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Pesquisa e análise de práticas pedagógicas e projetos educacionais desenvolvidos na perspectiva da educação inclusiva. 
Foi realizada entrevista com Pedro Moreno Barbosa Santanna, professor de inglês na Escola Estadual Silvio Egito Sobrinho no Bairro Solar de Anchieta Espírito Santo. Este é graduado em letras inglês e mestrando na mesma área. 
Como contextualização, a escola Silvio Egito Sobrinho fica localizada em área de periferia, foi reformada no ano de 2008 pelo governo do estado para que fosse possível garantir aos alunos prédios estruturados, com sala de informática, biblioteca, quadra poliesportiva com material esportivo, laboratórios, entre outros espaços essenciais para garantir o bom aprendizado das crianças e jovens capixabas.
O professor acima qualificado trabalha com turmas de ensino médio, alunos com média de idade de 15 a 19 anos. A escola é localizada em área de risco social visto que a área é dominada pelo tráfico de drogas sendo alguns alunos envolvidos com a compra, utilização e vendas de entorpecentes.
Com a reforma da escola, pela avaliação do professor, esta tem o perfil de ser uma escola inclusiva. Quando trata-se da acessibilidade física a escola tem elevadores e rampas, porém, a localização da escola dificulta que o aluno que apresente deficiência física chegue até ela. A unidade de ensino é localizada em uma rua de estrada de terra e em região com predominância de morros.
Quando se trata dos recursos adaptados disponíveis para professores alunos, o professor informa a existência de uma sala de recursos, porém, os materiais disponíveis para utilização são velhos e dificulta um pouco o trabalho das professoras que atendem no local. 
Em relação a adaptação de acesso ao currículo para alunos especiais, a escola não se preocupa com o fato, cabendo ao professor de cada disciplina tratar o assunto. O professor confessou que de fato, ele raramente faz as adaptações pelo pouco preparo que possui para atender de forma específica esses alunos. Em relação a planejamento, o professor informa que a escola não exige com frequência e é feito infelizmente a cargo do professor e quando este tem tempo para tal.
Indaguei ao professor Pedro, a questão da parceria com as famílias desses alunos com necessidade especial, ele informou que não ocorre como ele gostaria. A maioria dos pais desses alunos não tem interesse na parceria, deixam os alunos na escola simplesmente por obrigação ou por precisarem trabalhar e que estes ficam protegidos, não tem plena consciência do seu papel junto a educação e crescimento pessoal do filho. O momento de integração com a comunidade são nas feiras culturais da escola que são abertas para participação para alunos da APAE (Associação de pais e amigos dos excepcionais), mesmo para aqueles alunos que não frequentam ambas instituições. O professor informa que trabalha com alunos autistas, down, com deficiências físicas e hidrocefalia.
Quando tratamos da interação dos alunos portadores de necessidade especiais e a relação deste com o professor, fui informada que os professores fazem reuniões específicas sobre esses alunos. Alguns com deficiências menores, conseguem, no seu tempo entender um mínimo sobre o que os demais alunos estão aprendendo. Porém, alguns possuem deficiências graves que dificultam a comunicação e o aprendizado, apesar de não fazerem distinção em relação ao tipo de deficiência, não se consegue manter uma mínima comunicação para o aprendizado, seja pela dificuldade do aluno, seja pelo pouco preparo do professor para trabalhar esse aluno.
Quanto a recursos matérias, o professor informa que a quantidade e qualidade disponível estão muito aquém do necessário para realização de um trabalho adequado. 
	 
Avaliação	
Após a conversa com o professor, observa-se uma distância da teoria com a prática que acontece na escola Silvio Egito. 
Não há cobranças do pedagogo e da secretaria de educação em relação ao planejamento de trabalho cabendo aos professores tanto buscar a sua capacitação como também realizar individualmente o planejamento de aula para que o aluno portador de necessidade especial possa ser integrado a aula que ocorre.
A escola pela minha percepção na conversa com o professor, apesar de se considerar inclusiva, deixa a questão do aluno com deficiência a cargo das salas de recursos inclusive quando se trata da avaliação, que de acordo com o professor é realizada pelos professores especializados.
Acredita-se que o trabalho da escola esteja em desacordo com o projeto politico pedagógico, pois a inclusão só ocorre no papel. O simples ato de manter um aluno especial em sala de aula, com mínimas adaptações no currículo, a meu ver, não torna essa escola inclusiva
A meu ver, uma escola inclusiva precisa integrar o aluno com deficiência em sala de aula, de maneira que este possa participar da maioria das atividades. É uma escola que oferta aos professores de sala de aula regular o mínimo de preparo para as adaptações necessárias em suas aulas e que cobra dos pais sua efetiva participação na vida escolar desse aluno.

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