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Relatorio FInal ETE

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Na sexta semana foi acompanhado as análises de DBO5, DQO, Fosfato Total e Nitrogênio Amoniacal realizados no Laboratório de Química da PISA. As análises de DBO5 são feitas através do Método oxímetro, e tem por finalidade verificar a quantidade de oxigênio dissolvido inicial e final na amostra, a fim de determinar a demanda bioquímica de oxigênio. As análises de DQO são feitas através do método colorimétrico onde verifica-se a quantidade de oxigênio dissolvido na amostra a fim de determinar a Demanda Química de Oxigênio. O Fosfato PO4 serve para determinar o fosfato total nas amostras da estação de tratamento de efluente. A determinação de nitrogênio amoniacal é feita pelo método colorimétrico HACH Nº 10031.
Na sétima semana foi realizado a visita a Estação de Tratamento de Água – ETA, em que foi demonstrado o fluxograma da ETA, desde a entrada da água na estação até o armazenamento e distribuição da água. Houve também o acompanhamento do controle operacional da ETA. Na chegada da água bruta temos o ponto de dosagem de um alcalinizante, (barrilha a cal hidratada), para fornecer a alcalinidade necessária à coagulação e controlar o pH ótimo de floculação. Em seguida o volume líquido passa por uma calha parshall, que está equipada com instrumentos para leitura e registro automático de vazão no painel de controle. Neste ponto temos a adição de PAC que é um coagulante para o tratamento de água. Em seguida a água entra no canal de coagulação para distribuição da vazão influente para os tanques de floculação, composto por três tanques de dupla câmara. O volume floculado é distribuído para seis decantadores, sendo que cada conjunto de dois floculadores. A água clarificada verte pela superfície dos decantadores ao canal de água decantada, onde é distribuída para seis filtros rápidos. O volume final filtrado recebe a aplicação de inibidor de corrosão, cloro e também barrilha para correção do PH, quando necessário, sendo na sequência lançada no reservatório de água tratada. O controle operacional consiste basicamente no monitoramento de algumas variáveis do processo, que são medidas e analisadas constantemente para garantir a estabilidade do processo, bem como a manutenção de aspectos operacionais que interferem direta ou indiretamente com a performance da estação. As principais variáveis a serem monitoradas no controle operacional são pH, turbidez, cloro residual e temperatura.
A oitava semana foi destinada ao entendimento dos preparo e manuseio dos produtos químicos usados na ETE. A preparação e adição de cal hidratada tem por finalidade neutralizar a acidez natural do efluente da produção. O sistema possui dois tanques para preparação e dosagem de cal. Os dois tanques trabalham em forma intermitente, isto é, quando um deles está em serviço, pode ser feita a preparação de uma nova carga ou limpeza no outro. Cada um destes tanques possui uma bomba dosadora. A preparação e adição de polímeros auxilia o desaguamento através da floculação do lodo, para melhorar a remoção de água. O polímero é preparado em um equipamento automatizado. Este preparador tem um silo de 4m3, após o preparo é transferido automaticamente para o tanque de estocagem de polímero, onde permanece estocada até ser consumido. Para preparar nutrientes abre-se primeiramente a válvula de água, em seguida adiciona-se a ureia e também fosfato sobre o dosado. Posteriormente completa-se o tanque com água até o nível desejado. Este preparo é feito em uma única operação diária. O antiespumante controla e elimina a formação de espuma no efluente. O antiespumante chega na ETE em contêineres de 900 kg. O preparo é feito em um tanque de 7m3, providos de agitador. A dosagem nos tanques de aeração e na calha de efluente tratado é feita através de bombas que possuir variador eletromagnético permitindo o ajuste da vazão.
Na nona semana foi destinado a visita nas etapas de produção de papel. A principal matéria-prima para a produção de papel são toras de madeira. Essa toras passam por um descascador e picador, onde saem em forma de pequenos cavacos. Num tanque chamado digestor, os cavacos são cozidos dentro de um líquido composto por água e alguns agentes químicos, como sulfitos. O resultado desse cozimento é chamado de polpa. A polpa passa po um processo de lavagem, em tanques e centrifugas, onde são extraidos os cavacos e outras impurezas que não se dissolveram. Os restos não aproveitados de madira são queimados em caldeiras e transformados em energia eletrica. A energia gerada é alimenta o próprio processo de fabricação do papel. A polpa, ainda com alto teor de água, passa por uma máquina chamada mesa plana, que transforma essa massa úmida em uma grande folha continua e lisa, sobre uma esteira rolante de feltro. A grande folha, movida pela esteira passa por rolos de prensageme secagem com ar quente, que retiram o excesso de água, compactam o papel e alisam a folha. Finalmente,a folha passa por uma enroladeira e por rolos de rebobinagem, onde o papel se descola da esteira rolante e forma bobinas, estando pronto para o corte e o empacotamento.
Durante todas as semanas foram realizadas a caracterização do lodo biológico e o acompanhamento das análises laboratoriais realizadas pelos operadores. As amostras para a caracterização do lodo biológico são coletadas no tanque de aeração 1 e 2, que devem ser analisadas rapidamente para evitar eventuais alterações nos protozoários. Estas medições são realizadas observando grandes grupos populacionais procurando observar os gêneros predominantes. O intervalo entre a coleta da amostra e o início da contagem não deve ser superior a 30 minutos para evitar alterações nos protozoários devido à falta de oxigênio. Deve-se observar a presença de grandes grupos (ciliados livres, pedunculados, flagelados, rizópodes, rotíferos, nematoides); Anotar os gêneros predominantes; A observação do lodo deve ser feita pelo menos 3 vezes por semana, sendo o ideal fazer diariamente para observar as mudanças ocorridas.
Interpretação da análise microscópica
	Microrganismo
	Característica do processo
	Predominância de flagelados e rizópodes
	Lodo jovem
	Predominância de flagelados
	Deficiência de aeração; má depuração e sobrecarga orgânica
	Predominância de pedunculados e livres
	Boas condições de depuração
	Presença de Arcella (rizópodes com teca)
	Boas condições de depuração
	Presença de Aspidisca costata (ciliado livre)
	Nitrificação
	Presença de Trachelophylum ciliados livres
	Lodo velho
	Presença de Vorticella microstoma (ciliado pedunculado) e baixa concentração de ciliados livres
	Efluente de má qualidade
	Predominância de anelídeos (gên. Aelosoma)
	Excesso de oxigênio dissolvido
	Predominância de filamentos
	Intumescimento de lodo ou bulking filamentoso
O procedimento de análise laboratoriais da ETE é de vital importância para o monitoramento e controle de parâmetros fundamentais para a eficiência de operação da estação. As análises realizadas no laboratório da ETE são Sólidos sedimentáveis, Sólidos Suspensos - SS, Turbidez, pH e S-2, OD. A determinação de sólidos sedimentáveis contidos em uma amostra de efluente indica o volume de sólidos que se deposita no fundo de um cone Imhoff após um determinado tempo de repouso do líquido, normalmente 1 hora.No tanque de aeração os sólidos são chamados de sólidos suspensos da mistura liquida, devido a sua mistura com o lodo reciclado. Os sólidos suspensos - SS precisam ser mantidos aerados e bem misturados com o despejo para permitir aos microrganismos remover os orgânicos (DBO) do efluente. Com as análises de oxigênio dissolvido (OD) é possível limitar o crescimento de microrganismos pela diminuição do oxigênio introduzido ou pelo aumento do seu suprimento do oxigênio. Análise de sulfeto é feita pois mesmo em concentrações muito baixas já causa odores na água e no ar. É muito tóxico, ataca metais diretamente e corroe tubulações de concreto porque é oxidado biologicamente a ácido sulfúrico nas paredes das tubulações.
Durante o períodode realização do estágio foi possível adquirir maior conhecimento e experiência no campo profissional, sobretudo em uma Estação de Tratamento de Efluentes, além de desenvolver habilidades tecnico-científicas, com isso melhorando a qualificação profissional.
Por fim gostaria de agradecer ao Duarte Gonçalves da Silva por ter me oferecido a oportunidade de fazer parte da equipe PISA, empresa que tenho imensa gratidão por ser uma das responsáveis pela minha formação tanto educacional quanto profissional. Agradeço também a Ângela Maria Batistão pela dedicação nas orientações e pelo compartilhamento de seus conhecimentos, o que penso ter sido de significativa relevância para minha formação. Estendo meus agradecimentos à Elisangela pela demonstração dos experimentos realizados no laboratório. Aos meus colegas operadores da ETE agradeço também pela ótima convivência dentro da empresa, no qual a meu ver faz total diferença para um ambiente de trabalho sadio, o que acaba refletindo nos resultados eficientes apresentados, além de passarem seus conhecimentos adquiridos durante os anos de trabalho na empresa.

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