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Em primeiro lugar, a inelegibilidade refere-se são circunstâncias que impedem o cidadão do exercício total ou parcial da capacidade eleitoral de ser votado. Trata-se, portanto, de uma previsão constitucional. O legislador, porém, visando regulamentar essa previsão legal, criou a Lei Complementar 64/90 conhecida como Lei de Inelegibilidade. 
 Na Constituição Federal, essa previsão encontra-se no Art. 14, §4º ao 8º com destaque que tais regras têm eficácia plena e aplicabilidade imediata. A Lei de Inelegibilidade, por sua vez, traz outros casos de inelegibilidade bem como os prazos de sua cessação. A Carta Magna é celebre em afirmar que “ Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta”, já a Lei das Inelegibilidades leciona “...são inelegíveis...d) os que tenham contra sua pessoa representação julgada procedente pela Justiça Eleitoral, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado, em processo de apuração de abuso do poder econômico ou político, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes;  ...”. Em caso de ser declarado pelo Supremo Tribunal Federal como sendo inelegível, a Justiça Eleitoral insere em seus registros um Código de Atualização de Situação Eleitoral (ASE 540). Este código tem a finalidade identificar inscrição de pessoa inelegível, por situação prevista na legislação em vigor e tem como principal efeito impedir a quitação eleitoral e uma vez cumprida a inelegibilidade a Justiça Eleitoral insere um outro código (ASE 558) onde o agente passa para situação de “quite” desde que não tenha mias nenhuma pendência com a Justiça. 
 Em segundo lugar, ocorre que, no caso em tela, mesmo com a condenação em segunda instância, é de se interpretar que Bolsonaro não está inelegível por ausência no dispositivo legal, situação que é verificada quando analisada a Lei da Ficha Limpa. Desta feita, na atual situação, o pré-candidato à Presidência da República estaria inelegível em caso de condenação por improbidade na esfera cível, apenas. O Réu, quando da condenação, alegava possuir “imunidade parlamentar”, instituto que isenta o deputado por sua opinião e palavras, porém, o Superior Tribunal de Justiça entendeu que tais manifestações ditas pelo parlamentar não têm o condão de se enquadrar no conceito de imunidade uma vez que o teor das palavras ditas pelo réu não guardam relação minimamente política. Em que pese tratar-se, de fato, de um caso de repercussão geral, vale ressaltar que Bolsonaro é recordista de denúncias na Câmara.