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4ª aula prática
CONSERVAÇÃO DO SOLO E 
ÁGUA
Locação de terraços em nível e 
em gradiente
G
r
u
p
o
 
Grupo de 
resistência
à erosão
Principais atributos dos solos Índice K
profundidade permeabilidade Textura Razão
textural
Grupos de solos
A Alto Profundo (1 a 2 m)
a Muito profundo (>
2 m)
moderada/rápida a
rápida/rápida
Média/média
m.argilosa/m.argilosa
argilosa/argilosa
< 1,2 Maioria dos
Latossolos da
região sudeste e
Centro Oeste e
neossolos
quartzarênicos
1,25
B Moderado Profundo (1 a 2 m) moderada /rápida
rápida/rápida
Arenosa/arenosa
Arenosa/média
Arenosa/argilosa
1,2 a 1,5 Alguns
latossolos
Alguns
1,10
Índices K de acordo com os atributos e resistência à erosão de diferentes 
agrupamentos de solos para uso na equação de Bertolini et al. (1993). 
Arenosa/argilosa
Média/argilosa
Argilosa/m.argilosa
Alguns
argissolos
Alguns
nitossolos
C Baixo Moderadamente
Profundo (0,5 a
1m) a profundo (1 a
2 m)
Lenta/moderada
rápida/moderada
lenta/rápida
> 1,5 Alguns
argissolos
Alguns
nitossolos
0,90
D Muito
baixo
Raso (0,25 a 0,5
m) a
Moderadamente
Profundo (0,5 a
1m)
rápida/moderada
lenta/lenta
Muito variável Muito
variável
Maioria dos
Cambissolos e
neossolos
litólicos
0,75
Grupo Culturas Índice
1 Feijão, mandioca e mamona 0,50
2 Amendoim, arroz, algodão, alho, cebola, girassol e fumo. 0,75
3 Soja, batatinha, melancia, abóbora, melão e leguminosas. 1,0
Grupos de culturas e seus respectivos índices para uso na
equação de Bertolini et al. (1993).
4 Milho, sorgo, cana-de –açúcar, trigo, aveia, centeio, cevada, outras culturas de inverno e
frutíferas de ciclo curto como abacaxi
1,25
5 Banana, café, citrus,e frutíferas permanentes 1,50
6 Pastagens e ou capineiras 1,75
7 Reflorestamento, cacau e seringueira 2,00
Grupo Preparo primário Preparo secundário Índice
1 Grade aradora (ou pesada) ou
enxada rotativa
Grade niveladora 0,50
2 Arado de discos ou aiveca Grade niveladora 0,75
Grupos de preparo do solo e manejo de restos culturais com seus respectivos
índices para uso na equação de Bertolini et al. (1993).
3 Grade leve Grade niveladora 1,0
4 Arado escarificador Grade niveladora 1,50
5 Não tem Plantio sem revolvimento do
solo, roçadeira, rolo faca,
herbicidas (plantio direto)
2,0
Locação de terraços em nível: usando o espaçamento horizontal 
Pelos cálculos do espaçamento entre terraços em um determinado 
terreno chegou-se ao valor de 13,56 m para o espaçamento horizontal e 1,22 
m para o espaçamento vertical. Sugere-se a marcação no campo. 
De posse do valor do espaçamento horizontal, na linha de maior declive 
do terreno (figura 14) deve-se a partir do ponto mais alto, marcar a metade do 
espaçamento horizontal. Por questões de segurança a primeira marcação deve 
ser feita com a metade do valor calculado. Os demais pontos serão 
determinados medindo o espaçamento horizontal até o final do comprimento 
da rampa.
Usando o Nível de Borracha;Usando o Nível de Borracha;
Coloca-se uma haste no ponto 1. Com a outra haste procura-se um outro 
ponto a 10 metros do ponto 1, deslocando para cima ou para baixo, de tal 
modo que a leitura no nível d’água nas duas hastes seja a mesma. Este ponto 
deve ser marcado com uma estaca. A seguir desloca-se a haste da posição l 
para a posição 3 (10 m do ponto 2) de tal modo que a leitura no nível d'água 
seja a mesma. É importante observar que a haste da posição 2 fica fixa. 
Localizado o ponto em nível da posição 3, esta agora é que deve ficar fixa, 
deslocando-se a haste da posição 2 até encontrar outro ponto que dê a 
mesma leitura (pontos em nível), e assim .sucessivamente, Terminada a 
primeira linha em nível, procede-se de maneira semelhante para as outras 
linhas.
OBS: SUPOR EH entre terraços = 13,56 m. Lembrar que o primeiro terraço deve ser 
locado com a metade do espaçamento
USANDO O NÍVEL DE BORRACHA
OBS: Na marcação as estacas devem possuir ponta.e ter um metro de comprimento.
Usando o Nível ótico ou de Engenheiro
Assenta-se o aparelho em um ponto onde se é permitido fazer 
o maior número de visadas possíveis. A seguir nivela-se o 
aparelho e visa o ponto l. Fazer a leitura no fio médio da mira que 
está colocada no ponto 1.
A seguir o mireiro deve se deslocar 10 a 20 metros 
perpendicularmente ao sentido do declive, objetivando marcar o 
ponto 2. O operador sinaliza com os braços para que o mireiro ponto 2. O operador sinaliza com os braços para que o mireiro 
desloque para cima. ou para baixo no terreno, até obter-se a 
mesma leitura do ponto l. Bater neste ponto uma estaca. 
O mireiro desloca então para a posição 3 repetindo todas 
operações anteriores até o final da linha em nível.
Terminando a primeira linha em nível procede-se de maneira 
semelhante para as outras linhas.
Figura 18. Locação de terraço usando o nível de engenheiro.
Fazendo a locação dos terracos com o nível ótíco ou de Engenheiro, mas 
com base no espaçamento vertical e usando o exemplo do ítem 3.1.1 temos:
Assentado o nível em um ponto l que permita fazer o maior número de 
visadas possível. Após isto deve-se nivelar o aparelho e visar o ponto mais alto 
do terreno (exemplo de leitura no fio médio igual a 1,0m). Por questões de 
segurança é recomendado somar a esta leitura a metade do EV: como o EV do 
exemplo era 1,22m e o primeiro terraço deve ser locado com a metade do 
espaçamento temos:
(1,0 + 0,61 = 1,61)(1,0 + 0,61 = 1,61)
O valor de 1,61 será a leitura de todas as estacas da primeira curva em 
nível. As leituras da segunda curva em nível serão obtidas somando a leitura 
da curva anterior (1,61 m) com o EV (l,22m), assim temos: 1,61 + 1,22= 
2,83m, que será a leitura de todas as estacas da segunda curva em nível.
As leituras da terceira curva em nível serão obtidas somando a 
leitura da curva anterior (2,83m) com o EV( l,22m), assim temos: 2,83 + 
1,22= 4,05m, que não poderá ser lido na mira, pois esta tem 4,0 m de 
comprimento. 
Desta forma se faz necessário mudar o aparelho para a posição 
2, assentando-o e nivelando-o. Na sequência deve-se visar uma 
estaca anteriormente conhecida,que será a visada de Ré (O, 
50m). A esta, somar o EV (l ,22m). Dessa forma temos: 
0,50+1,22=1,72m que será a leitura de todas as estacas da 
terceira curva em nível. Considerando que não há possibilidade 
de visar a terceira estaca da terceira curva da posicão 2, proceder de visar a terceira estaca da terceira curva da posicão 2, proceder 
a mudança do aparelhlo para a posição 3 e fazer nova leitura de 
Ré (0,70m) em uma estaca anteriormente conhecida, após estar 
o aparelho nivelado. Como queremos continuar a locar a mesma 
curva, faz-se necessário manter a leitura de Ré (0,70m) em todas 
as outras estaças .
Se for necessário, locar mais curvas em nível, proceder de 
maneira semelhante ao descrito anteriormente.
Figura 19. Esquema de Locação de terraço usando o nível de engenheiro.
Locação de terraços em gradiente: O gradiente dos terraços refere-
se à inclinação do canal, responsável pelo escoamento seguro da água 
no mesmo. O gradiente pode ser constante ou progressivo.
O gradiente é constante quando a inclinação é a mesma ao 
longo de todo o canal, ou seja, não sofre variação ao longo do terraço. 
Esse gradiente não deverá ser muito elevado, a ponto de permitir 
velocidade de escoamento acima da velocidade crítica de arraste de 
partículas do solo (Tabela 9). Velocidades acima da crítica podem 
causar erosão no fundo do canal do terraço. O gradiente de 0,3% (3 por causar erosão no fundo do canal do terraço. O gradiente de 0,3% (3 por 
mil), como gradiente constante, é razoável para a maioria das situações 
de solos. Gradientes muito menores que0,3% não possibilitam bom 
escoamento do excedente de água. 
O gradiente é progressivo quando a inclinação no canal do 
terraço aumenta ao longo do mesmo. O desnível no canal inicia-se em 
0% (canal em nível) e aumenta gradativamente, a intervalos regulares, 
com o aumento do comprimento do terraço (Tabela 6).
Tabela 6. Gradiente progressivo para terraços de drenagem. 
Comprimento do terraço (m) Gradiente
0 – 100 Em nível
100 – 200 0,1%
200 – 300 0,2%
300 – 400 0,3%
400 – 500 0,4%
500 – 600 0,5%
> 600 Divisão de águas
O comprimento de terraços com gradiente não deve exceder a 600 metros. 
Terraços muito longos podem apresentar erosão no fundo do canal, dado o 
acúmulo de volume e energia da enxurrada ao longo do mesmo. Os sistemas 
IMPORTANTE
acúmulo de volume e energia da enxurrada ao longo do mesmo. Os sistemas 
de terraços em gradiente exigem, como complemento, um canal para 
escoamento do excesso de água dos terraços, de forma segura, até a parte 
mais baixa do terreno. Estes canais escoadouros podem ser naturais ou 
artificiais como já foi apresentado e serão dimensionados posteriormente. 
Exemplo: SUPONDO EV = 3,34 m
Locação de terraços em gradiente constante:
Aparelho a ser usado Nível ótico
Gradiente constante 0,3%
Instala-se, inicialmente, o nível em um local que permita fazer o maior 
número possível de visadas, permitindo também visar o ponto mais alto do 
terreno. A seguir, nivela-se o aparelho e visa-se o ponto mais alto do terreno terreno. A seguir, nivela-se o aparelho e visa-se o ponto mais alto do terreno 
(leitura no fio médio igual – Ex: 0,15m). Soma-se a essa leitura, por questão 
de segurança, a metade do EV, 0,15 + 3,34/2 = 1,82m, que será a leitura da 
primeira estaca da primeira curva. Considerando o gradiente constante 0,3%, 
e distância entre estacas igual a 10m, tem se:
100m ------------------------------------ 0,3m
10m --------------------------------------- x
x = 0,03m (3 cm)
Assim, as leituras da estacas seguintes serão acrescidas de 0,03m 
no sentido do canal escoadouro (1,82m; 1,85m; 1,88m; etc.).
A leitura da primeira estaca da segunda curva será obtida somando-se o 
valor de EV (Ex: 3,34m) a leitura da primeira estaca do terraço anterior. 
1,82 + 3,34 = 5,16m, que não mais poderá ser lida na mira, pois esta tem 
4,0m de comprimento. Muda-se o aparelho para uma segunda posição de 
onde se possa visar a primeira estaca (de preferência uma leitura baixa). 
Nivela-se o aparelho e visa-se a primeira estaca da primeira curva, que 
será a visada de ré (Ex: 0,20m). À esta leitura soma-se o EV (3,34m). 
Assim, tem-se: 0,20 + 3,34 = 3,54m, que será a primeira leitura da 
segunda curva.
As demais estacas da segunda curva são obtidas somando-se 0,03m 
(3,57; 3,60; 3,63, etc.).
Se nesta curva o valor lido ultrapassar os 4,0 metros, muda-se o aparelho
para uma terceira posição e faz-se nova leitura de ré (Ex: 0,10m) na estaca
anterior, após estar o aparelho nivelado, adicionando 0,03m (3cm) à leitura
anterior (0,13; 0,16; 0,19; 0,22; etc.). Se for necessário locar mais curvas,
procede-se de maneira semelhante.
Locação de terraços em gradiente progressivo:
Nível ótico: Instala-se o nível uma posição que permita fazer o maior 
número possível de visadas. A seguir nivela-se o aparelho e visa-se o ponto 
mais alto do terreno (leitura no fio médio – Ex: 0,25m). Soma-se a essa leitura, 
por questão de segurança, a metade do EV, 0,25 + 3,34/2 = 1,92m, que será a 
leitura da primeira estaca da primeira curva. Considerando o gradiente 
progressivo, tem-se:
De 0 a 100m em nível leituras 1,92m.De 0 a 100m em nível leituras 1,92m.
De 100 a 200m: 0,1% - soma-se 1 cm por estaca
De 200 a 300m: 0,2% - soma-se 2 cm por estaca
De 300 a 400m: 0,3% - soma-se 3 cm por estaca
De 400 a 500m: 0,4% - soma-se 4 cm por estaca
De 500 a 600m: 0,5% - soma-se 5 cm por estaca
Para locação das demais curvas, proceder como na locação do terraço 
com gradiente constante.

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