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Bem Estar Animal

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Bem-Estar Animal – Aula 1
Muito além de sentimento, é também físico.
Classificar o bem estar como se fosse um termômetro com condições boas a péssimas.
Índice de bem estar geral.
Para analisarmos o bem estar geral de animais:
Alguns fatores, temperatura, ambiente, alimentação, espaço de confinamento, higiene.
Cada um desses fatores é possível desdobrar em vários. Ex. Higiene, quais produtos, quantas vezes é limpo, etc.
Ao falar de bem estar animal englobamos três áreas: Físico, mental, naturalidade (quanto o animal é livre para expressar seu comportamento natural).
Interações entre homens e animais: Tratador animal de produção, Dono animais de companhia.
Um cão-guia, vai ter alguma alteração de bem-estar ou vai se acostumar com a nova rotina, ou os dois? Sempre quando se tira um animal de sua natureza vai ter alterações, por isso os indicadores de bem estar
Desmatamentos, invasão de áreas de animais selvagens, também há alteração de bem estar.
Teoria da dissonância cognitiva 
(São visões conflitantes que temos em relação ao bem estar animal).
As pessoas experimentam sensações desagradáveis de “dissonância cognitiva” quando abrigam opiniões ou motivações conflitantes. Elas mudarão seu comportamento ou sua atitude para evitar ou superar a dissonância.
Ex.: Sea world, zoológico, veganismo.
Dissonância: Ritual
Pessoas que caçam para sua subsistência muitas vezes usam práticas rituais para ganhar a “aprovação” do animal caçado: 
Abstinência alimentar e sexual 
Ritual de purificação 
Falar da caça com respeito 
Pedir desculpas ao animal morto 
Tratamento cerimonial das carcaças 
Ritual de descarte das partes não aproveitáveis 
Evitar desperdício
Ciência, ética e lei
A ciência bem-estar considera os efeitos dos seres humanos sobre o animal da perspectiva do animal. (Reflexo da ação humana sobre os animais).
A ética do bem-estar considera as atitudes humanas para com os animais.
A legislação de bem-estar considera como os seres humanos são obrigados a tratar os animais.
A lei é fraca.
Avaliação do Bem-Estar e as Cinco Liberdades – Aula 2 
Cinco Liberdades = Bem-Estar Animal
“O Conselho de Bem-Estar de Animais de Produção acredita que o bem-estar de um animal deveria ser avaliado com base nas Cinco Liberdades.”
Livre de fome e sede 
Livre de desconforto 
Livre de dor, lesões e doenças 
Livre para expressar comportamento normal 
Livre de medo e estresse 
(Farm Animal Welfare Council UK, 1993)
Todas as liberdades são maleáveis para benefício do homem, condições ideais somente se o homem não colocar o dedo.
Não são essenciais, o animal sobrevive.
Bem-estar versus morte (Liberdade da morte)
O bem-estar refere-se à qualidade da vida animal 
A morte afeta a quantidade da vida animal 
Qualidade e quantidade de vida podem ser preocupações éticas
Todas as liberdades são igualmente importantes?
Em sua opinião, qual importância deveria ser atribuída a cada uma das Cinco Liberdades no tratamento de animais? Fome e Sede.
O conceito de necessidade
Necessidade: um requisito fundamental na biologia do animal para obter um recurso específico ou responder a um estímulo ambiental ou corporal específico (Broom & Johnson, 1993). 
Se uma necessidade não for atendida haverá um efeito na fisiologia ou no comportamento, isto é, a observação de um efeito fisiológico, que possa ser relacionado à ausência de um determinado recurso. É uma indicação da falta de cuidado humano.
Hierarquia de necessidades
Algumas necessidades podem ser mais importantes do que outras: 
Provisão de comida e água é uma necessidade fundamental 
Provisão de uma área de descanso confortável pode ser menos fundamental
Manter a Vida Manter a Saúde Manter o Conforto (Hurnik & Lehman, 1985)
Motivação em relação às Cinco Liberdades
Nesta pesquisa, mais de 80% dos fazendeiros britânicos consideraram todas as liberdades de muita ou extrema importância. 
Esse índice será diferente para diferentes grupos de usuários e diferentes países. 
Mesmo na população pesquisada, altamente motivada, existem problemas de bem-estar animal significativos. 
No Reino Unido, por exemplo, 20% do gado de leite apresenta manqueira e a mortalidade de cordeiros atinge mais de 20%.
Conflito das Cinco Liberdades
Livre de doenças está em conflito com: 
	medo do manejo durante um tratamento 
Livre para expressar comportamento está em conflito com: 
	estresse durante interações sociais normais
Todos os sistemas de produção restringem o comportamento normal
Restrição do “normal”
Óbvia: gaiolas parideiras
Não tão óbvia: cama
Significância das Liberdades
Consenso entre cientistas e políticos em muitos países: 
O bem-estar deve ser considerado em termos das Cinco Liberdades. 
As liberdades fornecem: 
Uma indicação inicial sobre o que deve ser avaliado e 
O que deve ser disponibilizado aos animais. 
Elas não definem o padrão mínimo: 
Já que é extremamente difícil disponibilizar todas as liberdades o tempo todo.
Avaliação do BEA 
Como avaliar?
Métodos indiretos
Dados do sistema
	 Recursos oferecidos para a criação animal 
Indicadores: fatores de BEA 
Ambiente:
	Abrigo, qualidade da alimentação, água, cama; 
Tratador:
	Empatia, conhecimento, capacidade de observação; 
Animal:
	Raça, idade e sexo compatíveis com o sistema.
Métodos diretos
Efeitos 
	Avaliação das consequências dos dados do sistema sobre o BEA 
Indicadores: 
Desempenho
	 Índices de produtividade; 
Medidas tomadas nos animais 
	Frequência cardíaca, níveis de cortisol; 
Estados do BEA
	Comportamento estereotipado, medo
As Cinco Liberdades & dados do sistema / fatores
Livre de fome e de sede:
	Livre acesso à água fresca e dieta que garanta saúde e vigor físico plenos
Livre de desconforto: 
	Ambiente apropriado, inclusive abrigo e área de descanso confortáveis 
Livre de dor, lesões e doenças:
	Prevenção ou de rápido diagnóstico e tratamento 
Livre para expressar comportamento natural: 
	Espaço suficiente, instalações apropriadas e companhia da própria espécie 
Livre de medo e estresse: 
	Assegurando condições e tratamento que evitem o sofrimento mental
Base para quantificação de problemas
Severidade 
Duração 
Número afetado
Quantificação da severidade
Desempenho da produção 
	ex.: índices de crescimento 
Doença 
	 ex.: manqueira, pneumonia 
Fisiologia 
	 ex.: freqüência cardíaca, cortisol 
Comportamento 
	 ex.: medo
Exemplo de severidade: Qual é a severidade do isolamento social de ovinos?
Exemplo de duração: Por quanto tempo ovinos são sensíveis à dor após um episódio de manqueira?
Número afetado
Quantos animais sofrem manqueira em um dado momento?
Indicadores fisiológicos do bem - estar animal – Aula 3
Definição do bem-estar animal (estado físico)
“Bem-estar animal é o estado físico e psicológico de um animal diante de suas tentativas de lidar com o ambiente.”
Professor Donald M. Broom Colleen Macleod Professor of Animal Welfare University of Cambridge UK
Alteração no bem-estar = Alteração nesses estados = Respostas fisiológicas
Tipos de respostas fisiológicas 
Alteração do bem-estar (estímulo)
Ativação do SNC
Respostas do sistema
nervoso autônomo (2) Respostas neuroendócrinas
Respostas do sistema nervoso autônomo (SNA) Sistema Nervoso Simpático - Medular da Adrenal SNS e Sistema nervoso parassimpático (SNP)
Efeitos Do SNS
Aumento do débito cardíaco 
Aumento da Frequência cardíaca (taquicardia) 
Aumento da Contração do músculo cardíaco 
Aumento do fluxo sanguíneo para os músculos 
Aumento da Vasoconstrição periférica 
Contração do baço 
Aumento no volume de ar inspirado 
Aumento da Frequência respiratória 
Aumento do Relaxamento dos bronquíolos
Mensuração das Respostas do SNA
Direta: Frequência respiratória 
		Níveis de catecolamina 
		Pressãosanguínea 
		Frequência cardíaca
Indireta: Habituação das adrenais 
		 Enzimas das adrenais
Resposta do SNA = medida aguda 
Alterações patológicas = medida crônica
Avaliação das técnicas de mensuração
Prós e contras das técnicas quanto a:
Invasividade 
			Severidade da implantação 
Restrição 
			Contenção necessária 
Perturbação 
Efeito da amostragem sobre o parâmetro
Aumento da frequência cardíaca:
Frequência cardíaca de ovinos se expostos a:
 Pessoa estranha ( 45 bpm) 
 Pessoa estranha com cão ( 79 bpm) 
(Baldock & Sibly, 1990)
Redução da frequência cardíaca 
Frequência cardíaca de roedor < quando perturbado por: 
- Estímulo 
- Barulho repentino visual ameaçador 
(Hofer, 1970)
Arritmias cardíacas 
Indicadoras de alterações crônicas do bem-estar 
Taquicardia: Contenção repetida = arritmias em macacos (Corley et al., 1973) 
Bradicardia: Barulho e estímulos ameaçadores repetidos = arritmias em ratos (Hofer, 1970)
Medição de frequência cardíaca
	Método
	Invasivo
	Restritivo
	Perturbador
	Direto, estetoscópio
	X
	
	
	Conectado, monitor polar
	X
	
	X
	Telemetria
	
	X
	X
	Remoto
	X
	X
	X
Pressão sanguínea
Medida de alterações crônicas do bem-estar 
Alteração do bem-estar = alteração da pressão sangüínea (PS) 
Agressão: PS em camundongos (Henry et al., 1975) 
Imobilização diária: PS em ratos (Lamprecht et al., 1973)
Medição da Pressão sanguínea
	Método
	Invasivo
	Restritivo
	Perturbador
	Esfignomanômetro: Cauda, orelha e braço
	X
	
	
	Cateterização: Arterial
	
	
	X
	Telemetria
	
	X
	X
Frequência respiratória
Avaliação do estado atual 
Observação fácil 
Intimamente relacionada com frequência cardíaca 
Frequência respiratória de cordeiros após: 
 Corte da cauda 
 Castração (Mellor & Murray, 1989)
Catecolaminas
A medular da adrenal libera: 
Adrenalina (Epinefrina) 
Noradrenalina (Norepinefrina) 
Especificidade: 
Adrenalina = estímulos psicológicos 
Noradrenalina = estímulos físicos 
Medida de estado agudo:
 Liberação imediata (Rato: 1-2 segundos) 
 Meia-vida curta (Rato: 70 segundos)
Exemplos de catecolaminas
Níveis de catecolaminas em ratos > com: 
 Abertura da porta da gaiola 
 Manejo e mudança de gaiola
 Imobilização (40 vezes > ) 
(Kvetnansky et al., 1978) 
Cobaias machos vencidas mostram níveis > de catecolamina em comparação às vencedoras (Sachser & Lick 1989)
Medição de catecolaminas 
Necessidade de amostragem rápida
	Método
	Invasivo
	Perturbador
	Restritivo
	Variável
	Cateterização
	
	X
	
	X
	Urina
	X
	
	
	
	Necropsia
	X
	X
	X
	X
Análise: Cromatografia líquida de alta precisão (HPLC)
Respostas neuroendócrinas
Eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA) 
Maior mediador de respostas endócrinas 
HHA: mobilização de reservas de energia para reação física 
HHA medeia respostas para:
- Estresse
- Atividade sexual 
- Cortejo - Chegada de alimentos
Características do HHA 
Não tão imediato quanto o SNS 
Medida de mudanças agudas no bem-estar 
Exemplo: glicocorticóides no plasma aumentaram entre 2 e 10 minutos após o estímulo 
Podem permanecer elevados durante horas, dependendo da gravidade do estímulo
Glicocorticóides 
Espécie - dependente:
Cortisol: Humanos, Macacos, Suínos etc.
Corticosterona: Ratos, Camundongos, Outros roedores.
• Útil como medida direta aguda
Glicocorticóide: exemplo 1 
Cortisol em cordeiros, em resposta a: 
 Corte da cauda 
 Castração (Mellor & Murray, 1989)
Glicocorticóide: exemplo 2 
Corticosterona em ratos após confronto agressivo: 
 Vencedor: inicial >, depois <
 Vencido: inicial >, permanecendo elevado (Henry & Stephens, 1977)
Medição de glicocorticoide
	Método
	Invasivo
	Restritivo
	Perturbador
	Plasma
	
	X ou 
	X ou 
	Saliva
	x
	x
	
	Urina
	x
	x
	x
	Fezes
	x
	x
	x
Análise: Enzyme-linked immunosorbent assay - ELISA 
		 Cromatografia líquida de alta precisão - HPLC 
		 Radioimunoensaio – RIA
Outras medidas
Outros efeitos dos sistemas neuroendócrino e nervoso autônomo podem ser usados para avaliar o bem-estar:
Temperatura 
Patologias em órgãos
Temperatura corporal
Alterações em outros sistemas fisiológicos (ex. atividade adrenal) = mudanças da temperatura corporal central = medida do estado agudo
> da temperatura corporal de ratos induzido por tempestades e pessoas estranhas 
(Georgiev, 1978) 
< Temperatura corporal observada em musaranhos vencidos em brigas 
(von Holst, 1986)
Medição da temperatura
	Método
	Local
	Temp. central
	Invasivo
	Restritivo
	Perturbador
	Direto, ex. termômetro
	Boca, orelha e reto
	
	x
	
	
	Telemetria
	Interno
	
	
	x
	x
	Imagem térmica
	Pele
	x
	x
	x
	x
Patologias em órgãos
Alterações crônicas do bem-estar = grande variedade de patologias 
A maioria é avaliada post-mortem 
As patologias incluem: 
			Hipertrofia da adrenal 
	Lesões renais 
	Lesões do miocárdio 
	Aterosclerose
Exemplos de Patologias
Instabilidade social em grupos de ratas = hipertrofia da adrenal (Haller et al., 1999) 
A presença de animais dominantes causa lesões renais em animais subordinados em camundongos (Henry & StephensLarson, 1985) 
Lesões do miocárdio causadas por períodos de contenção mais prolongados em suínos 
(Wutzen et al., 1987)
Indicadores comportamentais do bem - estar animal – Aula 4
O que é comportamento animal? 
“São as escolhas feitas pelo animal como resultado da análise dos estímulos ambientais” 
Essas escolhas são influenciadas por: 
Respostas inatas (ex.: espécie, raça)
Estado fisiológico (ex.: idade, prenhez) 
Experiência anterior
Útil no estudo do bem- estar animal pois dá indicações de como os animais se sentem: 
Escolhas feitas pelo animal 
Reação a uma variedade de estímulos 
Avaliações do comportamento usadas como indicadores do bem-estar
Indicadores comportamentais na ciência do bem-estar 
Observação do comportamento 
Escolhas 
Trabalho que um animal fará para obter o que necessita 
Desvios do comportamento normal
Observação do comportamento 
Observação e registro de como os animais utilizam o seu tempo em um ambiente natural - Etograma 
	 Repertório de atividades, 
	 Tempo dedicado a cada uma delas
 Registro do comportamento animal em um ambiente restrito
AMBIENTE LIVRE/ABERTO
60 comportamentos diferentes em codornizes de peito azul
Grande diversidade de comportamentos sexuais, parentais e contra predadores em galinhas domésticas
AMBIENTE RESTRITO
Frangos de corte mostraram entre 11 a 19 comportamentos em diferentes estudos 
Galinhas em gaiolas mostraram 18 diferentes comportamentos
A observação do comportamento não indica a importância de determinadas restrições para um animal: 
O animal é capaz de adaptar-se às restrições? 
Pode estar perfeitamente satisfeito? 
Faz-se necessário a aplicação de outros métodos.
Escolhas 
Ofereça ao animal uma diversidade de opções e o deixe escolher 
Explorar as preferências
Escolhas: Exemplo
Poedeiras com acesso a ninhos em:
 			Sacos de feijão (SF) 
			Piso puro (PP) 
Registro: número de vezes que elas escolheram cada tipo de ninho (registrado em 16 oviposturas).
	
	Saco de Feijão
	Piso puro
	Olhares
	0,66
	0,25
	Exames
	0,75
	0,28
	Entradas
	0,81
	0,15
Resultado: Galinhas preferem pôr ovos em ninhos com material solto, que elas possam manipular com seus corpos e patas. 
Conclusão: Animais escolhem a oportunidade de controlar o seu ambiente.
Este método fornece ao cientista informação sobre as escolhas ou preferências de um animal. No entanto, ele não responde se o bem-estar do animal fica prejudicado caso ele não consiga o que prefere. 
Preferências: Luxo X Necessidades Essencial?
3. Trabalho que um animal fará para obter o que necessitaExperimentos que avaliam o nível de motivação de um animal: 
Faça o animal trabalhar por recompensas: 
Alimento ou areia para se banhar 
A quantidade de trabalho que o animal fará indica a importância da recompensa para o animal
Um experimento avaliou o trabalho que uma porca estava disposta a fazer para: 
1. Obter acesso a palha para a construção de ninho 
2. Obter acesso a alimentos
Análises:
	
	Nº entradas alimentos
	Nº entradas palha
	Pouco trabalho (uma pressão)
	21,4
	17
	Muito trabalho (150 pressões) (2 dias antes do parto)
	11,4
	2,6
	Muito trabalho (1 dia antes do parto)
	17
	16,4
Resultado: estes resultados mostram que a motivação da porca para construir um ninho é muito forte no último dia da gestação 
Conclusão: o animal trabalha mais duro para conseguir alimento como recompensa, mas em determinados momentos do ciclo reprodutivo, por exemplo, outras motivações podem estar muito fortes
4. Desvios do comportamento normal
Foram comparados os investimentos do tempo (tempo gasto em diferentes atividades) de girafas em liberdade e em zoológicos 
	GIRAFAS EM LIBERDADE
	GIRAFAS EM ZOOLÓGICOS
	Muito tempo gasto em locomoção
Nenhum estereótipo observado
	Pouco tempo gasto em locomoção 
Todas mostram estereótipos, principalmente à noite Em um dos zoológicos, mais de 60% das noites foram passadas desempenhando comportamentos estereotípicos
Conclusão: Padrões anormais de comportamento são mais comuns onde animais são mantidos em ambientes estéreis, com pouca estimulação
Indicadores comportamentais na ciência do bem-estar – comparação com indicadores fisiológicos
	Vantagens
Mais fácil/menos invasivo
Requer menos equipamento 
Pode ser feito fora do laboratório
	Desvantagens
Difícil interpretação 
Considerado menos rigoroso por alguns pesquisadores
Avaliação e manejo do bem-estar em grupo – Aula 5
Objetivos 
Princípios da avaliação do bem-estar 
Métodos 
Aplicações 
Pesquisa 
Esquemas de certificação voluntária 
Legislação 
Ferramenta para assessoria – Medicina preventiva 
Gerenciamento da saúde e do bem-estar 
Programas de saúde para rebanhos
Introdução
Como avaliar milhares?
Princípios
Abordagem epidemiológica
Seleção de uma seção representativa de grupos de animais 
Seleção ao acaso de animais de um grupo 
Avaliação da severidade e duração de um problema e número de animais afetados 
Índices: Prevalência e incidência
Que grupos de animais? 
Animais de produção, laboratórios, ONGs / CCZs, animais silvestres: Sujeitos coletivamente aos mesmos fatores
Requisitos para indicadores de bem-estar 
Aplicabilidade: restrições de tempo, custos, manuseio dos animais
Confiabilidade: quantidade de erros ao acaso: 
Repetibilidade: Concordância de resultados - entre observadores e entre observações diferentes do mesmo observador 
Validade: Significado do parâmetro
Métodos de avaliação
Dados do sistema 
Medições das instalações 
Disponibilização de água e alimentos 
Qualificação do tratador
Efeitos 
Avaliação do animal vivo 
Avaliação do animal morto (abatedouro, necrópsia)
Podemos descrever “bem-estar” com um escore? 
Deve-se avaliar vários parâmetros: 
Alguns são mais importantes que outros? Eles podem ser somados em um escore? O que é um nível “normal”?
Aplicações 
Pesquisa 
Monitoramento da saúde e do bem-estar 
Avaliação do impacto de intervenções 
Esquemas de certificação voluntária 
Legislação 
Assessoria – Medicina Preventiva
Pesquisas
 Monitoramento: 
Variação em grupos “normais” 
Sistemas de criação 
Impacto das intervenções
Sistemas de criação
	Sistemas de alojamento individual para porcas gestantes: 
 • 2,4% mancas 
 • 21,4% cascos muito longos 
 • 41,7% calosidade
	Alojamento em grupo para porcas gestantes: 
 • 5,3% mancas 
 • 8,3% cascos muito longos 
 • 18,2% calosidade
Avaliação do impacto de intervenções
Campanhas de vacinação Educação e treinamento dos proprietários
Monitoramento BEA Silvestres
• Avaliação de dados do sistema:
 – Disponibilidade de pasto apropriado, acesso à água. 
• Avaliação de efeitos: 
– Escore de condição corporal, número de animais novos, distância de fuga; 
– Parâmetros fisiológicos: cortisol nas fezes.
Certificação voluntária
Esquemas de certificação de fazendas: 
Ditados pelo mercado: Preocupação segurança alimentar: 
		Holanda – IBK 
		Reino Unido – esquema Red Tractor Mark, Freedom Foods - Alusão às Cinco Liberdades 
		EUA – Programa de certificação Free Farmed 
		Áustria – “Tierschutzgeprueft” 
		EUREPGAP – Leigislação International
Legislação
Legislação da União Européia 
	 Padrões principalmente baseados nos recursos: 
Densidade populacional; 
Tipos de alojamento ( banindo as gaiolas industriais tradicionais para poedeiras); 
Acesso a alimento suficiente. Estes últimos podem ser avaliados observando os animais.
 Áustria: ANI (Salzburgo e Tirol) 
	 Escore mínimo. 
Irlânda 
	 Avaliação de saúde individual de vacas: teste de tuberculose. 
Suíça
	 Avaliação e autorização para novos sistemas de criação.
Assessoria / gerenciamento 
Análise de problemas 
Perceber, avaliar, agir e reavaliar 
Sistema de referências 
	- Dando pontos de referência para 
Parâmetros baseados no animal 
Desempenho de produção 
Sistema de gerenciamento 
Plano de saúde - ex.: exigência para certificação da fazenda 
Sistemas ARPCC (Análise de Riscos e Ponto Crítico de Controle)
Análise de problemas:
Exemplo: fazenda de cabras 
	 Perceber o problema 
	 Avaliar 
Escore de condição corporal (ECC)
Exame dos dentes 
Linfonodos superficiais
Membranas mucosas 
Descarga ocular e nasal 
Claudicação 
	 Ação 
	 Reavaliação
O que é um sistema de referências:
Avaliação do bem-estar de uma fazenda 
Relatório para o fazendeiro com comparação de um par 
Produção de prioridades de ação específicas para a fazenda 
Identificação dos pontos fortes e fracos da fazenda
Participação do fazendeiro: motivação para mudança
Incentivo 
Competição entre fazendeiros em relação a resultados 
Sistema de incentivos 
Melhor preço para produtos animais quando os critérios são satisfeitos 
Educação 
Elevar a noção do próprio desempenho 
Noção das soluções dos problemas nos sistemas de criação 
Aplicação 
Definição de desempenho mínimo em relação ao bem-estar 
Pode ser usado para aprovar/reprovar – ex.: legislação dependente do animal 
Alternativamente, o fazendeiro é obrigado a criar e implementar um plano de ação para obter certificação
Plano de saúde
62. Cada plantel deve ter um programa escrito de saúde e bem-estar, elaborado, onde necessário, com a assessoria de um consultor. Este programa deve definir as atividades de saúde e criação para o ciclo anual completo de produção. O programa deve ser revisto e atualizado anualmente pelo fazendeiro e deve estar disponível para fiscalização pelas autoridades.
Farm Animal Welfare Council Report on dairy cattle (1997)
Quem é responsável?
Proprietário 
Responsabilidade geral 
Formular um plano de procedimentos 
Manter registros 
Consultor- ex.: Médico veterinário /Zootecnista 
Consultoria nos planos e sistema de registros 
Avaliação do desempenho 
Consultoria para correções 
Assessor de certificação 
Avaliar disponibilidade dos planos de saúde/registros 
Avaliar a frequência de revisões 
Avaliar a implementação do plano de saúde 
Avaliar a eficiência do plano
Aula 6 - Interações homem-animal
Interações homem-animal 
Animais selvagens 
 Cultura & religiosidade: Xamanismo e Povos indígenas do Brasil.
Caça: Subsistência
Caça: esportiva
Competição: Pragas.
Animais de utilidade 
Animais de produção (bovinos, aves, etc).
Animais de experimentação (camundongos, ratos, etc.)
Animais de trabalho (tração, cães de caça, pastores, de guarda e terapeutas)
Animais de companhia
Por que as pessoas têm animais de estimação? 
Companhia 
Vontadede cuidar
Moda/status 
Coleção
Por que interagimos com animais?
Humanos são seres sociais e emotivos com forte necessidade de se comunicar e de sentir empatia pelos outros
Atividade e Terapia Assistida por Animais
Comunicação inter-espécies 
 Assistido 
 Animal “terapeuta” 
Prática multidisciplinar e multiprofissional
Visões conflitantes em relação a animais
Teoria da dissonância cognitiva 
As pessoas experimentam sensações desagradáveis de “dissonância cognitiva” quando abrigam opiniões ou motivações conflitantes. Elas mudarão seu comportamento ou sua atitude para evitar ou superar a dissonância. Festinger (1957)
Dissonância 1: Ritual
Pessoas que caçam para sua subsistência muitas vezes usam práticas rituais para ganhar a “aprovação” do animal caçado:
Abstinência alimentar e sexual 
Ritual de purificação 
Falar da caça com respeito 
Pedir desculpas ao animal morto 
Tratamento cerimonial das carcaças 
Ritual de descarte das partes não aproveitáveis 
Evitar desperdício
Dissonância 2: Separação 
Montanhas da Nova Guiné: as mulheres criam os porcos, os homens os matam e os comem.
Japão: Açougueiros e curtidores - grupo à parte (burakumim). Estigmatizados até hoje.
Cultura urbana moderna: a criação / abate de animais executados por uma ínfima parte da população
Dissonância 3: Objetificação
Livro da Gênese: O homem tem domínio sobre todas as coisas vivas 
Aristóteles: Hierarquia natural, com o homem no topo, acima do resto da criação. 
Tomás de Aquino: Somente os humanos possuem almas racionais; todos os animais foram criados para servir à humanidade.
Quais são os efeitos causados pelos animais de estimação? 
Efeitos sobre a saúde 
Efeitos sociais 
Efeitos sobre atitudes
Educação humanitária
A crueldade com animais tem relação com a crueldade com humanos?
Duas associações possíveis:
Uma criança cruel com animais “Graduando-se” para ferir pessoas como adulto.
Abuso de animais tem relação com o abuso infantil/espancamento de mulheres?
Negligência com animais tem conexão com negligência com crianças ou autonegligência?
Evidência: a hipótese da “graduação”
Crueldade extrema de crianças com animais contribui para o diagnóstico de desordem da conduta 
A desordem da conduta pode preceder um futuro diagnóstico de desordem de personalidade anti-social severa no adulto (psicopatia) 
Crianças agressivas maltratam animais e humanos 
A “graduação” do animal para o homem ainda não está provada
Evidência: a hipótese da co-ocorrência
Estudos de casos e entrevistas sugerem uma ligação entre abuso/negligência em relação a animais e abuso/negligência em relação a crianças 
Entretanto, nem sempre o abuso de animais passa para o abuso de humanos (e viceversa) 
O que é preciso: vigilância profissional (ex.: médicos veterinários), maior coleta de dados, mais pesquisa.
Aula 7 - Introdução à ética do bem-estar animal
O que é ética?
Ética: 
 Ethos (Grego) = modo de ser, caráter. 
 Filosofia: Significa o que é bom para o indivíduo e para a sociedade, e seu estudo contribui para estabelecer a natureza de deveres no relacionamento indivíduo - sociedade. 
Moral: 
 Mos (Latim) = costumes. 
 Um conjunto de normas, princípios, preceitos, costumes, valores que norteiam o comportamento do indivíduo no seu grupo social. 
Diferenças: 
 Ética (Teórico) X Moral (Normativa) 
Semelhanças: 
 “ethos” & “mos” indicam um tipo de comportamento propriamente humano que não é natural, o homem não nasce com ele como se fosse um instinto, mas que é “adquirido ou conquistado por hábito”
Ética lida com a distinção entre valores pessoais do que é: 
 Bom X Mau, 
 Certo X Errado. 
A teoria da ética: Ramo da filosofia da moral: 
 “DEVEMOS”: comportar e viver 
A ética faz parte da vida cotidiana: 
 Atos particulares (impactos)→ interesses coletivos
Por que médicos veterinários precisam de ética?
Conflitos éticos 
Médicos veterinários têm obrigações para com diferentes partes (rede de obrigações): 
	 Enfrentam decisões éticas constantemente 
	 Conflitos de interesse → “Estresse moral” 
A ética é a ferramenta: 
	 Tomada de decisões de forma adequadas 
Maior compreensão dos interesses: 
	 Próprios do indivíduo 
	 Da profissão
Dilemas éticos 
Dilema: Um problema que oferece duas soluções, sendo que nenhuma das quais é aceitável. 
Dilema ético: Situações nas quais cada escolha possível parece estar moralmente errada. 
	 Exemplo: Atender um paciente de proprietário que comete maus tratos / com animais silvestres Código de ética (Sigilo) → foco no proprietário 
Leis de proteção animal → foco no paciente 
Nem todos os problemas éticos são dilemas 
	 Muitos podem ser resolvidos com reflexão cuidadosa
Status moral de animais
Status Moral
Status: honra ou o prestígio anexado a determinada situação. 
	 Status Social: Valor associado à posição de alguém na sociedade. 
	 Status Moral: Valor moral associado aos animais & obrigações para com os mesmos.
O status moral de animais
Posicionamentos :
Animais não têm status moral: 
	 Não temos obrigações com eles. 
Pragas” têm algum status moral?
Animais têm valor “instrumental” 
 Temos obrigações indiretas com eles: Não bata no cão porque isso pode aborrecer o proprietário; Animais de experimentação têm somente valor instrumental para o homem?
Animais têm valor “intrínseco” 
 Temos obrigações diretas com eles: Não bata no cão porque dói e isto importa!
Razões para atribuir valor moral intrínseco aos animais
Se animais têm vida mental e sentimentos (ex.:) se podem sentir dor 
			
Interesses emanam desses sentimentos (ex.:) o interesse em evitar dor
As pessoas têm obrigação de respeitar tais interesses?
Senciência 
Capacidade de ter: 
	 Sensações: frio, calor, etc. 
	 Sentimentos (Estados mentais): Medo, alegria, ansiedade, etc. 
Filosofia: Atribui valor moral ao animal – preservação de interesses requisito mínimo para atribuir status moral.
Existem outros aspectos da vida mental que podem ser importantes: 
	 Autoconsciência: ter noção de si próprio dentro do tempo 
	 A capacidade de se comunicar com outros usando linguagem. 
	 A capacidade de ter desejos ou crenças 
	 A capacidade de agir moralmente Quanto + atributos > interesses > Status Moral!
Evidências de senciência
Evolução
Processo contínuo entre seres humanos e outros animais
“Um ancestral comum evoluiu sentimentos que são compartilhados em espécies descendentes”
Fisiologia e anatomia
Semelhanças com seres humanos: 
	 Estados mentais provavelmente estejam intimamente ligados à estrutura e atividade do cérebro 
		Neuroanatômicas 
		Neurofisiológicas
Estudos comportamentais: Dor
Procuram evitar ou fugir de estímulos dolorosos 
Limitam o uso da parte afetada 
Aprendem a evitar situações dolorosas 
Estas respostas são modificadas pelo uso de drogas analgésicas
Argumentos céticos contra o status moral de animais
Especicismo: 
	 Somente os membros da espécie Homo sapiens têm status moral. 
Reciprocidade: 
	 Pode-se ter direitos sem ter obrigações? 
	 PORÉM, se crianças muito novas ou indivíduos com incapacidade mental severa têm status moral, por que não animais?
Animais não têm alma: 
	 Animais como máquinas.
 Ausência de linguagem: 
	 Pré-requisito para possuir consciência.
Conceitos importantes na ética animal
Antropomorfismo 
	 Atribuição de características humanas a um animal
Especicismo & “Igual consideração de interesses” 
Discriminação dos animais baseada em sua espécie 
Demanda tratamento igual onde há interesses iguais
Utilitarismo
 Enfatiza as consequências dos atos 
	 Procura maximizar resultados benéficos “O maior bem para a maioria dos indivíduos” 
Problemas: 
	 Justifica o uso de animais em experimento por análise utilitarista de custo-benefício. 
Se é necessário o sofrimento moderado de 100 camundongos para se ter uma chance de 10% de produzir uma vacina contra uma doença humana leve, como calcular isto? 
É possível existir um equilíbrio entrecusto e benefício quando alguns indivíduos arcam com todo o custo e outros levam todo o benefício?
O utilitarismo de Peter Singer :
Procura maximizar a satisfação de todas as espécies 
↑ interesses dos animais versus ↓ interesses do homem 
“A Liberação Animal’” (1975) – Iniciou o movimento de mesmo nome.
Abordagens da ética animal: 
Ética baseada no dever “Deontologia” 
	 Do grego “deontos” significando “obrigação” 
	 Ênfase maior nos princípios que guiam o comportamento do que nas suas consequências 
	 Por exemplo, trate as pessoas por elas mesmas, não como meios para um fim.
A deontologia de Tom Regan: Direitos animais 
Deontologia (grego “deontos” =“obrigação”) 
	 Ênfase maior nos princípios que guiam o comportamento do que nas suas conseqüências 
	Ex.: Trate as pessoas por elas mesmas, não como meios para um fim.
 Direitos animais: Tipo de teoria deontológica 
	 Animais têm valor inerente 
	 Os direitos emanam deste valor inerente 
	 Ponto de vista exige “abolição da produção/experimentação animal”
Abordagens da ética animal: Pontos de vista híbridos 
Diferentes teorias às vezes entram em conflito
As pessoas muitas vezes combinam diferentes teorias 
Combinação de utilitarismo e direitos – existe certas práticas que talvez não sejam justificáveis por nenhum tipo de consequência.
Direitos animais e bem-estar 
Direitos e bem-estar não necessariamente opostos 
A ciência do bem-estar não implica aceitação de todas as práticas costumeiras 
“Novo Bem-estar” - bem-estar (curto prazo) e direitos (longo prazo)
Abordagens da ética animal: uma matriz ética
Aula 8 - Legislação de proteção animal
Ciência, ética e lei 
A ciência bem-estar considera os efeitos dos seres humanos sobre o animal da perspectiva do animal 
A ética do bem-estar considera as atitudes humanas para com os animais 
A legislação de bem-estar considera como os seres humanos são obrigados a tratar os animais
A base da legislação 
“De forma completamente óbvia, as leis freqüentemente afetam a moralidade pública e a moralidade pública determina as leis.” Bernard Rollin
Definições 
• Costume: uma regra estabelecida na comunidade pelas autoridades ou tradição; um corpo de tais regras 
• Legislação: redação de lei; um grupo de leis 
• Lei: uma norma específica aprovada por um corpo legislativo 
• Infração: um ato contrário à lei 
• Réu: uma pessoa acusada de uma infração em um tribunal de justiça 
• Autor: uma pessoa ou instituição trazendo um processo ao tribunal
Características do sistema legal 
Tribunais utilizando ambas as leis estatutárias e comuns 
	 Reino Unido 
Lei romano-germânica, utilizando somente leis estatutárias 
	 Europa Continental 
Lei teocrática, derivada puramente de textos religiosos 
	 Arábia Saudita e no Irã
Interpretando leis: a base da lei 
Proibitiva ex.: The Animal Welfare Act 1966, EUA – o que você não pode fazer 
Prescritiva ex.: The Laying Hens Directive 99/74/EC, UE – o que você tem de prover 
Custo/benefício ex.: The Animals (Scientific Procedures) Act 1986, RU – o provável benefício justifica os danos causados.
Interpretando leis: identificação da infração 
The Prevention of Cruelty to Animals Act 1960, Índia - “causar dor ou sofrimento desnecessário” 
Código de Regulamentos Federais Capítulo III, Parte 313, EUA - “causar tratamento nãohumanitário” 
Diretiva de Conselho 91/630/CEE – a “Diretiva para Suínos” - “Estados membros devem assegurar que as condições para a criação de suínos estejam de acordo com...”
Interpretando leis: a natureza da infração
Mens rea subjetiva
Mens rea objetiva
Responsabilidade estrita
A natureza da infração - mens rea subjetiva 
Wild Mammals Protection Act, RU, 1996 “Se uma pessoa mutila, chuta, …qualquer animal selvagem COM INTENÇÃO de infligir sofrimento desnecessário” 
- a infração é testada em termos da intenção do réu.
A natureza da infração - mens rea objetiva 
O “Animal Protection Act”, Reino Unido, 1911, considera infração causar “sofrimento desnecessário” 
A infração é definida em termos das opiniões de uma “pessoa razoável”
A natureza da infração - mens rea objetiva
O Animal Protection Act, RU, 1911 – os testes legais:
Houve sofrimento?
O sofrimento foi desnecessário?
Uma pessoa razoavelmente competente e humanitária teria tolerado tais ações?
A natureza da infração - responsabilidade estrita 
A Welfare of Animals (Transport) Order, RU, 1997, considera uma infração transportar um animal “de forma que cause, ou provavelmente cause, ferimento ou sofrimento desnecessário” 
- As opiniões do réu e da sociedade são irrelevantes 
- Se um animal for ferido, uma infração foi cometida
Interpretando a legislação: que poderes são autorizados?
Acesso
Parada e fiscalização 
Confisco
Interpretando a legislação: que penalidades estão disponíveis em caso de condenação? 
Multa – que valor?
Prisão 
Proibição de posse 
Proibição de responsabilidade pelos cuidados 
Proibição de produção
A efetividade da legislação de bem-estar animal
Desafios para a efetividade 
Status legal dos animais: 
	 Propriedade X Seres sencientes.
 As restrições legais podem depender do status e das circunstâncias do animal. 
	Ex: coelho. 
Ausência de indicação da previsão adequada em legislação proibitiva
Reinterpretação dos termos pelos órgãos da indústria 
	 Ex.: “pisos sólidos podem ter até 10% de aberturas”
A distribuição da responsabilidade pela aplicação da lei entre vários departamentos governamentais, reduzindo a coordenação.
Aprovação de estatuto mal formulado, por pressa em resposta à pressão política. 
	 Dangerous Dogs Act, Reino Unido.
A natureza subjetiva de infrações levando a diferentes interpretações entre tribunais – ex.: “dor desnecessária” e “estresse desnecessário” 
Agriculture (Miscellaneous Provisions) Act, do Reino Unido, 1968
Limitação de recursos 
Aplicação/fiscalização variáveis 
Fiscais compartilhando interesses dos fiscalizados 
Limites nos poderes de acesso, parada e fiscalização, confisco e detenção 
Confidencialidade comercial
Estatutos sem previsões para: 
	 Poderes de confisco – réus mantêm posse dos animais durante o processo 
	 Proibição de posse – parte condenada permanece com os animais 
	 Proibição de responsabilidade pelos cuidados – posse é transferida, porém os cuidados ainda são providos pela parte condenada
 Necessidade de acomodação de: 
• Pressão doméstica, econômica e política 
• Acordos comerciais internacionais 
• Confrontos com outras legislações
Lei modelo de bem-estar 
Um estatuto único, departamento único
Infrações de responsabilidade estrita 
Prescritiva 
Ampla e coerente 
Poderes de parada, fiscalização, confisco e detenção 
Penalidades de proibição de posse e responsabilidade pelos cuidados 
Órgão fiscalizador nacional 
No formato de aprovação e emendas mais imediatas
Legislação Vigente
Decreto 4.645 de 10 de Junho de 1934;
Lei nº 6.638, de 08 de Maio de 1979;
Lei nº 9.605, de 12 de Fevereiro de 1998;
Substitutivo ao Projeto de Lei 116/2000;

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