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WEBS 1, 2, 3, 4 DIREITO PENAL

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ESTÁCIO 2017.2
MATÉRIA / TURMA: Direito Penal II – CCJ0032
DOCENTE: Tuany Sande
DISCENTE / MATRÍCULA: Anderson Oliveira – 201707219681
WEB AULA 01
CASO CONCRETO: Leia o caso concreto abaixo e responda às questões formuladas com base nas leituras indicadas no plano de aula e pelo seu professor.
CARLOS, funcionário público de um determinado Ente Federativo, auxiliado por seu irmão SÉRGIO, vendedor autônomo, no dia 14 de janeiro de 2016, apropriou-se, em proveito de ambos, de alguns Notebooks pertencentes à repartição pública em que se achava lotado, os quais eram utilizados,
diariamente, para a realização de suas tarefas administrativas. Levado o fato ao conhecimento da autoridade policial, instaurou-se o competente inquérito, restando indiciados CARLOS e SÉRGIO, sendo o primeiro como incurso no art. 312, caput, e o segundo no art. 168, ambos do Código Penal. Pergunta-se: Está correta tal classificação?
Sim, pois, tratando-se de co-autoria não se é admissível em crimes de mão-própria, como é o caso de peculato.
Nos crimes de mão-própria somente o agente que possui a qualidade ou condição especial pode ingressar no núcleo do tipo penal por serem crimes de atuação pessoal.
Neste sentido, ROGÉRIO GRECO:
" [...] Da mesma forma que, como regra, não se admite em infrações penais dessa natureza a autoria mediata, também deverá ser afastada a possibilidade de co-autoria. Isso porque, por se tratar de infrações personalíssimas, não há a possibilidade de divisão de tarefas. O delito portanto, só pode ser realizado pessoalmente pelo agente previsto no tipo penal." 
Portanto, Sérgio deverá responder pelo núcleo do tipo penal previsto no art. 168/CP, como prevê o inquérito instaurado no caso hipotético.
QUESTÕES OBJETIVAS
1) A respeito do concurso de pessoas, assinale a opção correta. (TRE-PI 2016 / CESPE)
a) As circunstâncias objetivas se comunicam, mesmo que o partícipe delas não
tenha conhecimento.
b) Em se tratando de peculato, crime próprio de funcionário público, não é possível
a coautoria de um particular, dada a absoluta incomunicabilidade da circunstância
elementar do crime.
c) A determinação, o ajuste ou instigação e o auxílio não são puníveis.
d) Tratando-se de crimes contra a vida, se a participação for de menor importância, a pena aplicada poderá ser diminuída de um sexto a um terço.
e) No caso de um dos concorrentes optar por participar de crime menos grave, a ele
Será aplicada a pena referente a este crime, que deverá ser aumentada mesmo na
hipótese de não ter sido previsível o resultado mais grave.
2) Sobre a participação em sentido estrito, é correto afirmar que: (Polícia Civil - PA /2016)
a) Adota-se, no Brasil, a teoria da acessoriedade máxima.
b) O auxílio material é ato de participação em sentido estrito, ao passo em que a
instigação é conduta de autor.
c) Assume a condição de participe aquele que executa o crime, salvo quando adotada
a Teoria subjetiva.
d) Não há participação culposa em crime doloso.
e) Na teoria do domínio do fato, participa é a figura central do acontecer típico.
ESTÁCIO 2017.2
MATÉRIA / TURMA: Direito Penal II – CCJ0032
DOCENTE: Tuany Sande
DISCENTE / MATRÍCULA: Anderson Oliveira – 201707219681
WEB AULA 02
Caso Concreto:
“SÃO PAULO - Uma farmácia foi assaltada quatro vezes pelo mesmo ladrão em São Carlos, a 229 km da capital paulista. Nesta quinta-feira, ele foi preso. As câmeras de segurança da farmácia gravaram a ação. O vídeo mostra o assaltante chegando à farmácia e pedindo um xarope à atendente. Em seguida, ele anuncia o assalto com uma faca e pede todo o dinheiro no caixa. Ele fez dois assaltos seguidos à farmácia: na manhã de quarta-feira e nesta quinta-feira. O cara virou meu sócio. Todo dia ele vem sangrar meu caixa. Eu não agüento mais - desabafou o dono da farmácia, Paulo César Castilho. Atos Henrique Pinto, de 26 anos, acabou preso.” (Fonte: Jornal O Globo, 08/04/2011). Analisando a reportagem acima, podemos dizer que Atos responderá pelos crimes de roubo, em qual modalidade de concurso de crimes? Explique, inclusive se haverá exasperação ou cumulação das penas.
Analisando o caso hipotético acima, é possível afirmar que Atos será enquadrado na modalidade de Crime Continuado de acordo com Art. 71/CP. Neste sentido haverá o método da Exasperação aplicando-se apenas uma só pena, pois, em regra, crimes com a mesma pena aplica-se só uma delas sendo que o legislador aumentará sua pena de 1/6 a 2/3. Vejamos:
Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subseqüentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços.
 
Questão objetiva 
Assinale a opção correta, no que se refere ao concurso de crimes. 
a) Não se admite a suspensão condicional do processo se a soma da pena mínima com o aumento mínimo de um sexto for superior a um ano.
 b) Não se aplica a continuidade delitiva quando os delitos atingirem bens jurídicos personalíssimos de pessoas diversas, segundo o entendimento do Supremo Tribunal Federal. 
c) O Supremo Tribunal Federal admite a continuidade delitiva entre os crimes de furto e roubo.
d) Configura-se concurso material a ação única lesiva ao patrimônio de diversas pessoas.
 e) Conforme o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, não se aplica o princípio da consunção entre os crimes de falsidade e estelionato, por se tratar de caso de aplicação do concurso formal.
ESTÁCIO 2017.2
MATÉRIA / TURMA: Direito Penal II – CCJ0032
DOCENTE: Tuany Sande
DISCENTE / MATRÍCULA: Anderson Oliveira – 201707219681
WEB AULA 03
Caso concreto
O Juiz da Décima Vara Criminal da Comarca da Capital do RJ condenou ANACLETO a uma pena privativa de liberdade que foi substituída por uma pena restritiva de direitos de perda do seu automóvel Gol, ano 2010 (CP, art. 43, II), que fazia parte de seu considerável acervo patrimonial. Em fase de Execução da Pena, ANACLETO vem a falecer, ocasião em que o Estado vem a se habilitar em seu inventário judicial. Em defesa, ANATÉRCIA, viúva de ANACLETO, sustentou a inconstitucionalidade da referida atividade estatal trazendo como fundamento constitucional que a pena estaria passando da pessoa do condenado. Considerando a situação hipotética, indaga-se se assiste razão à defesa de ANATÉRCIA e qual (is) o(s) princípio(s) a ser(em) invocado(s)? 
Em observância ao caso hipotético supracitado, é possível afirmar que não houver qualquer violação aos princípios constitucionais. Uma vez que a sentença penal condenatória com trânsito em julgado em face de Anacleto foi mensurada, a perda do bem está no limite do espólio do falecido. Com relação ao Princípio da Transcendência citado por Anatércia é possível verificar que o mesmo só será violado no caso de a condenação atingir consequentemente terceiro, ou seja, que haja substituição do polo passivo da condenação. Ainda assim, neste mesmo princípio é explícito que no caso de reparação de danos ou perda de bens poderá haver extensão aos sucessores. Analisemos:
Art. 5º/CF
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;
Tendo em vista o exposto acima é correto afirmar que Anatércia não terá razão quanto a defesa apresentada. 
Questões objetivas
 
1)São Princípios da pena criminal, exceto: 
a) Humanização. 
b) Individualização. 
c) Intransmissibilidade.
d) Evitabilidade. 
2) No que se refere à teoria da pena, assinale a assertiva correta: 
a) o Brasil adotou a teoria absoluta. 
b) a prevenção geral é direcionada ao criminoso
 c) a prevenção especial é direcionadaà sociedade 
d) o Brasil adotou a teoria eclética
ESTÁCIO 2017.2
MATÉRIA / TURMA: Direito Penal II – CCJ0032
DOCENTE: Tuany Sande
DISCENTE / MATRÍCULA: Anderson Oliveira – 201707219681
WEB AULA 04
CASO CONCRETO
JONATAS, 28 anos, aproveitando-se do caos que se instalou no Estado do Espírito Santo, por conta da manifestação de greve da polícia militar, subtraiu de um grande estabelecimento empresarial varejista, na cidade de Vitória, uma televisão de 40 polegadas. Sua atividade ilícita foi filmada por câmeras da Prefeitura e passada em Programa Jornalístico de grande audiência nacional. O jovem, envergonhado perante seus familiares, deliberadamente no dia seguinte devolve a res furtiva, sendo processado criminalmente pelo seu ato. O Juiz, no momento da aplicação da penal criminal, entendendo que ao caso concreto nenhuma pena seria necessária ao réu, considerando a vergonha que este passou, deixou de aplicar a pena tendo em vista que o CP, no seu art. 59 preconiza que o juiz estabelecerá conforme seja “necessário” e “suficiente” para reprovação e prevenção do crime. Considerando o caso acima, aponte, fundamentadamente, a legalidade da decisão judicial.
Analisando o caso hipotético é visto que a decisão do juiz foi equivocada. Uma vez que o réu se arrependeu do ato ilícito e reparou o dano causado, teria que a autoridade fazer a mensuração da pena de Jonatas aplicando uma das causas de atenuação na pena base, mais precisamente os arts. 16 e 65, III B/CP. 
Ainda assim, não há em nosso Código Penal uma extinção de punibilidade (art.107/CP) ou perdão judicial (art. 168 - A/CP) para os crimes de furto. 
Neste sentido, uma vez que se constate a prática de crime, não pode o juiz deixar de aplicar a sanção penal (Iderrogabilidade). Vejamos: 
"Constatada a prática delitiva, a pena deve ser aplicada. A pena deve atingir sua eficácia, e para isso é necessária a responsabilização do agente pelo crime cometido. O Estado-juiz não pode deixar de aplicar e executar a pena ao culpado pela infração penal, com apenas uma exceção: o perdão judicial (art. 121, parágrafo 5º do CP)."
Tendo em vista o exposto acima, mesmo o réu se arrependendo posteriormente da prática do delito e devolvendo a res furtiva, não poderá o juiz se eximir de aplicar a sanção a ele cabível. Poderia o Exmo. aplicar a pena de Jonatas atenuando de 1 a 2/3. 
 
QUESTÕES OBJETIVAS 
1) Na reincidência: 
a) O Brasil adotou o sistema da perpetuidade. 
b) O tratamento se assemelha a maus antecedentes. 
c) O Brasil adotou a especial ou específica.
d) O Brasil adotou a espécie ficta. 
2) Um réu reincidente:
 a) é possível ter inicialmente seu regime prisional semiaberto, desde que favoráveis as circunstâncias judiciais e sua pena seja igual ou inferior a 4 anos.
 b) não pode ter progressão de regime
 c) não poderá ter sua pena privativa de liberdade substituída. 
d) possui, necessariamente, maus antecedentes

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