Buscar

Admnistração Financeira AULAS EAD Estacio

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AULA 01: SINTESE DA ADMNISTRAÇÃO FINANCEIRA
A administração financeira preocupa-se com as tarefas do administrador financeiro. Estes administradores devem gerir ativamente os assuntos financeiros de qualquer tipo de empresa, mesmo se a empresa for: sem fins lucrativos, empresa pública ou privada.
Mas afinal, o que são Finanças? Podemos definir finanças como a arte e a ciência da gestão do capital. Também podemos afirmar que todos os indivíduos e organizações recebem, gastam e investem o seu dinheiro. A área de finanças irá preocupar-se com a dinâmica do processo entre os indivíduos, empresas e instituições. Esta área é ampla e dinâmica, e afeta todos os setores da empresa, mas principalmente os setores: financeiro e de administração financeira. 
- Setores Financeiros: Preocupam-se com o desenvolvimento e a entrega de serviços.
- Setores Administrativos: Planejamento, captação de fundos para financiar a empresa, concessão de crédito a clientes, etc.
FUNÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Para entender a função da administração financeira é importante conhecer as modalidades jurídicas de organização de empresa. As três modalidades mais comuns são: 
- Firma individual: É uma empresa de propriedade, com uma única pessoa. É muito mais simples criar este tipo de empresa, já que é sujeita a menos regulamentações.
Responsabilidade da Firma Individual: É uma responsabilidade sobre as dívidas da Empresa, é ilimitada e cabe ao proprietário o direito ao Lucro, assim como as obrigações com as dívidas. Desta forma, não há distinção entre rendimentos de pessoa física e de pessoa jurídica, desta forma o lucro da empresa é tributado como se fosse rendimento de pessoa física.
- Sociedade por cotas: É uma empresa de propriedade, com dois ou mais proprietários.
Responsabilidade da Sociedade por cotas: A responsabilidade de uma sociedade por quotas é limitada, na qual cabe a um ou mais sócios gerais a responsabilidade pela gestão da empresa, mas haverá um ou mais sócios limitados que não terão participação ativa no negócio. O sócio limitado terá a responsabilidade pelas dívidas da empresa, e essa é restrita ao montante que tenha contribuído para o capital da sociedade, ou seja, ele só responderá na proporção da sua participação. ( ex: se este sócio possui 50% das cotas, ele só responderá pelas obrigações na mesma proporção, ou seja, 50% desta obrigação)
- Sociedade por ações: A sociedade por ações é regida pela Lei 6404/76 (lei da S.A). É uma sociedade anônima com o capital dividido em ações.
Responsabilidade da Sociedade por ações: A responsabilidade dos sócios é limitada pelo preço da emissão das ações subscritas ou adquiridas. Todas as áreas da empresa são obrigadas a interagir com o pessoal de finanças e com o procedimento da administração financeira. A função da administração financeira tem uma relação com a teoria econômica e com a contabilidade e as atividades básicas do administrador.
ESTRUTURA DA FUNÇÃO FINANCEIRA
OBJETIVO DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Alguns dizem que o objetivo da empresa é sempre maximizar o lucro, mas para alcançar este objetivo, o administrador financeiro deveria concentrar-se apenas no lucro geral da empresa, mas não é o que acontece. As Sociedades por ações medem seus lucros em termos de lucro por ação (LPA). Mas a Maximização do lucro não é o objetivo, pois sendo assim, ele ignoraria a distribuição dos resultados no tempo, os fluxos de caixa disponíveis aos acionistas e o risco. A administração financeira compete à gestão racional dos recursos financeiros da empresa. Quando os recursos são escassos, cabe ao departamento financeiro tomar as decisões, a fim de obter os melhores benefícios no futuro. O objetivo de uma empresa pode ser declarado de várias maneiras, como maximização dos lucros, participação de mercado, maximização das vendas e da riqueza dos proprietários, etc. O principal objetivo da Administração Financeira é o de maximizar a riqueza dos sócios/acionistas. Para que isso aconteça, as atribuições do Administrador Financeiro podem ser sintetizadas em três atividades básicas: 
Realização de análise e planejamento financeiro.
Tomada de decisões de investimentos.
Tomada de decisões de financiamento.
MAXIMIZAÇÃO DOS LUCROS
É o objetivo principal de uma empresa, a ideia é ter lucros cada vez maiores em um curto prazo. Neste sentido o administrador pode tomar diferentes decisões, como minimizar as despesas com promoções de produtos, por exemplo: Não realizar manutenção adequada em máquinas e equipamentos; Substituir mão de obra qualificada de salários altos; Substituir matéria prima de qualidade.
Segundo Gitman (1997), a maximização do lucro não considera o risco, porém, a maximização da riqueza considera explicitamente o risco. Uma premissa básica na Administração Financeira é que existe uma relação entre risco e retorno, na qual: 
- Acionistas: Esperam perceber maiores retornos de investimento de maior risco, cada vez mais cedo.
- Administradores Financeiros: Precisam levar em conta o risco, ao avaliarem investimentos potenciais.
Maximização da Riqueza dos Proprietários: Busca elevar o preço de mercado de ações ou da empresa. Essa elevação não resulta apenas dos lucros presentes, mas também do potencial de lucros futuros, da política de dividendos, da estrutura de capital, do crescimento, da segurança e outras variáveis.
Maximização do lucro: Não considera o risco, porém, a maximização da riqueza considera explicitamente no risco.
Uma premissa básica na Administração Financeira é que existe uma relação entre risco e retorno: Risco x Retorno
Os acionistas esperam perceber maiores retornos de investimento de maior risco e vice-versa. Os Administradores Financeiros precisam, portanto, levar em conta o risco ao avaliarem investimentos potenciais. Indicar ano do autor e rever pontuação.
Se ignorarmos quaisquer diferenças no risco e usarmos uma abordagem de maximização do lucro, parece que o produto D seria o preferido. Contudo, se considerarmos que o produto D é altamente arriscado, enquanto que o produto C representa um investimento seguro, a conclusão poderá não ser tão direta. A empresa poderá apenas exigir um retorno de 10% sobre o produto C, ao passo que, como compensação para o maior risco do produto D, tenha que obter 15%.  Tendo em vista que os acionistas exigem maiores retornos para maiores riscos, é importante que o Administrador Financeiro considere adequadamente o impacto do risco sobre os retornos deles. A abordagem da maximização da riqueza considera o risco, enquanto que a maximização do lucro o ignora. A maximização da riqueza é, portanto, a abordagem preferida.
RELAÇÕES ENTRE FINANÇA E CONTABILIDADE
As atividades do tesoureiro (financeiro) e do controller (contador) estão intimamente relacionados e com frequência. diferença básica entre finanças e contabilidade é que uma está relacionada a fluxo de caixa e a outra está relacionada à tomada de decisão. 
Em geral o contador trabalha com o regime de competência; ele prepara demonstrações financeiras que reconhecem receitas no momento da venda e reconhecem as despesas quando são realizadas. A função primordial do contador = produzir e divulgar dados para a mensuração do desempenho da empresa, avaliando sua posição financeira, e para o pagamento de impostos.
Já o Administrador financeiro dá mais ênfase ao fluxo de caixa, ou seja, entrada e saída de capital, ele mantêm a solvência da empresa, sendo assim dizemos que ele trabalha com o regime de caixa. A função primordial do administrador financeiro é manter o grau de solvência da empresa, planejando seus fluxos de caixa.
TOMADA DE DECISÃO
A tomada de decisão é a segunda diferença básica entre finanças e contabilidade. O administrador avalia as demonstrações contábeis, produzindo dados para a melhor tomada de decisão, avaliando o risco e o retorno financeiro da empresa, com base em sua avaliação dos retornos e riscos correspondentes. Os contadores se dedicam na coleta e apresentação de dados financeiros. A falta de planejamentoe controle financeiro faz com que muitas empresas quebrem.  Elas apresentam insuficiência e inexistência de suporte financeiro necessários para sua organização, sendo indiscutivelmente necessárias de informações do Balanço Patrimonial, no qual se contabiliza estes dados na gestão financeira, analisando-se detalhadamente para a tomada de decisão. A preocupação com a tomada de decisão, junto ao administrador financeiro, segue devido à decisão entre os investimento e financiamentos, além de determinar recursos para a empresa. Entretanto, as decisões são realmente tomadas com base nos efeitos de seus fluxos de caixa sobre o valor da empresa.
ETAPAS DO PROCESSO DE DECISÃO DE INVESTIMENTO
1 ) Identificação da oportunidade ou necessidade de investimento: Exemplo: Imagine uma oportunidade da abertura de uma nova empresa, o que lhe trará expansão nas vendas e consequentemente retornos financeiros. Mas outros problemas podem exigir investimentos, como: máquinas, equipamentos, mão de obra.
2) A busca de alternativa de investimentos deve ocorrer independentemente das preferências de investimento do investidor. Mas lembrem-se: Estas alternativas mudam de investidor para investidor, em virtude de algumas variáveis e a aceitação do risco (renda fixa, ações, etc.).
3) Após a busca  das alternativas de investimento, cabe a análise das mesmas. Esta deve ser criteriosa e tecnicamente fundamentada, utilizando os métodos de Valor Presente  Líquido, prazo de retorno do investimento e a taxa interna de retorno.
4) A seleção da melhor alternativa indicará a opção do investimento, assim será a escolha da alternativa que trará o retorno financeiro mais elevado, com o nível de risco aceitável pelo investidor.
OBJETIVO DA EMPRESA
- Maximização de Riquezas: Podemos admitir que o objetivo principal da empresa, e, por conseguinte, de todos os administradores e empregados, é o de maximizar a riqueza de seus proprietários. A maximização da riqueza em uma sociedade por ações é medida pelo preço da ação, ou seja, pelo valor que seria alcançado na venda dos direitos de participação no seu capital.
- Minimização das despesas: O objetivo de melhorar os resultados apresentados pela empresa e aumentar o valor do 
patrimônio, por meio da geração de lucro líquido. Como a empresa pode obter rendimento com os fundos que recebe, o recebimento preferido é aquele que vem mais rápido e com resultado satisfatório.
FUNÇÕES DO ADMINISTRADOR
 O Administrador é o responsável pela execução das funções financeiras da empresa. As atividades do administrador financeiro podem ser relacionadas às demonstrações financeiras básicas da empresa. Suas atividades primárias fundamentais são:
Analisar e elaborar o planejamento financeiro: Transformar os dados financeiros, de forma que possam ser utilizados para monitorar a situação financeira da empresa; Avaliar a necessidade de se aumentar ou reduzir a capacidade produtiva e determinar aumentos ou reduções dos financiamentos requeridos.
Tomar decisões de investimento: Determinam a combinação e os tipos de ativos constantes do balanço patrimonial da empresa). Tais decisões são importantes porque afetam o sucesso da empresa na consecução de seus objetivos.
Tomar decisões de financiamento: Primeiramente, lida com a combinação mais apropriada entre financiamentos em curto e  longo prazos deve ser estabelecida. Uma segunda preocupação, igualmente importante, é que fontes individuais de financiamento, em curto ou  longo prazos, são as melhores, em um dado instante.
POSIÇÃO DO ADMINISTRADOR FINANCEIRO JUNTO À EMPRESA
AGENCY
Quando a empresa cresce, o proprietário se afasta de algumas atividades operacionais, e para realizar essas funções  contratam-se os gestores. Quando a empresa se torna grande demais, ela recorre à abertura de capital e assim capta recursos de terceiros por meio  da emissão de ações. O proprietário se torna acionista e contrata um administrador responsável por esse gerenciamento e dá a ele o poder de tomar decisões.
- Administradores não proprietários: São contratados como agentes dos proprietários, que os contratam e delegam poderes para tomar decisões e administrar a empresa em nome deles. Este é um problema, pois muitos não se preocupam com o objetivo da empresa e sim com seus objetivos  pessoais.
- Riscos de custos de Agency: Para minimizar o que chamamos de risco de custo de agency e contribuir para a maximização da riqueza do proprietário, os acionistas incorrem ao custo de monitoramento do comportamento do administrador. Como uma proteção contra os atos desonestos do administrador e a concessão de incentivos pecuniários a esses profissionais para maximizar o preço da ação.
- Separação de propriedade e gestão: Quando a empresa é separada entre propriedade e gestão, passamos a ter a figura do principal e do agente. O principal representa os acionistas e o agente representa os administradores contratados.
O que se espera do Agente?
Espera-se que ele realize ações alinhadas com o modelo de gestão do principal e que suas decisões atendam os propósitos de maximização da riqueza. Algumas situações que resultam em conflito de interesses por divergirem dos interesses próprios desses atores:
O principal no comando da empresa pode implementar projetos de maior risco e retorno. O agente deve preferir projetos de menor risco, que não lhe causem problemas.
O ganho que a empresa proporciona ao principal é considerado residual e ao agente cabe o ganho contratual.
Já que a empresa é constituída sob o pressuposto da continuidade, as ações do agente, antes desenvolvidas pelo principal, devem ser empreendidas a fim de garantir a sobrevivência da empresa no longo prazo.
COMO REDUZIR OS CONFLITOS DE AGÊNCIA
Para minimizar os conflitos, ou até mesmo resolvê-los, devem ser criados mecanismos eficientes para a convergência de interesses entre o principal e o agente. Estes mecanismos são os incentivos e o monitoramento. O incentivo é a remuneração dos agentes. Eles podem ser remunerados com o recebimento de ações da empresa, ou com a opção de compra subsidiada pelas ações.
AULA 02: INVESTIMENTO
ANÁLISE DE INVESTIMENTOS: Analisar investimentos ou elaborar um orçamento de capital nos leva a avaliar a viabilidade financeira dos investimentos e quando realizada envolve várias condições, critérios e objetivos. 
- O primeiro método que utilizamos é Valor Presente Líquido: O Valor presente líquido (VPL) é uma técnica que procura avaliar em valor atual os fluxos de caixa de um determinado projeto de investimento, onde todos os valores são trazidos para a data presente, por meio de uma taxa de desconto, também conhecida como taxa de atratividade. O Valor presente líquido proporciona uma comparação entre o valor do investimento e o valor dos retornos esperados com todos os valores considerados no momento atual. Na análise de um projeto de investimento, é a técnica mais aceita por não deixar dúvidas sobre a decisão a ser tomada. Fórmula do VPL: 
Onde: Fc0 ou I = investimento realizado, está no tempo 0 (ZERO) por ser desembolso.
            FCn =  fluxos de caixa líquido, esperados como retorno do investimento, portanto, uma entrada.
            I = taxa de desconto ou taxa de atratividade, a qual permite trazer o Fluxo de caixa a valor presente.
Uma empresa pretende investir em um projeto o valor de $55.000,00, que deverão proporcionar receitas líquidas a partir de 2009 conforme tabela a seguir:
Sabendo-se que o valor de revenda dos equipamentos no ano 2010 é estimado em US$9000,00 e que a taxa de retorno esperada é igual a 21% a. a., pede-se analisar se o investimento planejado é rentável.
SOLUÇÃO: Temos:
Investimento inicial = Co = 55000.
Receitas: 
C1 = 15500, C2 = 18800, C3 = C4 = C5 = 17200; no sexto ano a receita será C3 = 13500 + 9000 = 22500, pois teremos 13500 do ano mais o preço de revenda 9000.
Teremos então:
VPL para uma taxa de juros i = 21 % a. a. = 21 /100 = 0,21 a. a. \ 1 + i = 1 + 0,21 = 1,21
Substituindo na fórmula do VPL vem:
VPL = VP - Co= = 15500 / 1,211 + 18800 / 1,21 2 + 17200 / 1,21 3 + 17200 / 1,214 + 17200 / 1,215 + 22500 / 1,21 6 - 55000 
Usando uma calculadora científica teremos:
VPL = 12809,92 + 12840,65 + 9708,95 + 8023,93 + 6631,34 + 7169,19 - 55000 = + 2183,98.
Como o Valor Presente Liquido – VPL é um valor positivo, infere-se que o investimento é rentável e poderá ser feito, pois a taxa efetiva de retorno será certamente superior aos 21% a.a. esperados pela indústria. 
Considerando um projeto da empresa Truke de mestre com Investimento Inicial de $ 1.500, fluxos de 
entrada de caixa de 200, 350, 450, 550, sabendo que o custo de capital é de 10%, e que o tempo que a empresa 
estipulou para recuperar o investimento é de 2 e 5 meses, pede-se: Determine o VPL.
1500 CHS g CFo
200 g CFj
350 g CFj
450 g CFj
550 g CFj
10i
F  NPV
-315,17 -> Neste caso, o VPL foi negativo. Desta forma o projeto de investimento deverá ser rejeitado.
- O segundo método de orçamento capital é Prazo de Retorno De Investimento (Payback): É a medida do prazo de retorno do investimento. É onde encontramos a resposta de quanto tempo precisamos para recuperar o capital que foi investido. Este tempo é medido em meses, anos, dias, etc. Payback simples é o tempo necessário para a recuperação do investimento 
Um investidor coloca o capital de $ 1000,00 em um projeto que lhe dará um fluxo de caixa anual no valor de $ 300,00. Em quanto tempo ele recupera o seu capital? Quando as entradas de caixa forem iguais bastará dividir o valor do investimento por apenas uma das entradas líquidas de caixa. Sendo assim, teremos PB = 1000 /350 = 2.86 anos aproximadamente. Então o resultado é 2,86 anos, ou seja, maior que dois anos e menor do que 3 anos.  Vamos supor que o investidor queira o resultado mais preciso. Então o tempo de recuperação do capital de $1000,00 será em: 2 anos, 10 meses e 10 dias
Agora vamos supor que o mesmo investidor com o mesmo capital de $ 1000,00 investe em um projeto com as seguintes entradas líquidas de caixa: 
Ano 1: R$ 300,00 Ano 2: R$ 250,00 Ano 3: R$ 300,00 Ano 4: R$ 300,00 Ano 4: R$ 400,00
O capital investido é de R$ 1000,00. Nos três primeiros anos ele recupera $900,00. Se adicionar o 4 anos o valor ultrapassará o valor do capital. Sendo assim, vamos fazer diferente. Como já sabemos que em 3 anos temos $900,00, só faltam $ 100,00, mas no quarto ano o valor ultrapassa. Então vamos dividir o que falta ($100,00) pelo que o próximo ano nos oferece ($ 300,00). 100/300 = 0,3333333 ano  
Agora o procedimento é o mesmo, aconselho a não “zerar “ a máquina, podemos utilizar todos os números e multiplicar por 12 que é a quantidade de meses que tem o ano. 0,3333333333333x 12 = 4 meses
O capital será recuperado em 3 anos e 4 meses.
Se o período de payback for menor que o período máximo aceitável de recuperação, o projeto será aceito. Se o período payback for maior que o período máximo aceitável de recuperação, o projeto será rejeitado.
Taxa Interna de Retorno (TIR): É uma técnica sofisticada utilizada em orçamento de capital para analisar a viabilidade financeira de investimentos ou projetos. A Taxa Interna de Retorno (TIR),  é um fórmula matemática-financeira utilizada para calcular a taxa de desconto que teria um determinado fluxo de caixa para igualar a zero seu Valor Presente Líquido. Em outras palavras, seria a taxa de retorno do investimento em analisado. 
(TMA) é uma taxa de juros que representa o mínimo que um investidor se propõe a ganhar quando faz um investimento, ou o máximo que uma pessoa se propõe a pagar quando faz um financiamento.
Se a TIR for maior que  a taxa mínima de atratividade (TMA) utilizada como referencia. Então o investimento é classificado como economicamente atraente. Caso contrário, há recomendação técnica de rejeição. 
O cálculo da TIR dá um pouco mais de trabalho, já que podemos calcular através de tentativas, mas para evitar perda de tempo, podemos utilizar a calculadora financeira.
Um investidor coloca o capital de $ 1000,00 em um projeto que lhe dará o seguinte fluxo de caixa anual:
ANO 1: R$ 220,0 ANO 2: R$ 605,00 ANO 3: R$ 339,30 
Qual a TIR deste projeto? 
Zero =  -1000,00 + 220 (1+TIR)1 + 605 ( 1+TIR)2 +339,30 (1+ TIR)3
Zero= -1000 + 220/(1.0756) + 605 / (1,0756)2 + 339,30 / (1,0756)3 (Valor Presente do fluxo de caixa – investimento inicial) Então: (VPL = 10000 – 1000 = 0
VPL X TIR
Quando os projetos são mutuamente exclusivos, ou quando há relacionamento de capital, esta classificação permite à empresa determinar qual deles é melhor pelo ponto de vista financeiro. Quando há necessidade de um racionamento do capital, devemos aplicar um dos dois ou até mesmo os dois tipos de cálculos (VPL e TIR) para determinar qual o projeto a ser aceito. Uma das causas mais conflitantes é o reinvestimento de entrada de caixa intermediaria, ou seja, quando a entrada é realizada ao término do projeto.
O VPL pressupõe que as entradas intermediárias são reaplicadas ao custo de capital. A TIR  supõe que as entradas 
intermediárias são aplicadas a uma taxa igual à TIR do projeto.
Considerando um projeto da empresa Truke de mestre, com Investimento Inicial de $ 1.500, fluxos de entrada de caixa de 200, 350, 450, 550, sabendo que o custo de capital é de 10%.
VPL: 1500      CHS g CFo
200                g CFj
350                g CFj
450                g CFj
550                g CFj
10                   i
F                    NPV
                 -315,17
TIR: 1500 CHS g CFo
200            g CFj
350            g CFj
450            g CFj
550            g CFj
F                  IRR
                    1,15
Observe que o valor do VPL é negativo, ou seja, este projeto será rejeitado por este método, e como a TIR obteve um resultado menor do que a taxa de atratividade (10%), confirma a rejeição do projeto.
O diretor da Toalhas Joinville Ltda. deseja substituir uma empacotadora mecânica por outra eletrônica. Existem três empacotadoras candidatas. Apesar  do  investimento inicial ser o mesmo para todas as máquinas, a magnitude e a época de ocorrência dos fluxos de caixa intermediários diferem. O quadro e os perfis de Valor Presente Líquido (VPL) sintetizam os resultados encontrados: 
X = 18 Y= 23 Z= 27
Sabendo que o custo de oportunidade é de 11% ao ano, quais Empacotadora(s)deve(m) ser escolhidas?
R: As três empacotadoras seriam escolhidas, pois possuem um TIR superior ao custo de oportunidade.
RISCO
Agora que relembramos tudo de análise de investimentos e entendemos a importância das ferramentas necessárias para a tomada de decisão, percebemos que nem tudo no mundo dos investimentos é só retorno positivo, e neste caso observamos que temos algo que nos leva a uma incerteza de investir em um determinado projeto, é o RISCO. Segundo Gitman, Risco é a possibilidade de perda financeira. Qualquer tipo de investimento gera Risco, a todo o momento podemos nos considerar nesta posição. No momento em que saímos de casa, já assumimos o risco até o nosso retorno, assim como em qualquer investimento.
Aula 3: Administração financeira
RISCO: é a possibilidade de perda financeira. Os conceitos de risco, retorno e custo de oportunidade devem nortear as decisões sobre investimentos. O risco pode ser considerado como sinônimo de incerteza e desta forma refere-se à variação das taxas de retorno. Já que, quando investimos podemos ter um retorno positivo ou negativo. Desta forma, podemos afirmar que quanto mais certo é o retorno do investimento, menor será o risco que ele oferecerá. Quando se trata de investimentos, geralmente, as pessoas apresentam um comportamento típico de aversão ao risco, mas para esta aceitação exige-se uma taxa de retorno aceitável. 
No caso de um investimento no mercado acionário, o investidor poderá obter perda ou ganho.
Podemos observar que no mercado temos vários tipos de riscos, como:
- Risco Operacional: Importante para os administradores e controles
- Risco Financeiro: Importante paraos administradores financeiros.
- Risco de Variação de taxa de juros, liquidez e mercado: Mais específicos e importantes para acionistas.
- Risco de eventos, cambio e poder aquisitivo: importantes para empresas e acionistas
Na verdade, o risco sempre estará associado a variabilidade do retorno do investimento e pode resultar em pedra ou ganho, e o retorno corresponderá aos ganhos ou prejuízos proporcionados por um investimento. A incerteza está associada a ausência de conhecimentos ou de informações sobre os acontecimentos futuros. 
RISCOS ESPECIFICOS DA EMPRESA
RISCOS ESPECIFICOS DOS ACIONISTAS
RISCOS ESPECIFICOS DOS ACIONISTAS
RETORNO: O retorno sobre um investimento é a variação do valor (final-inicial) mais o seu fluxo de caixa gerado durante um período. É expresso como uma porcentagem do investimento no início do período. 
Podemos utilizar a o cálculo de retorno para mensurar o retorno através do seguinte cálculo:
Assim podemos exemplificar o risco e retorno; são faces de uma moeda onde de um lado termos o retorno, mas sempre conviveremos com o outro lado: o risco. Para uma boa tomada de decisão, não podemos desprezar nenhum dos dois lados, afinal o retorno de um investimento sempre apresentará um risco. Os tipos de investimentos e administradores diferem uns dos outros. Os brasileiros geralmente são avessos a risco. Não é a toa que usamos mais os investimentos de poupança ou invés de investimentos em mercado de ações. Alguns preferem o “pouco, mas certinho”, e o medo do risco é tanto que nem ao menos” pulveriza“ seu capital.
- Para o administrador indiferente ao risco, o retorno exigido não varia quando o nível de risco vai de x1 para x2. Essencialmente, não haveria nenhuma variação de retorno exigida em razão do aumento de risco. É claro que essa atitude não faz sentido em quase nenhuma situação empresarial.
- Para o administrador avesso ao risco, o retorno exigido aumenta quando o risco se eleva. Como esse administrador tem medo do risco, exige um retorno esperado mais alto para compensar o risco mais elevado.
- Para o administrador propenso ao risco, o retorno exigido cai se o risco aumenta. Teoricamente, como gosta de correr riscos, esse tipo de administrador está disposto a abrir mão de algum retorno para assumir maiores riscos. Entretanto, esse comportamento não tenderia a beneficiar a empresa.
Em sua maioria, os administradores são avessos ao risco. Para certo aumento de risco, exigem aumento de retorno. Geralmente, tendem a serem conservadores, e não agressivos, ao assumir riscos em nome de suas empresas. Portanto, neste aula será feita a suposição de que o administrador financeiro tem aversão a risco e exige retornos maiores para correr riscos mais altos.
Cada investidor tem suas preferências pessoais em relação a risco. 
- Mais arrojados: Ou seja, aqueles que aceitam níveis mais elevados de risco, esperam ser recompensados com ganhos maiores para seus investimentos
- Mais conservadores: Ou seja, aqueles que se sujeitam a níveis mais baixos de risco, contentam-se com ganhos menores. Para avaliar o nível de risco o investidor utiliza a análise de sensibilidade de cenários e de análise estatística.
ANALISE DE SENSIBILIDADE
A análise de sensibilidade busca oferecer ao tomador de decisão uma percepção do risco. Para fazer a análise de sensibilidade se faz necessário a criação de cenários diferentes e a associação de retornos a eles. São considerados três cenários: Otimista, Mais Provável e Pessimista
A análise de sensibilidade de um determinado projeto sai a testá-lo em situações ou cenários futuros não esperados pelo investidor, mas que possuem probabilidade de ocorrência. O risco de um ativo pode ser medido pela amplitude dos retornos e esta é encontrada apenas subtraindo o resultado do retorno pessimista do resultado do retorno otimista. Quanto maior o resultado, maior será o RISCO do ativo.
RELAÇÃO RISCO X RETORNO
Exemplo: A Cia. Tudo de Bom está considerando duas alternativas de investimento, para as quais fez as estimativas abaixo:
- A empresa Tudo de Bom apresentou dois ativos onde cada um deles exige um dispêndio inicial de 20.000,00. A administração fez uma estimativa pessimista e uma otimista para os retornos associados a cada investimento.
Um tomador de decisões avesso a risco preferiria ao ativo A ao ativo B, porque o A oferece o mesmo retorno mais provável que o B (15%), mas com o menor risco.
DISTRIBUIÇÃO DE PROBABILIDADES
A probabilidade de um evento é a possibilidade de ele ocorrer. Utilizando a distribuição de probabilidades temos uma visão mais quantitativa de risco de um ativo. Imagine um evento com 70% de probabilidade de ocorrência: poderá acontecer sete vezes em cada dez. Atenção: eventos 100% certeza total. Eventos iguais a zero nunca ocorrem. Uma distribuição de probabilidades é um modelo que associa a probabilidade aos eventos correspondentes. O tipo mais comum para ilustrar é o gráfico de barras. Este mostra somente o número limitado das de combinações entre eventos e probabilidades. Distribuição contínua de probabilidades é utilizada para grandes números de eventos.
VALOR ESPERADO DE RETORNO (K)
Se multiplicarmos as expectativas de retorno pelas respectivas probabilidades, obteremos o retorno esperado. O Valor esperado de retorno é o retorno mais provável de um ativo, segue a fórmula:
RELAÇÃO RISCO X RETORNO
Ativo A: K = (15%* 0,25) + (17%*0,50) + (19%*0,25) = 17%
Ativo B: K = (9%*0,25) + (17%*0,50)+ ( 25%*0,25) = 17%
Os valores esperados dos retornos dos ativos A e B da Cia Tudo de Bom contêm os valores de retornos possíveis de cada ativo 17%. Mas não podemos esquecer que a amplitude do ativo A é menor, devido a isso a preferência a este ativo. 
AULA 04: RISCO
Desvio Padrão – σ
Aprendemos na última aula o retorno esperado, calculo que utilizaremos aqui em desvio padrão. O desvio padrão é uma medida que representa o grau de dispersão dos retornos esperados em relação à média. O desvio padrão é o indicador de risco de um ativo mais comum, pois ele mede  a dispersão em torno do valor esperado do retorno K . A expressão do cálculo do desvio- padrão dos retornos, σ é: 
Quanto maior o desvio padrão mais alto é o risco.
Sabemos que o valor do retorno esperado é de 17%. Sendo assim, vamos aplicar a expressão de desvio padrão.
COEFICIENTE DE VARIAÇÃO- CV
O coeficiente de variação é uma medida de dispersão útil que compara os riscos com os retornos esperados diferentes.
Ex.: Quanto maior o coeficiente de variação, maior o risco.
Utilizando os dados da Cia Tudo e Bom, teremos:
Ativo A  CV = 1,41%/17% = 0,0829411%
Ativo B  CV = 32%/17%  =  1,88235%
- O ativo B possui o maior coeficiente de variação e é portanto, mais arriscado que o ativo A, confirmando assim o desvio padrão.
- O coeficiente de variação tem uma melhor utilidade quando os ativos possuem retornos esperados diferentes.
CUSTO DE OPORTUNIDADE
O custo de oportunidade é utilizado pelos investidores no processo de escolha de determinada aplicação.
EX.: 
- Investidor: Um investidor que possua $50 mil aplicados no mercado financeiro, com uma remuneração de 15% ao ano, caso ele não faça o investimento e reverta este capital par o seu próprio negocio e se ao final do período considerado o retorno seja menor do que  o mercado oferece (15%). Ele perdeu dinheiro, mas se a taxa de retorno superar os 15%, ele terá ganho.
- Empregado: Imagine um empregado de uma empresa qualquer, e que ele decide sair do seu emprego e abrir seu próprio negócio. Quando ele toma esta decisão deverá incluir no custo do empreendimento o salário que não receberá mais, pois sua remuneração seria o uso alternativo de sua mão de obra.
CARTEIRA DE ATIVOS
Para administrar o risco o investidor deve diversificar seus investimentos em um conjunto de ativos. Com isso, retornos insuficientes proporcionados por um ativo, podem ser compensados por retornos maiores, proporcionados por outros. Combinando os ativos com o objetivo de montar uma carteiraeficiente, o investidor obterá maior retorno possível e terá o menor risco possível, para que haja a combinação de ativos se faz importante o uso da correlação. Retorno possível e Menor risco possível.
CORRELAÇÃO DE UMA CARTEIRA (Ρ)
Para construir uma carteira eficiente, o investidor deve buscar ativo cujos retornos tenham movimentações diferentes. Isso é possível por meio de avaliação da relação entre as taxas de retornos dos ativos, utilizando a medida estatística, chamada correlação.
Correlação: É um conceito estatístico utilizado para saber como duas ou mais variáveis se relacionam e comparam o movimento dos retornos, ou seja, como um retorno de um ativo se movimenta em relação a outro. Também se é utilizada quando pretendemos saber se existe alguma relação entre, por exemplo, duas variáveis. O objetivo da correlação de uma carteira eficiente é a redução do risco geral, ou seja, a busca por combinar a melhor maneira de combinar ou adicionar a certeira de ativos com correlação negativa.
- Correlação positiva -> Os dois ativos oscilam no mesmo sentido.
- Correlação negativa -> As variáveis se movem em sentido contrário.
- Valor zero -> Não há relação entre os ativos.
Apesar do sentido, não podemos dizer dentro do universo estatístico que os eventos estão interconectados, ou seja, correlação não implica em causalidade. Mesmo quando fazemos um estudo entre ativos com correlação próxima de +1 ou –1, não é possível afirmar que há uma relação entre causa e efeito, especificidade que deve ser lembrada quando o investidor iniciar a interpretação dos dados.
Em uma carteira pouca diversificada, quando os cálculos apontam para uma correlação próxima de +1, existe um potencial de risco por não diversificação.
Utilizamos o conceito de correlação: O Quadro elaborado a seguir demonstra o retorno esperado da carteira formada com diferentes participações das ações A e B e o risco da carteira adotando-se coeficientes de correlação extremos (ρAB = +1 e ρAB = - 1).
O risco da carteira (σp) foi calculado de acordo com o modelo de Markowitz, o qual leva em consideração o risco de cada ativo, sua participação na carteira e a correlação. Assim, para: WA = 80%, WB = 20% e ρAB = +1
TIPOS DE RISCO
Imagine que você coloca todo o seu dinheiro em um único investimento (ativo), o que acontece com o risco? Ele será muito maior. Para isso “pulverizamos” nossos investimentos, pois se tivermos uma perda em um ativo em outro nos recuperamos. Mas dependendo do acontecimento poderemos não recuperar.
COEFICIENTE BETA
De um ativo pode ser determinado a partir de seus retornos históricos em relação aos retornos históricos da Carteira de Ativos do mercado. Na verdade é uma regressão linear dos retornos dos ativos com o retorno do mercado. O valor do beta serve para indicar qual será a variação de um ativo. É uma medida relativa de risco não diversificável. É um indicador de variabilidade do retorno de um ativo em resposta a uma variação do retorno do mercado. Trabalha a rentabilidade de um ativo. O valor de beta é obtido a partir de dados de retorno. Os retornos históricos de um ativo são utilizados no calculo do coeficiente beta. Os betas podem ser negativos ou positivos, mas os mais comuns são este último. A maioria esta entre 0,5 e 2,0.
- BETA DEFENSIVO: Se o beta for menor do que 1,0.
Ex: imagine se o Ibovespa varia 5% durante a semana e o beta da ação varia 0,75. Então teríamos: 
5% X 0,75 = 3,75% está seria a variação da ação neste período.
- BETA AGRESSIVO: Se o beta for maior do que 1,0. 
Ex: imagine o IBOVESPA variando em 4% na semana e o valor do beta da ação em 1,80%, então 
teríamos: 7,2% esta seria a variação da ação.
- BETA NEUTRO: Se beta for igual a 1,0 a rentabilidade da ação acompanha o mesmo parâmetro do índice.
A carteira de ativos do mercado, por conter unicamente riso sistemático, apresenta coeficiente beta igual a 1. Assim, o coeficiente beta das ações individuais é comparável ao da carteira de ativos do mercado.
Aula 05: MODELO DE FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ATIVOS
MODELO DE PRECIFICAÇÃO DE ATIVOS - CAPM 
Utilizamos o coeficiente beta para medir o risco não diversificável. O Capital Asset Pricing Model (CAPM). Modelo de Precificação de Ativos de Capital, O CAPM busca demonstrar, de maneira objetiva, o relacionamento da rentabilidade esperada de um ativo qualquer num mercado em equilíbrio, com o risco não diversificável demonstrado pelo coeficiente beta. O CAPM é construído sobre a premissa de que a variância de retornos é  a medida de risco apropriada, mas somente a variação que é não-diversificável é recompensada. O rendimento esperado sobre o investimento que nada mais é do que a recompensa por essa aplicação. O CAPM mede essa variância não-diversificável utilizando uma estimativa beta; ou seja, no CAPM mede-se o investimento em duas dimensões: E a variância nos ganhos esperados, que reflete o risco existente no investimento. A variância mede a diferença entre os retornos efetivos e os esperados, podendo essa medida ser capturada estatisticamente na distribuição dos ganhos. O modelo CAPM É o modelo que mostra que o retorno esperado de um determinado investimento ou ativo depende de três fatores:
- Valor puro do dinheiro no tempo. Medido pelo retorno ou taxa livre de risco, Rf , mostra a recompensa exigida por simplesmente esperar pela devolução do dinheiro, sem assumir risco nenhum. (poupança).
- Recompensa por assumir o risco não-diversificável que é medido pelo prêmio por risco de mercado. Corresponde a recompensa que o mercado oferece para se assumir um nível de risco.
- Nível de risco não-diversificável que é representado pelo Beta, b.  Pode ser entendido como a reação da empresa em relação ao mercado.
O Retorno esperado de um título é a medida correta da contribuição dele ao rendimento esperado da carteira. 
A partir do coeficiente beta, o CAPM consegue medir o retorno exigido sobre o mesmo, através da seguinte equação: 
kj = RF + [bj x (km – RF)], onde:
- kj = retorno exigido sobre o ativo j.
- RF = taxa de retorno livre de risco, medida, geralmente, pelo retorno de um título público.
- Bj = coeficiente beta (ou índice de risco não-diversificável para o ativo j.
- km = retorno de mercado (retorno sobre a carteira de ativos de mercado).
EX. 01: A empresa SORTE S.A  está em processo de crescimento e deseja determinar o retorno exigido de um ativo X com beta igual a 1,2 . A taxa de juros livre de risco é 8% ; o retorno da carteira de mercado é 11%.
kj = RF + [bj x (km – RF)],
RF = 8%
bj = 1,2
Km = 11% 
Kj = 8% + [1,2 x ( 11%-8%)]
Kj = 8% + [ 1,2 x ( 3%)]
Kj = 11,6%
O prêmio de risco do mercado de 3% ( 11%-8%), quando ajustado pelo indicador de risco ( beta) do ativo 1,2, resulta em um prêmio por risco de 3,6% [1,2 x  3%] . esse premio  de risco adicionado a taxa livre de risco de 8% , produz um retorno exigido de 11,6%. Prêmios por risco é a diferença entre o rendimento de um investimento arriscado em comparação com um investimento seguro. (km – RF) 
EX. 02: Conforme a expectativa de retorno para uma carteira composta pelas seguintes ações nas seguintes proporções. Considerando o Beta de Carteira, qual Será o Retorno da Carteira dado prêmio por risco de 5% e retorno livre de risco de 6,5%?
Beta: = 0,3.1,5 + 0,5.1 + 0,2.0,4 = 0,45 + 0,5.0,08 = 1,03.
Kj= RF + [bj x (Km - RF)]     6,5 + 1,03 x 5 =  11,65%
LINHA DE MERCADO DE TÍTULOS (LMT OU SML)
Quando o modelo de formação de preços de ativos (CAPM)  é representado graficamente, recebe o nome de linha de mercado de títulos. Esta linha é uma reta e reflete o retorno exigido no mercado para cada nível de risco não – diversificável (beta). A relação entre risco e retorno é representada pela SML.
EX.: Vamos assumir que a taxa livre de risco seja 5%, e o mercado de ações global produzirá uma taxa de retorno de 12,5% no próximo ano. A empresa possui um beta de carteira no valor de 1,7. Utilizando a formula do modelo CAPM teremos:
Kj = 5% + [ 1,7x (12,5% - 5%)] Kj = 17,75%
Se você fizerum gráfico desta situação, ele se parecerá com isto:
A linha de mercado de títulos não permanece estável, quando o tempo passa os deslocamentos podem levar a mudança do retorno exigido. O que leva esta mudança pode ser uma expectativa de inflação ou até mesmo a aversão a risco. A variação por expectativa de inflação pode resultar em mudanças da política monetária , afetam na importação e exportação.
O CAPITAL
O termo capital denota os fundos de longo prazo de uma empresa, no balanço patrimonial tudo que aparece no lado do passivo é capital, sendo que se divide em capital de terceiros e capital próprio. O capital divide-se em capital próprio e capital de terceiros. Capital próprio é aquele que faz parte do Patrimônio Líquido da empresa registrado no balanço patrimonial. Capital de terceiros que também está registrado no balanço patrimonial do lado do passivo, pode-se definir como o dinheiro que tomo emprestado para abrir uma empresa ou até mesmo aplicar nela algum recurso emprestado para melhoria de sua estrutura, ou compra de mercadorias a prazo, por exemplo.
EX.: Se eu e você abrimos uma sociedade e temos juntado R$ 50.000,00, então o nosso  Capital Próprio é de R$ 50.000,00. o Capital Próprio, é o dinheiro que é de propriedade do dono da empresa, ou dos sócios que a abriram.
Quando se trata de investimentos, geralmente as pessoas apresentam aversão ao risco, mas para que este investidor aceite o risco ele quer em troca um retorno satisfatório.
* Imagine que um investidor que possui uma quantia no banco e deseja investir em um titulo, o gerente apresenta vários, e que alguns a remuneração é pré- fixada (o investidor já sabe antecipadamente quanto será a remuneração)e outros a remuneração é pós- fixada, esta ultima possui um rendimento incerto. Considerando esse caso, se eu e meu sócio só tivéssemos  R$ 45.000,00 para iniciar um negócio e será preciso que nós tenhamos R$ 50.000,00, teremos que conseguir os R$ 5.000,00 restantes. Busca-se essa quantia através de um empréstimo bancário, por exemplo, digo que tal quantia é o Capital de Terceiros. Ou seja, “peguei” o dinheiro de terceiros. Mas podemos também considerar capital de terceiros a água, luz, telefone, Mercadorias, ou seja, tudo que você ou utiliza primeiro para pagar depois, isso significa que você está utilizando o serviço primeiro (o crédito) para depois saldar o compromisso.
Ambos Capitais são importantes para uma empresa ou para quem a administre. O principal é saber o melhor momento para adquirir o empréstimo ou para usar o recurso próprio. Nem sempre o Capital de Terceiros será ruim, principalmente se tal aquisição acontecer numa boa negociação, onde a taxa de juros compense, e para qual finalidade será aplicada a quantia requisitada. Quando utilizamos o capital de terceiro para pagar dividas fica complicado, pois continuamos endividados, apenas substituímos o passivo. Mas quando este capital é tomado para ampliar o negocio, ou adquirir bens, este capital é bem – vindo a nossa empresa, pois haverá um retorno. Vale lembrar que temos como:
Fontes de capital: - Adição de capital social. - Maior prazo nas compras com fornecedores. - Sócio acionistas. - Obtenção de recursos no sistema financeiro.
Fontes de financiamento de curto prazo: Com e sem garantias: - Empréstimos com garantia. - Caução de duplicatas a receber. - Factoring de duplicatas a receber. - Empréstimo com alienação de estoques. - Empréstimo com certificado de armazenagem.
Fontes de financiamento a longo prazo: - Empréstimos. - Debênture: com garantia e sem garantia. - Ações.
CUSTO DE CAPITAL
O Custo do capital é a taxa de retorno que uma empresa deve conseguir nos projetos em que investe para  manter o valor de mercado de sua ação. Podemos entender o custo de capital como a taxa de retorno exigida pelos investidores de capital, pois só assim eles serão atraídos para o determinado ativo. O custo de capital é estimado em um momento específico, ele reflete o custo médio de fundos em longo prazo em uma data futura. EX: Se uma empresa opta recursos de terceiros.
AS PRINCIPAIS FONTES DE CUSTO DE CAPITAL
As fontes de fundo podem ser representadas em quatro: 
- Capital de terceiros a longo prazo. Emissão de ações preferenciais.
- Emissão de ações preferenciais. 
- Emissão de ações ordinárias.
- Retenção de lucros.
Custo de capital de terceiros: este custo é formado por empréstimos e financiamentos contraídos em instituições financeiras e pelas obrigações emitidas pelas empresas, tais como as debêntures. As debêntures são valores mobiliários ativos emitidos por ações, de capital aberto ou fechado.
Custo de capital de terceiros em longo prazo ( ki) é o custo após o imposto de renda, hoje de levantar recursos emprestados a longo prazo. Os juros pagos às fontes de capital de terceiros são dedutíveis da base de calculo do imposto de renda, o que torna o custo destas fonte menor que nos juros contratuais correspondentes.
AULA 06: CUSTO MEDIO PONDERADO DE CAPITAL E CUSTO MEDIO MARGINAL DE CAPITAL
AÇÃO PREFERENCIAL: Ação que oferece dividendos e/ou, no caso de dissolução da empresa no reembolso de capital. Em geral, não concede direito a voto em assembleia. A ação preferencial (PN) não dá direito ao acionista de participar da administração da empresa. Para compensar, o acionista tem preferência de receber os dividendos (lucros) da empresa,  antes dos outros acionistas que detêm ordinárias.
CUSTO DE AÇÕES PREFERENCIAIS: O custo das ações preferenciais Kp é o quociente entre o dividendo da ação e o recebimento líquido com a venda dela pela empresa. Para calcular o custo dessas ações, utilizamos o modelo Gordon e Shapiro, descontando o fluxo de dividendos futuros esperados. 
No qual: 
Po = Preço corrente da ação
 D1= dividendo por ação esperado Ao final do ano 1
k= taxa de desconto compatível ao risco assumido pelos fornecedores de capital próprio, na qual para as ações ordinárias usa-se Ko, e para ações preferenciais usa-se Kp.
g = taxa anual esperada de crescimento dos dividendos das ações
Então para a determinação da taxa de desconto, vamos reorganizar a fórmula, ficando assim: 
EXS.: A Invetest S.A. possui uma taxa de capital próprio de 14%. A taxa de crescimento da ação é de 8% e o valor do último dividendo pago foi de $ 4,50. Calcular o preço atual da ação.
Uma ação preferencial da Cia. Invetest tem um dividendo de $ 100, um preço de emissão de $ 1200 e incorre em um custo de emissão de $ 4 por ação. Calcule o seu custo.
Uma ação ordinária da Cia. Invetest tem um dividendo de $ 2,25 por ação. Esta ação tem sido cotada por $15,00 cada, e apresenta uma taxa  de crescimento de 3%. Calcule o seu custo.
CUSTO DE NOVAS AÇÕES: Um empresa inscrita sob forma de sociedade anônima de capital aberto pode subscrever, ou seja, emitir ações. Para isso, ela adquire alguns gastos com a emissão,  e para determinar  este custo utilizamos a seguinte fórmula:
Na qual:
K= custos de novas ações
Ko= custos de novas ações ordinárias
Kp= custos de novas ações preferenciais
D1 = dividendo por ação esperado ao final do ano 1
VL = Valor líquido recebido pela venda da nova ação
g = taxa anual esperada de crescimento dos dividendos
EXS.: Imagine que a empresa TOPA TUDO S.A. pretenda lançar novas ações ordinárias, que terão o valor de emissão de $ 15,00, cada. Haverá um deságio de R$ 0,80 por ação, e estima-se que o total de gastos com a colocação no mercado  seja de $ 0,55 por ação. O dividendo previsto para o próximo ano é de $ 3,00 por ação e os dividendos distribuídos pela empresa têm crescido à taxa média anual de 3,5% nos últimos anos.
Desta forma, o valor líquido recebido de cada ação será de: R$ 13,65 (15,00-0.80 – 0,55).
CUSTO MÉDIO PONDERADO DE CAPITAL (CMPC) OU WACC: Representa o custo dos financiamentos em longo prazo
 da empresa, isto é, seu custo de capital. Ele corresponde à média dos custos das fontes de capital (próprio e de terceiros), ponderados pela participação relativa de cada uma delas na estrutura de capital da empresa.O custo médio ponderado de capital reflete o custo médio futuro de fundos esperado a longo prazo, seu calculo é bastante simples, basta que multiplicar o custo específico de cada modalidade de financiamento por sua proporção na estrutura de capital da empresa e somam-se com os valores ponderados.
Onde:
Ki: Custo de capital de terceiros, de longo prazo, na estrutura do capital.
Wi: Proporção de capital de terceiros de longo prazo na estrutura do capital
Kp: Custo das ações preferenciais 
Wp: proporção de ações preferenciais na estrutura de capital
Ks: Custo do capital próprio na estrutura de capital
Ws: proporção de capital próprio na estrutura de capital
g = taxa anual esperada de crescimento dos dividendos
EXS.: Vamos  considerar um Balanço Patrimonial com as seguintes informações de cada fonte de capital da empresa, que se apresente desta forma:
Temos três tipos de dívidas, cada uma com um custo distinto. Podemos fazer um cálculo de média ponderada para podermos "substituir" essas três dívidas por uma que tenha um custo equivalente.O custo da dívida equivalente (Kd) pode ser calculado:
(Ki x Wi)  + (Kp x Wp) + (Kd x Wd)
Kd = 0,07 x 0,264 + 0,092 x 0,604 + 0,101 x 0,132 = 0,087 ou 8,7%
O total das dívidas corresponde ao valor absoluto de $ 91.000 e o custo da dívida é de 8,7%
Se dividirmos o valor do total da dívida, $91.000,00, pelo total do capital investido pela empresa $ 250.500,00, teremos o peso ou proporção que representam esta dívida na estrutura de capital (91000/250.500 x100 = 36,3%).
Para calcularmos o CMPC, basta substituir os valores na fórmula:
O fator (1-T) que multiplica Kd x Wd representa o benefício fiscal da dívida, onde T é a alíquota do IR (Imposto de Renda). Os juros pagos são deduzidos do lucro para cálculo do IR, desse modo, o custo efetivo da dívida, para a empresa que se financia, é menor que o custo contratado junto ao credor, já que a mesma pode deduzir os juros da base para cálculo do IR.
Como em nossa estrutura temos uma alíquota de IR de 40%, utilizaremos a seguinte fórmula:
A empresa TUDO DOCE apresenta a estrutura de capital abaixo:
Agora Imagine que essas ações tenham seus preços valorizados no mercado. A empresa TUDO DOCE apresenta a estrutura de capital abaixo:
O custo de capital de 16,86% considera os recursos de longo prazo captados no passado, porém avaliados pelos atuais valores de mercado. Na verdade, ele passa a considerar as mudanças ocorridas no mercado, assim atualizando o custo. Estrutura ótima de Capital Acredita-se que o valor da empresa é maximizado quando o custo de capital é minimizado. Para que a empresa tenha uma estrutura ótima de capital, ela substitui o capital próprio por capital de terceiros. Quando este é mais barato, há um declínio no custo médio ponderado de capital.
Imagine que um administrador financeiro da empresa TUDO DOCE S.A. elaborou uma simulação dos custos de 
capital da empresa, conforme o quadro a seguir:
O Administrador desenvolveu 7 simulações. Observe que a estrutura de número 4 foi a que apresentou menor CMPC. Sendo assim, ela é considerada uma estrutura ótima de capital. A maioria das empresas busca uma estrutura ótima de capital, o mix de financiamento (obtenção de dinheiro) que minimiza o custo de capital e, portanto, maximiza o valor da entidade com que o capital (dinheiro) para realizar suas atividades. 
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DA ESTRUTURA ÓTIMA DE CAPITAL,  BASEADA NO MÁXIMO VALOR DA EMPRESA.
De acordo com o gráfico, observamos que a faixa de estrutura ótima de capital é quando o endividamento encontra-se reduzido, assim a empresa trabalhando o seu capital próprio consegue uma  alavancagem.
CUSTO MARGINAL PONDERADO DE CAPITAL (CMGPC): Imagine que uma empresa planeja realizar investimentos em novos ativos imobilizados e o administrador financeiro pode escolher as fontes para a captação dos recursos necessários. Desta forma, ele deverá escolher o menor custo de capital para financiar os projetos. Esses custos são associados aos novos financiamentos captados pela empresa. O custo marginal ponderado de capital é muito importante para a tomada de decisões de investimento. A empresa deverá fazer em que o retorno esperado é superior ao custo médio ponderado de capital e é baseado nisso que o administrador decide se decide se o investimento ou financiamento podem ser tomados ao mesmo tempo. O que devemos ter atenção é que o custo médio marginal ponderado de capital pode variar a qualquer momento, só dependerá do volume de capital que a empresa deseja levantar. Desta forma, pode-se afirmar que o custo marginal ponderado de capital nada mais é do que o custo médio ponderado de capital da empresa, combinado com a próxima unidade monetária do total do novo financiamento.
Para encontrar o CMgPC, devemos encontrar o seu ponto de quebra (também conhecido por ruptura).
No qual: 
PQi   =  ponto de ruptura para o financiamento i
VFi   =  total de fundos disponíveis da fonte de financiamento i a um dado custo.
Wi   =  peso da estrutura de capital - histórica ou meta - para a fonte de financiamento i.
Quando a empresa exaurir seus lucros retidos disponíveis de R$ 300.000,00  (kr = 13 %), terá que usar um novo financiamento de ações ordinárias mais dispendioso (kn  = 14% ) para suprir as necessidades do seu capital próprio. Além disso, a empresa espera emprestar somente R$ 400.000,00 a um custo de 5,6 %; Um empréstimo adicional terá um custo após o IR de 8,4 %.  Assim sendo, existem dois pontos de ruptura:
Quando os lucros retidos, R$ 300.000,00, que custam 13 %, forem exauridos e
Quando empréstimo a longo prazo, R$ 400000,00, que custa 5,6%, for exaurido:
PQ capital próprio  =  300.000,00 / 0,50  = 600000,00
PQ empréstimo a longo prazo   =  400.000,00 / 0,40   =   1000000,00
ESCALA DE OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTO
Em um determinado momento, a empresa dispõe de certas oportunidades de investimento. 
Essas oportunidades diferem, no que diz respeito ao tamanho do investimento antecipado, do risco e do retorno (Uma vez que o custo médio ponderado de capital não é aplicável aos investimentos com risco variável).
 A escala das oportunidades de investimento (POI) da empresa é mostrar as possibilidades de investimento indo do melhor, retornos mais altos, ao pior, retornos mais baixos.  À medida que a empresa aumenta o montante de recursos disponíveis para investimento em projetos de capital, o retorno (TIR) sobre os projetos diminuirá, visto que, geralmente, o primeiro projeto aceito terá o retorno mais elevado, o projeto seguinte escolhido será o segundo com retorno mais elevado, e assim por diante.  Ou seja, o retorno dos investimentos diminui à medida que os projetos adicionais forem aceitos. Suponhamos que uma empresa disponha das seguintes oportunidades de investimento:
AULA 07: ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA DE CURTO PRAZO
CAPITAL DE GIRO: O balanço patrimonial é uma das principais demonstrações contábeis. É por meio dele que se pode observar a saúde financeira da empresa. Neste demonstrativo está evidenciado o Ativo, passivo e patrimônio Liquido. 
ATIVO: O Ativo compreende os Bens e direitos da entidade e o passivo compreende as obrigações.
Patrimônio Líquido: Já o patrimônio Líquido é a diferença entre o ativo e passivo.
As contas registram os aumentos e diminuições nos componentes do balanço. O lançamento de uma conta é chamado débito ou crédito. O lado esquerdo do razonete de uma conta é chamado débito. O lado direito é chamado de crédito.
MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS: É a operação que demonstra a correspondência entre crédito e débito. Onde diz que para cada crédito existe um debito de igual valor, de forma que a soma dos valores debitados seja sempre igual aos valores creditados. Financiamento por sua proporção na estrutura de capital da empresa e somam-se com os valores ponderados. O capital de giro pode ser definido como o montante de recursos que a empresa precisa desembolsar para antes de receber pela venda de seus produtos ou serviços.A gestão do capital de giro reflete como está a empresa, pois demonstra a capacidade que a empresa possui em pagar suas obrigações em dia, e de gerar retorno aos acionistas. Uma empresa, quando se encontra “descapitalizada”, é o mesmo que não dispor de capital de giro suficiente para cumprir com seus compromissos. Para que possamos analisar a capacidade ou necessidade de capital de giro, devemos conhecer os demonstrativos, pois é nele que nos apoiamos para tirar os indicadores que nos dará apoio nas decisões. 
Bem, quando uma empresa é formada, iniciamos com o capital social, ou seja, recursos dos sócios que formam a empresa). Uma parte deste capital é destino  à formação da empresa, no que tange o investimento fixo, ou seja, aquisição das máquinas, móveis, prédio, ferramentas, enfim, para investir em itens do ativo imobilizado. A outra parte formará o estoque e ficará distribuído entre o caixa e banco.
Vendas à vista geram dinheiro no caixa e vendas a prazo geram duplicatas a receber. O conceito de capital de giro está associado aos recursos que estão em constante movimentação do capital de giro que envolve dois ciclos: o operacional e o financeiro.
ADMINISTRAÇÃO DE CAPITAL DE GIRO: contempla as decisões do administrador financeiro, em relação aos ativos e passivos circulantes. Diante desses dois grupos de contas do balanço patrimonial é que podemos dizer se uma empresa possui liquidez ou não. A liquidez de uma empresa é quando ela consegue honrar suas obrigações. Para isso, a empresa deve manter um saldo disponível, representado por dinheiro em caixa, em conta corrente e aplicações em títulos de alta liquidez. Estes são registrados como disponibilidades no balanço patrimonial. Podemos observar no próprio balanço patrimonial que, quanto maior for o montante de recursos investido em cada uma das contas de disponibilidades, maior será a capacidade de liquidez da empresa e menor será o risco de inadimplência por falta de pagamentos dos credores.
No balanço temos duas fontes de recursos, são elas: 
Fontes Onerosas: são aquelas que fornecem recursos sobre os quais se exige remuneração, na forma de juros ou dividendos. Ex.: Empréstimos, as debêntures e o capital próprio.
Fontes Não Onerosas: são aquelas que fornecem recursos que não apresentam custos explícitos. Ex.: salários, impostos a recolher, duplicatas a pagar, etc.
Os ativos circulantes, comumente são chamados de capital de giro, já que eles representam parte da empresa que circula na condução dos negócios da empresa. Para medir o capital da empresa, podemos observar algumas questões: Já que o capital de giro parte dos investimentos que circulam no ciclo operacional da empresa, ou seja, capital circulante (ativo circulante).
Capital circulante líquido será a diferença entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante, e assim podemos observar se a empresa possui, ou não, capacidade de saldar seus compromissos em curto prazo. CGL = Ativo Circulante – Passivo Circulante.
Imagine uma empresa com seu Ativo Circulante no valor de $1.200,00 e seu Passivo Circulante no valor de $ 1000,00; Isto significa que seu CCL é positivo em $ 200,00; Ou seja, o valor do Ativo circulante supera o passivo circulante.
Quando o CCL POSITIVO a parcela do Ativo Circulante é financiada com recursos de Longo Prazo. As necessidades de capital de giro, além de ser fundamental para a análise do ponto de vista financeiro (caixa), assim como também das estratégias de financiamento, crescimento e lucratividade da entidade. Para calcular a Necessidade de capital de giro, utilizamos os demonstrativos contábeis:  Balanço patrimonial e Demonstrativos de resultado
Quando a soma dos elementos do ativo corrente é maior que a soma dos elementos do passivo corrente, dizemos que o CCL é positivo. Em caso contrário, o CCL é negativo. Quando a soma dos elementos do ativo corrente é igual à soma dos elementos do passivo corrente, o CCL é nulo.
Ex.: Ao analisar a empresa KDM, durante o ano de 2004, o ativo circulante foi de $ 650 e o passivo circulante de $ 345. No ano seguinte, o ativo circulante foi para $ 870 e o passivo circulante para $ 505. Calcule a variação do capital de giro em 2005.
AC2005= $ 870
PC2005 = $ 505
AC2004 =  $ 650
PC2004 = $ 345
Variação do CCL = $ 365 – $ 305 = $ 60 Neste caso o CCL foi positivo.
Ex.: Mas se no caso, a empresa KDM apresentasse durante o ano de 2004, o ativo circulante de $ 870 e o passivo circulante de $ 505. No ano seguinte, o ativo circulante foi para $ 650 e o passivo circulante para $ 345. Calcule a variação do capital de giro em 2005.
AC2005 =$ 650
PC2005 = $345 
AC2004 = $ 870
PC2004 = $   505
Variação do CCL = $305 - $ 365 = - $60 Neste caso o CCL foi negativo.
Ex.: Mas se no caso, a empresa KDM apresentasse durante o ano de 2004, o ativo circulante de $ 870 e o passivo circulante, de $ 505. No ano seguinte, o ativo circulante foi para $ 770 e o passivo circulante para $ 405. 
Calcule a variação do capital de giro em 2005.
AC2005 =$ 650
PC2005 = $345 
AC2004 = $ 870
PC2004 = $   505
Variação do CCL = $305 - $ 365 = - $60
Variação do CCL = $265 - $ 265 = $0 Neste caso o CCL é nulo.
NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO: Para se calcular a necessidade de capital de giro de uma empresa, com base em seu balanço patrimonial, é necessário reclassificar algumas contas, tanto do ativo como do passivo.  A equação mostra que a NCG corresponde à diferença entre o capital de giro e o saldo de tesouraria.
NCG = Ativo Operacional – Passivo Operacional
Algumas contas do AC e do PC se renovam de maneira cíclica, juntamente com as operações. 
As contas do AC com esta característica são chamadas de aplicações cíclicas. O exemplo típico de fonte cíclica (operacional) são os fornecedores. 
As contas do PC com esta característica são chamadas de fontes cíclicas. O exemplo típico de aplicação cíclica são os clientes e os estoques.
São chamadas também de Ativo Circulante Operacional e Passivo Circulante Operacional, respectivamente, justamente por esta característica de renovação de saldos, no decorrer da atividade operacional.
A necessidade de capital de giro é a diferença entre as aplicações cíclicas (AC) e as fontes cíclicas (FC): NCG = AC – FC
A necessidade de capital de giro (NCG) indica o montante de recursos necessários para se manter o giro dos negócios, devido à insuficiência das fontes operacionais. Havendo insuficiência de FC, em relação às AC, a empresa terá que buscar novas fontes de financiamento para continuar operando. Estas novas fontes serão as fontes do sistema
financeiro, como veremos à frente.
Quando apresentar AC = FC, ou mesmo AC < FC, não haverá necessidade da empresa buscar novas fontes de financiamento para as suas operações.
CICLO DE CONVERSÃO DE CAIXA
Ciclo Operacional: Corresponde ao intervalo de tempo que compreende  desde a compra da matéria-prima para a produção ou de mercadorias para revenda até o recebimento do valor gerado pela venda.
Ciclo Financeiro: Envolve as entradas e saídas de caixa. 
Ex.: Imagine que uma empresa adquira matéria-prima de fornecedores, e que o prazo de pagamento seja 30 dias. Essa matéria-prima vai imediatamente para a produção, cujo processo dura 15 dias. Após a fabricação, o produto é imediatamente vendido, também a prazo, para o recebimento em 30 dias. Assim, o ciclo operacional é de 45 dias. Sendo assim, o ciclo financeiro é de 15 dias e o ciclo operacional é de 45 dias.
Ciclo financeiro: Corresponde ao intervalo de tempo entre o pagamento de compras e o recebimento de vendas. O Ciclo Financeiro é soma do prazo médio de estocagem com o prazo médio de recebimento e em seguida deduz o prazo médio de pagamento. Ciclo Financeiro: CF = PME + PMR – PMP
Ex.: A empresa JUJU tem um ciclo operacional de 60 dias e um ciclo financeiro de 38 dias. Determine o nº de dias que, em média, a empresa leva para pagar seus fornecedores. 
CO = IME + PMC = 60
CC = IME + PMC - PMP = 38
então,
CC = IME + PMC - PMP  
38   60-  PMP    PMP = 22 dias.
ESTRATÉGIAS DE GESTÃO DE CICLO DE CONVERSÃO DE CAIXA
Quando as empresas fazem elevado investimento no circulante podem apresentar um uso ineficiente de recursos, como:
• Manter saldos de caixa acima do mínimo necessário não traz melhoria à rentabilidade da empresa;
• Manter o saldo de duplicatas a receber elevado pode sinalizar ineficiência na cobrança, ou uma política de crédito desajustada; Por isso é importante cobrar as contas com a maior rapidez possível;
• O saldo do estoque elevado não aumenta as vendas, por isso é importante girar o estoque com a maior velocidade possível;
• Efetuar pagamentos de contas a pagar com a maior lentidão possível, sem prejudicar o crédito da empresa.
AULA 08: ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA DE CURTO PRAZO
A ADMINISTRAÇÃO DE CAIXA: A administração de caixa. também conhecida com administração das disponibilidades, mantém os recursos alocados no saldo de caixa e nas aplicações financeiras em títulos de alta liquidez. Essas disponibilidades são mantidas por vários motivos, vamos citar aqui alguns deles, como:
- Transações: Estes recursos são mantidos em disponibilidade para efetuar pagamentos das obrigações programadas. Ex.:  Duplicatas a pagar, salários, recolhimento de impostos, etc.
- Reserva: Os recursos monetários superiores às necessidades de transações mantidas por precaução em virtude de eventuais erros de previsão, não recebimento de duplicatas, assim como alguns gastos esporádicos. 
Estes recursos em geral ficam aplicados em títulos de alta liquidez, que podem ser convertidos rapidamente em caixa, quando necessário.
- Especulação: Recursos monetários mantidos em aplicações financeiras com a intenção de aproveitar as oportunidades de negócios. Ex: Compra de produtos com preço baixo. 
Reciprocidade bancária, saldos mínimos mantidos em conta corrente, com o intuito de cultivar um bom relacionamento com os bancos que a empresa opera, MS expectativa de obter, operações   de descontos , linhas de credito maiores, etc.
FINANCIAMENTO DE CAPITAL DE GIRO
Devido a uma gestão “apertada”, muitas empresas apresentam flutuações para maior ou menor em sua área de vendas. Uma empresa deve manter um saldo ideal nas contas das disponibilidades, das duplicatas a receber e dos estoques. Quando as vendas são menores, há redução nos saldos desses ativos.
Vendas menores = redução saldo dos ativos
Para que a empresa possa manter este saldo ideal, ela implicará na contemplação do ativo circulante em uma parcela comprometida com o ciclo operacional, denominamos esta ação como ativo circulante permanente e ativo circulante sazonal, e estes serão objetos de análise para o financiamento.
ESTRATÉGIA: Para que se tome a decisão de financiar, ou não, esses ativos, com recursos de longo ou curto prazo é importante que se concilie uma situação de liquidez e de rentabilidade do capital investido pela empresa. Para isso, são adotadas algumas políticas como:
- Estratégia Conservadora: É quando a empresa financia, com recursos de longo prazo,  o ativo permanente, o ativo circulante permanente, assim como uma parcela do ativo circulante sazonal. Desta maneira, apenas pequena parte do ativo circulante sazonal é financiada com recursos de curto prazo de alta liquidez. Esta estratégia por ser conservadora, o risco da empresa se tornar inadimplente é pequeno, mas o custo é alto, assim reduz a rentabilidade do capital investido .
- Estratégia Agressiva: A empresa financia todo o seu ativo permanente e apenas parte do ativo circulante permanente será financiada  com recursos de longo prazo.  Nessas condições, o custo da estratégia é baixo, aumentando, assim, o retorno sobre o capital investido, mas o risco da empresa tornar-se inadimplente é alto.
- Estratégia Moderadora: A empresa financia com recursos de longo prazo, tanto o ativo permanente como o ativo circulante permanente. Apenas no ativo sazonal é financiado com recursos de curto prazo.  Pelo fato de ser uma estratégia conservadora, o risco da empresa se tornar inadimplente  é mínimo, porém o custo é alto, reduzindo, assim, a rentabilidade do capital.
 CASO: Considere a estimativa de uma empresa, com relação aos valores mensais de ativos circulantes permanentes e totais, para o ano seguinte, dada nas colunas 1, 2 e 3 da tabela abaixo. Observe que a relativa estabilidade do nível de ativos totais ao longo do ano reflete a ausência de crescimento da empresa.
Estratégia: Uma empresa que tenha média mensal  de $ 13.800 de Necessidade Permanente de Fundos e a média mensal de $ 1.950 de Necessidade Sazonal, poderá adotar as duas estratégias: Agressiva ou conservadora.  A taxa de 3% a.a. para Recursos a Curto Prazo e 11% a.a. para o Longo Prazo provocaria o seguinte efeito nos custos:
AGRESSIVA
Custo do financiamento a curto prazo = 3% X $   1.950 =  $ 58,50
Custo do financiamento a longo prazo = 11% X $ 13.800 =  $ 1.518,00
Custo total = $1.576,50
CONSERVADORA: Obs.: Os Ativos Totais atingiram seu maior valor em outubro/XX, onde as Necessidades Permanentes de Fundos atingiram $ 13.800 e a Necessidade Sazonal $ 4.200, perfazendo o Ativo total de $ 18.000.
Custo de financiamento a longo prazo = 11% X $ 18.000 = $ 1.980
ORÇAMENTO DE CAIXA
Para exercer o controle eficiente das disponibilidades, utilizamos o orçamento de caixa. Este é um instrumento que é considerado um dos principais aliados da administração de caixa, ele controla eficientemente, é como um instrumento auxiliar, pois se trata de um demonstrado onde estão discriminadas as projeções das entradas  de recursos monetários.
O orçamento de caixa dá ao administrador uma visão do que acontecerá com os recursos comentário em data futura, desta forma ele poderá planejar investimentos, financiamentos e alguma eventualidade. 
Vendas: Do total das vendas, 50% são recebidas à vista e 50% são recebidas com um prazo de 30 dias.
Compras: As compras da empresa representam 60% das vendas e são pagas da seguinte forma: 40% à vista e 60% com prazo de 30 dias.
Aquisição de imobilizado: Pagamento referente à compra de imobilizado, no valor de R$ 15.000, no mês de abril.
Outras informações: Saldo inicial de caixa em janeiro = R$ 7.000,00. 
Que análise pode ser feita sobre o exemplo do orçamento de caixa da JOTA Ltda., para o primeiro quadrimestre do ano?
Primeiro: É que a empresa conseguiu um bom equilíbrio entre seus ingressos e desembolsos, pois em nenhum momento foi evidenciado um déficit de caixa (saldo final negativo).
Segundo: A partir do primeiro mês, há um superávit de caixa considerável. Que somente será utilizado a partir do mês de abril. Então a empresa poderia aplicar estes recursos por um prazo de até 90 dias, conseguindo um incremento financeiro em seu caixa, advindo dos juros recebidos ou reduzir seu investimento em disponibilidades, pois estes valores não serão utilizados e podem ser aplicados em ativos de maior rentabilidade. 
Desta forma, entende-se que o orçamento de caixa demonstra a sua importância, pois ele nos possibilita a visualização de um horizonte mais abrangente, que nos dá condições de tomarmos decisões financeiras com um grau de acerto muito maior, reduzindo nossos riscos de escassez de caixa.
Exemplo 2: A Indústria Macapá Ltda., inaugurada em maio de 2002, está desenvolvendo um orçamento de caixa para julho, agosto e setembro de 2002. As vendas foram de $ 100.000,00 em maio e de $ 200.000,00 em junho. Estão previstas vendas de $ 400.000,00, $ 300.000,00 e $ 200.000,00, respectivamente, para julho, agosto e setembro. Das vendas feitas pelo setor, 20% têm sido à vista, 50% têm gerado duplicatas com prazo de um mês, e as 30% restantes, de dois meses. 
ADMINISTRAÇÃO DE RECEBIMENTOS E PAGAMENTOS
o tempo de venda até o tempo de recebimento e a conversão deste em caixa requer uma preocupação da área de administração entre pagamentos e recebimentos.
Diante destas preocupações, utilizamos o que chamamos de FLOAT. Estes são os fundos enviados pelo pagante, mas ainda não disponíveis ao que recebe opagamento. O Float é importante tanto para pagamentos, quanto para recebimentos. O seu objetivo é encurtar o prazo de recebimento e ampliar o prazo médio de pagamento.
Como atingir esse objetivo utilizando o Float?  Basta utilizar um de seus três componentes:
- Float de Correspondência: Tempo que transcorre entre o momento que o pagamento é colocado no correio e o momento em que é recebido.
- Float de processamento: Tempo entre o depósito do pagamento e a disponibilidade de fundos na conta da empresa.
- Float de compensação: Tempo entre o depósito do pagamento e a disponibilidade de fundos à empresa. (cheque no sistema bancário).
Para acelerar os recebimentos diminui-se O Float do cliente e, assim diminuindo o prazo médio de recebimento da empresa, assim como também ele poderá utilizar para pagamentos. 
A boa gestão do Float está em:
• Cobrar os pagamentos o mais rápido possível, já que uma vez postos no correio, os fundos já pertencem à empresa;
• Retardar os pagamentos aos fornecedores porque uma vez remetidos, os fundos pertencem ao fornecedor. 
 Então a conclusão que chegamos é que devemos acelerar o recebimento e retardar os pagamentos. Mas lembre-se: SEM PERDER A CREDIBILIDADE DA EMPRESA. A manutenção de disponibilidades representa o seu estado de liquidez, e isso lhe dará benefícios e, ao mesmo tempo, lhe causa determinados custos. Estes custos ocorrem devido  aos  recursos monetários inativos, como aplicações e títulos e saldo mínimo de caixa, já que estes rendem juros menores do que se estivessem aplicados em investimentos de prazos mais longos. Mas nem tudo é ruim, os benefícios correspondem aos custos que se evitam quando esses recursos monetários são mantidos em estado de liquidez, como os juros que seriam incorridos em caso de empréstimos de curto prazo junto às instituições financeiras, o custo relativo ao desconto de duplicatas para obter disponibilidades, caso os recursos fossem mantidos e aplicados. 
Sabemos que o saldo mantido na tesouraria da empresa ou depositado em conta corrente bancária não proporciona nenhum tipo de remuneração, de forma que a melhor alternativa seria a empresa aplicar em títulos de curto prazo, com alta liquidez. Mas ainda temos algumas preocupações:
- Os recursos monetários aplicados em títulos de alta liquidez proporcional certa remuneração, mas ao efetuar a venda de títulos, a empresa incorre em custos de conversão, como custo de corretagem, por exemplo. 
- Deste modo, o que ajudará será o tempo, isso mesmo! O montante dos custos de conversão, nos quais a empresa incorre, dependerá do número de vezes que ela tiver de vender títulos, sendo que tais custos poderão superar a remuneração obtida com a liquidação destes.
- Para se ter um saldo ideal de caixa o administrador, deverá definir este valor que será mantido na conta caixa e na conta corrente bancária.
- Existe um modelo utilizado chamado Baumol. Este foi desenvolvido por William Baumol, onde o administrador financeiro determina o montante de recursos financeiros que deverá ser mantido em disponibilidade.
EXEMPLO: Você, administrador de uma empresa, prevê a necessidade de recursos para a transação de um montante de $ 1156 milhão para o ano de 20xx. Informações disponíveis indicam que aplicações em títulos de alta liquidez proporcional um rendimento de 10% ao ano e que a cada resgate de títulos se incorre custos em $ 50,00. 
AULA 09: ALAVANCAGEM
O termo alavancagem é empregado em finanças como o uso de uma alavanca, isso mesmo, aquela utilizada na física, que a partir de um apoio levantamos algo. 
Lembra-se da gangorra do parquinho? É como uma alavanca na qual  precisamos  de um ponto fixo e ter um peso maior de um lado para que o outro vá para cima.
Em finanças, o espírito da lei da física é utilizado para mensurar os efeitos decorrentes dos custos e despesas operacionais fixas das despesas financeiras, com juros no retorno para os proprietários de uma empresa. Assim, esses custos e despesas representam o ponto de apoio da alavanca e a massa, o lucro da empresa. 
“Alavancagem é o produto do uso dos ativos ou fundos a custo fixo parta multiplicar os retornos dos proprietários da empresa”. 
Em administração financeira, as decisões de expansão do nível de atividades da empresa, dada uma estrutura de custos e despesas operacionais fixos, visam o aumento do lucro operacional, esta situação é denominada alavancagem operacional. Quando as decisões são associadas a alterações na estrutura de capital, que elevam o volume de capital de terceiros em relação ao capital próprio, visam o aumento do retorno dos proprietários da empresa. Esta situação é denominada alavancagem financeira.
- Alavancagem Operacional: É aquela que possui relação entre a receita de vendas e o lucro, antes dos juros e imposto de renda ou Laji (resultado operacional).
- Alavancagem Financeira: Diz respeito à relação entre o LAJI  e o lucro líquido por ação ordinária da empresa (LPA).
- Alavancagem Total: Diz respeito à relação entre a receita de vendas e o LPA.
ENTENDER O PONTO DE EQUILÍBRIO
A análise de ponto de equilíbrio, também conhecida como CVL- Custo, Volume, Lucro, é utilizada para cobrir todos os custos operacionais, avaliar a rentabilidade associada a níveis diversos de vendas. O ponto de equilíbrio se faz no momento em que o nível de venda cobre os custos operacionais, ou seja, não há lucro e muito menos prejuízo. Montante das vendas possui o mesmo valor de custos e despesas.
Imagine que uma empresa fabrique e venda apenas um tipo de produto, podendo determinar o ponto de equilíbrio, tanto em quantidade quanto em valor monetário desse produto.
Para calcular a quantidade necessária do produto A para que o ponto de equilíbrio seja atingido, utilizamos a seguinte fórmula:
Fórmula do ponto de equilíbrio: PE = Custos Fixos / % Margem de Contribuição.
Margem de contribuição unitária: Preço de venda unitário – custos e despesas variáveis unitária.
Para o cálculo do valor monetário do ponto de equilíbrio, utilizamos a seguinte fórmula:
Usando as variáveis a seguir, a porção operacional da demonstração de resultado da empresa pode ser assim representada:
A empresa Cheryl’s Pôsters tem custos operacionais fixos de $ 2.500. Seu preço de venda é de $ 10 por unidade e o custo operacional variável é de $ 5 por unidade. Calcule o ponto de equilíbrio operacional.
Isso quer dizer que, se a Cheryl’s vender exatamente 500 unidades, suas receitas serão iguais a seus custos (LAJI = $0)
ANÁLISE GRÁFICA DO PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL
ALAVANCAGEM OPERACIONAL
É proporcionada pelos custos e despesas operacionais fixos, como estes tendem a permanecer constantes, mesmo com a oscilação da produção e das vendas dentro do intervalo de variação relevante, quanto maior for o volume da produção e vendas dentro desse intervalo, maior será o seu montante de margem de contribuição para um mesmo montante de custos e despesas fixos. Desta forma, o lucro operacional ou LAJIR será maior quando se estiver esperando no limite superior do intervalo de variação relevante, e essa situação será decorrente da alavancagem operacional.
Observamos que a JJ apresenta diferentes quantidades dentro do intervalo apresentado. No quadro, percebemos que o lucro operacional da empresa tem 10 mil, 11 mil e 12 mil toneladas de aço processadas por ano. 
Levando em consideração o limite inferior deste intervalo para avaliar a evolução da margem de contribuição e do lucro operacional, temos: Quando a produção e vendas passam de 10 mil para 11 mil toneladas por ano: O crescimento da margem de contribuição é de 10%. O crescimento do lucro operacional é de 30%.
Quando a produção e vendas passam de 10 mil para 12 mil toneladas por ano: O crescimento da margem de contribuição é de 20%. O crescimento do lucro operacional é de 60%.
Nas duas situações, o lucro operacional apresenta um crescimento mais que proporcional ao crescimento da margem de contribuição. Esse é o efeito da alavancagem operacional  proporcionado pelos

Outros materiais