústria farmacêutica deve identificar e caracterizar todos os possíveis polimorfos em que o fármaco pode cristalizar.
Referências Bibliográficas
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2 -http://www.repositorio.uniceub.br/bitstream
3 -http://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/article
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8 -http://www.grupouninter.com.br/revistasaude/index.php/saudeDesenvolvimento/article
9 -http://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26
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