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Metodo de Dosagem IPT

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1 INTRODUÇÃO
Os métodos de dosagem foram criados com o intuito de proporcionar um meio no qual haja controle sobre o produto final, isto é, obter o MPa requerido para assim dar início a obra. O fato que a heterogeneidade das matérias que compõem o concreto e seu comportamento seja no estado fresco ou endurecido, faz com que exista dificuldade nas técnicas estudas/desenvolvidas. Portanto, a proporção de matérias usados na confecção do concreto não deve ser de forma aleatória.
Seja os métodos de dosagem nacional ou internacional, todos compõem um sistema de várias etapas, podendo ser estas etapas complexas ou não. Em vista disso, o método de dosagem IPT propõe um método de várias etapas visando achar o traço de forma clara, econômica e com poucas perdas/atribuindo uma margem de perdas, utilizando a dosagem experimental como base. (HELENE, Paulo. Manual de dosagem e controle do concreto. São Paulo: Pini, 1992.)
2 METODOLOGIA
2.1 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
O procedimento experimental consiste na obtenção do traço desejado com as características desejadas através de um traço inicial, adicionando a mistura os materiais necessários para alcançar o concreto com propriedades necessárias para seu projeto. Para dar início a isso, precisa-se definir o teor de argamassa (α), a quantidade de areia (a) e agregado graúdo (p), e assim a execução dos traços. Para o cálculo de “α”, “” e “p”, segue as fórmulas:
Onde:
 = Teor de argamassa;
m = Agregado total;
Onde:
 = Areia (agregado miúdo);
p = Brita (Agregado graúdo);
Para exemplo, adotaremos o traço 1;5, a partir dele será iniciado o processo de mistura do concreto. Assim, segue as instruções abaixo: 
Começar a fazer o concreto iniciando na betoneira com um traço padrão de 1;2;3 que consiste em imprimar a betoneira. Tirar o excesso do concreto, deixando a betoneira com a abertura para baixo e em movimento, ver figura 2.1;
Figura 2.1 – Retirada do excesso de concreto.
Assim que pesar e lançar os materiais na betoneira, ver figura 2.2 à 2.4, mistura-los durante 5 minutos, com uma parada na metade para limpar as pás da betoneira. Ao final, verificar se é possível realizar o slump test;
Figura 2.2 – Pesagem do cimento que será usado na primeira mistura.
Figura 2.3 – Pesagem do agregado miúdo e graúdo juntos.
Figura 2.4 – Determinação da quantidade de água inicial.
Para a introdução do material na betoneira, deve-se obedecer a seguinte ordem: água (80%), agregado miúdo (100%), agregado graúdo(100%), cimento(100%), restante da água. Adicionar aditivo ao final de acrescentar a água (20%), caso tenha;
Após esse procedimento, é realizado o slump test para determinar a consistência do concreto, ver figura 2.5, para posteriormente realizar os acréscimos de argamassa na mistura, aumentando a quantidade de areia e cimento. O agregado graúdo permanece o mesmo;
Figura 2.5 - Slump Test(Ensaio de abatimento do tronco de cone).
Para determinar o teor ideal de argamassa é feito observações, sendo três principais: 1) Utilizar uma colher de pedreiro para passar na superfície do concreto fresco, caso haja sensação áspera, ainda não atingiu o teor ideal, ver figura 2.7. 2) Introduzir na massa a colher de pedreiro e levantar no sentido vertical, se houver desprendimento do agregado graúdo na mistura, é uma indicação que falta argamassa na mistura, ver figura 2.8. 3) Verificar se a espaços vazios, caso estejam, indica que está com falta de argamassa;
Figura 2.6 – Aspecto de superfície do concreto com teor ideal de argamassa.
Figura 2.7 – Porção de concreto retirado com colher.
Caso o concreto passe nos três pontos acima citados, isto é, apresente uma adequabilidade, realizar o slump test. Caso não atinja a faixa estabelecida, acrescentar água;
Após o ensaio de slump test, bater suavemente no tronco de cone para verificar sua queda. Caso sua queda seja homogênea, indica que o teor de argamassa está bom;
O teor final de argamassa no concreto é definido nos itens anteriores, acrescido da estimativa de perdas, que seria de 2% à 4%. Portanto, realizar uma nova mistura com traço 1;5, com teor de argamassa definitivo e determinar todas as características do concreto fresco, mostrado na figura 2.9;
Moldar sete corpos-de-prova cilíndricos para a ruptura nas idades: três dias(1 corpo-de-prova), sete dias(1 corpo-de-prova), 28 dias(2 corpos-de-prova), 63 dias(2 corpos-de-prova) e 91 dias(1 corpo-de-prova);
Figura 2.9 – Tabelas para guia do teor de argamassa ideal do traço solicitado.
2.2 DIAGRAMA DE DOSAGEM
Para poder montar o diagrama de dosagem, deve se adotar traços auxiliares. No caso do traço escolhido (1;5), adotou-se 1;3,5 como traço rico e 1;6,5 como traço pobre. Os dois novos traços devem manter fixos o teor de argamassa e o abatimento do tronco de cone, determinados no traço 1;5. Irá ser feito o estudo dos traços auxiliares assim como no traço 1;5 e preencher a tabela para poder montar o gráfico de correlação. Na figura 2.10, mostra um exemplo de tabela simples, e logo em seguida, na figura 2.11, o diagrama montado sobre essa tabela.
Figura 2.10 – Tabela de traço com suas características.
Figura 2.11 – Diagrama de dosagem.
3 CONCLUSÃO
O método IPT transcorrido neste trabalho, mostra de um cunho bem simples o jeito de dosagem de concreto. É prático e rápido, levando a uma perda de tempo menor em definir o traço. Porém, caso seja feito por alguém inexperiente pode levar a dosar um concreto com excesso ou deficiência de argamassa, e também, caso a relação de a/c seja baixa, há um consumo maior de cimento, podendo ocasionar fissuras por retração, mas por outro lado, caso a relação a/c seja alta, há pouco consumo de cimento, podendo levar a exsudação.
REFERÊNCIAS
BOGGIO, Aldo J. . Estudo Comparativo de métodos de dosagens de concreto de cimento Portland. Disponível em: < http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/12575/000628682.pdf?...1> . Acessado em: 25 de Set de 2017.
CÂNDIDO, Marcelo. Dosagem de Concreto. Disponível em: < http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/17831/material/Dosagem_met_IPT-EPUSP.pdf >. Acessado em: 25 de Set de 2017.
HELENE, Paulo. Manual de dosagem e controle do concreto. São Paulo: Pini, 1992.

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