Buscar

glossário

Prévia do material em texto

1 – MITO 
Mito, do grego mýthos, é uma narrativa tradicional cujo objetivo é explicar a origem e existência das coisas. Esse foi o recurso utilizado durante anos para explicar tudo o que existe no Universo. Desta forma, foram criados mitos para explicar a origem dos homens, dos sentimentos, dos fenômenos naturais, entre outros.
O mito era considerado uma história sagrada, narrada pelo rapsodo - que supostamente era a pessoa escolhida pelos deuses para transmitir oralmente as narrativas.
O fato de o narrador advir de uma escolha divina atribuía ao mito o caráter de incontestabilidade, pois os deuses eram inquestionáveis.
Importa referir que, além de explicar as origens, a mitologia - o conjunto dessas histórias fantásticas - desempenhavam um papel moral.
2 – HISTÓRIA 
Ciência que estuda eventos passados com referência a um povo, país, período ou indivíduo específico.
3 – PEDAGOGIA
É um conjunto de técnicas, princípios, métodos e estratégias da educação e do ensino, relacionados à administração de escolas e à condução dos assuntos educacionais em um determinado contexto.
A Pedagogia estuda os ideais de educação, segundo uma determinada concepção de vida, e dos processos e técnicas mais eficientes para realizá-los, visando aperfeiçoar e estimular a capacidade das pessoas, seguindo objetivos definidos.
4 – EDUCAÇÃO 
Educação (do latim educations) no sentido formal é todo o processo contínuo de formação e ensino aprendizagem.
5 – ENSINO 
Ação, arte de ensinar, de transmitir conhecimentos.
Orientação no sentido de modificar o comportamento da pessoa humana.
 
6 – SOCIEDADES HIDRÁULICAS 
Sociedade ou civilizações hidráulicas foram aquelas que se constituíram as margens dos grandes rios Tigre e Eufrates no antigo Egito e na Mesopotâmia, Todas as suas atividades produtivas eram em relação ao rio dependiam do rio para plantar, viajar, vender, uso continuo das aguas em todos atividades de sobrevivência era o que mantinham eles vivos. 
7 – IMPORTÂNCIA DA ESCRITA 
Antes do surgimento da Escrita, a comunicação acontecia por meio da fala e dos gestos. A escrita surge em decorrência da necessidade que o homem tinha de controlar o ambiente em que vivia. A escrita possibilitou que houvesse uma maior consciência sobre os fatos e permitiu a organização do pensamento.
8 – EDUCAÇÃO ATENIENSE 
A educação ateniense tinha como objetivo principal à formação de indivíduos completos, ou seja, com bom preparo físico, psicológico e cultural, e somente voltada para os meninos e a educação era de incumbência da família e iniciava- se ao sete anos. Os meninos eram preparados para o serviço militar. 
Já as meninas de Atenas não frequentavam escolas, pois ficavam aos cuidados da mãe até o casamento. 
9 – EDUCAÇÃO ESPARTANA 
Toda a educação espartana estava voltada para o caráter militarista, tendo a criança desde pequena, que se preparar para se tornar um soldado futuramente.
Esse processo de formação militar começava quando ainda criança, quando um grupo de anciãos observava as crianças, que não poderiam ter problemas físicos e de saúde. Caso a criança fosse completamente saudável ela ficaria sob a guarda da sua mãe até os sete anos de idade; após, quem se tornaria responsável pela criança era o próprio Estado. 
10 – SÓCRATES 
Foi o primeiro dos três grandes filósofos gregos que estabeleceram as bases do pensamento ocidental. Sócrates nasceu em Atenas por volta do ano 470 a.C. e, de acordo com o romano Cícero, “fez com que a filosofia descesse dos céus para a terra”. Em outras palavras, ele conduziu a transição do pensamento dos antigos cosmologistas gregos, que viviam refletindo sobre a origem do universo, para preocupações maiores com a ética e a existência humana, adotando o famoso lema: “Conhece-te a ti mesmo”.
11 – MÉTODOS SOCRATICO 
O método socrático é uma técnica de investigação filosófica feita em diálogo, que consiste em o professor conduzir o aluno a um processo de reflexão e descoberta dos próprios valores. Para isso o professor faz uso de perguntas simples e quase ingênuas que têm por objetivo, em primeiro lugar, revelar as contradições presentes na atual forma de pensar do aluno, normalmente baseadas em valores e preconceitos da sociedade, e auxiliá-lo assim a redefinir tais valores, aprendendo a pensar por si mesmo.
12 – MAIEUTICA 
 (Quando sai a Verdade) 
A ironia socrática era, antes de tudo, o método de perguntar sobre uma coisa em discussão, de delimitar um conceito e, contradizendo-o, refutá-lo. O verbo que originou a palavra (eirein) significa mesmo perguntar. Porém, sair do estado aporético exigia que o interlocutor abandonasse os seus pré-conceitos e a relatividade das opiniões alheias que coordenavam um modo de ver e agir e passasse a pensar, a refletir por si mesmo. Esse exercício era o que ficou conhecido como maiêutica, é um método ou uma técnica que consiste em realizar perguntas a uma pessoa até que esta descubra conceitos que estavam latentes ou ocultos na sua mente.
13 – SOFISTAS 
Sofistas eram professores que viajavam em grupos pelas cidades gregas e romanas, para assim poderem realizar elaborados discursos e acalorados debates públicos, demonstrando suas habilidades na expectativa de atrair estudantes para suas escolas. Em particular, nobres, homens de estado e jovens que pudessem pagar pelos estudos. Os sofistas foram muito criticados por Platão e Aristóteles por só ensinarem aos que podiam pagar pela educação.
14 – HUMANISTAS 
É a filosofia moral que coloca os humanos como principais, numa escala de importância, no centro do mundo. É uma perspectiva comum a uma grande variedade de posturas éticas que atribuem a maior importância à dignidade, aspirações e capacidades humanas, particularmente a racionalidade.
15 – PAIDEIA 
É a denominação do sistema de educação e formação ética da Grécia Antiga, que incluía temas como Ginástica, Gramática, retórica, Música, Matemática, Geografia, História Natural e filosofia, objetivando a formação de um cidadão perfeito e completo, capaz de liderar e ser liderado e desempenhar um papel positivo na sociedade.
O conceito surgiu nos tempos homéricos e permaneceu em sua essência inalterado ao longo dos séculos, embora variando suas formas de aplicação e as disciplinas envolvidas, e continua a interessar muitos educadores e pensadores contemporâneos.
16 – PLATÃO 
Este importante filósofo grego  nasceu em Atenas, provavelmente em 427 a.C. e morreu em 347 a.C. É considerado um dos principais pensadores gregos, pois influenciou profundamente a filosofia ocidental. Suas ideias baseiam-se na diferenciação do mundo entre as coisas sensíveis (mundo das ideias e a inteligência) e as coisas visíveis (seres vivos e a matéria).
 
Filho de uma família de aristocratas, começou seus trabalhos filosóficos após estabelecer contato com outro importante pensador grego: Sócrates. Platão torna-se seguidor e discípulo de Sócrates. Em 387 a.C., fundou a Academia, uma escola de filosofia com o propósito de recuperar e desenvolver as ideias e pensamentos socráticos. Convidado pelo rei Dionísio, passa um bom tempo em Siracusa, ensinando filosofia na corte.
17 – MITO OU ALEGORIA 
A narrativa expressa dramaticamente a imagem de prisioneiros que desde o nascimento são acorrentados no interior de uma caverna de modo que olhem somente para uma parede iluminada por uma fogueira. Essa, ilumina um palco onde estátuas dos seres como homem, planta, animais etc. são manipuladas, como que representando o cotidiano desses seres. No entanto, as sombras das estátuas são projetadas na parede, sendo a única imagem que aqueles prisioneiros conseguem enxergar. Com o correr do tempo, os homens dão nomes a essas sombras (tal como nós damos às coisas) e também à regularidade de aparições destas. Os prisioneiros fazem, inclusive, torneios para se gabarem, se vangloriarem a quem acertar as corretas denominações e regularidades. Mas imaginemos ainda que esse mesmo prisioneiro fossearrastado para fora da caverna. Ao sair, a luz do sol ofuscaria sua visão imediatamente e só depois de muito habituar-se com a nova realidade, poderia voltar a enxergar as maravilhas dos seres fora da caverna. Não demoraria a perceber que aqueles seres tinham mais qualidades do que as sombras e as estátuas, sendo, portanto, mais reais. Significa dizer que ele poderia contemplar a verdadeira realidade, os seres como são em si mesmos. Não teria dificuldades em perceber que o Sol é a fonte da luz que o faz ver o real, bem como é desta fonte que provém toda existência (os ciclos de nascimento, do tempo, o calor que aquece etc.).
Maravilhado com esse novo mundo e com o conhecimento que então passara a ter da realidade, esse ex-prisioneiro lembrar-se-ia de seus antigos amigos no interior da caverna e da vida que lá levavam. Imediatamente, sentiria pena deles, da escuridão em que estavam envoltos e desceria à caverna para lhes contar o novo mundo que descobriu. No entanto, como os ainda prisioneiros não conseguem vislumbrar senão a realidade que presenciam, vão debochar do seu colega liberto, dizendo-lhe que está louco e que se não parasse com suas maluquices acabariam por matá-lo.
Este modo de contar as coisas tem o seu significado: os prisioneiros somos nós que, segundo nossas tradições diferentes, hábitos diferentes, culturas diferentes, estamos acostumados com as noções sem que delas reflitamos para fazer juízos corretos, mas apenas acreditamos e usamos como nos foi transmitido. A caverna é o mundo ao nosso redor, físico, sensível em que as imagens prevalecem sobre os conceitos, formando em nós opiniões por vezes errôneas e equivocadas, (pré-conceitos, pré-juízos). Quando começamos a descobrir a verdade, temos dificuldade para entender e apanhar o real (ofuscamento da visão ao sair da caverna) e para isso, precisamos nos esforçar, estudar, aprender, querer saber. O mundo fora da caverna representa o mundo real, que para Platão é o mundo inteligível por possuir Formas ou Ideias que guardam consigo uma identidade indestrutível e imóvel, garantindo o conhecimento dos seres sensíveis. O inteligível é o reino das matemáticas que são o modo como apreendemos o mundo e construímos o saber humano. A descida é a vontade ou a obrigação moral que o homem esclarecido tem de ajudar os seus semelhantes a saírem do mundo da ignorância e do mal para construírem um mundo (Estado) mais justo, com sabedoria. O Sol representa a Ideia suprema de Bem, ente supremo que governa o inteligível, permite ao homem conhecer e de onde deriva toda a realidade (o cristianismo o confundiu com Deus).
Portanto, a alegoria da caverna é um modo de contar imageticamente o que conceitualmente os homens teriam dificuldade para entenderem, já que, pela própria narrativa, o sábio nem sempre se faz ouvir pela maioria ignorante.
18 – EDUCAÇÃO ROMANA 
O principal meio de educação Romana era a família do tipo patriarcal. O educador era o pai, que na sociedade familiar romana, desempenha o papel de Senhor e de Sacerdote (pater-família) exercendo a máxima autoridade. Mas a mãe também tinha um papel importante, especialmente nos primeniros anos do filho, pois ela ensinava o respeito ao próximo. A partir dos 7 anos os meninos acompanhavam o pai na vida civil, e as meninas ficavam em casa colaborando com as mães  nos serviços domésticos. Entre os 16 e 17 anos os meninos entravam no exército e na vida pública acompanhado por um politíco, velho amigo da família, e assim durante anos. Posteriormente, a família não estavam mais adaptas aos novos meios educacionais, assim sendo as famílias das altas classes sociais, hospedavam em sua casa um professor geralmente grego, pedagogos ou autor de obras literárias. Para as necessidades das famílias menos favorecidas surgem ás escolas privadas sem interferência do estado, essas escolas são de dois grau elementares:
   A escola lo litterator, ou seja, auto de obras literárias, e escola do gramático, onde se ensinava a língua grega e latina, assim os alunos aprendiam á cultura helênica (Grécia Antiga). O 3ª grau é estabelecido mediante as escolas de retórica (tratado ou livro que contém as regras do bem escrever, efeitos exagerados na linguagem) que é uma espécie de Universidade. Tudo era para formar oradores para ingressar na carreira política.
Os conservadores criticavam e publicavam decretos as escolas de retórica por ensinar a cultura Grega. Os mestres gregos vinham em grandes quantidades, enquanto os jovens romanos vâo se aprefeiçoando na cultura grega, especialmente em Atenas.
Nas escolas Romanas, passam a faltar á política da cultura, e antes que fossem desvalorizadas, os romanos voltam a aprecía-la.
Enfim são fundadas cátedras imperiais, especialmente de direito, nos grandes institutos universitária.
 
19 – ARQUE /ARCHÉ - 
O arché é um termo fundamental na linguagem dos filósofos pré-socráticos, dado que é caracterizado pela procura da substância inicial de onde tudo deriva e é também a ideia mais antiga na filosofia, já que se tornou no ponto de passagem do pensamento mítico para o pensamento racional.
Os primeiros filósofos, os pré-socráticos, tentaram estabelecer um "princípio" (arché) da origem e composição do Universo, recorrendo para isso à natureza (physis). 
Tales de Mileto, Anaximandro de Mileto e Anaxímenes de Mileto acreditavam que as coisas têm por trás de si um princípio físico, material, chamado arché.
Tales de Mileto pensava este princípio ou arché como se da água se tratasse. A água seria a substância última da constituição das coisas. Tales afirmou que a água possui vida e movimento próprios. Já que a água é subjacente a todas as coisas, poder-se-ia dizer que tudo está vivo e animado. Tales chega a uma grande abstração: "tudo é um", ou seja, todas as coisas são redutíveis ao seu elemento fundamental, neste caso, a água. Segundo Tales, a terra flutua sobre a água; assim sendo, a água é a causa material de todas as coisas.
Para Anaximandro, o princípio das coisas - o arché - não era algo visível, era uma substância etérea, infinita e indeterminada. Por fim, para Anaxímenes de Mileto, o arché seria o ar e as coisas da natureza. Da mesma maneira que a nossa alma, que é ar, nos sustenta, também um sopro e o ar envolvem o mundo inteiro. 
Heraclito de Éfeso pensava que todas as coisas eram feitas de uma única substância, o fogo. Para ele, é impossível alguém se banhar duas vezes na mesma água no mesmo rio; o acontecer do mundo é um fluxo permanente, pois tudo está em movimento e nada dura para sempre. O mundo, para Heraclito, era como se fosse a chama de uma vela - sempre o mesmo em aparência, mas sempre se alterando na substância.
Segundo Pitágoras, os princípios da matemática, ou seja, os números são o arché. Pitágoras afirmou que os números são a essência de todas as coisas. Considerou os números, as suas relações e as formas matemáticas como a essência e a estrutura de todas as coisas. Cada coisa possui um número (arithmós arkhé), que expressa a "fórmula" da sua constituição íntima. As leis que governam o cosmos são também relações matemáticas.
Concluindo, o arché é o princípio e realidade fundamental, aquilo de que provêm todas as outras coisas, a génesis.

Continue navegando