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TROVADORISMO NA HISTÓRIA E NA ARTE

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INTRODUÇÃO
O trovadorismo (1189-1418) foi uma das primeiras manifestações literárias da Língua Portuguesa. Sua ocorrência teve o início no século XII durante a Idade Média. Nesse período, ocorreu significativa produção de cantigas (poesias cantadas) e novelas de cavalaria, que eram produzidas pelos artistas de origem nobre que compunham e cantavam para cerimônias, festividades, núpcias e banquetes. Essas cantigas eram manuscritas e reunidas em livros conhecidos como Cancioneiros. Nesses livros, as cantigas poderiam ser amorosas, religiosas ou satíricas e estão disponíveis para a contemporaneidade através de apenas três Cancioneiros: Cancioneiro da Ajuda, Cancioneiro da Vaticana e Cancioneiro da Biblioteca Nacional.
CONTEXTO HISTÓRICO
No período da Idade Média em que ocorreu o surgimento do Trovadorismo, a Europa estava passando por diversas guerras devido às invasões dos povos germânicos, o que mais tarde acabou por gerar um sistema econômico chamado Feudalismo. Nesse sistema, o Senhor feudal, dono das terras, cedia lotes para os vassalos, que nelas trabalhavam em troca da proteção contra as invasões que ameaçavam os povos da época. Além disso, a sociedade possuía três classes: a nobreza (que deveria lutar), o clero (que deveria orar) e a plebe (deveria trabalhar). Outra característica marcante desse período foi o teocentrismo, onde Deus era o criador de tudo e a razão para tudo e, dessa forma, a religiosidade foi uma característica marcante da época.
Nesse período, o Trovadorismo se desenvolveu em Portugal e os poemas eram escritos para serem cantados pelos poetas e músicos, também chamados de Trovadores, em festas e reuniões da corte. Esses, por sua vez, eram membros na nobreza que compunham as próprias cantigas. Além do Trovador, existiam outros intérpretes. Eram eles:
	Jogral: Artista de origem não nobre e que reproduzia as cantigas de Trovadores. Sobrevivia da arte e era considerado um importante meio de transmissão da cultura nas sociedades.
	Soldadeira: recebiam pagamentos para cantarem ou dançarem e eram acusadas de prostitutas
	Segrel: possuía função semelhante á do Jogral, porém possuía origem nobre e andava de corte em corte como cavaleiro trovador.
Quanto à produção literária, as poesias medievais portuguesas poderiam ser de dois gêneros. São eles:
	Gênero Lírico: o amor era o principal eixo. Os textos eram realizados por homens que falavam do amor não correspondido, onde a mulher era descrita como superior e impiedosa, mas, mesmo assim, tratadas com muito respeito e com o mesmo zelo que o cavaleiro tratava um Senhor Feudal.
Dentro do gênero lírico, ainda existiam as cantigas de amigos, que eram realizadas somente pela voz de mulheres, ainda que o autor fosse masculino. Nessas cantigas, as mulheres falavam da saudade de seus companheiros que se afastaram devido às guerras ou viagens (como as Cruzadas).
	Gênero Satírico: serviam para ridicularizar algumas pessoas e costumes da época, sendo usada para momentos de zombaria. Possuía duas categorias: de Escarnio e de Maldizer, sendo que a diferença entre as duas é que as de Maldizer citava o nome da pessoa que está sendo zombada.
CONTEXTO ARTÍSTICO 
Na arquitetura, toda a produção artística esteve voltada para a construção de igrejas, mosteiros, abadias e catedrais, tanto na Alta Idade Média, na qual predominou o estilo romântico, quanto na Baixa Idade Média, predominando o estilo gótico. No que tange às produções literárias, todas elas eram produzidas no dialeto galego-português, denominadas de cantigas.
No intuito de retratar a vida aristocrática nas cortes portuguesas, as cantigas receberam influência de um tipo de poesia originário da Provença – região sul da França, daí o nome de poesia provençal –, como também da poesia popular, ligada à música e à dança. No que tange à temática elas estavam relacionadas a determinados valores culturais e a certos tipos de comportamento difundidos pela cavalaria feudal, que até então lutava nas Cruzadas no intuito de resgatar a Terra Santa do domínio dos mouros. Percebe-se, portanto, que nas cantigas prevaleciam distintos propósitos: havia aquelas em que se manifestavam juras de amor feitas à mulher do cavaleiro, outras em que predominava o sofrimento de amor da jovem em razão de o namorado ter partido para as Cruzadas, e ainda outras, em que a intenção era descrever, de forma irônica, os costumes da sociedade portuguesa, então vigente.
E na literatura as coisas não eram muito diferentes. As únicas pessoas da época que sabiam ler eram membros do clero, e por isso, a maioria das obras literárias produzidas nesta época eram cantigas para exaltar e glorificar a Deus. Mas também foi nessa época que aconteceram as cruzadas, onde vários homens foram lutar em nome da igreja no intuito de “recuperar a terra santa”. Então foram feitas também muitas cantigas de amor, inspiradas no sofrimento dos cavaleiros que eram obrigados a deixar suas mulheres. Outras poucas obras literárias narravam o costume da sociedade da época. 
BIBLIOGRAFIA
	Sua Pesquisa. Disponível em <https://www.suapesquisa.com/artesliteratura/trovadorismo.htm>. Acesso em: 20 nov. 2017.
	Cola da Web. Disponível em <https://www.coladaweb.com/literatura/trovadorismo>. Acesso em: 20 nov. 2017.
	Resumo Escolar. Disponível em <https://www.resumoescolar.com.br/literatura/trovadorismo-contexto-historico-caracteristicas-e-interpretes/>. Acesso em: 21 nov. 2017.

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