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Apresentação 1 - A cor da cultura

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Caderno 1: MODOS DE VER
Grupo: Ana Clara Porto, Angela Souza, Bruno Sousa, Edinir Junior e 
O PROJETO
A Cor da Cultura é um projeto educativo de valorização da cultura afro-brasileira;
O projeto teve seu início em 2004;
Realiza produtos audiovisuais;
Ações culturais e coletivas que visam práticas positivas;
Seu principal objetivo é a criação de práticas pedagógicas inclusivas.
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PROGRAMAS 
Heróis porque quebraram barreiras, que venceram apesar dos enormes obstáculos enfrentados, que lutaram por uma vida melhor para todos.
 
Tem o objetivo de incentivar a leitura e levar para crianças e educadores de todo o país lendas e contos africanos e afro-brasileiros, bem como a produção dos principais autores e ilustradores nacionais.
Disponibiliza todo o material necessário para o desenvolvimento de uma educação com caráter libertador.
Mostra a iniciativa de pessoas, a maioria anônima, que arregaçam as mangas pelo bem do próximo.
Todas as religiões do mundo tentam explicar os grandes mistérios da humanidade: De onde viemos? Quem somos? Para onde vamos?
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INSTITUIÇÕES
Nove instituições (ONGs, universidades, fundações, institutos etc), através de um edital público realizado no início de 2010, foram selecionadas para serem os formadores das redes de ensino utilizando o Kit A Cor da Cultura.
AÇÃO EDUCATIVA; 
ACEAA; 
CEAP; 
FUNDEP; 
GELEDÉS – INSTITUTO DA MULHER NEGRA;
IJC – INSTITUTO DE JUVENTUDE CONTEMPORÂNEA; 
INDEC; 
NEAB/UFU; 
N’ZINGA
VALORES CIVILIZATÓRIOS ÁFRO-BRASILEIROS
Um olhar sobre a diversidade 
Um olhar sobre a diversidade 
Diferenças: compreender a diferença como diversidade e trabalhar em torno do binômio informação-educação, entendendo que ele representa mais do que produzir bons conteúdos culturais para a televisão. 
Vivendo num país em que quase metade da população é afro-descendente.
Vale ressaltar que a desigualdade não se reflete apenas nos indicadores sociais ou nos desníveis de renda: essa é a expressão mais evidente do racismo. Ela evidencia uma estrutura cultural e social que acaba por mascarar uma discriminação mais profunda: a desvalorização, desumanização e desqualificação, ou o não-reconhecimento simbólico das tradições, saberes e fazeres do povo afro-descendente.
O primeiro passo para mudar esse quadro é o entendimento de que há, sim, uma discriminação racial. 
Para fugir desse roteiro tradicional, promover de fato a inclusão do negro no conteúdo dos veículos de comunicação e evitar a chamada desqualificação de sua identidade cultural, que o projeto A Cor da Cultura ganhou forma.
Aprendizes de corpo inteiro
Se faz necessário o uso de todos os sentidos para perceber a presença negra/africana em nossa vida, em nosso entorno, em nosso próprio corpo.
Precisamos visualizar as desigualdades na forma pela qual a sociedade se organiza quanto ao acesso a educação, saúde, segurança pública e a outros direitos básicos.
Os negros hoje formam a maior parte da população hoje privada do acesso a serviços públicos, aos empregos de qualidade, dos que sofrem com a pobreza, com a violência urbana, doméstica e policial.
Segundo o relatório de desenvolvimento humano de 2004, há em torno de 500 grupos étnicos, apenas 30 países não tem uma minoria étnica e religiosa que comporte pelo menos 10% da população, estima-se que quase 900,000 de pessoas fazem parte de algum grupo discriminado em seu próprio país.
Os negros tem estado quase que à margem da sociedade quando tratamos de necessidades básicas. Alguns dados para observação:
Segundo a Pnad 2002 ( Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios), as taxas de alfabetização dos indivíduos maiores de 15 anos, 83,3%; 82,7%; 92,5%, pretos pardos e brancos.
E seguimos assim por taxas de fecundidade, mortalidade de mães em partos, acesso a medidas de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e gravidez, violência doméstica, de óbitos causados por fatores externos e homicídios. Este ultimo a maior parte por causa da criminalidade (trafico de drogas), com reflexos na educação. No censo de 2000 dos 15,3 milhões de analfabetos 9,7 eram de negros, analfabetos funcionais dos 32,7 milhões 18,8 milhões eram negros.
Papel de Alunos e Professores
A melhor de acabar com as desigualdades sociais e raciais é a EDUCAÇÃO. A atenção deve estar voltada para as instituições socializadoras como a escola, os meios de comunicação, a religião, o trabalho e a família.
Enquanto profissionais da educação devemos prestar atenção para não sermos reprodutores de discriminação ou racismo, que se da por gestos, palavras, atitudes. 
Devemos estimular a autoestima, o autoconceito e a identidade. E estar atentos aos conflitos raciais e praticas discriminatórias. 
O racismo na escola se perpetua através do material pedagógico, da atitude pejorativa, na formação da equipe escolar, minimização do ato racista
A disparidade nas consequências do racismo nas crianças.
Todas: falta de dialogo como forma positiva de contraposição de ideias, comprometimento do senso critico e ético, atitudes de competição, agressividade, hierarquia racial.
Negra: sentimento de inferioridade, inadequação social, comprometimento do potencial.
Branca: sentimento de superioridade, dificuldade de relacionamento, tendência a ser racista.
Sociedade: continuidade de ideias racistas, indivíduos racistas, continuidade das desigualdades sociais, violência escolar, subaproveitamento do potencial humano.
Medidas de combate: entendimento do processo escravagista, e da situação do negro da sociedade, tratar todas as crianças com o mesmo respeito e carinho, utilização de materiais educativos que tragam os negros e a cultura afro descendente de forma positiva, contemplar a diversidade racial. 
DESTAQUE ESTATÍSTICO
 
A classificação conforme cor ou raça divide-se em 5 categorias segundo IBGE: brancos, pardos, pretos, amarelos e indígenas, verificada pela autodeclararão.
 Os negros correspondem ao somatório das populações pardas e pretas, correspondendo a 53,6% dos brasileiros, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2014, enquanto brancos 45,5%.
ESTRUTURA TRIANGULAR BR
 
A cultura brasileira, é formada por uma estrutura triangular característica do período de colonização resultando da mescla de tradições ameríndias, europeias e africanas.
 DE SOUZA, Ellen Pereira Lopes et al. Cultura Africana e Ensino de Química: estudos sobre a configuração da identidade docente. XVI ENEQ/X EDUQUI-ISSN: 2179-5355, 2013.
 
Contudo, o que ocorre é uma supervalorização de uma determinada cultura em detrimento de outras, ficando privilegiada uma determinada região e um momento da evolução da humanidade. (D’AMBRÓSIO, 2001).
 D’AMBROSIO, Ubiratan. Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2001. 112p. (Coleção Tendências em Educação Matemática).
 
 A comunidade afrodescendente, ainda hoje, sofre com o preconceito, o descaso e a falta de oportunidades; fenômeno social esse que teve origem no contexto vivido desde a época da colonização (SILVA, 2009; CAVALLEIRO, 2001, ANDRÉ, 2008).
 
SILVA, M. L.(org.) Ciência, raça e racismo na modernidade. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2009.
CAVALLEIRO, Eliane (Org.). Racismo e anti-racismo na educação. Repensando nossa escola. São Paulo: Summus, 2001.
ANDRÉ, M. da C.. O Ser Negro - A construção da subjetividade em afro brasileiros. Brasília, LGE Editora, 2008. 268 p.
LUTAS HISTÓRICAS
 
Desde a década de 50, o Movimento Afro-brasileiro tem reivindicado a construção de representações positivas sobre sua história e imagem social., prejudicado pelo imaginário étnico-racial que valoriza raízes europeias de sua cultura e desvaloriza a religiosidade, estética, corporeidade e musicalidade africana.
 
Em 2003 foi sancionada a Lei nº. 10.639, que alterou a Lei de Diretrizes e Bases (Lei nº. 9394/1996) e tornou obrigatório o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira, no ensino fundamental e médio. Face à existência desta lei, faz-se necessário
a proposição de atividades ou estratégias de ação para viabilizar o incremento desta temática. A lei completa é um marco fundamental na história das lutas antirracismo e pela democratização do ensino.
 
Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira.
(…) Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como ‘Dia Nacional da Consciência Negra’. (BRASIL, 2003)
Segundo Munanga (2005), o desconhecimento da história e cultura africana por parte dos professores é um problema na implementação desse tema em seu saber-fazer pedagógico:
 
(...) educação é capaz de oferecer tanto aos jovens como aos adultos a possibilidade de questionar e desconstruir os mitos de superioridade e inferioridade entre grupos humanos que foram introjetados neles pela cultura “racista” na qual foram socializados (MUNANGA, 2005, p.17).
 MUNANGA, Kabengele (org). Superando o racismo na escola. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2005.
 
Nossa vivência diária está permeada por elementos da cultura oriunda da África. Fora do continente africano, o Brasil reúne o maior número de afrodescendentes. Muitas culturas africanas se relacionam e assim estabeleceram processos interafricanos de trocas, gerando um patrimônio afrodescendente rico e dinâmico.
 
INTRUMENTOS MUSICAIS: Tambor, atabaque, adufe, cuíca, berimbau e flauta.
RELIGIOSIDADE/ESPIRITUALIDADE: Umbanda, Candomblé, Quimbanda e Catimbó.
TEMPEROS: Pimentas várias, leite de coco e azeite de dendê.
VOCABULÁRIO: Moleque, caçula, quitute e maracatu.
CULINÁRIA: Vatapá, acarajé, pamonha, caruru, quiabo e chuchu.
MÚSICA: Samba, jongo, maracatu, congada, lundu e capoeira.
REIS, João José e SILVA, Eduardo. Negociações e Conflito; a resistência negra no Brasil escravista. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
 
DEBATER RELAÇÕES RACIAIS, UM DESAFIO
 
Aprender questão racial, é esforço coletivo - Luciene Nascimento:
 
“Sociedade é construção e o racismo é o cimento:
componente estrutural
provedor fundamental
do interior e acabamento.”
 
“Tem que haver desconstrução
porque tentar sugar cimento
sem romper a estrutura
é como por atadura
em anos de adoecimento.”

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