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1 Tecidos Permanentes Complexos (ref. Fundamentos de Farmacobotânica – Fernando de Oliveira, 3ª ed. Ed. Atheneu, 2009) 1) Existem três tipos de tecidos permanenetes complexos : Epiderme, Floema, Xilema. 1.1) Epiderme Proveniente do grego : epi, significa sobre, e derma significa pele. Constituído por uma camada de células vivas, sem espaços intercelulares, que reveste o corpo primário das plantas. Na epiderme encontramos anexos representados por tricomas e estômatos, e suas células, via de regra encontram-se recoberta por uma camada de cutina denominada cutícula. As células epidérmicas geralmente são tabulares, isto é, quando vistas em cortes transversais, apresentam-se alongadas no sentido tangencial Importância na Diagnose Vegetal: Quando uma droga se acha reduzida a pó ou a pequenos fragmentos, desde que a epiderme esteja presente, ela nos fornece uma série de dados que auxiliam bastante a identificação. As células epidérmicas quando vista de face, podem exibir formas diversas. Elas podem ser alongadas ou com forma aproximadamente isodiamétricas, de paredes retas, ou de paredes sinuosas. A cutícula que recobre as células epidérmicas pode assumir aspectos diversos. Ela pode ser lisa, estriada, granulosa, provida de protuberâncias ou sulcos, e sua espessura varia de uma planta para outra. As células epidérmicas da Atropa belladonna L., apresenta cutícula estriada característica , detalhe este muito importante na identificação da droga. 2 1.1.1) Estômatos Do grego stoma que significa boca. São constituídos de duas células clorofiladas e de forma aproximadamente riniforme, denominadas células estomáticas, oclusivas ou guarda. Entre estas duas células localiza-se uma célula denominada ostíolo 3 Existem alguns tipos básicos de estômatos : (fig. 7.12) paracítico → Rubiaceae (Coffea arabica), Leguminosae, Convolvulaceae diacítico → Labiatae (Mentha, Ocimum) anisocítico → Solanaceae (Atropa beladona, Datura stramonium) anomocítico → Asteraceae, Myrtacea, Lauracea actinocítico (céls. paraestomáticas radias às céls. guardas) → Anacardiaceae tetracítico (2 céls. paralelas e 2 perpendiculares às céls. guarda) ciclocítico → algumas espécies de Anacardiacea 4 1.1.2.) Tricomas (pêlos) → formações epidérmicas de formas e funções variáveis, conforme a função que desempenham podem ser classificados em: (fig. 7.13) a) tectores: proteção; uni, bi, tri ou pluricelulares; base (inclusões minerais) e corpo b) glandulares: secreção de óleos essenciais; geralmente possuem uma porção globosa em forma de cabeça. c) absorventes: absorção de água e sais minerais 1.2.) Floema → phloios = casca (fig. 7.16) - Constituição: tubos e céls. crivados; parênquima; esclerênquima a) Tubos Crivados (Angiospermas) São formados por céls. alongadas ( Elementos de tubo crivado) que se associam longitudinalmente e são providas de áreas crivadas simples. Conduzem seiva elaborada. As paredes transversais dos elementos de tubo crivado sofrem um espessamento celulósico parcial , deixando regiões de continuidades que permitem a comunicação entre elementos adjacentes chamada de Área Crivada. Revestindo internamente cada crivo existe um cilindro de calose, pelo qual passam filamentos citoplasmáticos que permitem o intercâmbio entre elementos de tubos crivados vizinhos chamados de cordões de conexão. As células companheiras são intimamente ligadas com elementos de tubos crivados, sugerindo uma interdependência entre estes elementos histológicos. O Parênquima do floema desenvolvido apresenta vitalidade e auxilia a condução de seiva no sentido horizontal da planta. As células esclerenquimáticas (fibras e escleritos) podem ter localização diversa no floema secundário, aparecendo em grupos ou isoladamente. 5 6 1.3) Xilema → xilos = madeira (fig. 7.17/19) - Constituição: elementos traqueais; parênquima; fibras - Função: condução da seiva bruta; sustentação 1.3.1) Elementos traqueiais : Traqueídes e Elementos de Vasos – São células alongadas, desprovidas de protoplasma e possuidoras de parede secundária lignificada. 7
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