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Sistema Reprodutor Feminino

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Ministério da Educação
Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica
Instituto Federal Catarinense 
Câmpus Araquari
Acadêmica: 
Elysa Alencar
Reprodução em Mamíferos do sexo 
Feminino
Araquari
2017
 ‘’ A fisiologia reprodutiva feminina envolve o efeito integrado dos hormônios sobre o ovário, útero e glândula mamária, de modo que ocorra fertilidade para a produção de neonatos viáveis e consequentemente lactação. Os hormônios influenciam o comportamento animal, desenvolvimento folicular ovariano, maturação do oócito, ovulação, formação do corpo lúteo e manutenção da gestação, parto e lactação’’
- Frederick N. Thompson (DUKES)
Tudo se inicia com a liberação de GnRH (gonadotropina) pelo hipotálamo. Tal hormônio percorre a corrente sanguínea estimulando a liberação de FSH (hormônio folículo estimulante) e LH (hormônio luteinizante), os quais são liberados pela hipófise anterior.
FSH: estimula o desenvolvimento folicular; influencia no estágio pré-ovulatório e na secreção máxima de estradiol.
LH: maturação do folículo e ovulação; manutenção do CL (corpo lúteo) e influencia na secreção de progesterona na maioria das espécies. 
A resposta do ovário a estes dois hormônios é a secreção de estrogênios, progesterona (os dois esteroides ovarianos) e inibina. Esse trio exerce efeitos de retroalimentação (positiva e negativa) sobre a secreção de gonadotropina e GnRH.
É valido lembrar que a hipófise anterior também secreta prolactina (importante para o início da lactação e funcionamento do CL em algumas espécies), a qual é controlada negativamente pela dopamina (hipotálamo). O controle positivo em geral, ocorre pela secreção de estrogênios.
Estrogênio: regula a secreção de gonadotropina; estimula o crescimento das glândulas endometriais e dos ductos das glândulas mamárias, estimula a atividade secretora do ovidulto e dá início a receptividade sexual.
Progesterona: inibe a secreção de LH; impede a contrabilidade do útero e fechamento da cérvix durante a gestação; promove o estro (+ estrogênio); atividade secretora do ovidulto e glândulas endometriais (e seu crescimento).
A função ovariana no animal não-gestante envolve a maturação rítmica sequencial dos folículos ovarianos contendo o ovócito e ovulação, seguida da formação do CL. Após a ovulação, os remanescentes do folículo sobre o ovário transformam-se em células lúteas, para formar o CL. Caso não haja gestação ou o feto não seja identificado, ocorre a regressão do CL, a qual em animais de grande porte é mediada pela secreção de prostaglandina F2α (PG F2α) da porção endometrial do útero. Ocorrendo a regressão, aumenta-se a secreção de FSH e LH o que iniciará um novo ciclo estral.
A progesterona e composto relacionados, interagem com os estrogênios para a manifestação do estro e manutenção da gestão.
Os esteroides ovarianos exercem efeito de retroalimentação negativa e positiva sobre a secreção de GnRH, assim como na secreção hipofisária de gonadotropina.
Fase Lútea:
Progesterona → ↓ GnRH e ↓ LH
Estradiol (folículos ovarianos) + progesterona (CL) → ↓ LH
Depois:
Estradiol (–) Progesterona → ↑ GnRH, ↑ LH
 ↓ ↓
Inibina → ↓ FSH → OVULAÇÃO
O LH e FSH são normalmente secretados de maneira pulsátil para o sangue, com [ ] sanguíneas máximas encontradas após a secreção. A frequência e amplitude desses pulsos são moduladas por estrogênio e progesterona; assim variam de acordo com a fase do ciclo estral.
Puberdade: primeiro estro com ovulação, seguido por formação do corpo lúteo e função de duração normal. Os fatores que influenciam esse fenômeno são: nutrição, EC (escore corporal), ambiente e fatores sociais, assim como geralmente a exposição ao macho.
	
PS: Durante a vida fetal da fêmea o ovário apresenta um número máximo de folículos que decaem ao longo de sua vida, estes se encontram inativo (sem estimulação dos hormônios gonadotrópicos) até que inicie a puberdade.
Os mecanismos fisiológicos que determinam o início da puberdade residem no hipotálamo. A evidência de que o ovário e hipófise não estão principalmente envolvidos é que o ovário e hipófise não estão principalmente envolvidos é que a administração apropriada de GnRH na progressão para o período de puberdade resulta em estimulação normal de secreção de LH e FSH, seguida por crescimento folicular ovariano e secreção de esteroide pelo ovário juvenil.
 A ovulação sem estro é denominada ovulação silenciosa. 
Ciclo estral
Poliéstricas não sazonais: ciclos estrais durante todo ano (Vaca e porca)
Poliéstricas sazonais: ciclos estrais durante um período limitado do ano. (Ovelhas, cabras e éguas) 
Monoéstrica: único período estral seguido de anestro (Cadela).
 
	Fases do ciclo estral:
Estro: fêmea se torna receptiva ao macho, permitindo a monta. Ovulação durante ou logo após; 
 Metaestro: período inicial de desenvolvimento e estabelecimento do Corpo Lúteo ;
 Diestro: período da fase madura do Corpo Lúteo; 
 Proestro: período de desenvolvimento do folículo; 
Efeito da PGF2α no CL:
Redução do fluxo sanguíneo para o CL
Efeito direto: após ocupação dos seus receptores → morte das células do CL.
Útero/ovário
1. Transferência contra corrente local – moléculas se movimentam da veia útero – ovariana para a artéria ovariana 
2. Transferência sistêmica local – sistema circulatório geral.
• Síntese e liberação de PGF2α – pulsátil intervalos de 6 horas (Mínimo de 4 – 5 pulsos em 24 horas – luteólise completa) 
• Reinicio tardio do ciclo em: Cães e gatos- fases lúteas ocorrem em torno de 70 – 35 dias (respectivamente)
Alterações pré parto 
• Rotação do feto
• Feto – sinaliza o parto 
Secreção aumentada de cortisol fetal (amadurecimento da córtex adrenal fetal, hipotálamo e hipófise) 
Intensifica o desenvolvimento do trato respiratório
Deposição de glicogênio hepático 
• Secreção de estradiol aumentada
 Impede a liberação da PGF2α para a veia uterina (PGF2α produzida liberado na luz do útero) – 24 – 48 horas pré parto
Estimular a contração uterina (aumento dos níveis de cálcio dentro do citoplasma do miométrio)
• Luteólise: baixa de progesterona
• Secreção de relaxina para distensão cervical
Parto 
• Ocitocina: estimulação adicional das contrações uterinas
Liberação favorecida com aumento do estrogênio 
Inércia uterina: facilita o processo de nascimento
Estágios do parto
• Estágio 1: envolve as contrações do miométrio com dilatação da cérvix (Anorexia, desconforto e inquieto)
• Estágio 2: expulsão do feto através do canal de nascimento dilatado.
 Auxílio da abertura cervical pelo feto
 Estímulo das terminações nervosas sensoriais da cérvix – estimulo a secreção de ocitocina pela hipófise posterior 
Contrações intensas do miométrio e abdominais 4- 8 contrações (10 minutos) → repouso
• Estágio 3: expulsão da placenta 
SUÍNOS
Particularidades da espécie 
As suínas possuem canal cervical com proeminências interdigitadas (espiraladas) que facilitam a adaptação da glande do macho (realizando estimulo a ejaculação). Outra peculiaridade anatômica é útero que possui cornos longos e vilosos, o que permite abrigar muitos fetos (entre 12 a 16 leitões). 
Seu ciclo estral possui 21 dias, apresentando estros com duração de 2 a 3 dias. Deve-se levar em conta que a ovulação ocorre entre 38 a 42 horas após o início do estro, sendo este o momento para o coito ou para a realização da Inseminação Artificial (IA). Para saber quando a matriz encontra-se em estro alguns sinais devem ser observados como: vulva edemaciada e hiperêmica e ocorrência de descarga mucosa. Observados esses sinais realizasse a comprovação (e estimulação) do estro, realizando o teste de reflexo de imobilidade, que nada mais é do que a pressão no dorso. Caso ela fique quieta e com as orelhas atentas, conclui-se que ela está permissiva à cópula. 
Em média 11 a 12 dias após o coito ocorre o reconhecimento materno de gravidez, quandoocorre a secreção de estradiol pelos embriões impedindo a liberação da PGF2α para a veia uterina (PGF2α produzida liberado na luz do útero), para que isso ocorra deve haver pelo menos 2 fetos em cada corno para que a gestação prossiga. A implantação do embrião ocorre entre 14 a 20 dias, antes disso os embriões flutuam livremente dentro do lúmen uterino.
	Hormônios relacionados à gestação
	Progesterona
Ações sobre o útero previamente sensibilizado pelo estrógeno
Alteração das glândulas endometriais(saculações e senuosidades favorecendo as secreções , nutrição do embrião)
Bloqueio progestacional: queiscência uterina (bloqueio dos canais de Ca, impedindo as contrações uterinas).
Ação na Glândula mamária (ácinos e ductos).
	Prolactina:
Preparação da glândula mamária para a lactação 
• Início da lactação 
Aumenta imediatamente antes do parto
	Relaxina:
Prepara o trato reprodutivo próximo ao parto – afrouxamento dos feixes de colágeno na cérvix. 
Ligamentos e músculos associados ao redor do canal pélvico relaxem
 Expansão do canal de nascimento
 Secretado pelo Corpo Lúteo no parto
A placenta possui função endócrina produzindo progesterona. Inibe contração uterina e aumenta as secreções das glândulas uterinas. A produção de progesterona induz o fechamento da cérvix durante a gestação (progesterona do CL é necessária à duração da gestação). Formação de gonadotrofina coriônica, estrógeno e progesterona ([ ] baixa para manter gestação).
Alterações pré - parto: A matriz se encontra quieta, sem apetite e expelem leite - 24 horas antes do parto.
Estágios do parto
• Estagio 1: 8 a 24 contrações uterinas, cada contração com duração de ½ a 3 minutos. Duração total: 2-12 horas
• Estagio 2: Duração total: 150 – 180 minutos
• Estagio 3: Duração total: 1 – 4 horas (após nascimento de cada feto)
Puerpério. 
Influência no puerpério
• Lactação suprime o crescimento folicular: anestro lactacional (liberação de prolactina -produção reduzida de GnRH e dopamina; estímulo sensorial da amamentação). Intensidade, frequência e duração da mamada, número de filhote que estão mamando e intervalo entre as mamadas. 
 Após desmame a matriz retorna a ciclar entre 3 a 10 dias.
Justificativa sobre a escolha do artigo
Encontrava-me a procura de um artigo que falasse sobre animais exóticos (de preferência primatas) e que se enquadrasse com a proposta do tema do portfólio- reprodutor feminino.
Busquei várias fontes, encontrei artigos que gostei, mas que não me satisfaziam, não me passavam a ideia de que era algo que completasse meu trabalho. Por fim, me conformei com uma monografia de pós graduação de 119 páginas e já desenvolvia o que falaria sobre ela, mas no dia 14/11 decidi procurar mais um pouco, assim achei a revisão literária que é apresentada.
A escolha (e troca por algo já encaminhado), é por ser um documento menor o que facilita a leitura e a economia com impressão, mas principalmente por trazer algo que tenho prazer em ler: a vida dos primatas, seus comportamentos, dinâmicas, necessidades (neste caso fisiológicas), e como o homem pode intervir positivamente para o controle e perpetuação de espécies.
Neste documento é descrito os ciclos reprodutivos e suas peculiaridades, além de um tema que coincidentemente levantei em sala de aula (transferência de embriões) e que eu particularmente não sabia que era desenvolvido para primatas.
Sinto-me confortável com a escolha e espero que a professora goste.
Auto Avaliação
Com a realização deste portfólio, foi possível observar a importância da homeostase da fisiologia do sistema reprodutor feminino, assim a importância da capacitação e obtenção de conhecimento para a manipulação e intervenção do profissional com intuito de controlar a população e produzir maiores índices zootécnicos e lucro financeiro.
Fisiologia do sistema reprodutor feminino, é um tema já visto por mim em outras ocasiões, mas sempre me traz questionamentos e incertezas. Algumas dúvidas foram esclarecidas, porém, com a obtenção do conhecimento novos questionamentos e instinto pela pesquisa se formam. 
Busquei com afinco realizar um bom trabalho. A princípio tentei não ser eu, pois sou desorganizada e minhas anotações são soltas e só fazem sentido para mim. Resolvi fazer resumo do livro, assim como observei que algumas pessoas tinham feito nas apresentações anteriores. Li o que devia ser lido e com muito sacrifício iniciei as anotações organizadas e decoradas, mas não consegui terminar, assim se iniciou o trabalho digitado (o que não era meu objetivo inicial). 
Confesso que este portfólio está longe de tudo o que eu havia planejado (imagens em 3D se levantando com o folhear de páginas, interação com o público e etc.), mas realmente estou feliz com meu desempenho. Sempre há o que melhorar, mas estou satisfeita.
Roteiro da Dinâmica
 A matriz se encontra em estro sendo observado vulva edemaciada e hiperêmica.
O hormônio predominante neste momento é o estrogênio
Há alta concentração de FSH e ocorre pico de LH 
Ocorre a ovulação 38 a 42 horas após o início do estro
Houve o coito e fecundação do óvulo. O hormônio atuante neste momento são LH, formando e mantendo o CL.
12 dias após o coito, ocorre o reconhecimento materno
O estradiol é liberado pelo embrião, impedindo a secreção de PGF2α 
17 dias já se passaram e ocorre a implantação do embrião, agora denominado feto
Agora os fetos se desenvolvem, e o hormônio progesterona está em ação
 Os fetos se encontram desenvolvidos e fortes, graças ao apetite aumentado da matriz
 113 dias já se passaram, a matriz se encontra quieta, sem apetite e começa a jatear leite
 Entram em ação os hormônios ______
Dia 114º, o veterinário chega a granja e acompanha o parto. 13 leitões já nasceram em um intervalo médio de 40 minutos entre eles. O momento de espera é angustiante e tenso. O último leitão nasce, a veterinária retira a placenta, limpa o focinho e libera a orofaringe, corta e realiza a cura do cordão umbilical e põe o filhote no teto da mãe. Parabéns! O parto foi realizado com sucesso!

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