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3.3	CICLO DE VIDA DO PRODUTO
A lâmpada fluorescente é um item comum nas residências e locais de trabalho por ser uma opção eficiente e econômica se for comparada com a lâmpada quente comum, conhecida como incandescentes. Porém, há um aspecto negativo nessa escolha, o interior das tipo fluorescentes contém mercúrio, substância muito perigosa para nossa saúde. 
Uma LF típica é composta por um tubo selado de vidro, preenchido com gás argônio à baixa pressão (2,5 Torr) e vapor de mercúrio, introduzido no tubo durante sua fabricação à baixa pressão também. O interior do tubo é revestido com uma poeira fosforosa composta por vários elementos e suas específicas concentrações em mg/kg, como mostra a tabela abaixo:
Fonte: Mercury Recovery Services, in TRUESDALE et al.
O mercúrio encontra-se num estado bastante volátil segundo a CNTP, e por isso é considerado como a única substância presente nas LF que apresenta alguma relevância ecológica. Segundo ZANICHELI, 2004, tal conclusão deve-se ao fato de que outras substâncias potencialmente perigosas estão presentes em compostos estáveis (ex. sódio em sais estáveis) ou dentro da matriz de materiais (ex. chumbo em forma de óxido na composição do vidro).
Ao longo do tempo, o Hg reage com a poeira fosforosa e seus componentes e perde eficiência. A vida útil de uma LF é de 3 a 5 anos, ou um tempo de operação de, aproximadamente, 20.000 horas, sob condições normais de uso.
A Análise de Ciclo de Vida (ACV), ou Avaliação de Ciclo de Vida, é uma ferramenta de ajuda à decisão visando a determinar as prioridades de ação diante de uma miríade de medidas possíveis. A ACV avalia os aspectos ambientais e impactos potenciais associados a um produto, levando em consideração a totalidade de fluxos de matéria e energia consumidos/gerados ao longo de todo o seu ciclo de vida, a fim de avaliar os potenciais impactos ambientais a ele associados (ISO 14040, 2006).
A análise do ciclo de vida dos produtos contém sete fases que interagem com o ambiente: entrada de matéria-prima; processamento; processo de produção; processo de embalagem; processo de transporte e distribuição; recuperação dos resíduos e produtos secundários; e administração de resíduos (KINLAW, 1997). Porém, segundo Lacerda (2009), um produto não tem o fim do seu ciclo de vida quando é entregue ao cliente, pois eles podem voltar à sua origem devido a descarte, reparos ou reaproveitamentos, o que influencia diretamente nos custos. 
3.4	LOGÍSTICA REVERSA NA EMPRESA
Como visto no capítulo 2, após a lei 12.305/10 da PNRS, a logística reversa tem sido incorporada no planejamento e na visão estratégica de muitas empresas, pois elas passam a serem responsáveis pela a destinação final adequada de seus produtos e/ou embalagens, e assim, proporcionando a diminuição dos riscos associados ao descarte inadequado das lâmpadas para/com o meio ambiente.
Segundo Leite (2000), as empresas criam novas oportunidades de lucros através da introdução das preocupações ambientais em sua estratégia corporativa, e buscam constantemente por produtos e processos de menor impacto ambiental e de acordo com o desenvolvimento sustentável. 
A lâmpada fluorescente é um tema ligado à importante preocupação ambiental devido ao seu alto teor de mercúrio, um metal reconhecidamente tóxico. Empresas maiores que as utilizam têm se adequado às legislações ambientais e as remetem, depois de usadas, a empresas habilitadas a realizar reciclagem. Já as de uso residencial são descartadas sem quaisquer cuidados ou são misturadas com os demais resíduos não inertes. (WINDMÖLLER C.C. e DURÃO Jr., 2008).
A lâmpada contendo vapor de mercúrio é considerada conforme a NBR-ABNT 10.004, resíduo classe I. Por isso, ao serem substituídas por seus usuários devem ser armazenadas em local seguro e de forma adequada, não devendo ser colocada no lixo comum, nem em aterros sanitários, pois tendo o destino inadequado poderá poluir o ar, solo, lençóis freáticos, rios, chuvas, animais e o homem, comprometendo a cadeia alimentar, e em nenhuma hipótese as lâmpadas devem ser quebradas para serem armazenadas, esse procedimento coloca em risco a contaminação por mercúrio de quem está executando, além de o local onde ele esteja por ventura sendo realizado. Caso as lâmpadas sejam quebradas acidentalmente, os resíduos deverão ser armazenados adequadamente para posterior destinação final.
3.5.1	ARMAZENAGEM DE RESÍDUOS
Os resíduos são armazenados em embalagens específicas de acordo com sua classe, atendendo à legislação vigente. De acordo com a norma NBR 12235 / 1992 junto com a NBR 10004, a armazenagem deve ser feita de modo a não alterar a quantidade / qualidade do resíduo. A armazenagem dos resíduos não perigosos é feita em coletores de diferentes cores, conforme descrito abaixo:
Lixo comum - coletor preto.
Papel e papelão - coletor azul;
Plástico – coletor vermelho;
Vidro - coletor verde;
Metais - coletor amarelo;
Toner, cartucho, pilhas e baterias – coletor especial;
Toalhas industriais para limpeza – coletor cinza.
Como o foco desse estudo são os resíduos perigosos, neste caso o mercúrio, resíduos de classe 1, serão definidos aqui os padrões que a área de armazenagem dos contêineres e tambores com esse resíduo, devem atender com base na norma NBR 12235 / 1992. 
O item 4.1.1 da norma NBR 12235 / 1992, estipula que os contêineres e/ou tambores devem ser armazenados em áreas cobertas, bem ventiladas, sobre uma base de concreto, para que impeça a lixiviação e a percolação de substâncias para o solo e águas subterrâneas. Nessa área deve haver um sistema de drenagem e captação de líquidos contaminados para que sejam tratados posteriormente. Os contêineres e/ou tambores devem ser devidamente rotulados de modo a possibilitar uma rápida identificação dos resíduos armazenados. A empresa atende à norma com relação a critérios de localização, premissas de isolamento e sinalização, iluminação e força, comunicação, acessos à área, treinamento, manuseio dos resíduos perigosos, que obrigatoriamente são feitos com o uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI), e um forte controle da poluição. De acordo com o item 5 da norma, a empresa também mantém um plano de emergência, contendo as ações que devem ser tomadas em caso de acidentes, a quem recorrer nesses casos (coordenador) e quais equipamentos de segurança existem, mostrando sua localização, descrição do tipo e capacidade.
3.5.2	LOGÍSTICA REVERSA DOS RESÍDUOS
Após o processo de reciclagem os resíduos gerados são encaminhados, perante certas determinações, para enfim seus destinos finais.
Os pedaços de vidro são limpos e testados, de modo que a concentração de mercúrio neles não exceda 1,3 mg/kg. Se estiver dentro dessas especificações, o vidro é reciclado para a fabricação de contêineres não alimentícios, na produção de asfalto e, especialmente, como esmalte para vitrificação de cerâmicas. Podendo ser reciclado infinitas vezes, sem perda de qualidade. 
O alumínio possui ótimo valor quando comercializado como sucata, porém o alumínio proveniente das lâmpadas fluorescente não pode ser utilizado na fabricação de latas de alumínio para bebidas. Assim, o valor de venda deste é relativamente baixo, em relação ao alumínio proveniente de outros resíduos.
A poeira fosforosa pode ser reutilizada como material fluorescente na produção de novas lâmpadas, como pigmento na produção de tintas.
Após um processo de sedimentação e destilação é possível separar o mercúrio do fósforo. O mercúrio é recuperado com um grau de pureza de até 99,9% e pode ser utilizado, por exemplo, na indústria química. O restante dos materiais pode ser utilizado como matéria prima para a fabricação de novas lâmpadas.
O vapor de mercúrio capturado na etapa de ruptura da lâmpada segue para o Sistema de Controle de Emissão de Gases, composto por filtros de cartucho, para retenção do particulado, e filtro de carvão ativado, que retém os vapores de mercúrio. Após a descontaminação ele apresenta alta pureza, podendo ser utilizado na fabricação de termômetro comume no ciclo produtivo de novas lâmpadas.

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