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A estrutura de uma obra de Concreto Armado é constituída basicamente por elementos estruturais, tais como: lajes (cinza); vigas (vermelho); pilares (verde); fundações (azul). • Fundações são elementos estruturais destinados a suportar toda a carga proveniente dos carregamentos de esforços oriundos do peso próprio dos elementos estruturais, acrescidos dos carregamentos provenientes do uso (sobrecargas). DEFINIÇÕES EM GERAL Esses elementos de fundação tem por finalidade distribuir os esforços estruturais para o solo, garantindo assim estabilidade a obra. • Existem vários tipos de fundações e a escolha do tipo mais adequado é função das cargas da edificação e da profundidade da camada resistente do solo. Com base na combinação destas duas analises opta-se pelo tipo que oferecer o menor custo e o menor prazo de execução. • As cargas da edificação são obtidas por meio das plantas de arquitetura e estrutura, onde são considerados os pesos próprios dos elementos constituintes e a sobrecarga a ser considerada nas lajes. • Eventualmente, em função da altura da edificação deverá também ser considerada a ação do vento sobre a edificação. • Fundações bem projetadas correspondem de 3% a 10% do custo total do edifício • Estudos apontam que fundações superdimensionadas, podem atingir de 5 a 10 vezes o custo da fundação mais apropriada. • Porém, fundações subdimensionadas, podem comprometer a estabilidade da obra. Os principais tipos de fundações podem ser reunidos em dois grandes grupos: • fundações diretas ou rasas • fundações indiretas ou profundas Diretas ou Rasas Sapata Corrida ou contínua Sapata Isolada Simples Armada Radier Fundações diretas, superficiais ou rasas • As fundações diretas são empregadas onde as camadas do subsolo, logo abaixo da estrutura, são capazes de suportar as cargas. • Numa fundação rasa ou direta a distribuição de carga do pilar para o solo ocorre pela base do elemento de fundação, sendo que, a carga pontual que ocorre na base do pilar, é transformada em carga distribuída, num valor tal, que o solo seja capaz de suporta-la. • São aquelas em que possuem grande comprimento em relação as dimensões de sua base. • Nessas fundações, carga é transmitida ao solo através: – Da superfície lateral (resistência de atrito) – apresentado grande capacidade de carga devido ao atrito lateral do corpo do elemento de fundação com o solo. – E também da base (resistência de ponta) - apresentando pouca capacidade de suporte. Fundações indiretas ou profundas Dimensão mínima • Em planta, as sapatas ou os blocos não devem ter dimensão inferior a 60 cm. Profundidade mínima • A base de uma fundação deve ser assentada a uma profundidade tal que garanta que o solo de apoio não seja influenciado pelos agentes atmosféricos e fluxos d’água. Nas divisas com terrenos vizinhos, salvo quando a fundação apoiar-se em sobre rocha, tal profundidade não deve ser inferior a 1,5 m. DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS DAS FUNDAÇÕES DIRETAS • São utilizadas em obras de pequena área e carga, (edícula sem laje, barraco de obras, abrigo de gás; água etc.). • São empregadas para receber as ações verticais de paredes, muros, ou elementos alongados que transmitem carregamento uniformemente distribuído em uma direção Fundação direta tipo sapata corrida em concreto Detalhes e disposições construtivas de Sapatas Corridas Sapatas Isoladas Segundo NBR 6122, é um elemento de fundação superficial, executado em de concreto armado, dimensionado de modo que as tensões de tração nele produzidas (nas suas extremidades) não sejam resistidas pelo concreto, mas sim pelo emprego da armadura. Sapatas Isoladas Transmitem ações de um único pilar, com seção não alongada. É o tipo de sapata mais frequentemente utilizado. Tais sapatas podem apresentar bases quadrada, retangular ou trapezoidal, com a altura constante ou variando linearmente entre as faces do pilar à extremidade da base. Sapatas Isoladas Exemplo de detalhes e disposições construtivas de Sapatas Isoladas Exemplo de detalhes e disposições construtivas de Sapatas Isoladas Exemplo de detalhes e disposições construtivas de Sapatas Isoladas - Abertura das valas (cavas); - Esgotamento de água, se for o caso; - Apiloamento do fundo; - Lançamento de concreto magro no fundo; - Posicionamento das formas; - Posicionamento da armadura do fundo; - Posicionamento da armadura do pilar - localização do eixo pela tabeira de locação da obra; - Concretagem; - Retirada de formas após o endurecimento do concreto; - Cura do concreto. Passos para execução • Trata-se de uma laje, destinada a receber todas as cargas da edificação transmiti-las de forma distribuída ao solo onde encontra-se diretamente apoiada. Radier Projeto de armação de Radier Estacas Peças alongadas, cilíndricas ou prismáticas, cravadas ou confeccionadas no próprio solo, projetadas com a finalidade de distribuir ou transmitir a carga de trabalho “F”, aplicada sobre o Bloco de Coroamento conforme figura ao lado: • Existe hoje uma variedade muito grande de estacas para fundações. Com certa frequência, um novo tipo de estaca é introduzido no mercado e a técnica de execução de estacas está em permanente evolução. A execução de estacas é uma especialidade da engenharia. • Entre os principais materiais empregadas na confecção das estacas se pode citar: – madeira; – aço; – concreto (pré-moldadas e moldadas “in loco”). Estacas • As estacas escavadas são aquelas executadas “in loco” através da perfuração do terreno por um processo qualquer, com remoção de material. • Nessa categoria se enquadram entre outras as estacas tipo broca, executada manual ou mecanicamente e as do tipo “Strauss”. As estacas também são classificadas em estacas de deslocamento e estacas escavadas. • As estacas de deslocamento são aquelas introduzidas no terreno através de algum processo que não promova a retirada do solo. • Enquadram-se nessa categoria as estacas pré- moldadas de concreto armado, as estacas de madeira, as estacas metálicas, as estacas apiloadas de concreto e as estacas de concreto fundido no terreno dentro de um tubo de revestimento de aço cravado com a ponta fechada, sendo as estacas tipo Franki o exemplo mais característico dessas últimas. As estacas também são classificadas em estacas de deslocamento e estacas escavadas. • Essas emendas podem ser constituídas por anéis metálicos ou por luvas de encaixe tipo ”macho e fêmea” quando as estacas não estivem sujeitas a esforços de tração tanto na cravação quanto na utilização, ou em caso contrário, emenda do tipo soldável, onde a altura h e a espessura e da chapa são função do diâmetro da armadura longitudinal e do diâmetro da estaca. • Essas emendas podem ser constituídas por anéis metálicos ou por luvas de encaixe tipo ”macho e fêmea” quando as estacas não estivem sujeitas a esforços de tração tanto na cravação quanto na utilização, ou em caso contrário, emenda do tipo soldável, onde a altura h e a espessura e da chapa são função do diâmetro da armadura longitudinal e do diâmetro da estaca. • Em campo, a “nega” é obtida através da média de comprimento cravado nos últimos 10 golpes do martelo de cravação por 3 vezes consecutivo. Nega O valor para a Nega varia em função da Resistência oferecida pelo solo à penetração da estaca, Peso do pilão, Peso da estaca, Altura de queda do pilão. Nega Vídeos • Indicação: Obras de pequenas dimensões que exigem baixa capacidade de carga (até 5 tf). • Limitações: Recomenda-se que sejam executadas somente acima do níveldo lençol freático para evitar o estrangulamento do fuste. Além disso, apresenta perigo de introdução de solo no concreto durante o enchimento. Trabalha apenas à compressão. • Além das brocas, existem uma grande variedade de tipos de estacas concretadas no local, diferenciadas entre si, principalmente, pela forma que são escavadas e pela forma de colocação do concreto. De um modo geral crava-se um tubo de aço até a profundidade prevista pela sondagem geotécnica, enchendo–se com concreto que vai sendo apiloado até que se retire o tubo. Entre os vários tipos existentes destacam-se as estacas tipo Franki e as estacas tipo Strauss. Estacas Concretadas no Local Estaca tipo Franki • A estaca tipo Franki utiliza um tubo de revestimento cravado com a aponta fechada por meio de bucha e recuperado após a concretagem da estaca. • O concreto usado na execução da estaca é relativamente seco com baixo fator água-cimento, resultando em um concreto de slump zero, de modo a permitir o forte apiloamento previsto no método executivo. • A armação da estaca é constituída por barras longitudinais e estribos que devem ter dimensões compatíveis com o diâmetro do tubo e do pilão. • A execução de estacas tipo Franki, quando bem aplicada, praticamente não sofre restrições de emprego diante das características do subsolo, salvo casos particulares como aqueles constituídos por espessas camadas de solo muito mole. Estaca tipo Franki • A seguir são relacionados alguns aspectos da estaca tipo Franki, que fazem parte do método de execução, e que a diferencia dos outros tipos de estacas concretadas no local contribuindo para a elevada carga de trabalho da estaca: Estaca tipo Franki • A cravação com ponta fechada isola o tubo de revestimento da água do subsolo, o que não acontece com outros tipos de estaca executada com ponta aberta; • A base alargada dá maior resistência de ponta que todos os outros tipos de estaca; • O apiloamento da base compacta solos arenosos, bem como, aumenta o diâmetro da estaca em todas as direções, aumentando sua a resistência de ponta. Em solos argilosos o apiloamento da base expele a água da argila, que é absorvida pelo concreto seco da mesma, consolidando e reforçando seu contorno; • O apiloamento do concreto contra o solo para formar o fuste da estaca compacta o solo e aumenta o atrito lateral; • O comprimento da estaca pode ser facilmente ajustado durante a cravação. • A execução da estaca é iniciada pelo posicionamento do tubo de revestimento e formação da bucha. Após apoiar o tubo sobre o terreno, lança-se concreto seco em seu interior para ser compactado pelo impacto de golpes do pilão e expandir lateralmente aderindo fortemente ao tubo. A seguir o tubo é cravado no terreno pelo impacto de repetidos golpes do pilão na bucha. A profundidade final de cravação é definida, pela verificação da nega do tubo nos últimos metros de cravação. • Terminada a cravação, o tubo é preso à torre do bate estaca por meio de cabos de aço, para expulsar a bucha e iniciar a execução da base alargada. O alargamento da base é obtido apiloando-se fortemente pequenas e sucessivas quantidades de concreto quase seco (slump zero). • Terminada a base alargada, coloca-se a armação, ajustando-a para incorporá-la na base e ao mesmo tempo instalar o cabo de controle da armação de uma de suas barras. • A seguir inicia-se a concretagem do fuste lançando-se sucessivas camadas de pequena altura de concreto e recuperando o tubo com apiloamento das camadas. Durante a concretagem do fuste controla-se a altura de concreto dentro do tubo pela marca do cabo do pilão e a integridade da armação e do fuste pelo cabo de controle da amarração. A concretagem do fuste é terminada cerca de 30 cm acima da cota de arrasamento. • As estacas tipo Strauss foram projetadas, inicialmente, como alternativa às estacas pré- moldadas cravadas por percussão devido ao desconforto causado pelo processo de cravação, quer quanto à vibração ou quanto ao ruído. • O processo é bastante simples, consistindo na retirada de terra com sonda ou piteira e, simultaneamente, introduzir tubos metálicos rosqueáveis entre si, até atingir a profundidade desejada e posterior concretagem com apiloamento e retirada da tubulação. Estaca Strauss Por utilizar equipamento leve e barato a estaca tipo Strauss possui as seguintes vantagens: • ausência de vibrações e trepidações em prédios vizinhos; • possibilidade de execução da estaca com o comprimento projetado; • possibilidade de verificar durante a perfuração, a presença de corpos estranhos no solo, matacões, etc, permitindo a mudança de locação antes da concretagem; • possibilidade da constatação das diversas camadas e natureza do solo, pois a retirada de amostras permite comparação com a sondagem à percussão; • possibilidade de montar o equipamento em terrenos de pequenas dimensões; • autonomia, importante em regiões ou locais distantes. • quando a pressão da água for tal que impeça o esgotamento da água no furo com a sonda, a adoção desse tipo de estaca não é recomendável; • em argilas muito moles saturadas e em areias submersas, o risco de seccionamento do fuste pela entrada de solo é muito grande, e nesses casos esta solução não é indicada; • é indispensável um controle rigoroso da concretagem da estaca de modo a não ocorrer falhas, pois a maior ocorrência de acidentes com estas estacas devem-se a deficiências de concretagem durante a retirada do tubo. Como principais desvantagens das estacas tipo Strauss podemos citar: Estaca cuja perfuração é realizada por rotação em direção vertical ou inclinada. Execução: A perfuração se processa com um tubo de revestimento e o material escavado é eliminado continuamente por uma corrente fluida (água, lama ou ar) que, introduzida através do tubo reflui pelo espaço entre o tubo e o terreno. Na sequencia, coloca-se a armadura e se concreta à medida que o tubo de perfuração é retirado. Indicações: Locais com espaços restritos, solos com matacões, rocha ou concreto, reforços de fundações, estabilização de encostas; locais onde haja necessidade de ausência de ruídos, quando são expressivos os esforços horizontais transmitidos pela estrutura às estacas de fundação, quando há esforços de tração a solicitar o topo das estacas. Limitações: Concebida para reforço de fundação passou a ser utilizada em fundações de novas estruturas. Assim, as cargas adotadas foram aumentadas, ultrapassando 1.000 kN. Por isso, a NBR 6122 fixou a obrigatoriedade de realizar o número mais alto de provas de carga nesse tipo de estaca. Estaca Raiz Quando comparados a outros tipos de fundações, os tubulões apresentam as seguintes vantagens: • os custos de mobilização e de desmobilização são menores que os de bate-estacas e outro equipamentos; • as vibrações e ruídos provenientes do processo construtivo são de muito baixa intensidade; • pode-se observar e classificar o solo retirado durante a escavação e compará-lo às condições do subsolo previstas no projeto; • o diâmetro e o comprimento do tubulão pode ser modificado durante a escavação para compensar condições do subsolo diferentes das previstas; • as escavações podem atravessar solos com pedras e matacões, sendo possível penetrar em vários tipos de rocha; • é possível apoiar cada pilar em um único fuste, em lugar de diversas estacas, eliminando a necessidade de bloco de coroamento. • Em tubulões ar comprimido, seja de camisa de aço ou de camisa de concreto, a pressão máxima de ar comprimido empregada é de 3,4 atm (340 kPa), razão pela qual esses tubulões têm sua profundidade limitada a 34m abaixo do nível do mar. • Em qualquer etapa da execução deve-se observar que o equipamento deve permitir que se atenda, rigorosamente, os temposde compressão e descompressão pela legislação em vigor, só se admitindo trabalhos sob pressões superiores a 150 kPa quando as seguintes providências forem tomadas: • estar à disposição da obra equipe permanente de socorro médico; • estar disponível na obra câmara de descompressão equipada; • existir na obra compressores e reservatórios de ar comprimido de reserva; • que seja garantida a renovação do ar, sendo o ar injetado em condições satisfatórias para o trabalho humano • Primeiro, há a escavação ao redor das estacas até atingir-se a cota de assentamento dos blocos, em seguida quebra-se a estaca de forma adequada e na altura propícia para que sejam construídos os blocos de ligação com os pilares. • Essa operação é executada manualmente com auxilio de um ponteiro e marreta de ferro, cortando-se a estaca, no sentido de baixo para cima, com uma pequena inclinação em relação a horizontal, sem cortar as armaduras da estaca, pois as mesmas serão unidas (ancoragem) aos elementos estruturais de ligação. Cota de arrasamento da cabeçada estaca Cota de arrasamento da cabeça da estaca Obs.: A estaca de concreto armado, seja cravada ou moldada no local, deverá ficar embutida pelo menos 5 cm dentro do bloco de ligação (coroamento). Cota de arrasamento da cabeça da estaca Cota de arrasamento da cabeça da estaca Cota de arrasamento da cabeça da estaca • São blocos maciços de concreto armado que solidarizam as cabeças das estacas responsáveis pela transmissão dos esforços provenientes dos pilares até a camada resistente do solo. • Esses elementos são intermediários entre a estaca e os outros elementos estruturais como a viga baldrame e o próprio pilar. Bloco de ligação ou coroamento da cabeça da estaca Bloco de ligação ou coroamento da cabeça da estaca Bloco de ligação ou coroamento da cabeça da estaca • O número de estacas de um bloco de coroamento “n” é dado em função da relação entre a carga de serviço “P” recebida pelo bloco e da carga máxima para o tipo de cada estaca, isto é, a carga total que o bloco recebe dos elementos estruturais dividido pela capacidade de carga P de cada estaca, conforme formula abaixo: Bloco de ligação ou coroamento da cabeça da estaca PP Bloco de ligação ou coroamento da cabeça da estaca 1P P 2P PP 4P PP • No caso de pilares posicionados junto a divisa do terreno, para fundações tipo sapatas, o momento produzido pelo não alinhamento da ação com a reação deve ser absorvido por uma viga, conhecida como viga de equilíbrio ou viga alavanca, apoiada na sapata junto a divisa e na sapata construída para um pilar interno. • Portanto, a viga de equilíbrio tem a função de transmitir a carga vertical do pilar para o centro de gravidade da sapata de divisa e, ao mesmo tempo, resistir aos momentos fletores produzidos pela excentricidade da carga do pilar em relação ao centro dessa sapata. Viga de Equilíbrio ou Viga Alavanca Viga de Fundação ou Baldrame • Pilares são “elementos lineares de eixo reto, usualmente dispostos na vertical, em que as forças normais de compressão são preponderantes” (NBR 6118/2003, item 14.4.1.2). • São destinados a transmitir as ações às fundações, embora possam também transmitir para outros elementos de apoio. As ações são provenientes geralmente das vigas, bem como de lajes também. Pilar • Os pilares são os elementos estruturais de maior importância nas estruturas, tanto do ponto de vista da capacidade resistente dos edifícios quanto no aspecto de segurança. Além da transmissão das cargas verticais para os elementos de fundação, os pilares podem fazer parte do sistema de contraventamento responsável por garantir a estabilidade global dos edifícios às ações verticais e horizontais. • Pela definição da NBR 6118/03, vigas “são elementos lineares em que a flexão é preponderante”. • As vigas são classificadas como barras e são normalmente retas e horizontais, destinadas a receber ações das lajes, de outras vigas, de paredes de alvenaria, e eventualmente de pilares, etc. • A função das vigas é basicamente vencer vãos e transmitir as ações nelas atuantes para os apoios, geralmente os pilares. Viga • As ações são geralmente perpendicularmente ao seu eixo longitudinal, podendo ser concentradas ou distribuídas. Podem ainda receber forças normais de compressão ou de tração, na direção do eixo longitudinal. As vigas, assim como as lajes e os pilares, também fazem parte da estrutura de contraventamento responsável por proporcionar a estabilidade global dos edifícios às ações verticais e horizontais. • As armaduras das vigas são geralmente compostas por estribos, chamados “armadura transversal”, e por barras longitudinais, chamadas “armadura longitudinal”. • As emendas de concretagem devem ser feitas de acordo com a orientação do Engenheiro calculista para uma adequada identificação dos pontos de menor força atuante, mas em geral, a emenda deve ser feita a 1/4 do apoio, onde geralmente os esforços são menores. • Devemos evitar as emendas nos apoios e no centro dos vãos, pois os momentos negativos e positivos, respectivamente, são máximos. Emendas • As vigas deverão ser concretadas de uma só vez, caso não haja possibilidade, fazer as emendas à 45º. Quando uma concretagem for interrompida por mais de três horas a sua retomada só poderá ser feita 72 horas após a interrupção; este cuidado é necessário para evitar que a vibração do concreto novo, transmitida pela armadura, prejudique o concreto em início de endurecimento. A superfície deve ser limpa, isenta de partículas soltas, e para maior garantia de aderência do concreto novo com o velho devemos: 1º retirar com ponteiro as partícula soltas 2º molhar bem a superfície e aplicar uma pasta de cimento ou um adesivo estrutural para preencher os vazios e garantir a aderência. 3º o reinicio da concretagem deve ser feito preferêncialmente pelo sentido oposto. • As lajes são os elementos planos que se destinam a receber a maior parte das ações aplicadas numa construção, como de pessoas, móveis, pisos, paredes, e os mais variados tipos de carga que podem existir em função da finalidade arquitetônica do espaço físico que a laje faz parte. • As ações são comumente perpendiculares ao plano da laje, podendo ser divididas em: – distribuídas na área (peso próprio, revestimento de piso, etc.), – distribuídas linearmente (paredes), – ou forças concentradas (pilar apoiado sobre a laje). Laje • As lajes maciças de concreto, com espessuras que normalmente variam de 7 cm a 15 cm, são comuns em edifícios de pavimentos e em construções de grande porte, como escolas, indústrias, hospitais, pontes, etc. • De modo geral, não são aplicadas em construções residenciais e outras de pequeno porte, pois nesses tipos de construção as lajes nervuradas pré-fabricadas apresentam melhor relação custo benefício. • Alguns dos tipos mais comuns de lajes são: maciça apoiada nas bordas, nervurada, lisa e cogumelo. Laje maciça é um termo que se usa para as lajes sem vazios apoiadas em vigas nas bordas, como as lajes apresentadas nas imagens anteriormente. • As lajes lisas e cogumelo também não têm vazios, porém, tem outra definição. • “Lajes cogumelo são lajes apoiadas diretamente em pilares com capitéis, enquanto lajes lisas são as apoiadas nos pilares sem capitéis” (NBR 6118/03, item 14.7.8) • As lajes lisa e cogumelo também são chamadas pela norma como lajes sem vigas. • Elas apresentam a eliminação de grande parte das vigas como a principal vantagem em relação às lajes maciças, embora por outro lado tenham maior espessura. São usuais emtodo tipo de construção de médio e grande porte, inclusive edifícios de até 20 pavimentos. Apresentam como vantagens custos menores e maior rapidez de construção. No entanto, são suscetíveis a maiores deformações (flechas). • As lajes pré-fabricadas do tipo treliçada, onde a armadura tem o desenho de uma treliça espacial, possui maior aplicação em construções residenciais de pequeno porte e até mesmo em edifícios de baixa altura, principalmente devido ao bom comportamento estrutural em pequenos vãos e também por apresentar grande facilidade de execução. • Em algumas regiões do Brasil, já utiliza-se também lajes pré-fabricadas protendidas, onde o preenchimento entre as vigotas, pode ser feito com lajota cerâmica ou com EPS, sendo que a opção pelo EPS oferece como vantagens a redução do escoramento e menor peso próprio para a estrutura.
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