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estudo dirigido FARMACO

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Solubilidade dos fármacos, permeabilidade das membranas celulares.
Quando o fármaco entra na circulação sistêmica, ele vai encontrar certas proteínas com perfeita afinidade por eles. Enquanto o fármaco estiver ligado a uma proteína plasmática ele torna-se “inativo” devido a não especificidade com o alvo molecular, logo, podemos concluir que apenas a fração livre possui atividade farmacológica. 
Fármacos lipofílicos, é uma substância que tem afinidade pelos lipídios.
Fármacos hidrofílicos, substancias que tem afinidade por agua
Osmose é a difusão da água através de uma membrana semipermeável, do local de maior concentração de água para o local de menor concentração, ou seja, a água flui do meio hipotônico para o meio hipertônico
Difusão  passagem das moléculas do soluto, do local de maior para o local de menor concentração, até estabelecer um equilíbrio. A passagem de substâncias, através da membrana, se dá em resposta ao gradiente de concentração. Membrana permeavel
Na difusão facilitada, certas proteínas (permeases) atuam facilitando a passagem de moléculas (açúcares simples e aminoácidos) que, por difusão simples demorariam muito para atravessar a membrana de modo a igualarem suas concentrações.
Conceitue antagonista de agonista 
1) Agonista: Fármacos que se ligam aos receptores fisiológicos e simulam os efeitos dos
Compostos endógenos.
2) Agonistas Totais / Parciais: Agonistas totais são aqueles que conseguem uma resposta de
100% do receptor quando ligados ao mesmo. Enquanto os agonistas parciais, independente da
Dose utilizada, não conseguem obter uma resposta total do receptor.
3) Agonistas inversos: São fármacos que estabilizam o receptor em seu estado inativado. Logo,
não podem ser chamados de antagonistas, pois alteram a conformação do receptor. Esta é a
principal diferença deles para os Antagonistas que possuem eficácia zero (não alteram a
conformação do receptor – Ativa ou Inativa).
4) Antagonista Competitivos: Fármacos que ligam-se aos receptores bloqueando o sítio de
ligação do agonista, devido a competição entre o agonista e o antagonista pelo receptor.
reserva circulante, libera o fármaco ligado a albumina na medida que o fármaco é eliminado, metabolizado ou quando sua concentração na corrente sanguínea diminui. Constitui-se assim o equilíbrio entre a fração ligada e livre do fármaco
 A excreção dos medicamentos do nosso corpo pode ocorrer por diversas vias, tais como os rins, o trato biliar, intestinos, pulmão, secreção nasal, saliva, suor e até mesmo pelo leite materno. Entre as vias citadas, a remoção por via renal (rins) destaca-se, apesar de muitos produtos serem também eliminados pelas fezes e pela bile.
 
Especificidade do receptor, sitio ativo de um fármaco alvo, para que o fármaco gere um efeito farmacológico, ele precisa se conectar a um alvo especifico.
Proteínas Carreadoras estão envolvidas no transporte ativo de moléculas ou íons, na difusão facilitada e na troca dessas partículas.
- São necessárias para o transporte de quase todas as moléculas orgânicas pequenas (exceto moléculas lipossolúveis e pequenas moléculas sem carga que podem passar diretamente pela bicamada por difusão simples); 
- Cada proteína carreadora é extremamente seletiva, transportando apenas um único tipo de molécula; 
- Só transportam moléculas de soluto que se encaixam dentro de um sítio na proteína,e ela transfere essas moléculas através da membrana.
ACEPTORES
Alvos farmacológicos que não desempenham função na terapêutica do paciente, são chamados de Aceptores.
SITIO ATIVO
SÍTIOS DE AÇÃO: Locais onde as substâncias endógenas ou exógenas (fármacos) interagem para promover uma resposta fisiológica ou farmacológica
RECEPTOR
Proteínas possuidoras de um ou mais sítios que, quando ativados por substâncias endógenas, são capazes de desencadear uma resposta fisiológica.
A afinidade e a atividade intrínseca são duas propriedades importantes para a ação do fármaco.
A afinidade é a atração mútua ou força de ligação entre um fármaco e o seu objetivo, ou seja, um receptor ou uma enzima. 
Citocromo P450 (abreviado CYP, P450 ou CYP450) é uma superfamília ampla e diversificada de proteínas responsáveis por oxidar um grande número de substâncias para torná-las mais polares e hidrossolúveis.
 DESCREVER 3 REAÇÕES DA BIOTRANFORMAÇÃO
Reações de oxidação:
São catalisados por um grupo importante de enzimas oxidativas que fazem N- e O- desalquilação, hidroxilação de cadeia lateral e de anel aromático, formação de sulfóxido, N- oxidação, N- hidroxilação, desaminação de aminas primárias e secundárias e substituição de um átomo de enxofre por um de oxigênio (dessulfuração).
A maioria das reações oxidativas é realizada por um grupo de hemoproteínas estreitamente relacionadas denominadas de Citocromo P-450 que são encontradas principalmente no retículo endoplasmático hepático, porém podem ocorrer também no córtex adrenal, nos rins, na mucosa intestinal, os quais são locais de metabolização de droga. 
Outras enzimas oxidativas incluem a Monoaminooxidase (MAO) e a Diaminooxidase (DAO) que são mitocondriais e desaminam oxidativamente aminas primárias e aldeídos. A MAO está envolvida no metabolismo das catecolaminas e alguns antidepressivos são seus inibidores e podendo interferir no metabolismo de outras drogas.
O P-450 é uma família de isoenzimas que ocorrem na maioria das células, mas que são particularmente abundantes no fígado. O nome P-450 deriva do pico espectrofotométrico observado quando a enzima é tratada com monóxido de carbono (que inibe a atividade da oxidase de função mista), que está em 448 nm. A sigla CYP, deriva de Cytochrome e Pink, que é a cor observada na reação com o monóxido de carbono.
Reações de Hidrólise:
Ocorrem no fígado, no plasma, e em muitos tecidos. Ésteres como a procaína e amidas como a lidocaína são hidrolisadas por várias esterases inespecíficas. As proteases hidrolisam os polipeptídeos e proteínas e têm grande importância na aplicação terapêutica.
Reações de redução:
São mais raras, mas algumas delas são importantes. Como exemplo, o fármaco warfarina é inativa por conversão de um grupo cetônico em um grupo hidroxila. Os glicorticoides ainda são ocasionalmente administrados como cetonas, que têm que ser reduzidas em compostos hidroxilados para poderem agir.
POR QUE OCORRE A BIOTRANSFORMAÇÃO
A maioria dos fármacos possui caráter lipofílico e, em pH fisiológico, permanecem não ionizados ou parcialmente ionizados. Devido a estas características, os mesmos tenderiam a permanecer no organismo, já que seriam reabsorvidos nos rins, após a filtração glomerular. Visando a eliminar estas substâncias exógenas, o organismo pode lançar mão de sistemas enzimáticos utilizados normalmente para a degradação de substâncias endógenas. Desse modo, a biotransformação é a transformação enzimática dos fármacos em metabó1itos com características mais hidrofílicas, tendo como objetivo facilitar a excreção pelo organismo.
A biotransformação de fármacos pode ser dividida em duas fases. A fase I consiste nas reações de oxidação, redução e hidrólise, ocasionando sempre uma modificação estrutural do fármaco, o que na maioria das vezes pode levar a sua inativação. No caso de administração de pró-fármacos, a fase I vai ser fundamental para gerar a substância farmacologicamente ativa. Na fase II, conhecida como fase de conjugação, ocorrem reações de conjugação do fármaco com substâncias endógenas, visando a facilitar sua excreção. Os processos das fases I e II são independentes, ou seja, o fármaco pode sofrer apenas reações de fase I ou de fase II, ou as duas, seqüencialmente. Geralmente as reações da fase I introduzem um grupo relativamente reativo, como o grupo hidroxila, na molécula, e este grupo funcional servirá, então,como ponto de ataque para o sistema conjugador, que fixa a ele um substituto maior, como um grupo glicuronil, sulfato ou acetil. 
Medicamentos x nutrientes
Paracetamol: anti-inflamatório e analgésico. Na interação com o CHO/LIP/PROTReação biodisponibilidade com o fármaco.
AAS: anti-agregante plaquetário. Na interação com o CHO/LIP/PROT Reação biodisponibilidade com o fármaco.
Propranolol trata a hipertensão e na interação com a pimenta preta há um aumento de vasodilatação e diurese.
Anticoagulante – previne trombos e na interação com o alho há um potencialização do efeito.b
TIPO DE RECEPTOR
TIPO 1- Canais Iônicos Controlados por Ligantes (Ionotrópicos) São proteínas da membrana que incorporam um sítio de ligação ao ligante (receptor), geralmente no domínio extracelular. Tipicamente, estes são os receptores nos quais os neurotransmissores rápidos agem. (Ex: receptor nicotínico da acetilcolina)
TIPO 2- Receptores Acoplados à Proteína G ( Metabotrópico)
São receptores que atravessam a membrana 7 vezes ( heptaelicoidais). Eles estão acoplados asistemas efetores intracelulares por uma proteína G. (Ex: receptor muscarínico da acetilcolina)
TIPO 3- Receptores ligados a quinases e correlatos
São um grupo de receptores de membrana respondendo principalmente a mediadores protéicos, através da fosforilação. ( Ex: receptor para o fatos natriurético atrial)
TIPO 4- Receptores Nucleares São receptores que regulam a transcrição gênica. (Ex: receptor para hormônios esteróides)
Enzimas
Além dos receptores próprios das células, as enzimas são também outros alvos importantes para a ação dos fármacos. Estes ajudam a transportar substâncias químicas vitais, regulam a velocidade das reações químicas ou efetuam outras funções estruturais, reguladoras ou de transporte. 
Fase 1: As reações de fase 1 são realizadas principalmente no fígado e são ditas catabólicas (por exemplo: hidrólise, oxidação e redução). Têm por objetivo exibir ou inserir grupos funcionais na molécula do fármaco, tendo como resultado, um metabólito mais polar, mais hidrossolúvel e mais fácil de ser excretado, além de servir como alvo para a conjugação feita nas reações de fase 2. O objetivo dessa fase é facilitar a eliminação do fármaco, porém algumas vezes, paradoxalmente, o metabólito torna-se mais ativo que o fármaco original.
Como esta fase ocorre no interior do hepatócito (retículo endoplasmático liso) o fármaco necessita penetrar pela membrana plasmática para então ser metabolizado, logo, ele necessita ser lipossolúvel o bastante para transpor a membrana ou ter ajuda de um carreador. (Mais informações sobre a membrana celular você encontra na postagem passada sobre Dinâmica
Celular).
Fase 2: As reações de fase 2 já são anabólicas e envolvem a conjugação com outros componentes, tornando, via de regra, os metabólitos em compostos inativos. Porém, assim como nas reações de fase 1, existem alguns produtos das reações de fase 2 que continuam ativos, mesmo depois da conjugação. É o caso da morfina-6- glicuronideo, um metabólito ativoda morfina que está sendo desenvolvido em laboratório como um agente anestésico. Esse agente promete (em uma administração aguda) induzir menos efeitos adversos como náuseas e vômitos no comparado ao fármaco original. Rang & Dale colocam que quando a molécula do fármaco possui um “gancho” específico (como uma hidroxila, grupamento tiol ou amino) ou é produto resultante da reação de fase 1 ela é predisposta a uma conjugação. Os principais agrupamentos da reação de fase 2 são oglicuronil, sulfato, metil e acetil. A formação do glicuronil é derivado de um componente de alta energia a uridina difosfato do ácido glicurônico(UDP-α-glicuronídeo). Deste componente a UDP-glicuronil- transferase transfere o grupamento glicuronil para o fármaco em questão fazendo a ligação com um átomo rico em elétrons (como N, O ou S), formando uma ligação amida, éster ou tiol. A UDP-glicuronil- transferase possui uma vasta gama de substratos tanto exógenos (como fármacos) e endógenos.

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