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Trabalho sobre NBR 6484

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Técnicas da Construção / Engenharia Civil
NBR 6484:2001
	Nome
	Matrícula
	Turma
	José Adilson Cabral Júnior
	B993758
	EC7R15
Prof.ª Mariana D'Avila
Bauru
13/03/2017
INTRODUÇÃO
A sondagem do solo à percussão (SPT), trata-se basicamente da penetração de um amostrador padrão no solo através de um peso de 65kg em queda livre de uma altura de 75cm.
Este procedimento é importante para identificar o tipo do solo e assim definir quais os tipos de fundações à serem utilizadas, isso influência diretamente no custo, segurança e qualidade da obra. Além disso o processo também serve para medir a posição do nível d’água e obter índice de resistência à penetração à cada metro.
Tudo deve ser feito seguindo a norma NBR 6484:2001 (Solo – Sondagens de simples reconhecimento com SPT – Método de ensaio).
OBJETIVO
Estudar e reescrever a NBR 6484:2001 de modo prático e simplificado.
DESENVOLVIMENTO
A norma tem como principal objetivo prescrever o método de execução de sondagens de simples reconhecimento de solos (SPT), utilizado para determinação do tipo de solo, indica níveis de água e índices de resistência à penetração, as etapas para execução das sondagens foram explicadas abaixo:
Cada furo realizado deve ser marcado com piquete de madeira ou material apropriado, assim tendo sua referência de localização, além disso cada piquete deve ter gravada a identificação do furo e estar cravado suficientemente no solo, servindo de referência de nível para execução da sondagem e posterior determinação de cota através do nivelamento topográfico.
A sondagem deve ser iniciada com a utilização do trado-concha ou cavadeira manual (o trado deve ter diâmetro de 100 ± 10mm) até a profundidade de 1 m, seguindo-se a instalação até essa profundidade, do primeiro segmento do tubo de revestimento dotado de sapata cortante.
Após continuar a perfuração com utilizar o trado helicoidal intercalado com as operações de ensaio e amostragem até atingir o nível d’água freático. Não é permitido nas operações com trado sejam utilizados golpes com martelos ou impulsão por composição da perfuração. Abaixo imagem ilustrativa dos trados:
 Imagem 1: Trado cavadeira e trado helicoidal
Quando as perfurações utilizando o trado Helicoidal não avançarem mais que 50mm em 10 minutos ou o solo não for aderente ao trado, passar para a utilização do trépano de lavagem para escavação, utilizado para o método de perfuração por circulação de água (lavagem).
Nesta operação todo material escavado é removido pela circulação de água, realizada por uma bomba d’água motorizada, através da composição da perfuração. A realização consiste na elevação repetitiva da composição de perfuração em cerca de 30cm do fundo do furo, em conjunto com movimentos rotativos alternados aplicado manualmente. Quando a cota de ensaio e amostragem estiver se aproximando, a altura de 30cm pode ser diminuída, para que não ultrapasse esta cota. Quando se atingir a cota de ensaio e amostragem, a composição de perfuração deve ser suspensa a uma altura de 0,20 m do fundo do furo, mantendo-se a circulação de água por tempo suficiente, até que todos os detritos da perfuração tenham sido removidos do interior do furo. Toda a vez que for utilizada a composição de perfuração com o trépano ou instalado novo segmento de tubo de revestimento, os mesmos devem ser medidos com erro máximo de 10 mm. 
Vale ressaltar que após o trado helicoidal também podem ser utilizados outros tipos de trado para perfuração, principalmente em areia, desde que seja garantida a eficiência quanto à limpeza do furo e à não perturbação do solo no ponto de ensaio. Os casos considerados especiais, devem ser devidamente justificados no relatório definitivo.
Caso durante as operações de perfuração as paredes do furo se demonstrem instáveis, é obrigatório a descida de tudo de revestimento até onde ser fizer necessário, alternadamente com o processo de perfuração, mas atenção especial deve ser dada para que o tubo de revestimento não ultrapasse o comprimento do furo. Quanto à altura do tubo de revestimento deve ficar a uma distância de no mínimo 50 cm do fundo do furo, quando da operação de ensaio e amostragem, somente em casos de fluência do solo para o interior do furo, deve ser admitido deixá-lo à mesma profundidade do fundo do furo. Além disso se necessária a garantia de limpeza do furo e da estabilização do solo na cota de ensaio, principalmente quando da ocorrência de areias submersas, deve-se usar também, além de tubo de revestimento, lama de estabilização. A lama de estabilização pode ser empregada no lugar de tubo de revestimento em casos especiais de sondagens profundas em solos instáveis, desde que não estejam previstos ensaios de infiltração na sondagem. Esses casos devem ser registrados no relatório definitivo.
Durante a operação de perfuração, devem ser anotadas as profundidades das transições de camadas detectadas por exame tátil-visual e da mudança de coloração de materiais trazidos à boca do furo pelo trado helicoidal ou pela água de circulação.
Deve ser mantido durante todas as operações da perfuração o nível d’água no interior do furo, em cota igual ou superior ao do nível d’água do lençol freático encontrado e correspondente.
Após a finalização, com o trado helicoidal ou trépano de lavagem apoiado no fundo do furo, deve ser feita uma marca na haste à altura da boca do revestimento, para que seja medida, com erro máximo de 10 mm, a profundidade em que se irá apoiar o amostrador na operação subsequente de ensaio e amostragem.
Para a amostragem deve ser coletada, uma parte representativa do solo colhido pelo trado-concha durante a perfuração de até 1 m de profundidade. A partir daí toda amostra dos solos devem ser colhidas por meio do amostador-padrão com execução de SPT.
O amostrador-padrão, conectado à composição de cravação, deve descer livremente no furo de sondagem até ser apoiado suavemente no fundo, devendo-se cotejar a profundidade marcada na haste do trado helicoidal ou trépano de lavagem (citada anteriormente). Caso a diferença entre os dois seja mais que 2cm, a composição deve ser retirada e um novo processo de lavagem do furo deve ser realizado
Após o posicionamento do amostrador-padrão conectado à composição de cravação, coloca-se a cabeça de bater e utilizando o tubo de revestimento como referência, marcando na haste um segmento de 45 cm dividido em três trechos iguais de 15 cm. Em seguida, o martelo deve ser apoiado suavemente sobre a cabeça de bater, anotando caso tenha penetração do amostrador no solo. Não tendo ocorrido penetração igual ou maior do que 45 cm, prossegue a cravação do amostrador-padrão até completar os 45 cm de penetração por meio de impactos sucessivos do martelo padronizado caindo livremente de uma altura de 75 cm, anotando, separadamente, o número de golpes necessários à cravação de cada segmento de 15 cm do amostrador-padrão.
Vale destacar que na pratica dificilmente vai acontecer de a penetração ser exatamente 45cm, bem como os 15cm de cada segmento do amostrador. Portanto anota-se por exemplo, três golpes para a penetração de 17 cm, as penetrações parciais ou acumuladas devem ser medidas com erro máximo de 5 mm
A cravação do amostrador-padrão, nos 45 cm previstos para a realização do SPT, deve ser contínua e sem aplicação de qualquer movimento de rotação nas hastes. A elevação do martelo até a altura de 75 cm, marcada na haste-guia, é feita normalmente por meio de corda flexível, com diâmetro de 19 mm a 25 mm, que se encaixa com folga na roldana da torre. Os eixos longitudinais do martelo e da composição de cravação com amostrador devem ser rigorosamente coincidentes. Algumas precauções especiais devem ser tomadas para que, durante a queda livre do martelo, não haja perda de energia de cravação por atrito, principalmente nos equipamentos mecanizados,os quais devem ser dotados de dispositivo disparador que garanta a queda totalmente livre do martelo.
Qualquer mudança nas condições recomendadas pela NBR 6484 (tipo de haste e martelo, não uso de coxim de madeira, uso de cabo de aço, sistema mecanizado de acionamento do martelo, etc.), que altere o nível de energia incidente disponível para cravação do amostrador-padrão, só deve ser aceita se acompanhada da correlação, obtida pela medida desta energia incidente através de sistema devidamente medido (constituído de célula de carga, acompanhada ou não de acelerômetros), instalado na composição de cravação.
A cravação do amostrador-padrão é interrompida antes dos 45 cm de penetração sempre que ocorrer uma das seguintes situações:
Em qualquer dos três segmentos de 15 cm, o número de golpes ultrapassar 30;
Um total de 50 golpes tiver sido aplicado durante toda a cravação; 
Não se observar avanço do amostrador-padrão durante a aplicação de cinco golpes sucessivos do martelo.
Quando, com a aplicação do primeiro golpe do martelo, a penetração for superior a 45 cm, o resultado da cravação do amostrador deve ser expresso pela relação deste golpe com a respectiva penetração (1/58).
Quando a penetração for incompleta, o resultado da cravação do amostrador é expresso pelas relações entre o número de golpes e a penetração para cada 15 cm de penetração (12/16 - 30/11; 14/15 - 21/15 - 15/7 e 10/0).
Quando a penetração do amostrador-padrão com poucos golpes exceder significativamente os 45 cm ou quando não puder haver distinção clara nas três penetrações parciais de 15 cm, o resultado da cravação do amostrador-padrão deve ser expresso pelas relações entre o número de golpes e a penetração correspondente (0/65; 1/33 - 1/20). As amostras colhidas devem ser imediatamente acondicionadas em recipientes herméticos e de dimensões tais que permitam receber pelo menos um cilindro de solo colhido do bico do amostrador-padrão. Nos casos em que haja mudança de camada junto à cota de execução do SPT ou quando a quantidade de solo proveniente do bico do amostrador-padrão for insuficiente para sua classificação, recomenda-se também o armazenamento de amostras colhidas do corpo do amostrador-padrão. Nos casos em que não haja recuperação de amostra pelo amostrador-padrão, deve-se anotar claramente no relatório.
Cada recipiente de amostra deve ser provido de uma etiqueta, na qual, escrito com tinta indelével, contendo as seguintes informações: designação ou número do trabalho, local da obra, número da sondagem, número da amostra, profundidade da amostra e números de golpes e respectivas penetrações do amostrador.
As amostras devem ser conservadas pela empresa executora, à disposição dos interessados por um período mínimo de 60 dias, a contar da data da apresentação do relatório.
 Imagem 2: Exemplo de sondagem SPT
CONCLUSÃO
A realização de um procedimento de sondagem em um terreno é fundamental para definir qual o melhor tipo de fundação para aquele respectivo solo através de suas características (Índice de resistência à penetração, lençóis freáticos e o próprio tipo de solo).
ANEXOS
Tabela dos estados de compacidade e de consistência

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