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Esse elemento está incluso no grupo dos micronutrientes, tendo sua deficiência no solo concorrido para a queda da produtividade de muitas culturas, nas diferentes partes do mundo. Apresenta papel de importância na nutrição das plantas e a sua ausência pode causar queda na produtividade. Sua ação está diretamente relacionada ao metabolismo do cálcio, ou seja, para formação adequada da parede celular é necessária à presença desse nutriente. Evidências sugerem que o boro desempenha funções no alongamento celular, na síntese dos ácidos nucléicos, nas respostas hormonais e no funcionamento de membranas. O B é bastante imóvel na planta e importante no metabolismo do DNA (ácido desoxirribonucléico), RNA (ácido ribonucléico) e AIA (ácido indol acético). É essencial para a geminação dos grãos e formação das sementes. O B forma complexos açúcar/borato relacionados com a translocação de açúcares e é importante na formação de proteínas. Um fornecimento limitado de B provoca uma redução no crescimento, particularmente da raiz, o que parece estar relacionado com um efeito na elongação celular. Ainda que não se conheça o mecanismo, parece existir uma relação direta entre esse elemento mineral com o metabolismo e transporte dos açúcares na planta. A reação do solo (pH) é o fator que mais influência na absorção de B pelas plantas, uma vez que o aumento do pH ocasiona uma diminuição na absorção. Isto ocorre porque valores de pH abaixo de 7 a forma predominante é o ácido bórico que, tendo pouca afinidade com os minerais de argila, é pouco adsorvido pelo solo e é uma forma disponível para as plantas. À medida que o pH aumenta, aumenta a concentração de B na forma de borato (B(OH)4), que possui forte afinidade pelos minerais de argilas, resultando no aumento da adsorção do B Os sintomas leves de deficiência deste micronutriente mostram pequenas estrias cloróticas e aquosas no espaço internerval das folhas jovens. As áreas cloróticas podem evoluir para a necrose e o crescimento irregular do limbo foliar tende a causar enrugamento em algumas bandas. Nos casos mais severos, os sintomas evoluem para a necrose das folhas, encurtamento do limbo foliar e necrose do tecido meristemático intercalar, causando os sintomas de necrose interna em forma de espiral no caule, próximo ao meristema apical Observa-se que os sintomas de deficiência são muito semelhantes aos da doença “Pokkah boeng” causada pelo Fusarium moniliforme. O excesso o boro causa toxidez, mais grave em plantas jovens, pelo efeito de concentração da dose aplicada em relação à menor área foliar das plantas. As plantas intoxicadas apresentam folhas com manchas amareladas e em casos graves aparecem pequenas manchas escuras e até queima total nas bordas das folhas. A absorção de B pelas raízes ocorre, principalmente, na forma de ácido bórico; e é influenciada por vários fatores ambientais, tais como, pH, textura do solo, umidade, temperatura, matéria orgânica, intensidade de luz e mineralogia da argila. o B também está relacionado com transporte de açúcares, lignificação, metabolismo de carboidratos, metabolismo de RNA, respiração, metabolismo de ácido indol acético (AIA). A distribuição de B nas plantas ocorre pelo xilema que é, predominantemente, transportado via fluxo de transpiração, sendo afetada, principalmente, pela temperatura e intensidade luminosa, pelo conteúdo de água no solo e pela umidade relativa. A deficiência de B é mais comum que a deficiência de qualquer outro micronutriente
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