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1 Cura Deformacoes e Adensamento Material complementar

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 A produção do concreto requer uma mistura
homogênea, na qual a pasta de cimento deve
envolver os grãos de areia e brita.
 A falta dessa homogeneidade tem como principal
consequência a redução da resistência mecânica
e da durabilidade do concreto.
A produção do concreto pode ser feita de forma 
manual ou mecânica, conforme descrito a seguir:
 Em pequenas obras, por questões econômicas, a
opção pela produção manual de concreto é mais
utilizada.
 Porém deve-se considerar que a falta de controle
tecnológico nesse processo induz o profissional a
elevar seus coeficientes de segurança,
influenciando diretamente no custo da obra.
 Segue procedimento para produção manual de
concreto para peças não estruturais:
 A resistência do concreto não depende apenas
da qualidade de seus materiais constituintes, mas
sim do teor de cimento da mistura (quanto mais
cimento colocamos, maior a resistência final).
 A quantidade de cimento no concreto varia
normalmente na faixa de 180 a 420 kg/m3, mas
pode atingir quantidades mais elevadas em obras
de grande porte (da ordem de 470 kg/m3).
 O traço do concreto é o nome dado à proporção
entre as quantidades de cimento, agregado miúdo
e agregado graúdo.
 Para os concretos dosados em central é mais comum o
traço em massa (kg ou ton.).
 Já para concretos confeccionados em pequenas obras,
onde é inviável a pesagem dos materiais, o traço é
definido em volumes proporcionais (m3, litros = dm3,
padiolas, carrinhos, baldes ou latas).
Segue exemplo de um traço volumétrico na proporção 
1:2:4 (cimento : areia : brita).
A DOSAGEM NAO EXPERIMENTAL – consiste no
proporcionamento dos materiais baseando-se em
resultados de experiências de Dosagem
Experimental de outras obras, onde os materiais
atuais não foram ensaiados em laboratório e
somente é permitida para obras de pequeno porte,
respeitadas as seguintes condições:
a) a quantidade mínima de cimento por metro cúbico de
concreto será de 300 kg;
b) a proporção de agregado miúdo no volume total do
agregado será fixada de maneira a obter-se um concreto de
trabalhabilidade adequada a seu emprego, devendo estar
entre 30% e 50%;
c) a quantidade de água será a mínima compatível com a
trabalhabilidade necessária.
A norma NB 01 (item 8.3.2.) faz várias outras restrições para a
utilização da dosagem não experimental.
(em massa)
Utilizando a tabela anterior, quanto de material será 
necessário e qual o traço em volume, recomendado 
para moldar uma viga de 11m X 25cm X 50cm com Fck
= 22MPa utilizando brita1?
Volume total = 1,375 m3
Material necessário para Volume Total:
8,8 sacos : 0,773m3 de areia : 0,463m3 de brita
Da tabela para 1m3 temos:
6,4 sacos : 562L de areia : 337L de brita : 207L de água
Para 1 saco de cimento temos:
1saco : 87,81L de areia : 52,66L de brita : 32,34L de água
Traço em latas de 18L:
1 saco : 4,88 latas de areia : 2,93 latas de brita : 1,8 latas de água
 Em pequenas obras, os profissionais utilizam
algumas dosagens ou traços de concreto, pré
determinadas, com elevados coeficientes de
segurança, conforme tabela a seguir:
m3
m3
m3
m3
quarto
Fck = 15 MPa
Fck = 12 MPa
Fck = 10 MPa
Fck = 5 MPa
Refere-se ao tipo de concreto que é dosado e em 
usinas especializadas e é misturado e transportado 
em caminhões betoneiras.
 Vantagens:
◦ Oferece garantia de qualidade e segurança do material
◦ Dispensa espaço físico para armazenamento de insumos
◦ Reduz o tempo de produção (M.O.).
 Desvantagem:
◦ O m3 de concreto usinado possui o custo mais elevado que o
m3 concreto produzido no canteiro, porém recomenda-se uma
análise aprofundada em todo o processo.
 Volume total de concreto:
Deve-se utilizar o projeto de formas para calcular o somatório dos
volumes de todas as peças e aplicar o coeficiente de perda.
 Fck - Resistência característica do concreto à
compressão
 Informado no projeto;
 Abatimento (slump), em função do tipo de peça a ser
concretada
Pode-se adicionar água ao caminhão quando o slump estiver
abaixo do solicitado, porém deve-se rejeitar o caminhão com
valor acima do limite;
 DMC, em função das distâncias entre as armaduras
Verificação por norma.
 O concreto deverá ser lançado o mais próximo possível de
sua posição final, evitando-se incrustações de argamassa
nas paredes das fôrmas e nas armaduras.
 Para os lançamentos que tenham de ser feitos a seco, em
recintos sujeitos a penetração de água, deverão ser
tomadas as precauções necessárias para que não haja
água no local em que se lança o concreto, nem possa o
concreto fresco vir a ser lavado.
 Deverão ser tomadas precauções para manter a
homogeneidade do concreto.
 A altura de queda livre não poderá ultrapassar 2 m.
 Para peças estreitas e altas o concreto deverá ser lançado
por janelas abertas na parte lateral, ou por meio de funis
ou mangotes.
 Esse é o nome dado à operação que tem como
objetivo eliminar o ar naturalmente incorporado no
concreto, principalmente na fase de lançamento,
de modo a permitir um arranjo compacto entre os
agregados.
 O adensamento deverá prever medidas para que
o concreto preencha todos os espaços da fôrma,
evitando a segregação de materiais.
 Porém, dever-se evitar a vibração da armadura
para que não se formem vazios ao seu redor, com
prejuízos da aderência necessária para o trabalho
conjunto de ambos materiais.
 O vibrador de concreto é
Utilizado para promover o
adensamento do
concreto.
 Seu formato, com os
diferentes diâmetros de
mangotes permite o
adensamento dentro das
fôrmas, e em locais de
difícil acesso.
 As emendas de concretagem devem ser feitas de
acordo com a orientação do Engenheiro calculista
para uma adequada identificação dos pontos de
menor força atuante, mas em geral, a emenda
deve ser feita a 1/4 do apoio, onde geralmente os
esforços são menores.
 Devemos evitar as emendas nos apoios e no
centro dos vãos, pois os momentos negativos e
positivos, respectivamente, são máximos.
 As vigas deverão ser concretadas de uma só vez, 
caso não haja possibilidade, fazer as emendas à 
45º.
Quando uma concretagem for interrompida por mais
de três horas a sua retomada só poderá ser feita 72
horas após a interrupção; este cuidado é necessário
para evitar que a vibração do concreto
novo, transmitida pela armadura, prejudique o concreto
em início de endurecimento. A superfície deve ser
limpa, isenta de partículas soltas, e para maior
garantia de aderência do concreto novo com o velho
devemos:
1º retirar com ponteiro as partícula soltas
2º molhar bem a superfície e aplicar uma pasta
de cimento ou um adesivo estrutural para
preencher os vazios e garantir a aderência.
3º o reinicio da concretagem deve ser feito
preferencialmente pelo sentido oposto.
 O concreto fresco exposto ao sol e ao vento perde
água muito rapidamente devido à evaporação.
 Como essa água é necessária para hidratação do
cimento, o resultado será em um concreto com
baixo desempenho.
 Procedimentos que visam impedir essa
evaporação, são necessários para garantir água
suficiente para que todo o processo de reação
química do cimento se complete.
 A este conjunto de procedimentos dá-se o nome
de Cura do Concreto.
 A cura além de promover e proteger a perfeita
hidratação do cimento, evita também o
aparecimento de fissuras causadas por retração.
 A cura adequada é fundamental para o concreto
alcançar um seu melhor desempenho.
 A cura inadequada causará redução da
resistência e da durabilidade do concreto,
provocando fissuras e deixando a camada
superficial fraca, porosa e permeável; sucetível à
penetraçãode substâncias agressivas
provenientes do meio-ambiente.
Na obra, a cura do concreto pode ser feita pelos
seguintes métodos:
1) Manutenção das superfícies do concreto
constantemente úmidas, através de irrigação
periódica (ou ate mesmo por inundação do
concreto), após a pega;
2) Recobrimento das superfícies com mantas,
areia, palha, sacos de cimento mantidos
constantemente úmidos;
3) Cura química que consiste em aspergir um
produto que forma um película na superfície do
concreto e que impede que haja evaporação da
água do concreto.
4) A cura mais eficiente é a cura a vapor, que ao
mesmo tempo que garante a umidade necessária
ao concreto, acelera a velocidade de ganho de
resistência pelo aquecimento.
Porém esse método é mais praticado em peças
pré-fabricadas.
 Enquanto não atingir endurecimento satisfatório, o
concreto deverá ser protegido contra agentes
prejudiciais, tais como mudanças bruscas de
temperatura, secagem, chuva forte, água
torrencial, agente químico, bem como contra
choques e vibrações de intensidade tal que possa
produzir fissuração na massa do concreto ou
prejudicar a sua aderência a armadura.
 De acordo com a NBR 6118, a proteção contra a
secagem prematura, deve ser feita pelo menos
durante os 7 primeiros dias após o lançamento do
concreto (50% do Fck), mantendo-se umedecida a
superfície da peça.
 Porém esse prazo pode variar conforme o tipo do
cimento (detalhado na tabela a seguir).
 O endurecimento do concreto poderá ser antecipado
por meio de tratamento térmico adequado e
devidamente controlado, não se dispensando as
medidas de proteção contra a secagem.
 Das condições ambientais locais
◦ (temperatura, umidade, ventos, etc.);
 Da agressividade do meio-ambiente durante o uso
◦ (esgoto, contato com água do mar, etc.);
 Do tipo de cimento
Cimento A/C = 35% A/C = 55% A/C = 65% A/C = 70%
CP I 2 dias 3 dias 7 dias 10 dias
CP II 2 dias 3 dias 7 dias 10 dias
CP III 2 dias 5 dias 7 dias 10 dias
CP IV 2 dias 3 dias 7 dias 10 dias
CP V 2 dias 3 dias 5 dias 5 dias
 Todo processo de cura deve ser continuo,
evitando-se processos intermitentes.
 Pode-se afirmar que, quanto mais perfeita e
demorada for a cura do concreto, tão melhores
serão suas características de resistência, de
impermeabilidade de durabilidade e outras mais.
 A retirada das fôrmas e do escoramento só
poderão ser promovidas quando o concreto se
apresentar suficientemente endurecido para
resistir as ações que sobre ele atuarem e não
conduzir a deformações inaceitáveis.
A retirada das formas e do escoramento não deverá 
ocorrer antes dos seguintes prazos:
 3 dias para as Faces laterais
 14 dias para as Faces inferiores, deixando-se
pontaletes bem encunhados e convenientemente
espaçados
 21 dias para as Faces inferiores, sem pontaletes
Definição: fôrma e cimbramento:
De maneira sucinta, podemos dizer que a fôrma é
um molde provisório que serve para dar ao
concreto fresco a geometria e textura desejada, e
de cimbramento, todos os elementos que servem
para sustentá-lo até que atinja resistência
suficiente para auto suportar os esforços que lhe
são submetidos.
Além destas funções básicas, a fôrma e 
cimbramento têm outras importantes, tais como:
 Proteção do concreto fresco na sua fase frágil, de
cura, contra impactos, variações de temperatura
e, principalmente, de limitar a perda de água por
evaporação, fundamental para sua hidratação.
 Servir de suporte para o posicionamento de
outros elementos estruturais como a armação ou
cabos e acessórios de protensão, como também,
elementos de outros subsistemas, de instalações
elétricas e hidráulicas.
 Servir de suporte de trabalho para própria
concretagem dos elementos estruturais.
 A fôrma é um dos subsistemas dos muitos que
compõem o sistema construtivo, todos trabalhando
em prol das necessidades do empreendimento. Todos
estes múltiplos subsistemas interdependem-se e
contribuem para o resultado do todo. A fôrma, no
entanto, tem uma particularidade única dentro deste
contexto: é o que inicia todo o processo, e por isso,
passa a ser referência para os demais, estabelecendo
e padronizando o grau de excelência exigida para
toda a obra. O desempenho do sistema de fôrma
exerce forte influência na qualidade, prazo e custo do
empreendimento, conforme veremos na sequência.
 Se entendermos que qualidade é atender os
clientes (internos e externos), a fôrma é,
certamente, o de maior importância, pois, o
desempenho dos demais subsistemas dependerá
diretamente do seu resultado. O prumo, nível,
alinhamento e esquadro das peças estruturais,
que resultam da correta utilização da fôrma, são
pré-requisitos básicos necessários para todos os
demais subsistemas. A fôrma é a única
responsável pela geometria dos elementos
estruturais.
 Devem-se prever no projeto e nos procedimentos
operacionais, todos os cuidados necessários para pós
concretagem, até o descimbramento total e liberação
para início dos serviços seguintes.
 A desmoldagem ou, simplesmente a desforma é a
primeira atividade pós concretagem, entendendo-a
como a retirada da fôrma, sem descimbrá-la. É
necessário levar-se em consideração que, com esta
atividade expomos a estrutura à perda de água da
superfície por evaporação, muito prejudicial à cura do
concreto e também, aos eventuais choques em
função da intensa movimentação dos operários nesta
fase.
 Recomenda-se, mínimo de 60 horas para início
desta atividade, não se esquecendo da
necessidade da continuidade do processo de cura
do concreto, mantendo-o úmido pelo prazo
estabelecido pela especificação pertinente e,
também da proteção com madeira nos trechos
vulneráveis ao choque mecânico.
 O descimbramento é operação de retirada dos
elementos portantes da fôrma, e
consequentemente da estrutura. Para possibilitar
a reutilização das escoras nas etapas seguintes
são retirados prematuramente, porém, no prazo
nunca menor que 72 horas com confirmação da
conformidade de resistência aos 3 dias do
concreto. Ao retirá-los, passamos os esforços
atuantes às escoras remanescentes já
distribuídas.
 Estas, a partir deste momento, tem a função de
continuar sustentando a estrutura e absorver ou
repassar a seu apoio todas as cargas incidente
até a sua cura total, mantendo-a dentro de
condições previstas, toleráveis de deformações.
 O correto dimensionamento, como também, os
cuidados operacionais rígidos são fundamentais
para preservar as características de desempenho
da estrutura. Qualquer falha causará micro
fissuramento no concreto, comprometendo-o para
sempre a sua rigidez.
 Para a hidratação de 100 g de cimento são necessárias
aproximadamente 26 g de água, isto é, uma relação
água/cimento de 0,26.
 Ocorre que, para melhorar a trabalhabilidade, a
quantidade de água adicionada ao concreto é bem
maior que a necessária, levando a relações a/c
superiores a 0,50.
 Como a forma não é vedada, o excedente de água
escoa em forma de nata, enfraquecendo a mistura e
criando vazios nas peças.
 O concreto apresenta deformações elásticas e
inelásticas, no carregamento, e deformações de
retração por secagem ou por resfriamento.
 As deformações por retração ou térmicas resultam em
fissuração.
 As deformações do concreto dependem essencialmente
de sua estrutura interna.
 A contração térmica é de maior importância nos
elementos de grande volume de concreto. Sua
magnitude pode ser controlada por meio do coeficiente
de expansão térmica do agregado, consumo e tipo de
cimento e da temperatura dos materiais constitutivos do
traço do concreto.Refere-se a redução de volume que ocorre no concreto, 
mesmo na ausência de tensões mecânicas e de variações 
de temperatura.
A retração pode ocorrer por:
 Retração química: variação do volume da água não
evaporável, em função do calor gerado durante o
endurecimento do concreto.
 Retração capilar: ocorre por evaporação ou absorção da
água capilar. A tensão resultante do fluxo de água nos
capilares provocam retração.
 Retração por carbonatação: ocorre com diminuição de
volume causando fissuração.
 A retração por carbonatação também pode ser
considerada uma retração química. Entretanto, ocorre
pela reação de um produto do cimento já hidratado, o
hidróxido de cálcio (CH), com o dióxido de carbono
(CO2), produzindo o carbonato de cálcio mais água:
Ca(OH)2 + CO2  CaCO3 + H2O
Esta reação ocorre com diminuição de volume
 Em condições de cobrimento insuficiente, a fissuração
causada pela carbonatação pode despassivar a
armadura, deixando-a suscetível à corrosão.
água
ar
água
ar
 Nas estruturas mais comuns e de pequenas
espessuras, o fenômeno da retração é
considerado praticamente concluído no período
de dois a quatro anos.
 Para peças de espessuras maiores que 1,0 m,
este período pode atingir até quinze anos.
Fatores de maior influência na retração: 
a) Composição química do cimento: os cimentos
mais resistentes e os de endurecimento mais
rápido causam maior retração;
b) Quantidade de cimento: quanto maior a
quantidade de cimento, maior a retração;
c) Água de amassamento: quanto maior a
relação água/cimento, maior a retração;
Fatores de maior influência na retração: 
d) Umidade ambiente: o aumento da umidade
ambiente dificulta a evaporação, diminuindo a
retração;
e) Temperatura ambiente: o aumento da
temperatura, aumenta a retração;
f) Espessura dos elementos: a retração aumenta
com a diminuição da espessura do elemento,
por ser maior a superfície de contato com o
ambiente em relação ao volume da peça,
possibilitando maior evaporação.
 Os efeitos da retração podem ser diminuídos
tomando-se cuidados especiais em relação aos
fatores indicados acima, além disso, o que é
muito importante, executando uma cuidadosa
cura, durante pelo menos os primeiros dez dias
após a concretagem da peça.
 Expansão é o aumento de volume do concreto,
que ocorre em peças submersas e em peças
tracionadas, devido à fluência.
 Nessas peças, no início tem-se retração química.
Porém, o fluxo de água é de fora para dentro.
 As decorrentes tensões capilares anulam a
retração química e, em seguida, provocam a
expansão da peça.
 A deformação imediata se observa por ocasião do
carregamento.
 Essa deformação é causada por simples
acomodação dos cristais que formam o material.
Deformação Imediata
A fluência é o aumento de uma deformação ao
longo do tempo, sob a ação de cargas ou tensões
permanentes.
A fluência de peças de concreto, quando
submetidas a cargas de longa duração, deve-se ao
fluxo das moléculas de água ainda existentes na
pasta endurecida de cimento.
Deformação Imediata
Fluência
Ao ser aplicada uma força no concreto, ocorre a
deformação imediata devido à acomodação natural
dos cristais. Essa acomodação diminui o diâmetro
dos capilares e aumenta a pressão na água capilar,
direcionando o fluxo dessa água para a superfície
da peça.
Deformação Imediata
Fluência
Deformação por 
Fluência
Deformação Imediata
Elástica
Recuperação 
da Fluência
Recuperação 
Elástica
Fluência
Irreversível
Remoção
da Carga
Tempo após Carregamento (dias)
D
e
fo
rm
a
ç
ã
o
 (
µ
m
)
 Quando uma força uniaxial é aplicada sobre uma
peça de concreto, resulta uma deformação
longitudinal na direção da carga e,
simultaneamente, uma deformação transversal.
 A relação entre a deformação transversal e a
longitudinal é denominada coeficiente de Poisson.
 Para tensões de compressão
menores que 0,5fc (resistência
característica a compressão) e de
tração menores que 1fct
(resistência característica a tração),
o coeficiente de Poisson pode ser
adotado = 0,2
 As estruturas de concreto devem ser projetadas e
construídas de modo que, quando utilizadas
conforme as condições ambientais previstas no
projeto, conservem sua segurança, estabilidade e
aptidão em serviço, durante o período
correspondente à sua vida útil (NBR 6118/03, item
6.1).
 Por vida útil de projeto entende-se o período de tempo
durante o qual se mantêm as características das
estruturas de concreto, desde que atendidos os
requisitos de uso e manutenção prescritos pelo
projetista e pelo construtor. Determinadas partes das
estruturas podem possuir vida útil diferente do
conjunto.
 No projeto visando a durabilidade das estruturas
devem ser considerados, ao menos, os mecanismos
de envelhecimento e deterioração da estrutura,
relativos ao concreto, ao aço e à própria estrutura.
 lixiviação: por ação de águas puras, carbônicas
agressivas ou ácidas que dissolvem e carreiam os
compostos hidratados da pasta de cimento;
 despassivação por carbonatação, ou seja, por
ação do gás carbônico da atmosfera;
 A carbonatação é um fenômeno que ocorre
devido as reações químicas entre o gás carbônico
presente na atmosfera, que penetra nos poros do
concreto, e o hidróxido de cálcio e outros
constituintes provenientes da hidratação do
cimento. A carbonatação inicia-se na superfície da
peça e avança progressivamente para o interior
do concreto, ocasionando a diminuição da alta
alcalinidade do concreto, de Ph próximo a 13,
para valores próximos a 8.
 A alta alcalinidade do concreto origina a formação
de um filme passivante de óxidos, resistente e
aderente à superfície das barras de armadura
existentes no interior das peças de concreto
armado, que protege a armadura contra a
corrosão. A frente de carbonatação, ao atingir a
armadura, destrói o filme protetor, possibilitando o
início da corrosão da armadura, que ocorre com
expansão de volume e leva ao surgimento de
fissuras, descolamento do concreto de cobrimento
aderente à armadura, e principalmente a redução
da área de armadura.
 A corrosão obriga à necessidade de reparos nas
peças, com sérios prejuízos financeiros aos
proprietários. A espessura do cobrimento de
concreto é o principal fator para a proteção das
armaduras, ao se interpor entre o meio corrosivo
e agressivo e a armadura, evitando que a frente
de carbonatação alcance as armaduras.
 As movimentações de origem térmica são
provocadas pelas variações naturais nas
temperaturas ambientes, que causam a variação
de volume das estruturas e fazem surgir
consequentemente esforços adicionais nas
estruturas. As variações de temperatura podem
ser também de origem não natural, como aquelas
que ocorrem em construções para frigoríficos,
siderúrgicas, metalúrgicas, etc., como fornos e
chaminés.
 A agressividade do meio ambiente está
relacionada às ações físicas e químicas que
atuam sobre as estruturas de concreto,
independentemente das ações mecânicas, das
variações volumétricas de origem térmica, da
retração hidráulica e outras previstas no
dimensionamento das estruturas de concreto.
 Nos projetos das estruturas correntes, a agressividade
ambiental deve ser classificada de acordo com o
apresentado na tabela a seguir e pode ser avaliada,
simplificadamente, segundo as condições de
exposição da estrutura ou de suas partes
 Segundo a NBR 6118/03, a “durabilidade das
estruturas é altamente dependente das
características do concreto e da espessura e
qualidade do concreto do cobrimento da
armadura.” Na falta de ensaios comprobatórios de desempenho
da durabilidade da estrutura frente ao tipo e nível de
agressividade previsto em projeto, e devido à
existência de uma forte correspondência entre a
relação água/cimento, a resistência à compressão do
concreto e sua durabilidade, permite-se adotar os
requisitos mínimos expressos na tabela.
 Pinheiro, L. M., Muzardo C. D., Santos S. P. CONCRETO (2004). Notas de
aula – Departamento de Engenharia de Estruturas – USP
 BAUER, L. A. F. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO. v. 1. 5. ed. Rio de
Janeiro: LTC, 2004.

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