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Obra e vida de Max Weber

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Karl Emil Maximilian Weber, ou mais conhecido como Max Weber, intelectual, jurista e economista alemão de grande renomeação, nascido no dia 21 de Abril de 1864 na cidade de Erfurt na Alemanha e falecido em 14 de Junho de 1920 na cidade de Munique na Alemanha, foi o primeiro filho do advogado e político Max Weber com a descendente de imigrantes franceses Helene Fallenstein. Sua família paterna pertence a um círculo burguês têxtil muito próspero na Alemanha nos meados do século XIX. 
	O nome da sua família tem ligação profissional ao ramo industrial seguido por eles, no qual Weber na tradução do inglês fica “weaver”, sinônimo de tecelão. Após a sua família transferir-se para Berlim em 1869, no ano de 1882 Max alcança o seu diploma secundário, porém, em 1884 ele interrompe os estudos para prestar serviço militar durante um ano em Estrasburgo. 
	Em 1885, Weber retoma seus estudos na Universidade de Berlim, estuda francês, inglês, espanhol e italiano, após um tempo, consegue estágio na Universidade de Gottingen, conclui sua graduação nessa mesma instituição e começa o doutorado. Nos anos de 1887 e 1888, Max torna-se membro da Verein fur Sozialpolitik, associação dos socialistas acadêmicos partidários de maior intervenção do Estado na área social. 
	Em 1893, houve o pontapé na sua carreira docente no ensino superior, ao começar como livre-docente na Universidade de Berlim, nesse mesmo ano aos 29 anos, casou-se com Marianne Schnitger com a ideia de envelhecerem juntos. Já em 1896, Max obtém a cátedra de economia política na Universidade de Heidelberg, tornando sua casa o ponto de encontro dos intelectuais de Heidelberg. 
	Com a morte do seu pai em 1897, Weber desenvolve um quadro depressivo, o qual afeta diretamente sua carreira acadêmica e política, levando à sua renuncia definitiva na docência universitária em 1903, assim recebe o título de professor honorário. Com isso, sua vida muda o contexto e torna-se voltada para a ciência como profissão, sendo editor da importante revista Archiv fur Sozialwissenschaft und Sozialpolitik. 
	Em 1904, Weber escreve uma das suas obras mais lidas e importantes da sua carreira: 'A ética protestante e o espírito do capitalismo', um ensaio que virou livro, no qual decorre sobre o surgimento do capitalismo e sobre o protestantismo. No ano seguinte, 1905, sai no Archiv a segunda parte do estudo de Max sobre a ética protestante, com grande repercussão. 
	Max Weber dedica-se também aos estudos sociológicos sobre a religião, música, direito e dominação em 1908. Após 5 anos, em 1913, publica o ensaio metodológico intitulado como “Sobre algumas categorias da sociologia compreensiva.”. Com a Primeira Guerra Mundial em 1914, Max abandona suas pesquisas científicas e passa a prestar serviço em hospitais militares.
	Entre 1915 à 1917, foram publicados no Archiv os estudos sociológicos de Weber sobre as grandes religiões da humanidade, as quais comporam a nomeada Ética econômica das religiões mundiais. Max falece em 14 de Junho de 1920 devido a uma pneumonia, e após sua morte, foi publicado o livro “A ética protestante e o espírito do capitalismo”. 
	Weber estudou as ações sociais sobre as sociedades humanas, nas quais determinadas pessoas seriam conhecidas como os agentes de conduta, aqueles que seriam os influenciadores em determinadas sociedades. Para Max, o individuo não consegue ter suas próprias ações, decisões, pois sempre sofre influência por outrem, pois a comunicação com outros indivíduos é a forma de haver a transformação bastando ao individuo aceita-la ou não.
	Para Weber, o surgimento do capitalismo vem desde quando as sociedades buscavam mais riquezas, alto capital, o que favoreceu e fortaleceu o crescimento do capitalismo. Para existir o capitalismo foi preciso a racionalidade junto com alguns elementos (riquezas, terra, trabalho, etc.), pois usando a racionalidade e estes elementos é possível prender o indivíduo neste ciclo, criando assim a base do capitalismo atual, usando um tipo de individuo alienado e sempre terá o uso de sua força de trabalho e tendo obrigação de aceitar tudo que outros indivíduos mais ricos impuserem, assim gera-se classes para servir e outra para lucrar, sem importar-se com os outros indivíduos.
	Para esse autor, existem quatro tipos de ações sociais, as quais são distintas, pois a primeira é considerada a ação social com relação a fins, na qual deve-se escolher o melhor meio para realizar um fim (Ex.: transações econômicas). A segunda, ação social racional com relação a valores, na qual relata que os valores orientam as ações, sendo religiosa, estética, política, dentre outras (Ex.: ir à igreja). A terceira, ação social afetiva, retrata a conduta humana movida por sentimentos, como a loucura, inveja, raiva, paixão, e outros (Ex.: Comemorar a vitória do time). A quarta, ação social tradicional, tem sua definição voltada para uma fonte motivada pelos costumes ou hábitos (Ex.: relaxar aos domingos). Ressalta-se que as duas últimas ações sociais são consideradas como irracionais.
	O tipo ideal ou puro, para Max Weber, retrata-se em um recurso analítico baseado em conceitos, definindo o que é cada coisa, como a religião, a burocracia, o capitalismo, a economia, entre outros. Esse tipo busca generalizar, com apenas uma referência para a compreensão da realidade no momento, são análises construídas pelo próprio investigador para definir alguns objetos investigados. Os tipos ideais não são hipóteses de como deveriam ser os modelos, mas pertencem a ideia, ao pensamento. 
	Os tipos são construídos e não descobertos, de modo que neles as ações são racionais, calculadas em função de um objetivo definido, mesmo isso não acontecendo de forma pura na realidade. O tipo ideal busca o específico, o particular, e não o imaginário, o genérico ou geral, pois ele já é o tipo geral, em busca do singular.
	Para Weber, a racionalidade (racionalização) divide-se em quatro: A racionalidade formal, substantiva, meio finalística e quanto aos valores. 
As mais importantes são: 
a) A racionalidade formal está veiculada aos meios institucionais, pois são formas calculistas e metódicas na maioria burocráticas atribuídas a pessoas ligadas ao direito e economia;
b) A racionalidade substantiva é bastante parecida com a formal, na qual sua conduta não se submete aos fins, mas são ligadas ao social sendo analisada quanto aos valores daquela sociedade. 
Quando analisamos as duas racionalidades mais propostas por Weber vemos as suas diferenças ligadas ao que chamamos de ação social.

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