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RESUMO DE ECO 2

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NATALIDADE,MORTALIDADE E MOVIMENTO
Estuda-se as mudanças no tamanho populacional para entender distribuição e abundancia e então poder controlar uma praga, conservar uma espécie em extinção, ou entender as forças que governam o mundo. 
População-grupo de indivíduos de uma mesma espécie de determinado local. Em alguns casos o limite de uma população é nítido, em outros são delimitados pelo propósito e conveniência do pesquisador, podendo ser estudado a pop. De afídeos do limoeiro que habitam uma folha, um pomar ou um conjunto de pomares. A população é definida pelo numero de indivíduos que a compõem, pois crescem e declinam em relação a esse número. 
Os processos que modificam o tamanho populacional são: natalidade, mortalidade e movimentos para dentro e para fora dos limites populacionais.
Ex da praga de coelho, tenta controlar por meio de contracpetivos na alimentação(natalidade), inserção de um vírus na pop. (mortalidade), por meio da emigração introduzindo cãos na area deles, ou evitando emigração por meio de cercas/ ex do DDT que matava aves por contaminação e foi banido.
O que é um indivíduo?
Aves, insetos e mamíferos, são organismos unitários; mas também existem organismos modulares que crescem pela produção repetida de módulos(folhas, pólipos,etc) e quase sempre formam uma estrurura ramificada e são fixos, exs: arvores, arbustos,ervas,corais,esponjas e muitos outros invertebrados marinhos. Tanto sua estrutura quanto seu plano de desenvolvimento não são previsíveis mas sim indeterminados.
Poderia contar todas as folhas de uma florestas mas não se saberia o numero de arvores, poderia contar o numero de arvores mas isso não indicaria o tamanho da população de arvores, a menos que observasse se as arvores eram jovens ou velhas. De fato pode fazer mais sentido contar os módulos ao invés de arvores. Em organismos modulares é necessário distinguir o organismo do ponto de vista genético (geneta) e o módulo. 
Geneta- é o individuo que inicia a vida como um simples zigoto unicelular e vive até que todos os seus módulos estejam mortos.
Modulo- inicia sua vida como um organismo multicelular independente de outra estrutura modular, e completa seu ciclo de vida da maturidade a morte.
Só é possível controlar uma praga quando se sabe que suas taxas de natalidade são máximas, isso só pode ser analisado monitorando-se acuradamente os nascimentos ou o total de indivíduos da população, tarefa complexa.Não pode usar substância nociva. As vezes pode ser possível capturar e manter todos os indivíduos vivos, conta-los e depois solta-los novamente e posteriormente reconhecê-los individualmente, isso é possível por meio de marcadores. Não é muito dificel contar se for em um pequeno bosque ou em uma ilha isolada, será mais dificel quando as espécies vivem em habitats de dificel acesso, quando as espécies são pequenas, quando se movem rapidamente, então muitas vezes tem-se que estimar ao invés de contar.
Também pode-se usar índices indiretos de abundancia, os quais podem fornecer informações sobre o tamanho relativo de uma população, mas geralmente pouca indicação do tamanho absoluto. 
Ciclos de vida e reprodução
Reprodução é ponto crucial na vida de qualquer organismo. De maneira simplificada o ciclo de vida de um organismo compreende o nascimento, seguido por um período pré reprodutivo, um período reprodutivo e um pós reprodutivo, que culmina com a morte.
Alguns organismos apresentam varias ou muitas gerações no período de um ano, outros tem apenas uma geração por ano (anuais), enquanto outros tem ciclo de vida que ultrapassa vários (perenes. Para todas as espécies, antes de iniciar reprodução existe um período de crescimento que diminui de intensidade ou cessa quando a maturação reprodutiva se inicia. Crescimento e reprodução são dois ciclos de vida de um organismo que necessitam de recurso e há certamente um conflito entre eles. 
Tanto espécies anuais quanto perenes tem iteróparas que se reproduzem repetidamente, destinando alguns de seus recursos durante um episodio reprodutivo não para reprodução mas a sobrevivência para episódios reprodutivos futuros se sobreviver até lá. Já os semélparas, por outro lado apresentam apenas um período reprodutivo em sua vida, de modo que reprodução é rápida e seguida pela morte. 
Ciclos de vida anuais 
Em latitudes temperadas com sazonalidade bem definida a maioria dos organismos anuais germina ou nasce quando a temperatura aumenta, crescendo rapidamente e se reproduzindo e morrendo antes do final do verão. 
A maioria das espécies anuais despende parte do ano como uma fase dormente de sementes, esporos, cistos ou ovos. Esta fase de dormência pode permanecer viável por muitos anos, se fosse considerado o tempo de vida desde a formação de zigoto, muitos vegetas e animais ditos anuais vivem muito mais que um ano. A dormência também é necessária para animais que vivem em dunas e desertos (muito frio, muito quente, falta de chuva).
Ciclos de vida mais longos 
Marcado ritmo sazonal em muitas espécies, especialmente quanto a atividade reprodutiva. Acasalamento é desencadeado por fotoperíodo, que varia ao longo do ano, desta forma a prole nasce, os ovos eclodem, as sementes germinam, quando os recursos sazonais são provavelmente mais abundantes. Em populações de espécies perenes gerações se sobressaem e indivíduos de diferentes podem se acasalar. A população é em parte mantida pela sobrevivência dos adultos e em parte pelos nascimentos. Em regiões equatoriais úmidas, que alem de fotoperiodo, ocorre uma pequena variação anual na temperatura e na precipitação, encontram-se espécies de plantas que produzem filhotes e frutos por quase todo o ano e espécies animais em continua reprodução que subsistem desses recursos. 
Algumas espécies podem despender quase toda sua vida em uma fase pré reprodutiva para ter uma atividade reprodutiva intensa, seguida de morte.
Salmão- ato reprodutivo terminal.
A idade muitas vezes não pode ser usada como bom indicador de fecundidade. Em geral analise que avalia tamanho e não idade é mais útil quando o que é avaliado se eles sobreviverão ou se reproduzirão.
Tabelas de vida
Curvas de sobrevivência 
Numa curva de sobrevivência do tipo I, a mortalidade esta concentrada no final do período máximo de vida de um organismo, típico de humanos de países desenvolvidos;
Uma curva de sobrevivência do tipo II é um linha reta que significa uma taxa de mortalidade constante do nascimento até a idade máxima 
Dispersão e migração
Do local do nascimento todos os organismos se locomovem a outros lugares. As plantas crescem onde suas sementes caem mas estas podem se deslocar por meio de vento, água, de animais ou movimentação do próprio solo. Os animais se deslocam a procura de recursos e abrigo, mesmo que seja pequenas ou grandes distâncias de movimentação. Em alguns casos o movimento agrega indivíduos de uma população, em outros, os indivíduos estão constantemente se redistribuindo e em outros espalham-se, diluindo sua densidade.
Deslocamento e distribuição espaciais estão intimamente relacionados. O termo dispersão descreve a maneira pela qual os indivíduos se afastam um dos outros.
O termo migração refere-se a um movimento direcional em massa, pelo qual indivíduos se dirigem de um local a outro. Termo descreve desde um enxame de gafanhotos até pequenos movimentos de organismos indo e vindo duas vezes por dia seguindo o movimento das mares. 
Três são os padrões do movimento: agregado, regular e ao acaso. A percepção de um padrão depende da escala espacial.
A distribuição de um afídeo, que vive em uma determinada espécie de uma arvore de uma floresta, em uma escala ampla, parecem estar agregados em manchas florestais e inexistentes em áreas mais abertas. Se amostragens fossem retiradas de áreas menores somente florestadas, poderiam estar agregados mas apenas em torno de sua planta hospedeira, entretanto se as amostragens fossem tomadas em uma menor escala, o tamanho de uma folha por exemplo, os animais poderiam parecer esta aleatoriamente distribuídossobre a arvore como um todo. Em um espaço utilizado pelo afídeo, a distribuição pode parecer mais regular, pois os indivíduos existentes em uma folha, poderiam estar evitando-se um ao outro.
Densidade media bruta- depende de como o ecólogo define o habitat..
Quanto maior a densidade maior a dispersão e a migração.
Uma força que provoca a dispersão é a competição mais intensa sofrida por indivíduos sob altas densidades e a interferência direta entre tais indivíduos mesmo na ausência de escassez de recursos: dispersão por emigração é comumente dependente da densidade.
Isso não é uma regra geral, em alguns casos é observado o padrão inverso, maior parte da dispersão em densidades mais baixas, ou dependência da densidade inversa, padrão geralmente atribuído a evitação do endocruzamento entre indivíduos aparentados.
Emigrantes e imigrantes não afetarão apenas o numero de uma população mas também podem afetar sua composição. Os dispersores em geral são indivíduos jovens, e no geral machos se deslocam mais que as fêmeas. 
O papel da migração- os movimentos de migração são quase sempre de regiões com baixa quantidade de recursos para áreas onde estes estão mais abundantes.
Fitoplancton de dia vai para a superfície, por causa da luz para fotossíntese, a noite se desloca para regiões mais profundas onde tem mais nutrientes. Os caranguejos se movimentam de acordo com as mares, pois se alimentam da matéria orgânica transportada pelas ondas. Em escalas de tempo mais longas, pastores de rebanho, deslocam para altitudes mais baixas ou altas de acordo com estação do ano, onde os recursos estão mais disponíveis para os animais. Os movimentos a longas distancias feitos por muitas aves, ligam áreas que apresentam grande abundancia de alimento, mas por período limitado. São áreas com períodos alternados de recursos, não possibilitando suportar populações numerosas residentes.
Impacto da competição intraespecífica sobre as populações 
A intensidade da competição é dependente da disponibilidade dos recursos. Indivíduos competidores que não encontram recursos de que necessitam para crescer podem morrer, enquanto os sobreviventes podem reproduzir-se mais tardiamente ou deixar menos descendentes. Como indivíduos moveis estes também podem se dispersar ou migrar para locais mais distantes.
A intensidade da competição por recursos esta muitas vezes relacionada com a densidade de uma população.
Os organismos modulares sésseis são particularmente sensíveis a competição pelo espaço entre seus vizinhos mais próximos. 
A medida que densidade aumenta a competição entre indivíduos geralmente reduz a taxa individual de natalidade e aumenta a taxa de mortalidade, efeito dependente da densidade.
Quando curvas de natalidade e mortalidade, são ditas dependentes da densidade devem apresentar padrões opostos, onde as taxas de mortalidade e natalidade igualam-se, há tendência para que a população permaneça constante no tempo. Essa densidade é chamada de capacidade suporte (K), em densidades abaixo de k os nascimentos tendem a exceder as mortes e com isso a população aumenta, em densidades acima de k, são as mortes que excedem o nascimento e a população diminui. Existe uma tendência que a densidade flutue em cima desse valor k, por influencia da competição. K é visto como uma faixa de densidade e não como um valor. 
A competição intraespecífica não mantém as populações naturais em níveis previsíveis e constante, mas pode atuar sobre uma serie de situações em vários níveis de densidade, fazendo com que a densidade varie menos sobre um determinando tempo. Pelo fato de manter a densidade dentro de certos limites, pode-se dizer que a competição intraespecífica ajuda a regular o tamanho nas populações.
Padrões de crescimento populacional
Quando as populações são esparsas e não adensadas podem crescer rapidamente. Apenas a medida que o adensamento que mudanças nas taxa de mortalidade e densidade dependentes da densidade começam a fazer efeito. As populações que estão em baixas densidades crescem pela simples multiplicação em intervalos sucessivos de tempo(crescimento exponencial) e a taxa de aumento populacional é dita intrínseca de aumento natural.
Qualquer população que tem esse tipo de crescimento poderá ultrapassar a quantidade de recursos, porem a taxa de crescimento tende a se reduzir por competição a medida que a população aumenta, chegando a zero quando a população alcança a capacidade suporte(resistência do ambiente). Vai para crescimento sigmoidal.
Padrões de historia de vida
COMPETIÇÃO INTERESPECÍFICA
Indivíduos de uma espécie sofrem uma redução na fecundidade,sobrevivência,ou crescimento como resultado da exploração de recursos ou interferência de indivíduos de uma outra espécie. Tais efeitos competitivos sobre os indivíduos provavelmente irão afetar as dinâmicas populacionais das espécies em competição. Estas, por sua vez, podem influenciar as distribuições das espécies e suas evoluções. As distribuições e as abundancias das espécies, certamente, determinam, as composições, das comunidades das quais fazem parte. A evolução, por sua vez, pode por si influenciar as distribuições e dinâmicas das espécies.
Competição entre diatomáceas Asterionella formosa, quando cultivada isoladamente em meio de cultura, estabelece uma população estável e mantem o recurso(silicato) em nível constante e baixo.Quando Synedra ulna é cultivada sozinha, acontece o mesmo, porem ela mantém o silicato em nível ainda mais baixo. Quando cultivadas juntas, em duas repetições, S.ulna leva A.formosa à extinção. Exploradores mais eficazes dos recursos limitantes excluem os menos eficazes, pois consome o recurso de tal modo que não será o suficiente para a outra espécie sobreviver
Vantagem competitiva determinada por comportamento agressivo dependente da temperatura, em peixes salmonideos morfologicamente similares e aparentados.
Em riachos onde uma das espécies não esta presente, a outra expande sua distribuição. A temperatura da água, tem consequências profundas na água aumentando a jusante.Em riachos de laboratório, temperaturas mais altas levaram a aumento da agressividade de ambas as espécies, quando testadas isoladamente. Mas para S.malma esse efeito foi invertido, quando estava na presença de S.leucomaensis, sendo impedidos de entrar nos locais de melhor forrageio. Além disso, quando isoladas, a taxa de crescimento de ambas não foi influenciada pela temp. mas quando as duas espécies estavam presentes, o crescimento de S.malma diminuiu com aumento de temp. enquanto de S.leucomaenis aumentou, de tal forma que superou grandemente crescimento da outra espécie. 
Limitealtidunial inferior de Salvelinus malma nos riachos japoneses devido competição mediada pela temperatura, favorecendo Salvelinus leucomaenis : os indivíduos desta espécie foram mais agressivos, forragearam mais eficazmente e cresceram mais rápido.
Observações gerais
Espécies em competição coexistem numa dada escala espacial, mas apresentam distribuições diferente, quando consideradas numa escala de resolução mais fina. Ex: 
As espécies são com frequência excluídas por competição interespecífica dos locais onde poderiam existir perfeitamente bem, caso não houvesse esse tipo de competição. As espécies excluídas tem seus nichos comtemplados nesses locais, porem quando os indivíduos competidores estão presentes a zona desta espécie não proporcionada m nicho realizado.
O nicho fundamental de uma espécie é a combinação das condições e recursos que permitam a ela existir, crescer e reproduzir, quando considerada isoladamente de qualquer outra espécie que possa prejudicar sua existência. Já o nicho realizado é a combinação das condições e recursos que permitem a ela existir, crescer e reproduzir na presença de outras espécies, especialmente competidores interespecíficos. 
Espécies em competição podem competir quando ambas são providas de nichos realizados.
Se deseja descobrir o que realmente está acontecendo em uma população natural,a natureza precisa ser estimulada a revelar seus segredos.
Coexistência de diatomáceas em competição.
Coexistência de aves em competição.
Coexistência de roedores e formigas em competição. Embora coexistam no mesmo habitat competem interespecificamente.
Coexistência não ocorre só em espécies taxonomicamente relacionadas, mas nas que não são aparentadas também, e não apenas em pares como também em grupos maiores.
Principio da exclusão competitiva ou principio de Gause
Se duas espécies competidoras coexistem em um ambiente estável, então elas o fazem como consequência da diferenciação de nichos, isto é, diferenciação de seus nichos realizados. Utilização dos mesmos recursos mas de forma diferente.
Entretanto, se não existe tal diferenciação ou se ela for obstruída pelo habitat, então um dos competidores irá eliminar ou excluir o outro.
A diferenciação de nicho não prova que existem competidores em coexistência. As espécies podem não estar competindo e podem nunca tê-lo feito em sua historia evolutiva. 
Embora as espécies, possam não estar competindo atualmente, seus antecessores poderão tê-lo feito, de modo que a marca da competição interespecífica tenha ficado registrada nos nichos, comportamento ou morfologia de seus descendentes atuais.
Heterogeneidade ambiental- os ambientes são geralmente uma fragmentação de hábitats favoráveis e desfavoráveis. Manchas são muitas vezes disponíveis apenas temporariamente, geralmente aparecendo em tempos e locais não previsíveis. Sob tais condições variáveis, só raramente a competição pode seguir seu curso e o resultado não pode ser previsto simplesmente pela aplicação do principio da exclusão competitiva.Uma espécie que é fraca como competidor num ambiente constante, pode por exemplo, ser eficiente na colonização de clareiras em um habitat, criadas pelo fogo, tempestade, ou casco de uma vaca no lodo. Competição interespecífica não ocorre em isolamento, mas sob a influência e dentro das restrições de um mundo fragmentado, temporário ou imprevisível.
Ex: mexilhões, algas e frequência de formação de clareiras.
Duas espécies podem ter distribuições agregadas independentes do habitat disponível. Então os poderes de um competidor superior seriam direcionados principalmente contra os membros de sua própria espécie (nos agrupamentos com maior densidade), mas este competidor superior agregado estaria ausente de muitas áreas, nas quais o competidor inferior poderia escapar à competição. Um competidor inferior poderia, então ser capaz de coexistir com um competidor superior que o excluiria rapidamente de um ambiente homogêneo e continuo.

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