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e-PING Governo Eletrônico Bruno Mazzi Michel Tadeu André Siqueira A arquitetura ePING – Padrões de Interoperabilidade de Governo Eletrônico – define um conjunto mínimo de premissas, políticas e especificações técnicas que regulamentam a utilização da Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) no governo federal, estabelecendo as condições de interação com os demais Poderes e esferas de governo e com a sociedade em geral. A e-PING tem como propósito ser o paradigma para o estabelecimento de políticas e especificações técnicas que permitam a prestação de serviços eletrônicos de qualidade à sociedade. Introdução A interoperabilidade pode ser entendida como uma característica que se refere à capacidade de diversos sistemas e organizações trabalharem em conjunto (interoperar) de modo a garantir que pessoas, organizações e sistemas computacionais interajam para trocar informações de maneira eficaz e eficiente. Os recursos de informação do governo constituem valiosos ativos econômicos. Ao garantir que a informação governamental possa ser rapidamente localizada e transmitida entre os diversos órgãos públicos, mantidas as obrigações de privacidade e segurança, o governo auxilia no aproveitamento máximo deste ativo, melhorando a prestação de serviços públicos no país. O que é Interoperabilidade? “Intercâmbio coerente de informações e serviços entre sistemas. Deve possibilitar a substituição de qualquer componente ou produto usado nos pontos de interligação por outro de especificação similar, sem comprometimento das funcionalidades do sistema.” (governo do Reino Unido); “Habilidade de transferir e utilizar informações de maneira uniforme e eficiente entre várias organizações e sistemas de informação.” (governo da Austrália); “Habilidade de dois ou mais sistemas (computadores, meios de comunicação, redes, software e outros componentes de tecnologia da informação) de interagir e de intercambiar dados de acordo com um método definido, de forma a obter os resultados esperados.” (ISO); “Interoperabilidade define se dois componentes de um sistema, desenvolvidos com ferramentas diferentes, de fornecedores diferentes, podem ou não atuar em conjunto.” (Lichun Wang, Instituto Europeu de Informática – CORBA Workshops); Interoperabilidade - Definições A arquitetura e-PING cobre o intercâmbio de informações entre os sistemas do governo federal – Poder Executivo e as interações com: • Cidadãos; • Outras esferas de governo (estadual e municipal); • Outros Poderes (Legislativo, Judiciário) e Ministério Público Federal; • Organismos Internacionais; • Governos de outros países; • Empresas (no Brasil e no mundo); • Terceiro Setor. Escopo Julho de 2003 – Visita do Secretário da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação/MP ao Governo Britânico para conhecer o modelo da e-GIF; Novembro de 2003 – Formação do Comitê Constituinte da e-PING; Fevereiro de 2004 – Versão preliminar da e-PING (V0); 20 de dezembro de 2004 – Publicação da versão 1 do documento de referência da ePING, com o lançamento oficial de 1º de março; 15 de julho de 2005 – Institucionalização da e-PING no âmbito do Sistema de Administração dos Recursos de Informação e Informática (SISP); Atualmente na versão v2014, de dezembro de 2013 Histórico de criação Entre as políticas gerais que norteiam os trabalhos da ePING, podemos destacar: Adoção Preferencial de Padrões Abertos Software Público e/ou Software Livre Software Público e/ou Software Livre Transparência Segurança Suporte de mercado Políticas Gerais Dimensão Técnica Alinhamento com a INTERNET Adoção de navegadores (browsers) - Escalabilidade Dimensões Dimensão Semântica Desenvolvimento e manutenção de ontologias e outros recursos de organização da informação Desenvolvimento e adoção de um padrão de modelagem de dados para Governo Desenvolvimento e adoção de uma política de disseminação de dados e informações Dimensões Dimensão Organizacional Simplificação administrativa Promoção da colaboração entre organizações Garantia à privacidade de informação Dimensões Segmentação Sistema Georreferenciado de Gestão Ambiental da Bahia – GEOBAHIA Estudo de Caso O GEOBAHIA permite consulta, integração e disponibilização de dados, possibilitando a sua aplicação na gestão ambiental do território baiano. Mantém-se em constante evolução e suas versões seguintes tiveram o apoio do Projeto Corredores Ecológicos (PCE) do Ministério do Meio Ambiente (MMA), além da parceria contínua do Numa. O que é o GEOBAHIA? A partir da consolidação dos padrões do e-PING para dados georreferenciados e da disponibilização, pelo MMA, da ferramenta I3Geo como software livre e público (http://www. softwarepublico.gov.br/); O IMA decidiu que o melhor caminho a seguir na evolução do GEOBAHIA seria a adoção daquela ferramenta pública que já era aderente aos padrões de interoperabilidade do governo eletrônico; Em razão de sua interoperabilidade baseada em padrões abertos, poderia constituir-se em ferramenta de publicação e compartilhamento de dados de uso geral no Estado da Bahia; e a capacidade do I3Geo em gerar e consumir web services representando vantagem preponderante na escolha da ferramenta. Contextualização Baseiam-se em programas livres, com código-fonte aberto: servidor de mapas MapServer + PHP/Mapscript, o Sistema Gerenciador de Banco de Dados (SGBD) PostgreSQL, com extensão espacial PostGIS, e aplicação I3Geo; O I3Geo é um aplicativo desenvolvido pelo Ministério do Meio Ambiente que incorpora funcionalidades que facilitam o acesso remoto a dados, permitindo o estabelecimento de redes cooperativas. Solução Tecnológica O GEOBAHIA, está integrado à base de dados ambientais do Sistema de Informações do Ministério Público do Estado da Bahia (Simp), via Web Service, e diretamente ligado ao banco de dados de licenciamento ambiental, florestal e fiscalização do IMA (Cerberus). Além disso, integra-se à base de dados do Projeto P2R2, relacionado ao mapeamento de áreas de risco de acidentes com produtos químicos perigosos na Bacia do Rio Paraguaçu. Solução Tecnológica Resultados O GEOBAHIA, tem como padrão, camadas georreferenciadas com os limites estaduais; os pontos nos quais existem empreendimentos com licenciamento ambiental do estado; os autos de infração emitidos pelo IMA; os procedimentos do Ministério Público da Bahia; as sedes municipais do Estado da Bahia; o sistema viário, a hidrografia e os limites municipais. Resultados O GEOBAHIA foi desenvolvido, como parceria de primeira hora entre um órgão ambiental e o Ministério Público do Estado da Bahia. Fugindo da abordagem mediana de desenvolver ferramenta com requisitos definidos apenas pelas necessidades do órgão ambiental, o sistema foi concebido visando a um horizonte amplo de integração com outras instituições estaduais, municipais e federais; Desenvolvido de forma congruente com os paradigmas de governo eletrônico, aderente às normas do e-PING e do SINIMA, o GEOBAHIA é exemplo de abordagem cooperativa entre governos estadual e federal na construção de políticas de informação de Estado. Considerações
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