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Diferencie legítima defesa (art 25) e estado de necessidade (art 24): A diferença é que na legítima defesa temos uma ação defensiva com aspectos agressivos, enquanto que no estado de necessidade a ação é agressiva com intuito defensivo. Na legítima defesa há ameaça ou ataque a um bem jurídico que pode ser próprio ou alheio. Trata-se de uma agressão que possui destinatário certo e os interesses do agressor são legítimos. Tem como requisito subjetivo o conhecimento da ação de fato justificante e como requisito objetivo a proteção do direito próprio ou alheio. Já o estado de necessidade há conflito entre vários bens jurídicos diante de uma situação de perigo, que não pode ser prevista, em que o perigo decorre de comportamento humano, animal ou material. Deste modo, o perigo não tem destinatário certo e os interesses em conflito são legítimos. O estado de necessidade exclui o caráter de antijuridicidade de uma conduta criminosa. Quais são os efeitos da sentença que reconhece uma causa de justificação? Os efeitos são que os partícipes não respondem, a existência de coisa julgada cível e o impedimento de outra consequência jurídico-penal. O que é excesso punível? Consiste na desnecessária intensificação de uma conduta que é a princípio legítima, como a de legítima defesa ou estado de necessidade, mas com a reação exagerada que se configura como um crime, podendo ser doloso ou culposo. O que ocorre com o agente no caso de excesso punível? O agente responderá dolosamente ou culposamente, segundo art 23 §único: o agente que, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá em excesso doloso ou culposo. Critérios de imputabilidade: Biológico: Menoridade – quando o autor era incapaz, para entender ilicitude do fato, por sua idade biológica abaixo da imputabilidade positivada, ou seja, menoridade penal. Biopsicológico: Doença/mental – quando o autor era incapaz ao tempo da ação por doença ou por desenvolvimento mental. Embriaguez: NÃO EXCLUI IMPUTABILIDADE voluntário ou involuntária → aplicase actio libera in causa – dolo ou culpa patológica → caput art 26. doença. Diferencie os erros: Erro consiste na falsa percepção da realidade. O CP reconhece duas espécies de erro: de tipo e de proibição. De tipo: incide no elemento ou circunstância, no pressuposto da justificação da norma penal. Atua no âmbito do fato típico do crime, agindo sobre dolo e culpa. Proibição: consiste no desconhecimento da existência de norma proibitiva. Atua na culpabilidade, excluindo ou não o potencial da ilicitude. ERRO DE TIPO Essencial → incide no elemento invencível (escusável ou inevitável) vencível (inescusável ou evitável) – exclui dolo, incide culpa. Acidental → não exclui dolo porque há vontade sob objeto, sob pessoa, sob meios de execução, sob diversos bens jurídicos e ou sob nexo causal. ERRO DE PROIBIÇÃO → acredita que o ilícito é lícito. Inevitável → isenta pena. Evitável → responde por dolo e pode ter atenuar pena. Obediência hierárquica: Divergência se D. público ou privada, corrente majoritária é público. Art 22. Ordem não manifestamente ilegal punição apenas para quem ordenou. No entanto se subordinado conhece ilicitude também responde pelo crime. Teorias de imputação da pena no concurso de pessoas: Pluralista → há tantas infrações quantos são o número de autores. Dualista → distingue o crime do autor e do partícipes Monista → considera como um único crime, CP br. Teorias de paricipação: Acessoriedade mínima → autor tenha praticado conduta típica. CP bra. Acessoriedade limitada → autor tenha praticado conduta T e A. Acessoriedade extrema → autor tenha praticado T, A e C. Síntese do livo Salah: O capítulo de Culpabilidade e Neurociência discute o livre-arbítrio na visão dogmática e neurocientífica. O Direito Penal trata o livre-arbítrio como fundamento para a culpabilidade, sendo um juízo de reprovação pessoal diante da prática de ato típico e ilícito, pois considera que o autor poderia ter agido diferentemente de como escolheu agir, ou seja, poderia ter agido conforme o Direito mas escolheu agir contra. Os neurocientistas que pesquisam o tema defendem que as escolhas humanas são causadas por processo neurológico e por isso não há livre-arbítrio. Logo, não haveria vontade e sem a vontade não haveria crime. O debate proposto por Khaled Jr. se tensiona ao tratar da não comprovação da existência do livre-arbítrio e da periculosidade que o discurso científico apresenta, pois o caráter biológico foi justificação para diversas atrocidades no passado. Para o autor, a retirada do livre-arbítrio no fundamento da culpabilidade exigiria uma ampla reforma no Direito Penal, porém não acredita que a saída seja a visão neurocientífica. Entre as visões abordadas no capítulo, segundo Khaled Jr, a que mais resultaria bem sucedida seria a teoria de Roxin, que coloca a pessoa humana sendo tratada como livre, e da coculpabilidade de Zaffaroni. Figueiredo Dias →coloca a liberdade como pressuposto da culpabilidade, que é a censurabilidade da ação. Problema: indemonstrável e insustentável. Cirino dos Santos → culpabilidade com base da teoria do agir (perspectiva concreta e abstrata - “homem médio”). Willascheck → ponderação na razão entre liberdade e responsabilidade. Roxin →culpabilidade como comportamento injusto apesar da norma. Humano tratado como livre. Cisão de lei e realidade. Hassemer → necessidade do critério normativo Zaffaroni e Pierangeli → critica culpabilidade do autor pela conduta de vida.
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