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Aula 2 Revisao historica

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CHO - PROF. GLAUCO
Aula 02 – Revisão Histórica
BIBLIOGRAFIA BÁSICA: 
WAGNER, J.A.,Hollenbeck, J.R. Comportamento organizacional: criando vantagem competitiva. São Paulo: Saraiva, 2009.
ROBBINS, S.P. Comportamento organizacional. São Paulo: Pearson Education, 2009.
VECCHIO, R.P. Comportamento organizacional: conceitos básicos. São Paulo: Cengage Learning, 2008.
1 – Antecedentes Históricos da ADM
 
A TGA - Teoria Geral da Administração foi construída, ao longo do tempo por várias correntes teóricas. Cada uma dessas teorias propôs a sua visão baseada em estudos que fez com foco em algum assunto. Esse foco é denominado ênfase.  
Essas escolhas ou ênfases, portanto, constituem as variáveis básicas das escolas administrativas e são as seguintes: tarefas, estrutura, pessoas, ambiente e tecnologia. 
 
A tabela a seguir mostra as principais teorias administrativas e seus principais enfoques, ou seja, as variáveis que cada uma elegeu para construir as suas propostas teóricas: 
 
 
A Administração tornou-se fundamental na condução da sociedade moderna. Ela é um meio de fazer com que as coisas sejam realizadas da melhor maneira, com o menor custo e com a maior eficiência e eficácia. Por ser uma atividade humana, a Administração recebe, recebeu e continuará recebendo influências do seu ambiente, assim como o influenciará. 
Os fatores que provocarão profundos impactos sobre as organizações são os seguintes:
crescimento das organizações
concorrência mais aguda
sofisticação da tecnologia
mudanças na economia
globalização e internacionalização dos negócios 
visibilidade maior das organizações
   
 
2 - As influências sobre a Administração
O ato de administrar, como qualquer outra ação humana, é produto das influências que recebe do meio onde acontece. Ao longo da evolução histórica, a administração não teve comportamento diferente: mesmo antes de ser estudada como uma ciência, a sua prática sempre foi resultado de como a humanidade percebeu  mundo ao seu redor e de como aplicou essa percepção.
CHIAVENATO cita que a administração recebeu influências dos filósofos, da     organização eclesiástica, da organização militar, da Revolução Industrial, dos economistas liberais e dos pioneiros  e empreendedores. 
 
A influência dos filósofos
Nomes que de algum modo mencionaram ou estudaram a administração e organizações: Sócrates, Platão, Aristóteles, Francis Bacon, René Descartes, Thomas Hobbes, Jean-Jacques Rousseau, Karl Marx e Friedrich Engels. 
 
A administração recebeu duas profundas e marcantes influências. Uma delas veio da física tradicional de Isaac Newton: a tendência à exatidão e ao determinismo matemático. 
A outra veio de René Descartes e de seu método cartesiano (a tendência à análise e à divisão do trabalho), baseado nos seguintes princípios:
princípio da dúvida sistemática ou da evidência 
principio da análise ou de decomposição 
princípio da síntese  ou da composição 
princípio da enumeração ou da verificação.  
Essas duas influências, de Newton e de Descartes, definiram os rumos da administração até a década de 1990.
 
A influência da Igreja Católica
Dois foram os aspectos marcantes dessa influência:
a unidade de propósitos e princípios, fundamentais tanto na organização religiosa quanto na militar e, 
a estrutura da organização religiosa, onde uma só pessoa - o Papa - pode operar e comandar uma organização de porte mundial. 
  
A influência da organização militar
Poderosa influência, originada de coisas como o desenvolvimento da organização linear, de táticas e manobras, de estratégias, da criação dos conceitos de staff, como assessoria à centralização do comando e de linha, cuidando da execução descentralizada.  
Além disso, o princípio de direção, que preceitua que todo soldado deve saber perfeitamente o que se espera dele e o que ele deve fazer, assim como os princípios da disciplina e do planejamento.
A influência dos economistas liberais 
Desde o século XVII, os estudos econômicos, que já vinham desenvolvendo teorias para explicar os fenômenos empresariais, evoluíram, passando pelo liberalismo, pelo socialismo científico e materialismo histórico, que obrigaram à construção de vários conceitos dentro das organizações, para tratamento do aperfeiçoamento dos métodos de produção (racionalização do trabalho) e da adequada remuneração. Adam Simth e os fisiocratas.
 
A influência dos pioneiros e empreendedores 
O grande berço para os novos empreendimentos modernos foram os Estados Unidos e a Inglaterra, após a revolução industrial. Lá, o surgimento de iniciativas pioneiras e empreendedoras, principalmente, foi fundamental para a criação das bases que permitiram o aparecimento da Teoria Administrativa. A necessidade de gerenciar os empreendimentos que surgiam obrigou a criação de técnicas e de processos de planejamento, de organização, de direção e de controle que ainda são vistos na prática administrativa atual. 
 
 
A influência da Revolução Industrial
Esta talvez tenha sido a influencia que mais impressionou a Administração. Marcante e avassaladora, a Revolução Industrial transformou o planeta. A Administração não poderia escapar dessa influência.
A primeira Revolução Industrial ocorreu de 1780 a 1860, com base na revolução do ferro e do carvão. Caracterizou-se por meio das seguintes quatro fases: 1) Mecanização da indústria e da agricultura; 2) aplicação da força motriz à indústria; 3) desenvolvimento do sistema fabril e 4) espetacular aceleração dos transportes e das comunicações. 
Em seguida, de 1860 a 1914, ocorre a segunda Revolução Industrial, baseada no aço e na eletricidade. Para CHIAVENATO “A organização e a empresa moderna nasceram com a Revolução Industrial graças a vários fatores, como: 1) a ruptura das estruturas corporativas da Idade Média; 2) o avanço tecnológico e a aplicação  dos processos científicos à produção, a descoberta de novas formas de energia e a enorme ampliação de mercados, e 3) a substituição do tipo artesanal por um tipo industrial de produção.”  
A Revolução Industrial provocou o surgimento das fábricas e o aparecimento da empresa industrial, e com isso, provocou as seguintes mudanças de época: 
aparecimento das fábricas e das empresas industriais; 
substituição do artesão pelo operário especializado; 
crescimento das cidades  e aumento da necessidade de administração pública; 
surgimento dos sindicatos como organização proletária a partir do início do século XIX. Somente a partir de 1890 alguns deles foram legalizados; 
início do marxismo em função da exploração capitalista; 
doutrina social da Igreja para contrabalançar o conflito entre capital e trabalho; 
primeiras experiências sobre administração de empresas; 
consolidação da administração como área de conhecimento e, 
início da Era Industrial que se prolongou até a última década do século XX. “
  
Em síntese: a Administração não é uma atividade isolada, mas sim, mais uma das inúmeras atividades humanas.  Fica claro que ela tanto sofre influências como também influencia o ambiente onde é praticada. Portanto, a formação de um pensamento administrativo foi, é e continuará sendo resultado de como a humanidade cria aplica seus paradigmas, em todas as áreas de sua atuação. 
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