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1 Agronomia Entomologia Aplicada 4° Período - Agronomia •Aula: Táticas de controle de pragas: Controle Químico Faculdade Integrado de Campo Mourão 1. O CONTROLE QUÍMICO NO MIP Controle químico: Indispensável (Crócomo, 1990) Única medida prática para o controle de populações de insetos quando se aproximam do nível de dano econômico (NDE); Rápida ação curativa; Grande variedade de propriedades, usos e métodos de aplicação para as diferentes condições de ocorrência das pragas; Apresentam bom retorno econômico e custo de uso relativamente baixo. 2. CONCEITOS: Inseticidas: Compostos químicos ou biológicos letais aos insetos-praga, utilizados em dosagens economicamente viáveis (Nakano & Batista, 1983). Poder tóxico Poder residual Persistência Período de carência Classes toxicológicas dos inseticidas com base na DL50 Classe Classificação Cor da faixa no rótulo da embalagem I Extremamente tóxico (DL50 menor que 50 mg/kg de peso vivo) Vermelho II Altamente tóxico (DL50 de 50 mg a 500 mg/kg de peso vivo) Amarelo III Medianamente tóxico (DL50 de 500 mg a 5.000 mg/kg de peso vivo) Azul IV Pouco tóxico (DL50 maior que 5.000 mg/kg de peso vivo) Verde 1A dose letal (DL50) é a dose de uma substância, expressa em mg/kg de peso vivo, necessária ingerir ou administrar para provocar a morte de pelo menos 50% da população em estudo. Seletividade - Seletividade ecológica – baseada nas diferenças ecológicas entre pragas e inimigos naturais possibilitando que o produto entre em contato com a praga e não com os inimigos naturais. - Seletividade fisiológica – está baseada nas diferenças fisiológica entre as pragas e seus inimigos naturais onde as pragas são mortas a uma concentração do produto que não afeta os indivíduos benéficos. MODO DE ENTRADA DOS INSETICIDAS NOS INSETOS: Contato: Ação direta ou indireta Ingestão Fumigação 2 AÇÃO DOS INSETICIDAS NAS PLANTAS: • Não-sistêmicos • Profundidade (Translaminar) • Sistêmico Vantagens dos inseticidas sistêmicos: • Menor desequilíbrio biológico (inseticidas aplicados no solo); • Ação sobre sugadores em locais de difícil penetração; • Menor perda por lavagem (chuva ou irrigação); • Não é necessária perfeita cobertura da planta (redistribuição). Desvantagens dos inseticidas sistêmicos: • Fraca ação sobre mastigadores; • Baixa eficiência em plantas de porte elevado; • Muito tóxicos (via dermal); • Custo. 4. CLASSIFICAÇÃO DOS INSETICIDAS Vários sistemas: por grupo químico, seletividade, toxicidade, etc. Grupos químicos: • Organo-sintéticos - Clorados - Fosforados - Clorofosforados - Carbamatos - Piretróides - Outros grupos: fisiológicos, etc. • Microbianos - Bacillus thuringiensis, Baculovirus anticarsia, etc. • Organo-naturais - Piretrinas - Nicotina - Rotenona - Óleos minerais e vegetais • Inorgânicos - Arseniacais Gânglio Supraesofageal (Cérebro) Gânglio Subesofageal Gânglios Torácicos Gânglios Abdominais Sistema nervoso dos insetos Eventos axônicos Eventos axônicos Eventos sinápticos 5. MECANISMO DE AÇÃO DOS INSETICIDAS NEUROTÓXICOS • ATUAM NA TRANSMISSÃO SINÁPTICA (transmissão química) MoA - Inibidores da acetilcolinesterase (Ache): • Grupo químico: Organofosforados Ex: ACEFATO (Orthene) METAMIDOFÓS (Tamaron) PROFENOFÓS (Curacron 500) PARATION METÍL (Folidol) • Grupo químico: Carbamatos Ex: ALDICARB (Temik) CARBARIL (Sevin) METOMIL ( Lannate) MoA - Agonistas da acetilcolina (Ach): • Grupo químico: Nicotina, Neonicotinóides Ex: IMIDACLOPRID (Confidor) THIAMETHOXAM (Actara) ACETAMIPRID (Mospilan) CLOTIANIDINA (Poncho) Inseticidas eficientes no controle de insetos sugadores. Aphis gossypi Foto: J. B. Torres Bemisia tabaci http://www.ivia.es/~aurbaneja/Bemisia.jpg Agem por contato e ingestão 3 MoA – Ativadores de receptores nicotínicos de Acetilcolina (Ach) Grupo químico: Spinosinas Sítio de ação: receptores nicotínicos de acetilcolina Ação por contato e ingestão Ex.: Spinosad (Tracer, Alea) Spinetoran (Exalt , Delegate) • ATUAM NA TRANSMISSÃO AXÔNICA (transmissão elétrica) Agem na permeabilidade da membrana do axônio MoA - Moduladores dos canais de Sódio (Na+) * efeito de choque (Knock down) Grupo químico: Piretróides Elevada ação por contato Ex: CIPERMETRINA (Arrivo, Cipermetrina Nortox, Cipermetrin) DELTAMETRINA (Decis) LAMBDA-CIOLATRINA (Karate) MoA - Bloqueadores os canais Sódio (NA+) Grupo químico: Oxadiazinas Elevada ação por contato e ingestão Ex: Indoxacarb (Avatar) Grupo químico: Semicarbazone Ex: Metaflumizone MoA – Bloqueadores (antagonistas) dos canais de cloro (Cl‾) Ação por contato e ingestão • Grupo químico: Ciclodienos (ENDOSULFAN/ Thiodan) Fenil-pirazóis (FIPRONIl/ Regente) MoA - Moduladores dos receptores de Rianodina Grupo químico: Diamidas Sítio de ação: canais Ca+ das células musculares Ação por contato e ingestão Ex: Chlorantraniliprole (Premio) sist. Flubendiamida (Belt) Cyantraniprole (Benevia) sist. Crescimento dos insetos: Reguladores de crescimento • INIBIDORES DA SÍNTESE DE QUITINA Grupo químico: Benzoiluréias Interferência na produção de quitina Ex: - DIFLUBENZURON (Dimilin) (Lepidópteros, Coleoptera, Diptera e Hymenoptera) - TRIFLUMURON (Alsystin) - LUFENURON (Match) (Lepidópteros e ácaros) - TEFLUBENZURON (Nomolt) 4 • AGONISTAS DE ECDISTERÓIDES Grupo químico: Diacilidrazinas Provocam aceleração no processo da ecdise Ex: - TEBUFENOZIDE (Mimic) - METHOXYFENOZIDE (Intrepid 240 SC) Inseticidas que atuam sobre o hormônio juvenil. Hormônio do crescimento (Ecdsonio) X Hormônio juvenil • Análagos do Hormônio Juvenil (juvenóides) Interferem na ecdise e reprodução Ex: Metoprene (Kabat) Piriproxifen (Cordial) – mosca branca • Antagonistas do Hormônio Juvenil - anti-juvenóides (precocenos) Inibem a ação do hormônio juvenil - Grupo de insetos sensíveis: Heteroptera, Homoptera e Orthoptera. 6. Limitações do controle químico • Resistência dos insetos aos inseticidas • Aparecimento de pragas secundárias • Efeitos adversos sobre as espécies não-alvo --> ressurgência • Resíduos nos alimentos e ambiente • Riscos diretos aos aplicadores • Solução temporária para os problemas das pragas 7. Estratégias de Utilização de Inseticidas no MIP Aplicação supressiva Aplicação emergencial Tratamento preventivo Qualidade da aplicação Produto (formulação e dosagem) Densidade populacional da praga Condições climáticas Resistência Possíveis Causas para o Insucesso no Controle Químico Desenvolvimento de uma habilidade em uma linhagem de um organismo em tolerar doses de tóxicos que seriam letais para a maioria da população normal (susceptível) da mesma espécie. A resistência é uma característica hereditária. Definição de Resistência: Resistência de insetos à inseticidas 5 Inseticida "A"Inseticida "A" Redução na penetração Redução na penetração Aumento no metabolismo Inseticida "A" ---------> B + C Aumento no metabolismo Inseticida "A" ---------> B + C Redução na sensibilidade do alvo de ação Redução na sensibilidade do alvo de ação Inseticida "A"Inseticida "A" Alvo de ação normal Alvo de ação normal Alvo de ação alterado Alvo de ação alterado enzimaenzima Mecanismos de Resistência Mecanismos de Resistência Resistência porResistência por comportamentocomportamento Mecanismos e Resistência Aplicações mais freqüentes de pesticidas Uso de dosagens acima da recomendada no rótulo / bula do produto Uso de misturas indevidas Mudança de produto Evolução da Resistência S S S S S S S S S S S S S SS S S S S S S S S S S S S S S S S S S SS S S S S S S S S S S S S S S S S R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R Produto do Grupo AProduto do Grupo A Produto do Grupo AProduto do Grupo A Produto do Grupo AProduto do Grupo A ApApóós a s a PulverizaPulverizaççãoão ApApóós a s a PulverizaPulverizaççãoão ApApóós as a PulverizaPulverizaççãoão S = Indivíduo Susceptível R = Indivíduo Resistente a Produtos do Grupo A Não se cria indivíduos resistentes - Característica Hereditária Processo de desenvolvimento da resistência Resistência X Presença de variabilidade genética … Seleção … Após seleção… 6 Após vários ciclos de seleção… Evolução da Resistência Freqüência de Resistência Tempo Aplicação do inseticida A Freqüência Crítica Freqüência Crítica: é a freqüência a partir da qual a resistência se torna um problema econômico, ou seja, fracassos no controle de uma determinada praga são verificados devido à resistência CONSEQÜÊNCIAS DA EVOLUÇÃO DA RESISTÊNCIA Comprometimento dos Programas de MIP - Maior contaminação no meio ambiente - Destruição de organismos benéficos - Elevação nos custos de controle Estratégias de Manejo da Resistência Manejo por Moderação: - reduzir o uso de produtos químicos - uso de produtos de baixa persistência - aplicação do produto nos estágios mais sensíveis da praga - controle por reboleira (quando apropriado) Manejo por Saturação: reduzir as vantagens adaptativas dos indivíduos resistentes (p. ex. uso de altas doses ou uso de sinergistas) Manejo por Ataque Múltiplo: uso de produtos em rotação ou mistura. S S S S S S S S S S S S S SS S S S S S S S S S S S S S S S S S S SS S S S S S S S S S S S S S S S S RR RR S RR RR RR S S S S S S RR R Produto doProduto do Grupo AGrupo A Produto doProduto do Grupo BGrupo B Produto Produto do Grupo Cdo Grupo C ApApóós a s a PulverizaPulverizaççãoão ApApóós a s a PulverizaPulverizaççãoão ApApóós as a PulverizaPulverizaççãoão S = Susceptível R = Resistente a Produtos do Grupo A R = Resistente a Produtos do Grupo B R = Resistente a Produtos do Grupo C RR RR RR RR RR RR RR RR RR RR RR Rotação de Produtos Os indivíduos resistentes ao produto A serão controlados pelo produto B. Os indivíduos resistentes ao produto B serão controlados pelo produto A. Não utilizar produtos do mesmo grupo químico ou produtos de grupos distintos, mas com o mesmo mecanismo de ação, em rotação ou mistura de tanque Produto A e Produto B Princípio Básico da Rotação de Produtos
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