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Trata-se de uma Apelação Cível de nº 2003.013708-4, de Catanduvas, a qual tem como Relator o Des. Victor Ferreira, Apelante o Espólio de Adalberto Fagundes da Silva, e como Apelado o Unibanco Seguros e Previdência S/A.
Consta que o Espólio de Adalberto Fagundes da Silva entrou com Ação de Cobrança em face do Unibanco Seguros e Previdência S/A, em que tem por objetivo receber valores devidos do contrato de consórcio/seguro de vida, o qual foi feito entre o banco e o Sr. Adalberto. O Sr. Adalberto veio a desaparecer, sendo ajuizada a Ação Declaratória de Ausência, que culminou na nomeação de curadora e na declaração de ausência, como consta.
Com a abertura da sucessão provisória, foi requerido que a Ré fizesse o pagamento das parcelas do consórcio/indenização, a qual pagou somente os valores que tinha recebido do ausente e se negou a repassar as parcelas vincendas. Com a citação da ré, a mesma apresentou contestação argumentando que o seguro não é devido, pois a ausência não opera os efeitos da morte presumida, declarando ainda que o contrato não prevê seguro em relação à ausência, alegando ainda que só após a sucessão definitiva é que se podia constatar a morte.
O MM. Juiz entendeu prescindível a produção de outras provas e prolatou sentença em que julgou o pedido improcedente, e ainda condenou ao autor o pagamento dos honorários advocatícios de R$ 800,00. O qual, inconformado, apelou argumentando ainda que “a ausência implica morte e, por isso, o valor cobrado lhe é devido; após a assinatura do contrato de seguro passou a existir um vínculo obrigacional entre as partes e, assim, ocorrendo o fato previsto para a cobertura, a verba securitária deve ser paga; o grupo de consórcio será prejudicado e a Seguradora enriquecerá ilicitamente”.
Em relação aos fatos, nos termos do voto do relator, a Quarta Câmara de Direito Civil, à unanimidade de votos, resolveu conhecer do recurso e negar-lhe provimento, alegando que “Ora, se a lei define que a presunção de morte do ausente é obtida com a abertura da sucessão definitiva, depois de dez anos de passada em julgado a decisão que deferiu a abertura sucessão provisória ou 5 no caso de o ausente contar com mais de 80 anos, a simples declaração de ausência não tem esse efeito, de modo que não há falar em pagamento de indenização securitária se o fato gerador previsto para a cobertura não ocorreu” e “Registre-se que não há previsão de cobertura securitária para a hipótese de ausência, mas tão somente nos casos de morte e invalidez permanente (fl. 29). Assim, não ocorrendo nenhuma destas situações, conforme reconhecido pelo Magistrado a quo, a improcedência do pedido é a medida que se impõe.”

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