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Organismos+geneticamente+modificados+e+Transgénicos

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Organismos Geneticamente Modificados e Transgênicos
LUCAS LUAN TONELLI 
PAULO EVARISTO RUPOLO
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ – UNIOESTE
CÂMPUS DE MARECHAL CÂNDIDO RONDON
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS – CCA
CURSO DE ZOOTECNIA
DISCIPLINA DE GENÉTICA BÁSICA – PROFº CLÁUDIO YUJI TSUTSUMI
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“Com tecnologia de DNA recombinante, é possível cortar um pequeno pedaço de DNA de uma espécie (doador), introduzi-lo no DNA de outra espécie (hospedeiro) com a qual não pode cruzar, mas em que o DNA do doador é expresso. A espécie hospedeira, agora chamada de organismo geneticamente modificado (OGM), adquire uma nova propriedade que não poderia ter obtido através da criação convencional”
(Nature 2002).
Organismos Geneticamente Modificados
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Organismos Geneticamente Modificados
O que são?
Um organismo geneticamente modificado (OGM) é um organismo cujo material genético foi manipulado de modo a favorecer uma característica desejada, através de uma técnica de engenharia genética ou por meio de técnicas de cruzamentos tradicionais.
Organismos geneticamente modificados
não são exatamente o mesmo que
organismos transgênicos!!
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Organismos Geneticamente Modificados				vs.	Organismos Transgênicos
Um transgênico é sempre um OGM, mas um OGM não é obrigatoriamente um transgênico. 
Enquanto um OGM é um organismo cujo genoma sofreu algum tipo de alteração, um transgênico é um organismo que adquiriu, pelo uso de técnicas de Engª Genética, genes de outro organismo. Desta forma, um transgênico apresenta modificações impossíveis de serem obtidas com técnicas de cruzamento tradicionais. 
Exemplo:
Uma bactéria pode ser modificada para expressar em maior quantidade um determinado gene próprio. Não será assim uma bactéria transgênica, mas apenas um OGM, já que não houve introdução de material genético externo. Sempre que ocorre inserção de DNA exógeno num organismo este passa a ser definido como transgênico. 
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Transgenia animal 
Existem varias técnicas para produzir um animal transgênico, entretanto todas elas possuem o mesmo objetivo, que é o de produzir um animal com alguma característica especial de interesse humano. São exemplos de objetivos da transgenia animal: maior conversão alimentar em animais domésticos, resistência a doenças em humanos ou animais, resistência a parasitos, carne de maior qualidade, maior produção de leite, produção de substancias farmacêuticas, produzir animais mais adaptados a um determinado ambiente e transplantes de órgãos (CASTRO, 2001 CAMARA et al., 2008). 
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O transplante de órgãos entre espécies, também conhecido como xenotransplante (GIBBONS et al., 2014), é considerado uma alternativa que pode salvar milhões de pessoas que necessitam de doação. 
Baseado nisso, suínos transgênicos estão sendo desenvolvidos para expressar proteínas humanas na superfície de órgãos, para que assim eles possam ser utilizados como viáveis doadores de órgãos (CAMARA et al., 2008; KUMAR et al., 2013).
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O suíno doméstico é o animal mais estudado em pesquisas de xenotransplante. Ele possui algumas vantagens em relação às outras espécies, como a similaridade dos órgãos, atingem sua maturidade em um menor espaço de tempo, podem ser mantidos em instalações simples, e também porque as técnicas de transgênese e de imunogenicidade estão bem estabelecidas nesta espécie (RUMPF & MELO, 2005). 
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Mosquito da Dengue
A Oxitec (companhia britânica) realizou vários testes de campo em Juazeiro, na Bahia, com um tipo de mosquito transgênico que contém genes do Aedes Aegypti - transmissor da dengue.
Segundo a companhia, a liberação do mosquito transgênico em dois bairros da cidade resultou na morte de 90% da população de Aedes Aegypti na área.
O princípio de funcionamento é semelhante ao da mosca de fruta transgênica: quando o mosquito macho transgênico criado em laboratório cruza com fêmeas do Aedes Aegypti na natureza, os filhotes resultantes não sobrevivem até a vida adulta, bloqueando a reprodução da espécie naquela área.
BBC Brasil, 2014.
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Transgênicos vs OGM
Introdução do gene LT-B (que codifica a sub-unidade B da enterotoxina da bactéria E. coli) na banana, com o objectivo de obter um antígeno utilizável como vacina oral contra a cólera.
Transgênico
OGM
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Transgênicos vs OGM
Transgênico
OGM
Introdução do gene LT-B (que codifica a sub-unidade B da enterotoxina da bactéria E. coli) na banana, com o objectivo de obter um antigénio utilizável como vacina oral contra a cólera.
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Transgênicos vs OGM
Transgênico
OGM
Já há vários anos que o Homem tem vindo a criar novas raças ou a melhorar determinada raça através de cruzamentos genéticos.
Introdução do gene LT-B (que codifica a sub-unidade B da enterotoxina da bactéria E. coli) na banana, com o objectivo de obter um antigénio utilizável como vacina oral contra a cólera.
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Transgênicos vs OGM
Transgênico
OGM
Já há vários anos que o Homem tem vindo a criar novas raças ou a melhorar determinada raça através de cruzamentos genéticos.
Introdução do gene LT-B (que codifica a sub-unidade B da enterotoxina da bactéria E. coli) na banana, com o objectivo de obter um antigénio utilizável como vacina oral contra a cólera.
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Transgênicos vs OGM
Transgênico
OGM
A cor original das cenouras era branca, no entanto alguns agricultores conseguiram torná-las laranja, tal como as conhecemos.
Já há vários anos que o Homem tem vindo a criar novas raças ou a melhorar determinada raça através de cruzamentos genéticos.
Introdução do gene LT-B (que codifica a sub-unidade B da enterotoxina da bactéria E. coli) na banana, com o objectivo de obter um antigénio utilizável como vacina oral contra a cólera.
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Transgênicos vs OGM
Transgênico
OGM
A cor original das cenouras era branca, no entanto alguns agricultores conseguiram torná-las laranja, tal como as conhecemos.
Já há vários anos que o Homem tem vindo a criar novas raças ou a melhorar determinada raça através de cruzamentos genéticos.
Introdução do gene LT-B (que codifica a sub-unidade B da enterotoxina da bactéria E. coli) na banana, com o objectivo de obter um antigénio utilizável como vacina oral contra a cólera.
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Transgênicos vs OGM
Milho Bt: introdução de um gene da bactéria Bacillus thuringiensis que leva à produção de proteínas tóxicas para determinados insectos.
Transgênico
OGM
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Transgênicos vs OGM
Milho Bt: introdução de um gene da bactéria Bacillus thuringiensis que leva à produção de proteínas tóxicas para determinados insectos.
Transgênico
OGM
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Transgênicos vs OGM
Milho Bt: introdução de um gene da bactéria Bacillus thuringiensis que leva à produção de proteínas tóxicas para determinados insectos.
Transgênico
OGM
Suíno produtor de hemoglobina humana, através da introdução do gene humano que codifica para esta proteína.
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Transgênicos vs OGM
Milho Bt: introdução de um gene da bactéria Bacillus thuringiensis que leva à produção de proteínas tóxicas para determinados insectos.
Transgênico
OGM
Suíno produtor de hemoglobina humana, através da introdução do gene humano que codifica para esta proteína.
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Transgênicos vs OGM
Milho Bt: introdução de um gene da bactéria Bacillus thuringiensis que leva à produção de proteínas tóxicas para determinados insectos.
Transgênico
OGM
O Homem realiza enxertos nas uvas para melhorar a sua resistência aos solos ou condições atmosféricas.
Suíno produtor de hemoglobina humana, através da introdução do gene humano que codifica para esta proteína.
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Transgênicos vs OGM
Milho Bt: introdução de um gene da bactéria Bacillus thuringiensis que leva à produção de proteínas tóxicas para determinados insectos.
Transgênico
OGM
O Homem realiza enxertos nas vinhas para melhorar a sua resistência aos solos ou condições atmosféricas.
Suíno produtor de hemoglobina humana, através da introdução do gene humano que codifica
para esta proteína.
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Marcos na transgenia de animais de produção
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Marcos importantes 
Década de 80
Primeiro transgênico: introdução na bactéria Escherichia coli do gene humano para a produção de insulina
Década de 80
Produção do primeiro animal transgênico, transferindo genes humanos codificantes de hormonas de crescimento para o rato, permitindo obter ratos com um crescimento superior ao esperado.
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Década de 80
Desenvolvimento das primeiras plantas transgênicas com a inserção de um gene que confere resistência ao antibiótico canamicina na planta do tabaco (Nicotiana tabacum).
Década de 90
Plantas do algodão ficaram resistentes ao herbicida Bromoxynil por lhes ter sido introduzido o gene CryA (endotoxina) da bactéria Bacillus thuringiensis.
Marcos importantes 
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Ano 2000
Desenvolvimento do arroz dourado na Alemanha. O arroz é enriquecido em ß – caroteno, percursor da vitamina A, através da inserção de dois genes de narcisos e um gene de uma bactéria. Esta modificação torna este arroz uma boa fonte de alimentação em países que registam carências nesta vitamina.
Década de 90
Aprovado para comercialização o primeiro produto transgênico para alimentação: os tomates Flavr Savr TM (o processo de amadurecimento nestes tomates é lento).
Marcos importantes 
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Métodos para inserção de genes externos nos organismos
Métodos Físicos:
Microinjecção
Biolística
Métodos Biológicos:
Bactérias
Vírus
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Métodos para inserção de genes externos nos organismos
Microinjecção:
Realizada por meio de agulhas microscópicas manipuladas mecanicamente. O gene de interesse é injetado no interior do núcleo da célula alvo. 
Desvantagem: a transformação tem que ser realizada célula a célula.
Biolística:
Partículas de ouro ou tungstênio são revestidas com os genes e são projetadas para as células vegetais através de equipamento adequado, inserindo os genes.
Desvantagem: eficiência extremamente baixa.
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Métodos para inserção de genes externos nos organismos
Bactérias:
É um método no qual o gene de interesse é inserido numa bactéria (Agrobacterium tumefaciens) e esta “faz a entrega” ou seja, insere o gene de interesse na célula vegetal desejada.
Vírus:
É muito semelhante ao método da bactéria, porém o vetor utilizado é um vírus.
Os métodos biológicos são os mais utilizados pois não requerem equipamentos de alto custo e tecnologia, além de serem mais simples, baratos e eficientes. O método mais comummente utilizado é o método que recorre à utilização de bactérias para a transferência genética.
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A técnica da transformação
Identificar o gene de interesse
Isolar esse gene
Inserir o gene em um vetor (responsável pelo transporte)
Transferir esse gene para o tecido do organimos alvo
Regenerar novos tecidos através do tecido que contém o gene
Analisar e testar a eficiência do processo de transformação
Testar em campo para verificar a caracteristica de interesse
Aprovação por órgãos competentes e comercialização
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Identificar o gene de interesse
Isolar o gene de interesse
Inserir o gene num vetor (bactéria)
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Regenerar a planta a partir do tecido transformado
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Cultivar o tecido e a bactéria juntos para ocorrer a transferência 
Processo de transformação
genética de uma planta
A técnica da transformação
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Aplicações
Agricultura
Resistência a herbicidas
Resistência a vírus e a fungos
Resistência ao ataque de insetos
Alteração da qualidade nutricional dos alimentos
Medicina
Produção de vacinas
Produção de hormonas de crescimento
Produção de imunotoxinas usadas no combate ao cancro
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Aplicações
Meio Ambiente
Despoluição de águas
Despoluição de solos
Retenção de metais pesados
Melhoria na qualidade do ar
Redução na quantidade de pesticidas usados
Na Investigação:
Estudo da regulação e expressão genética
Estudos Biomédicos
Simulação de doenças humanas
Compreensão dos mecanismos moleculares
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Exemplos de Transgênicos
A soja é provavelmente o alimento transgênico mais abundante e mais conhecido a nível mundial.
Objetivo: Produzir soja resistente ao herbicida glifosato, que inibe a atividade da enzima EPSPS (sintetiza aminoácidos aromáticos) levando à morte da planta, através da inserção de um gene da bactéria Agrobacterium tumefaciens que possibilita a sintese da enzima EPSPS.
O milho transgénico também é conhecido como milho Bt, porque o gene inserido provém da bactéria Bacillus thuringiensis. 
Objetivo: Produzir milho que seja resistente ao ataque dos insectos através da inserção de um gene que possibilita a sintese de uma endotoxina de Bacillus thuringiensis.
 
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Exemplos de Transgênicos
Feto de rato onde é possível visualizar a expressão de determinados genes (cor azul) nas suas extremidades. 
Objetivo: estudos laboratoriais onde se pretende entender os mecanismos moleculares que controlam a expressão dos genes durante o desenvolvimento fetal.
Bovino produtor de lactoferrina humana
Caprino produtor de uma droga contra o cancro 
Suíno produtor de hemoglobina humana
Objetivo: Produzir proteínas de interesse farmacêutico no leite, no sangue e até na urina. Estudos em desenvolvimento. 
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Exemplos de Transgênicos
Modelo para estudos sobre a epilepsia
Modelo para estudos sobre a obesidade
Objetivo: Simular doenças humanas usando animais geneticamente modificados com os genes de interesse. Processos em desenvolvimento em laboratório.
Objetivo: Produzir animais com caracteristicas de importância comercial (maior crescimento neste caso).
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Exemplos de Transgênicos
GloFish®: o primeiro organismo geneticamente modificado para venda: o peixe-zebra, com a introdução do gene GFP (green fluorescent protein) permitindo que os peixes brilhem, quer em luz natural ou sob luz ultravioleta.
Planta do tabaco que expressa luciferase (gene isolado do vagalume). 
Porco que expressa o gene que codifica uma proteína fluorescente extraída de medusas (à esquerda).
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Exemplos de Transgênicos
Applause: a rosa azul produzida em 2009 e de elevado valor comercial.
Alba: a coelha fluorescente de Eduardo Kac, criada em colaboração com investigadores franceses (arte transgénica).
Edunias: Eduardo Kac retirou um gene do seu próprio genoma e que por sua vez foi inserido em petúnias de forma a ser visualizado nas nervuras das flores. 
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Conhecido no Brasil como rato-toupeira-pelado (Heterocephalus glaber), ou “naked mole rat”, é um roedor que vive no leste da África, em tocas debaixo da terra e, eventualmente, come suas próprias fezes.
Além disso, já foram feitas pesquisas que mostraram que este animal é praticamente resistente ao câncer e a alguns tipos de dor (PENNISI, E. Why Naked Mole Rats Don’t Get Cancer, 2013).
Rato-toupeira-pelado: super-roedor?
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Mais recentemente, Thomas Park, um neurocientista da Universidade de Illinois e Gary Lewin um fisiologista do Max Delbruck Center for Molecular Medicine descobriram que este roedor consegue sobreviver até 18 minutos em um ambiente com pouco oxigênio (KUPFERSCHMIDT, K. Naked mole rats can survive 18 minutes without oxygen. Here’s how they do it. Science, 2017). 
Com objetivo de descobrir como isso ocorre,  foram realizados experimentos com ratos-toupeira e com camundongos. Os indivíduos das duas espécies foram colocados em uma câmara sem oxigênio. 
Rato-toupeira-pelado: super-roedor?
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Como esperado, os camundongos morreram em menos de um minuto. 
No entanto, os ratos-toupeira tiveram uma redução no seu batimento cardíaco, de 200 para 50 batimentos por minuto, e também perderam consciência. 
Mas eles não morreram como os camundongos e, mesmo após 18 minutos neste estado, foram capazes de se recuperar completamente quando expostos ao ar com condições normais (STORZ; MCCLELLAND, 2017).
Rato-toupeira-pelado: super-roedor?
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Mas como sobrevivem?
Os ratos-toupeira são capazes de converter frutose (presente em altas concentrações no sangue deste animal) em glicose via glicolítica mesmo sem a presença de oxigênio.
O mecanismo de como isso ocorre ainda está em estudo e não completamente elucidado. 
Os mecanismos utilizados por este animal podem vir a ser úteis. Por exemplo, humanos que por algum motivo tem o fluxo de sangue no cérebro interrompidos começam a demonstrar a morte celular após alguns minutos, devido a falta de oxigênio. Se fosse possível a ativação do uso da frutose, do mesmo modo que os ratos-toupeira, a morte celular poderia ser interrompida.
 
Rato-toupeira-pelado: super-roedor?
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Os Argumentos…
Prós
O alimento geneticamente modificado pode ter a função de prevenir, reduzir ou evitar riscos de doenças, através por exemplo da produção de vacinas e outros produtos que estimulem o sistema imunológico.
O uso de transgénicos pode reduzir o uso dos agrotóxicos (herbicidas, insecticidas e fungicidas) mais danosos, que podem causar sérios problemas aos seres vivos, e a sua produção prejudicará menos o meio ambiente. 
 Contras
O local onde o gene é inserido não pode ser completamente controlado, o que pode causar resultados inesperados, uma vez que os genes de outras partes do organismo podem ser afectados.
Alguns organismos que antes eram cultivados com fins alimentares estão a ser modificados para produzirem produtos farmacêuticos e químicos. Plantas modificadas podem no entanto realizar polinização cruzada com espécies semelhantes e contaminar plantas utilizadas exclusivamente na alimentação.
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Os Argumentos
Prós
As plantas geneticamente modificadas podem adquirir resistência ao ataque de insetos, de pragas e à seca ou até mesmo tornaram-se menos vulneráveis à geada aumentando a produtividade agrícola.
O aumento da produção de alimentos pode reduzir o problema da fome e os custos de produção.
Contras
Aumento considerável de resíduos de pesticidas, pois alguns dos produtos transgénicos adquirem resistência aos efeitos dos agrotóxicos, requerendo doses superiores. Os restos poderão escoar para os rios e solos, contaminando o lençol freático e diminuindo a potabilidade da água.
Há um aumento considerável do número de casos de pessoas alérgicas a determinados alimentos em virtude das novas proteínas que são produzidas pela alteração genética dos alimentos.
 
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Os Argumentos…
Contras
Pragas e doenças poderão tornar-se resistentes se houver a transferência do gene que lhes confere resistência.
A uniformidade genética leva a uma maior vulnerabilidade do cultivo porque a invasão de pestes, doenças e ervas daninhas é maior em áreas de monocultura. Quanto maior for a variedade genética no sistema da agricultura, mais este estará adaptado para enfrentar pestes, doenças e mudanças climáticas que tendem a afectar apenas algumas variedades. 
Prós
Desenvolvimento de modelos biomédicos que poderão ajudar na terapia e descoberta de novas abordagens nas doenças humana (desenvolvimento de novos fármacos por exemplo).
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Opiniões sobre os transgênicos
Os OGM podem criar outras doenças para plantas e animais, outras fontes de cancro e novas epidemias. 
George Wald, Universidade de Harvard (vencedor do prémio Nobel da Medicina)
José Santos, Direção Regional da Agricultura do Centro (Portugal)
A alteração genética feita no milho visa tornar o cereal mais resistente a pragas e não há risco de contaminação.
Paulo Andrade, Dirigente da Associação Quercus.
O Homem está a fazer de Deus, mexendo na estrutura genética dos seres vivos.
Phillip Angell, Diretor de comunicação da Monsanto.
A Monsanto não deveria ser responsável pela segurança dos alimentos produzidos através da biotecnologia. O nosso interesse é vender o máximo possível.
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Perspectiva Mundial: alguns números…
1996
Inicia-se a cultura de transgênicos (área de cultivo 74%)
2001
Área de culturas transgênicas:
52 milhões de hectares:
EUA – 68% de produção
Argentina – 22% de produção
Canadá – 6% de produção
China – 3% de produção
2005
Área com OGM
Soja – 62% (60% da área mundial)
Milho – 22% (14% da área mundial)
2006
Área cultivada com OGM atinge 100 milhões de hectares
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Perspectiva Mundial: alguns números…
Em 2008, a área plantada com sementes geneticamente modificadas no mundo atingiu 125 milhões de hectares
Evolução da produção mundial de transgénicos entre 1995 e 2006
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Perspectiva Mundial: alguns números…
Áreas de cultivo de transgênicos
EUA – 62.5 milhões de hectares
Argentina - 21 milhões de hectares
Brasil – 15,8 milhões de hectares
Índia – 7,6 milhões de hectares
China – 3,8 milhões de hectares
25 países produtores de transgênicos – 15 deles países em desenvolvimento
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Questões de Segurança
Por serem novos e lhes estar associada muita polémica, os OGM são avaliados com um rigor muito maior do que os produtos tradicionais lançados no mercado. Da criação de um novo produto até ao seu lançamento comercial, são necessários alguns anos para a realização de testes de segurança. Dentro dos critérios avaliados estão:
TOXICIDADE (efeitos crônicos, agudos e alergenicidade)
NUTRIÇÃO (efeitos do processo nos níveis de disponibilidade de nutrientes e factores antinutricionais)
MICROBIOLOGIA (efeitos das mudanças de patogenicidade e riscos de contaminação biológica)
INGESTÃO (impacto do novo produto nos níveis de ingestão e processamento) 
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Questões de Segurança
A rotulagem dos alimentos que possuem transgênicos apresenta critérios diferentes entre países. Por exemplo:
Na Europa a rotulagem de qualquer material que contém DNA/RNA ou proteína modificada detectável é obrigatória.
No Brasil apenas fazem a rotulagem dos alimentos transgênicos que deixaram de ser equivalentes ao alimento original.
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Considerações Finais
A pesquisa deve, em primeiro lugar, ter em conta a qualidade de vida da população e a preservação do meio ambiente e não os interesses privados e a satisfação económica de alguns grupos.
Há falta de conhecimento e informação por parte da população para realizar uma avaliação de risco responsável. 
A ausência de informação clara e precisa sobre a origem de OGM caracteriza um grave incumprimento do Código de Defesa ao Consumidor.
De maior importância são a consciencialização e mobilização da sociedade e o investimento público em pesquisas de biossegurança de forma a ampliar a capacidade de avaliação de riscos e elaboração de normas de segurança que salvaguardem o ambiente e a saúde humana. 
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Referências Bibliográficas
Llaguno C. (2001). Genetically Modified Organisms. Science Diliman, 13:1, 73-76.
Edwards T, Guenawan A & Osawa S. (2005). Genetically Modified Organisms.
 http://www.soe.ucsc.edu/classes/cmpe080e/Spring05/projects/gmo/ce80e_final.doc.
Millis N. (2006). Genetically modified organims. Australian State of the environment committeehttp://www.deh.gov.au/soe/2006/emerging/gmo/index.html
Mayor F. (1992). A Biotecnologia no inicio dos anos noventa: êxitos, perspectivas e desafios. Estudos avançados, 6:16.
Organismos Geneticamente Modificados (2008)
http://organismosmodificados.blogspot.com/2008/03/argumentos-favor-dos-ogms.html
ÉPOCA (2003)
http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT474558-1655,00.html
BBC Brasil (2014)
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/08/140819_cinco_animais_transgenicos_mv
 
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KUPFERSCHMIDT, K. Naked mole rats can survive 18 minutes without oxygen. Here’s how they do it. Science, 20 abr. 2017.
PENNISI, E. Why Naked Mole Rats Don’t Get Cancer. Disponível em: <http://www.sciencemag.org/news/2013/06/why-naked-mole-rats-dont-get-cancer&gt;. Acesso em: 26 jun. 2017.
STORZ, J. F.; MCCLELLAND, G. B. Rewiring metabolism under oxygen deprivation. Science, v. 356, n. 6335, p. 248–249,
21 abr. 2017.
HOGAN, B. et al. Manipulating the Mouse Embryo. 2nd ed. New York: Cold Spring Harbor Laboratory Press, 1994. HOUDEBINE, L. M. (Ed.). Transgenic Animals – generation and use. Amsterdam: Harwood Academic Publishers, 1997.
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ANDRADE, A., PINTO, SC., and OLIVEIRA, RS., orgs. Animais de Laboratório: criação e experimentação [online]. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2002. 388 p. ISBN: 85-7541-015-6. Available from SciELO Books .
Lygia da Veiga Pereira. ANIMAIS TRANSGÊNICOS – NOVA FRONTEIRA DO SABER. Cienc. Cult. vol.60 no.2 São Paulo  2008. 
CAMARA, D.; DIMITROVA I. R.; DOYNOVA M.; JACHACZ L.; KACHAKOVA D.; KEPKA M.;. Transgenic and cloned animals: Ethical Problems? EU SOCRATES ERASMUS. European Community IP Bioéthique en science de la vie et de l’environnement. Agro campus Rennes, University of Sofia “Sv. Kliment Ohridski”, University of Life Sciences, Lublin. 20p. 2008. 
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CASTRO, F. O. Modificación Genética de Animales de Granja In: PALMA, GUSTAVO A. Biotecnología de la reproduccíon. v. 01, p. 395-414, Balcarce Argentina, 2001. 
RUMPF, R., MELO, E. O. Produção de animais transgênicos: metodologias e aplicações. Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, 0102– 0110; 145, Brasília, 27p, 2005.
Produção de animais transgênicos por transferência nuclear como modelo de estudo biológico. Rev Bras Reprod Anim, Belo Horizonte, v.32, n.4, p.240-250, out./dez. 2008. Disponível em www.cbra.org.br 
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