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DIREITO CONSTITUCIONAL - INTRODUÇÃO

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DIREITO CONSTITUCIONAL
RESUMO
Obs: quando tem algo em aspas (“xxx”), é citação dos moços autores do livro (luiz alberto david araujo; vidal serrano nuner jr)
DIREITO CONSTITUCIONAL: “...é a parcela da ciência jurídica destinada ao estudo da Constituição, em suas diversas acepções ou classificações, debruçando-se, portanto, sobre aspectos como elementos constitutivos do Estado, as relações orgânicas e espaciais de poder, a ordem econômica e os limites ao poder do Estado, em especial os Direitos Fundamentais.”
Constitucionalismo: organização de pessoas em torno de um ideal, de um objetivo; constituição
Neoconstitucionalismo: adota o “...caráter de mecanismo ou técnica de efetividade do texto constitucional, especialmente dos direitos fundamentais, o que naturalmente destaca a importância do judiciário no contexto da relação com os demais poderes.”
Poder constituinte: cria a constituição; ilimitado; autônomo; incondicionado
Poder constituído: órgãos e funções criados pela constituição; restrito; condicionado 
CONSTITUIÇÃO 
Estrutura/formação/composição do Estado
É o documento que trás os elementos que compõem o Estado; conjunto de normas que formam a composição do Estado; lei composta por regras com elementos constitucionais do Estado. 
CONCEITOS DE CONSTITUIÇÃO
SOCIOLÓGICO: segundo Ferdinand Lassalle, a constituição, em seu âmbito sociológico, é um documento que estabelece regras reconhecidas por todos, ou seja, é aquilo que se identifica com os fatores reais de poder, fruto da vontade popular. Assim, é constituição aquilo o que as pessoas aceitam como tal; “...reflexo de forças sociais que estruturam o poder, sob pena de encontrar-se apenas uma folha de papel.”
POLÍTICO: Na visão de Carl Schmitt, a constituição, politicamente, são as normas que definem a estrutura mínima do Estado. As demais, não definem; são normas materialmente constitucionais; consticuição 1824- semirrígida (art 178)
JURÍDICO (OU FORMAL): É o conceito vigente atualmente. Kelsen mencionava o conceito de constituição, juridicamente, levando em conta a posição hierárquica, sendo a CF superior às demais leis, é a hierarquia máxima no ordenamento jurídico. É dela que partem todas as demais normas; é o documento básico de um Estado; abriga as normas definidoras dos direitos fundamentais do indivíduo; 
Constituição é, portanto, “... a organização sistemática dos elementos constitutivos do Estado, através da qual se definem a forma e a estrutura deste, o sistema de governo, a divisão e o funcionamento dos poderes, o modelo econômico e os direitos, deveres e garantias fundamentais, sendo que qualquer outra matéria que for agregada a ela será considerada formalmente constitucional.” 
Elementos estruturais: titularidade do poder; forma de governo; direitos fundamentais (art 5º{igualdade do indivíduo}; forma de Estado; separação de poderes (Exec; Legisl; Jud) 
FERDEALISMO (união indissolúvel do Estado, DF e Municípios); REPÚBLICA; ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO.
Constituição: I) teoria geral; II) prins; III) prin da separação de poderes; IV) direitos fundamentais (art 5°);....(etapas diversas, leia a constituição, é super interessante)
ABERTURA CONSTITUICIONAL: a Constituição é caracterizada como um sistema aberto de prins e regras; “...necessidade de que as normas, sobretudo, as constitucionais, devam ser problematicamente interpretadas, ou seja, as disposições constitucionais devem ser analisadas à luz da realidade por elas regulada. Por isso, uma mesma norma constitucional aplicada, a realidades diferentes, pode assumir significados igualmente diferentes.”
O IMPACTO DA CONSTITUIÇÃO NA ORDEM JURÍDICA ANTERIOR 
A nova constituição e a constituição anterior
Tomando a Constituição de 1988 como exemplo, ao entrar em vigor, revoga a constituição de 1967. Há uma teoria minoritária que defende a desconstitucionalização da constituição anterior, isto é, permanência das normas, antes constitucionais, no ordenamento jurídico como legislação infra constitucional no que forem compatíveis com a atual constituição. 
A nova constituição e a legislação ordinária anterior
O que corre com a entrada em vigor de uma nova constituição é a recepção da legislação ordinária anterior no que for com ela compatível, e, aquilo que for incompatível é revogado de forma tácita
A nova constituição e a legislação revogada pela constituição anterior
Como previsto no artigo 2°, parágrafo 3° da LINDB, “salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência”. Assim, a lei revogada por constituição anterior permanece revogada. A legislação brasileira não adota a represtinação em nome da estabilidade e segurança política. 
INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL 
O termo interpretação envolve a extração do sentido/ significado de algo. Vale acrescentar que não há uma única interpretação, nem uma correta e verdadeira pois compreende-se um grande feixe de possibilidades estabelecido por indivíduos distintos em diferentes momentos e estados.
Para Hans Kelsen a interpretação do direito envolve dois momentos: o ato cognoscitivo, isto é, de conhecimento da ciência do direito, que vai possibilitar fazer uma moldura com as inúmeras possibilidades de interpretação. Mas envolve também o ato de escolha/ de vontade relacionado à ideia de política do direito uma vez que para Kelsen todas as interpretações possíveis possuem o mesmo valor e a escolha de uma delas cabe à política.
Mas, podemos criticar essa teoria na medida em que a escolha de uma interpretação não está na política, mas sim no critério de que esta deve ser feita analisando qual das possíveis interpretações está mais de acordo com os princípios e valores constitucionais. Isto é, a Constituição serve como bússola, ou guia para a interpretação do direito. Assim, concordamos com Kelsen na medida em que não há uma interpretação única, que há sempre uma gama de interpretações aplicáveis, mas discordamos do fato de que a escolha é um ato político.
PRINCÍPIOS DA INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL
Quando se interpreta a Constituição, de acordo com a teoria majoritária, há princípios específicos para essa atividade
Princípio da Supremacia da Constituição – deve-se olhar para a Constituição como lei maior, tendo sua característica suprema pelo valor de seu conteúdo e pelo seu alto grau de legitimação expresso no Artigo 1, parágrafo único
Princípio da Unidade da Constituição – A constituição trata de diversas áreas e assuntos, cabe ao intérprete harmonizar seu texto evitando uma visão/interpretação fatiada
Princípio da Efetividade/ Interpretação ótima concretização das normas constitucionais (Konrad Hesse) – A melhor interpretação, para ele, é aquela que consegue concretizar e potencializar a força normativa da constituição no que tange a sua efetividade
Princípio da Interpretação conforme a Constituição – Deve-se interpretar as leis conforme a constituição e não o contrário
Princípio da Razoabilidade e Proporcionalidade - O teste da proporcionalidade demanda 3 requisitos: adequação, necessidade e proporcionalidade em sentido estrito (vedação em excesso). Comum em casos de normas constitucionais de eficácia contida
OS TIPOS DE CONSTITUIÇÃO:
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE DIREITO LIBERAL
“Nele, a constituição deveria se restringir à normatização dos órgãos essenciais do poder, pensando fundamentalmente na limitação destes. Por isso, a necessidade de um rol de direitos de liberdade que assegurassem, dentre outras coisas, a propriedade privada, a livre iniciativa e autonomia da vontade (liberdade para contratar e vinculatividade do pacto)”
Referencia do estado
Prins da subsidiariedade (intervenção estatal condicionada a uma insuficiência de mecanismos sociais de intervenção), Estado mínimo e neutralidade do Estado sob a ordem econômica.
Racionalização e limitação do poder
Regulação dos órgãos públicos separadamente da sociedade
Estrutura constitucional consagrando limites ao poder do Estado
Modelo econômico social burguêsCONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE DIREITO SOCIAL
“...papel mais ativo, quer no que tange uma presença normativo-reguladora na economia, quer no que se refere ao desempenho de uma função prestacional em matéria social.”
O referente da constituição é o Estado e a sociedade (const. social)
Prins: compromisso constitutivo (intervenção estatal para assegurar formas mais dignas de existência social), democratização da sociedade e do Estado de direito formal (limitação das medidas intervencionistas para salvaguardar as liberdades individuais)
Liberdades individuais + bem estar social
Imposição de fins e tarefas aos poderes públicos
Mensagem social, econômica e cultural
A CONSTITUIÇÃO DO ESTADO SOCIALISTA
“...é a propriedade estatal de todos os meios de produção ao lado de uma economia centralmente planejada em todas as suas atividades econômicas.”
Preceito da IGUALDADE 
Referencia no Estado e na sociedade
Prins de caráter classista do Estado, do Estado máximo e da não neutralidade.
Conformação socialista do poder de Estado
Consagração de direitos econômicos, culturais e sociais.
CONSTITUIÇÃO: SUAS CLASSIFICAÇÕES
ORIGEM
Promulgada ou votada: originária de um processo democrático e elaborada por um Poder Constituinte exercido por uma Assembleia Constituinte. Ex: Brasil – constituições de 1891, 1934, 1946, 1998; 
Outorgada: fruto do autoritarismo, geralmente importa por um grupo ou pelo governante. Ex: Brasil- constituição do império de 1824, 1937 e 1967. (constituições “cesaristas”: preparadas por um ditador, mas sobmetidas a um plebiscito para sua validação). 
MUTABILIDADE
Flexível: para ser alterada, a Const. engloba apenas o processo da lei ordinária.
Lei ordinária: submetida às regras da iniciativa geral (art 61, CF) e sua aprovação é mais simples. 
*Rígida: para ser alterada, adota critério mais solene e difícil. É o que acontece na Constituição Brasileira, que pode ser modificada pelo processo regular da EMENDA e pelo processo especial do decreto legislativo, respeitados os dois turnos e o quórum da emenda para sua aprovação. 
Emenda: sua iniciativa é mais restrita (art 60, CF) e aprovação por maioria qualificada de 3/5; “Vale lembrar que, conforme a Emenda da Reforma do Poder Judiciário, os decretos legislativos aprovados em DOIS TURNOS, COM QUÓRUM DE TRÊS QUINTOS (3/5), que tratem de tratados internacionais e convenções de direitos humanos, serão equivalentes às emendas constitucionais.”
Quem pode propor a emenda: presidente, 1/3 dos membros da câmara e do senado; assembléia dos estados (+ da metade)
É mais difícil criar uma emenda do que uma lei ordinária
Um pouquinho sobre emenda: No campo jurídico, é chamada emenda constitucional a modificação imposta ao texto da Constituição Federal após sua promulgação. É o processo que garante que a Constituição de um país seja modificada em partes, para se adaptar e permanecer atualizada diante de relevantes mudanças sociais.
O conceito de emenda à constituição é relativamente novo, sendo consagrado pela primeira vez em 1787. Esse novo recurso permitia que a Constituição pudesse ser alterada de acordo com os trâmites legais. Antes, quando era necessário realizar alguma mudança constitucional, era necessário um grande esforço de convencimento, até mesmo guerras em alguns casos, pois era ponto pacífico entre os legisladores que a lei não deveria recepcionar um encaixe em seu texto.
No ordenamento jurídico brasileiro, sua aprovação está a cargo da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. A emenda depende de três quintos dos votos em dois turnos de votação em cada uma das casas legislativas (equivalente a 308 votos na Câmara e 49 no Senado).
O processo se inicia com a apresentação de uma PEC (Projeto de Emenda Constitucional), de autoria de um ou um grupo de parlamentares. Quando a PEC chega (ou é ali criada) à Câmara dos Deputados, ela é enviada, antes de tudo, para a Comissão de Constituição e Justiça e de Redação (CCJ). Caso a análise da CCJ não identifique irregularidades no projeto, a emenda é novamente analisada por uma Comissão Especial.
Finalmente, uma vez aprovada pelas duas comissões, a emenda é votada pelos deputados, e depois, o mesmo processo se repete no Senado, desta vez, com a análise por apenas uma comissão, a Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJ) e daí ocorre a subsequente votação.  Caso seja aprovado, o projeto se torna lei e passa a vigorar como parte integrante do texto constitucional.
Como visto, o caminho é relativamente longo até a aprovação da emenda. É uma das propostas que exige mais tempo para preparo, elaboração e votação, uma vez que modificará a Constituição Federal. Em síntese, estas são as etapas a serem vencidas para o projeto se tornar uma emenda constitucional:
Apresentação de uma proposta de emenda;
Discussão e votação no Congresso Nacional em dois turnos, considerando-se aprovada quando obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos membros de cada uma das casas;
Caso aprovada, será promulgada pelas mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal;
No caso de a proposta ser rejeitada, ela será arquivada e a matéria contida nela não poderá ser objeto de nova emenda na mesma sessão legislativa.
Ao ser aprovada, a emenda constitucional pode alterar apenas determinados pontos, que são: um parágrafo, um tópico e um tema.
SEMIRRÍGIDA OU SEMIFLEXÍVEL:  comporta os dois tipos, ou seja, determinadas matérias exigem um processo de alteração idêntico ao das normas infraconstitucionais, enquanto outras exigem um processo mais rígido; parte dela é rígida e parte é flexível, onde uma parte é difícil e a outra é fácil de mudar. Ex: constituição imperial de 1824.
IMUTÁVEIS
CLÁUSULAS PÉTREAS (DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS IMUTÁVEIS)
Dispositivo constitucional que não pode ser alterado nem mesmo por Proposta de Emenda à Constituição (PEC). As cláusulas pétreas inseridas na Constituição do Brasil de 1988 estão dispostas em seu artigo 60, § 4º. São elas: a forma federativa de Estado; o voto direto, secreto, universal e periódico; a separação dos Poderes; e os direitos e garantias individuais.
Uma cláusula pétrea não pode ser modificada e nem excluída. E não pode haver uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) ou medida provisória, seja vinda do legislativo ou do executivo, que de alguma maneira altere as cláusulas pétreas. 
O objetivo das cláusulas pétreas na constituição de um Estado é impedir alterações nos direitos fundamentais dos cidadãos e que garantam a soberania da nação e seu regime democrático. Para mudar tais aspectos, toda uma nova constituição deverá ser então proposta.
Representa um grau máximo de rigidez
De novo: NÃO PODEM SER ALTERADAS NEM MESMO POR EMENDAS CONSTITUCIONAIS
FORMA
Escrita ou dogmática: apresentação de um texto completo e organizado. Ex: Constituição Brasileira de 1988; Costumeira ou histórica: “... formada a partir de textos esparsos, sendo sedimentada em costumes derivados das decisões, sempre tendo como fundamento os documentos históricos que serviram de base.” Ex: Constituição da Inglaterra. 
CONTEÚDO
MATERIAL: “são normas materialmente constitucionais aquelas que identificam a forma e a estrutura do Estado, o sistema de governo, a divisão e o funcionamento dos Poderes, o modelo econômico e os direitos, deveres e garantias fundamentais.”. Ex: arts 1º (titular do poder constituinte), 2° (enumera funções do Estado, garantindo independência e harmonia) e 18º (unidades autônomas do Estado). 
FORMAL: são as normas colocadas no texto constitucional sem fazer parte da estrutura mínima e essencial de qualquer Estado. Esse grupo, junto às normas materialmente constitucionais, forma a constituição no âmbito formal: conjunto de normas que ocupa uma posição hierarquicamente superior a outras normas. Art 231, CF.
SISTEMÁTICA: RÍGIDA: código único; sistematizado; VARIADA: textos espalhados em diversos diplomas legais
IDEOLOGIA: ORTODOXA: uma só ideologia; ECLÉTICA: diversas ideologias (EX: CONST. BRASILEIRA 1988)
ELEMENTOS CONTITUCIONAIS
Orgânicos: regulamos poderes do estado e sua estrutura. EX: títulos III e IV
Limitativos: normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais. EX: art 5º
Socioideológicos: compromisso entre os Estados individual e social. EX: ordem econômica e direitos sociais, arts 170 e 6º e 7º da Lei Maior.
Estabilização constitucional: destinados a garantir paz social. EX: arts 34 a 36, 102 I, 136 e 137.
Formais de aplicabilidade: regras referentes ao modo de aplicação das constituições. EX: art 5°, parágrafo 1. 
PODER CONSTITUINTE
Elabora um novo texto constitucional; cria a constituição; ilimitado; incondicionado
TITULARIDADE: pertence ao POVO. 
Porém, há momentos em que o exercício se afasta do controle democrático. Por isso, á duas formas de exercício do poder constituinte: a) revolução, caso em que o grupo revolucionário , que se tornou hegemônico, edita uma Constituição; b) assembleia constituinte – proporciona o PLEBISCITO. 
CARACTERÍSTICAS DO PODER CONSTITUINTE: ORIGINÁRIO E DERIVADO.
ORIGINÁRIO
Inicial: inaugura um novo ordenamento jurídico ao criar uma nova Constituição
Político: não encontra fundamentos de validade no ordenamento jurídico; “tem natureza política e é um poder de fato, mas institui um diploma jurídico. Assim, é um poder político que impõe um poder jurídico: a CONSTITUIÇÃO” 
Autônomo: só ao seu excedente cabe determinar quais os termos em que a nova Constituição será estruturada.
Ilimitado: não encontra qualquer limite no momento de sua elaboração. Só não pode desobedecer a VEDAÇÃO DO RETROCESSO.
Incondicionado: não há condições pré-estabelecidas para a criação de uma nova CF
Recepção: acolhimento de uma norma infraconstitucional produzida anteriormente à constituição e que esteja de acordo com ela; normas incorporadas ao novo parâmetro constitucional, com as necessárias alterações; se não estiver de acordo, é revogada (morta).
Repristinação: não tem no Brasil; revalidação de uma norma revogada pela constituição anterior, mas que viesse a apresentar compatibilidade com a atual; porém, a norma não pode ser ressuscitada; volta da lei revogada que seja compatível com a nove constituição.
Desconstitucionalização: revogar inteiramente a constituição anterior; “o primeiro e mais forte efeito de uma nova constituição é revogar a anterior, revogação que ocorre de forma integral. Assim, todas as normas constitucionais anteriores seriam revogadas pela nova constituição.” 
DERIVADO (derivado, reformador ou secundário)
É poder jurídico – revela o exercício de uma competência reformadora. 
É derivado do poder originário. Regula o procedimento a ser empregado e os limites a serem vigiados, diferindo-se daquele por não ser inicial, nem incondicionado, nem ilimitado.
LIMITAÇÃO: são impostos limites a sua alteração por meio de áreas imutáveis, que são as CLÁUSULAS PÉTREAS (art 60, parágrafo 4º, CF). Não possui limite temporal, pois deve observar o rito previsto no art 60. Seu exercente é o CONGRESSO NACIONAL.
CONDICIONALIDADE: é condicionado, pois a constituição estabelece condições para modificar a constituição; a modificação da constituição deve obedecer ao processo de emenda. Deve haver iniciativa, quórum elevado (3/5) em dois turnos de votação e impossibilidade de reapresentação do projeto de emenda na mesma sessão legislativa. 
Os LIMITES podem ser:
Materiais: imutável a forma federativa de Estado, voto diretoo, secreto, universal e periódico, separação de poderes e direitos e garantias individuais. 
Circunstanciais: não se altera uma lei em momento de intranquilidade social
Procedimentais: durante o processo de emenda, se esta for rejeitada ou tida como prejudicada, só poderá ser reapresentada na sessão legislativa seguinte.
REVISÃO
Processo facilitador de mudança da constituição para tentar adaptar a nova constituição à realidade. 
Art 3°, ADCT; Processo facilitador; 1ª revisão após 5 anos; maioria absoluta; sessão unicameral
forma de alteração constitucional extraordinária. “A revisão constitucional será realizada após 5 anos contados da promulgação da constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional, em sessão unicameral”.
O Poder Constituinte Revisional apresenta limitação temporal, pois só pode ser exercido uma vez, passados, no mínimo, 5 anos da promulgação.O quórum de aprovação é mais fácil: maioria absoluta. Tem como exercente o Congresso Nacional, mas em posição unicameral, o que facilita sensivelmente a aprovação de qualquer matéria.
“A revisão já ocorreu e produziu seus efeitos (foram efetuadas 6 emendas). E, como o art 3º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias falava em apenas uma revisão, não se pode mais utilizar a via revisional para mudança da Constituição. Assim, qualquer alteração só poderá ser feita pela via da emenda.”
SESSÃO LEGISLATIVA: ART 57, CF; PERÍODO ANUAL ENTRE 2/FEVEREIRO E 17/JULHO E 1/AGOSTO E 22/DEZEMBRO. 
Outra forma de mudança constitucional: MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL - caso em que não ocorre alteração no texto da norma, mas em seu sentido. O texto da norma continua o mesmo, sem a necessidade de qualquer mudança. Porém, o avanço da sociedade, as mudanças de determinado grupo, no entanto, fazem com que o tema sofra ajuste de sentido.
EFICÁCIA DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
Jurídica: produzir efeitos jurídicos
Normas de eficácia PLENA: não necessitam de qualquer integração legislativa infraconstitucional; produzem todos os seus efeitos de IMEDIATO; arts 21,22 e 24, CF; são, portanto, normas fortes, quando à sua eficácia, não podendo ser enfraquecidas quer pelo legislador ordinário, quer pela Adm Pública. 
Normas de eficácia CONTIDA: possuem eficácia total e imediata, porém, o advento legislativo faz com que seu campo de abrangência fique restrito, contido. EX: inciso XIII, art 5º “é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações que a lei estabelecer”. Ou seja, a liberdade profissional não é tão ampla assim, pois existe uma lei regulamentando os efeitos dessa norma. Deve sempre preservar um conteúdo mínimo de direito, sob pena de estar descaracterizando a norma constitucional
Normas de eficácia LIMITADA
não produz todos os efeitos de imediato; é fraca, mas pode ser fortalecida. Necessita de um comportamento legislativo infraconstitucional ou da ação dos administradores para seu integral cumprimento. 
Normas que não possuem com sua entrada em vigor todos os seus efeitos essenciais pois o constituinte deixou ao legislador ordinário a tarefa de desenvolver a matéria em questão, isto é, incumbiu ao legislador ordinário a sua executoriedade mediante normatividade ulterior. Possuem aplicabilidade indireta, mediata e reduzida. Exemplos: artigo 7, inciso XX; artigo 33, artigo 88, artigo 90.... São as leis que geralmente tem escrito “a lei disporá...”, “a lei regulará...”
As normas de eficácia limitada são divididas em normas programáticas (programas de atuação estatal na ordem econômico-social) e normas de princípios institutivos (organização, estruturação e regulação de órgãos ou instituições do Estado). São exemplos de normas de princípio institutivo: artigo 18 parágrafo 2, artigo 33, artigo 113... São exemplos de normas de princípio programático: artigo 7, inciso XX, 216 parágrafo 3....
STF: entendeu que a regra dos juros reais máximos de 12% ao ano (art 192, parágrafo 3º) necessita de conceituação pela legislação complementar prevista no caput do art 192, tornando inevitável a sua imediata aplicação, o que caracteriza como norma de eficácia limitada. 
Contida e limitada: legislação infraconstitucional superior {efeitos sobre a norma} = contida (REDUZ O EFEITO DA NORMA); limitada (ATRIBUI EFEITOS À NORMA, FORTALECENDO-A)
Art 37, inc 7º, CF: direito de greve do servidor público; só será exercido nos termos e limites definidos por leis específicas. Se não houver a lei, o servidor não pode exercer seu direito de greve (direito de imediato)
O CONTROLE DA CONSTITUCIONALIDADE
CONCEITO: Controlar a constitucionalidade significa assegurar a supremaciaconstitucional afastando a inconstitucionalidade.
FORMAS DE VIOLAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO – INCONSTITUCIONALIDADES: Há duas formas de inconstitucionalidades: por ação e por omissão. A inconstitucionalidade por ação se da pelo ato de fazer inconstitucional, já a por omissão se da com um ato de não fazer inconstitucional, isto é, que deveria ter sido feito de acordo com o previsto no ordenamento jurídico, havia o dever jurídico de agir.
INCONSTITUCIONALIDADE POR AÇÃO: 
- Material: Quando há vício no conteúdo do ato, o conteúdo é inconstitucional de forma total ou parcial
Ou
- Formal: Quando há vício no processo de elaboração do ato, o ato é inconstitucional de forma total.
- Total: Alcança todo o ato, o ato por inteiro é considerado inconstitucional. Toda inconstitucionalidade formal é necessariamente total, isto é, qualquer vício no processo de elaboração torna o ato nulo
-Parcial: Alcança apenas parte do ato, ex: ação de inconstitucionalidade de apenas dois artigos do NCPC. A inconstitucionalidade parcial é necessariamente material.
- 4 VIAS DE CONTROLE DE CONTROLE DA CONSTITUCIONALIDADE
VIA DE AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE (ADIN) – é a mais comum
Segundo Kelsen, o Supremo atua como “legislador negativo” porque cabe a ele retirar a lei inconstitucional do ordenamento jurídico (art 102,I,a), atuando como assegurador da força normativa da Constituição pois, por mais que a lei inconstitucional tenha sido aprovada de maneira democrática, se a maioria dos 11 ministros do STJ entenderem ser ela contra a Constituição, a lei é expelida do ordenamento jurídico.
FINALIDADE: Obter a declaração de inconstitucionalidade (em abstrato) de lei ou ato normativo a fim de assegurar a supremacia constitucional. Trata-se de um instrumento de tutela do direito objetivo, a decisão pela inconstitucionalidade afasta a lei para todos, assim, é um controle abstrato, não tem situações concretas.
A lei Estadual ou Federal que está em conflito com a Constituição Federal será julgada pelo STF. Já a lei estadual ou municipal que está em conflito com a Constituição do Estado será julgada pelo TJ (Tribunal de Justiça).
 Legitimidade para propor ação direta de inconstitucionalidade: artigo 103, I a IX. Em alguns casos o STF restringe o rol ampliado de legitimados previstos no artigo para apenas quando é provada a pertinência temática.
 Órgão competente para julgar: STF
-Efeitos: Gerais e Vinculantes. Isto é, são efeitos “erga omnes” e vinculam todos ao mesmo entendimento. Só terá efeito retroativo quando o Tribunal assim entender.
Mesmo sendo um processo objetivo, para que ocorra o devido processo legal, há o contraditório, a defesa da lei impugnada que, de acordo com o artigo 103 §3°, deve ser feita pelo advogado geral da União.
 De acordo com o artigo 103 §1° o Procurador Geral da República deve ser ouvido, deve realizar um parecer sobre o caso
VIA DE EXCEÇÃO OU DEFESA
Nesse caso, qualquer interessado poderá suscitar questão de inconstitucionalidade em qualquer processo, seja de que natureza for, em qualquer que seja o juízo.
Finalidade: Obter a declaração incidental de inconstitucionalidade da lei, afastando sua incidência no caso concreto.
A legitimidade ativa compreende qualquer pessoa e não apenas o rol do artigo 103. Já a competência para julgar é difusa e não restrita ao STF, ou seja, todo e qualquer órgão do Poder Judiciário pode julgar, desde que respeitada a especialidade de cada qual.
Os efeitos são inter partes pois atingem apenas o caso concreto trazido à tona, como regra geral. Mas, há a possibilidade de ampliação destes efeitos para que sejam “erga omnes”. Isso ocorre quando um caso concreto é julgado em 1ª e 2ª instancia e chega ao STF que continua julgando como inconstitucional, pode este, observando a existência de muitos casos semelhantes, ser utilizado como um contato com o Senado no intuito de expandir seus efeitos. Ou seja, o STF pode provocar o Senado para que este suspensa a executoriedade da lei que o STF declarou inconstitucional. Assim, o STF julga provocando efeitos no caso concreto e provoca o Senado para que este suspenda a executoriedade e gere efeitos erga omnes. Outra possibilidade de expandir os efeitos para a esfera erga omnes é através da elaboração de uma súmula pelo STF vinculando os demais órgãos do Judiciário.
Visa a tutela de direito subjetivo uma vez que via de regra, gera efeitos entre as partes.
Outro momento relevante acerca da inconstitucionalidade das leis são os pareceres dados pelas Comissões de Constituição e Justiça que ocorrem de maneira preventiva durante o processo de elaboração das leis. Vale evidenciar que esses pareceres não são vinculantes. Como segundo momento preventivo podemos citar o Veto do Presidente da República. Assim, esquematizando, antes do sancionamento da Lei tem-se um controle preventivo mediante pareceres das Comissões do Legislativo e Veto do Executivo. Após o sancionamento tem-se um controle repressivo via Judiciário com as ações diretas de inconstitucionalidade ou via de exceção ou defesa.
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO
 A inconstitucionalidade por omissão nasce com a Constituição de 1988. Antes havia uma certa discricionariedade dos Poderes Públicos que não podiam ser pressionados para que completassem as leis constitucionais de eficácia limitada. Hoje, essa omissão pode ser combatida quando há o dever de ação. Há dispositivos que fazem menção a prazos para atuação do legislador, mas há outros que não tem e como a Constituição já tem 27 anos, já passou um tempo razoável para atuação do legislador, assim, entende-se que todas as omissões que existem são inconstitucionais. 
Para lidar com essas omissões, há dois instrumentos: ação direta de inconstitucionalidade por omissão e mandado de injunção
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO
- ARTIGO 103 §2 
Finalidade: Obter a declaração de que a omissão é inconstitucional e dar ciência ao órgão competente para a adoção das providencias necessárias. O legislativo não tem prazo para adotar tais providencias, já o órgão administrativo estará sujeito a um prazo de 30 dias. Como finalidade tem-se tornar efetiva a norma constitucional completando as lacunas.
É um instrumento que tem como vocação a tutela de um direito objetivo.
Legitimidade ativa- artigo 103 I ao IX
Órgão competente para julgar- STF (Exclusiva)
Efeitos erga omnes
MANDADO DE INJUNÇÃO
Artigo 5, LXXI – nasce com a Carta de 1988
Finalidade: Para haver concessão de mandado de injunção deve haver falta de norma regulamentadora (nexo de causalidade). Visa tornar viável o exercício de direitos e liberdades constitucionais no caso concreto
A concessão do mandado de injunção está condicionada ao nexo de causalidade entre a falta de norma regulamentadora e a existência da inviabilidade do exercício do direito e liberdade constitucional.
Legitimidade ativa: qualquer pessoa
Competência para julgar: STF
Teorias a respeito de quem se alcança a finalidade:
- Corrente concretista individual: Afirma que a finalidade do MI é tornar viável o exercício do direito e liberdade constitucional no caso concreto. (inter partes)
Corrente não concretista: Afirma que a finalidade do MI é obter a declaração de que a omissão é inconstitucional e dar ciência para que órgão competente a supra. (erga omnes)
Corrente intermediária: Afirma que a finalidade do MI é obter a declaração de que a omissão é inconstitucional, dar ciência para que o órgão competente a supra, e se este nada fizer no prazo fixado, trona-se viável o exercício do direito. (inter partes)
 Corrente concretista geral: Tornar viável o exercício do direito para todos. (erga omnes)

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