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Solos Final

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Centro de Ciências exatas e tecnológicas – CCEt
engenharia civil
AKEMMY MARIELLY DA SILVA
JESSICA STEPHANIE PAULISTA
LUCAS ZANIRATO
ESTRUTURAS DE CONTENÇÃO- ESCORAMENTO- SOLOS REFORÇADOS.
Londrina
2017
AKEMMY MARIELLY
JESSICA STEPHANIE PAULISTA
LUCAS ZANIRATO
ESTRUTURAS DE CONTENÇÃO- ESCORAMENTO- SOLOS REFORÇADOS
Trabalho apresentado no curso de graduação em Engenharia Civil – 8° semestre pela UNOPAR, como obtenção da nota parcial da disciplina de Mecânica dos Solos Avançados e Introdução a Obras da Terra. 
Curso de Graduação em Engenharia Civil – 8° e 9° SEMESTRE pela UNOPAR
RESUMO
Essa trabalho tem como objetivo pesquisar sobre estruturas de contenção ou de arrimo, suas especificações, para que servem, sistemas de drenagem de cada contenção e suas novas técnicas. Também falaremos sobre escoramentos, o que são e para que servem, onde são utilizadas e como são feitas. Ainda sobre os solos reforçados, como são feitos, para que são feitos e onde são utilizados. 
Sumário
1.INTRODUÇÃO	5
2.ESTRUTURAS DE CONTENÇÃO OU DE ARRIMO	6
2.1 Muro de Gravidade	6
2.2. Muro de Flexão	7
2.3. Muro de Contraforte	7
2.4 Muro Gabião	8
2.5 Muro Atirantado 	9
2.6 Sistemas de Drenagem	10
3. NOVAS TÉCNICAS 	...11
3.1 Crib Wall...............................................................................................................11
3.2 Sacos Solo Cimento .............................................................................................11
3.3 Pneus....................................................................................................................12
4. ESCORAMENTOS.................................................................................................13
4.1 Estaca Prancha ...................................................................................................13
4.2 Paredes Diafragma...............................................................................................14 
4.3 Estacas Justapostas.............................................................................................18
4.4 Estacas Secantes.................................................................................................19
5. SOLOS REFORÇADOS.........................................................................................21
5.1 Solo Grampeado...................................................................................................21
5.2 Terra Armada .......................................................................................................23
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................25
REFERÊNCIAS..........................................................................................................26
INTRODUÇÃO
Estamos falando de contenção de solos, e na área da engenharia, a contenção de solos é muito importante, pois é responsável por garantir a segurança de obras da construção civil como casas, prédios, estradas, pontes e etc.
Falaremos também de escoramentos, que é responsável na maioria das vezes pela escora de formas, mas neste caso, vamos falar de escoramentos profundos, como estacas justapostas e secantes, paredes diafragma e cortinas de estaca prancha, que são sustentações para grandes edificações. 
Ainda sobra solos reforçados, que são procedimentos que reforçam o solo para novas construções , ou ainda para fazer algum tipo de escoramento ou mais além para contenções. 
ESTRUTURAS DE CONTENÇÃO OU DE ARRIMO
São estruturas que foram projetadas a resistir cargas de terra, aguas, vigas estruturais e qualquer outro esforços que não sejam normal, ou seja, esforços de estruturas ou equipamentos que sejam adicionados a mais na estrutura. As estruturas de Arrimo são utilizadas quando se deseja manter uma diferença de nível na superfície do terreno e o espaço disponível não é o suficiente para vencer o desnível através de taludes. 
Podemos dizer que existem vários tipos de estruturas de contenção Muro de gravidade, Muro atirantado, Muro de Flexão, De Contraforte, Muro Gabião, Entre outros, mas para melhor escolha de uma estrutura devemos seguir alguns parâmetros ou critérios sendo eles:
altura da estrutura;
cargas atuantes;
condições do nível da água local;
natureza e características do solo a ser arrimado;
equipamentos e mão de obra disponíveis;
análise de custos;
natureza e características do solo de fundação;
espaço disponível para construção;
especificações técnicas especiais;
experiência e prática das equipes.
Uma estrutura de contenção deve satisfazer a quatro condições de estabilidade, das quais o deslizamento da base costuma ser a condição que mais desfavorece a estabilidade . Deslizamento da base, tombamentos, capacidade de carga e ruptura global. 
Muro de Gravidade 
São estruturas os muros de gravidade, que são assim chamados , pois a garantia da estabilidade do sistema vem do próprio peso da estrutura. Por isso, geralmente , esses muros são feitos de concreto, pois é um material que possui um alto peso específico. A estrutura pode ser formada de concreto, pedras e até mesmo outros tipos de materiais. Muros de gravidade são estruturas corridas que opõem-se aos empuxos horizontais pelo seu próprio peso. Geralmente numa altura máxima de 5 a 6 metros. 
 Figura 01: Muro de Gravidade
 Fonte: Blog do Pet Civil / Acesso em 24/05/2017
Muro de Flexão 
São estruturas em concreto armado geralmente em forma de L ou T invertido, São chamados de muros de flexão pois resistem aos empuxos de flexão. Geralmente são aplicados em aterros ou reaterros pois necessitam de peso extra. O muro de flexão conta com uma laje vertical e outra de fundo. A laje da base deve apresentar de largura entre 50 a 70% da altura do muro. Feitos geralmente de concreto armado, são mais leves que os muros de arrimo de gravidade. 
Os Muros de flexão podem ser ancorados na base com tirantes ou chumbadores (rocha) para melhorar a sua estabilidade.
 
			
Figura 02: Muro de Flexão
 Fonte: slideshare / Acesso em 24/05/2017
Muro de Contraforte
Os muros de contraforte são assim chamados, pois são parecidos com os muros convencionais, mas ao longo de sua altura possuem elementos chamados de contrafortes, como paredes de concreto construídas perpendicularmente ao muro, que aumentam a rigidez de sua estrutura. São estruturas de concreto armado, com contrafortes que aumentam a rigidez e a estabilidade do muro contra o tombamento. 
Quando se tratar da base interna, os contrafortes devem ser adequadamente armados para resistir aos esforços de tração. Quando se trata da laje externa os contrafortes trabalham para resistir a compressão. 
 Figura 03: Muro de Arrimo com Contrafote
 Fonte: Apostila Técnica - Ebah/ Acesso em 24/05/2017
Muro Gabião 
O muro gabião é assim chamado pois é formado por inúmeras gaiolas de aço que são preenchidas com pedras britadas. Funciona da mesma maneira que o muro de arrimo. Isso garante que a estrutura seja drenada e deformável. 
O Muro gabião é mais utilizado em rodovias e taludes próximos a córregos. 
As gaiolas geralmente são de aço galvanizado e produzidas em malha hexagonal com dupla torção. As dimensões mais usuais são 2 metros de comprimento e seção transversal quadrada com 1 metro de aresta. Quando se trata de muro com grandes alturas usa-se gabiões mais baixos de altura 0,5 metros, que tende a apresentar maior rigidez e elevada resistência, nas camadas inferiores, onde as tensões de compressõessão amis significativas. 
A rede que protege os gabiões apresenta resistência mecânica elevada, se ocorrer a ruptura de um dos arames, a dupla torção preserva forma e a flexibilidade da malha. O arame geralmente é envolvido por dupla galvanização e em alguns casos pode ser revestido com uma camada de PVC. Essa proteção é contra ação de intempéries e de aguas e solos agressivos. 
Uma das principais características dos muros gabiões são a flexibilidade, que permite a estrutura se acomodar a recalques diferentes e a permeabilidade. 
 Figura 04: Muro de Gabião
 Fonte: Gabiões. Com / Acesso em 24/05/2017
Muro Atirantado 
O Muro atirantado é construído em terrenos com altura de talude de 4 a 6 metros. O topo do muro é preso por meio de tirantes fixados a uma placa de ancoragem. A placa fica rigidamente fixada em uma rocha ou solo resistente, a fim que não se desloque. Atualmente o muro atirantado vem sendo substituído pelas cortinas atirantadas que apresenta maior agilidade e facilidade na sua construção. Sobre a cortina falaremos em novas Técnicas.
 
 Figura 05: Muro Atirantado Figura 06: Muro Atirantado 
 Fonte: Estudo de Caso de Muro - Ebaah / Acesso em 25/05/17 Fonte : Eip Engenharia / acesso em 25/05/17
Sistemas de Drenagem 
A maioria dos acidentes envolvendo muros de arrimo ou estruturas de contenção é devido ao cumulo de água no maciço. O cumulo de água por falta da drenagem, pode aumentar a força de empuxo. O efeito da água pode ser direto, ou indireto, o efeito direto é o de maior intensidade, podendo ser praticamente eliminado ou diminuído por um sistema de drenagem eficaz. 
Os sistemas de drenagem podem ser superficiais ou internos. Os sistemas de drenagem superficiais devem captar a agua e as conduzir até que incidam na superfície do talude, sendo que as alternativas de proteção superficial podem ser classificadas em dois grupos proteção com vegetação e proteção com impermeabilização
Não existe uma regra para a concepção de projetos desta natureza, entretanto deve-se sempre considerar a proteção vegetal como a primeira alternativa, em particular, para taludes. O plantio de arbustos, para a estabilização do solo, faz com que suas raízes formam uma ancoragem natural, existindo plantas adequadas para isso.
 Pode ser usado no projeto (canaletas transversais, canaletas longitudinais de descida (escada), dissipadores de energia, caixas coletoras, etc) 
 Figura: 05 Dispositivos de Drenagem Superficial
 Fonte : Estruturas de Contenção / Acesso em : 25/05/2017
NOVAS TÉCNICAS 
Hoje existem muitas técnicas para muros de contenções ou de arrimo, mas a cada dia as empresas vem inovando para atender melhor seus cliente e ter uma abrangência maior no mercado. Vamos citar algumas dessas novas técnicas:
Crib Wall
Estrutura moldada em forma de grade, preenchida com material granular, sempre se acomodam a recalques da fundação , permite que seja utilizado em encostas íngremes de alturas elevadas e são auto drenantes. 
Figura: 06 Muro Crib Wall
Fonte : quadrangularisms / Acesso em : 25/05/2017
Sacos de Solo- Cimento ( Rip- Rap)
Se adequa a topografia local, os sacos são preenchidos com cimentos e costurados para depois serem alocados conforme o projeto. O custo é reduzido: cerca de 60% de um muro de concreto armado, para alturas de 2 a 5 metros. E sempre há possibilidade de aplicação de vegetação. 
Figura: 07Muro de Saco Solo
Fonte : Arquiteta Responde / Acesso em : 25/05/2017
Pneus
Reaproveitamento de pneus usados, ajudando assim o meio ambiente, alta resistência e baixo custo, amarração de polipropileno que é pouco degradável, e também conta com revestimento da face externa. 
Figura: 08 Muro de Pneus 
Fonte : Estruturas de Contenção / Acesso em : 25/05/2017
ESCORAMENTOS
Vamos falar sobre alguns tipos de escoramentos. Escoramentos consiste no fornecimento, na montagem e na desmontagem de estruturas. Geralmente para a sustentação de formas, permitindo a concretagem da superestrutura da obra. Constituídas de madeira, metálica, sem deformações, defeitos irregularidades ou pontos fracos. 
Cortina de estacas Prancha 
As estacas-prancha são cortinas de contenção formadas por perfis, geralmente metálicos, justapostos e cravados no solo. 
Sendo uma solução para a contenção vertical. Em obras de infraestrutura, são aplicadas em passagens de nível em vias e rodovias, contenção para valas de rede de água e esgoto, além de proteção de acessos a túneis.
As estacas-prancha formam uma contenção impermeável e podem ser aplicadas de forma definitiva ou provisória. Para um projeto de contenção com essa tecnologia é necessário fazer uma sondagem prévia do solo. Confira detalhes do sistema:
	
Figura: 09 Cortina Estaca Prancha 
Fonte : Infra- estrutura urbana / Acesso em : 25/05/2017
Para orçamento, as estacas-prancha são usualmente dimensionadas em metros quadrados. A execução do sistema é considerada rápida, podendo atingir profundidades expressivas. Por outro lado, como ponto negativo a cravação provoca bastante ruído por conta do bate-estacas e é de difícil execução em solos duros.
Quanto a execução da contenção com estacas-prancha, os perfis são cravados no solo. Eles são intertravados por meio de ranhuras do tipo macho e fêmea, formando paredes verticais. As estacas-prancha são usualmente cravadas com equipamento bate-estacas. Quando são aplicadas de forma provisória - para escavação de fundações, por exemplo - são removidas com um equipamento vibratório suspenso por meio de uma grua, após a construção da estrutura. Nesses casos, é recomendado o uso de perfis com furos para facilitar o içamento.
O perfil das estacas geralmente são metálicas, em aço. As cortinas de contenção podem ser montadas com diferentes tipos de perfis, que possibilitam obter geometrias e características diferentes para aplicações específicas. Os mais comuns são:
Tipo AZ: tem como principal característica a mudança de posição das ranhuras de intertravamento. Por conta disso, a tensão máxima não passa pelas ranhuras, o que contribui para aumentar sua capacidade de estrutura favorecendo seu uso em obras estruturais expostas a altas pressões e/ou executadas em solos de baixa resistência.
Tipo AU: apresentam boa relação entre o módulo de elasticidade e o peso/m2. Há economia na quantidade de aço com bom desempenho de instalação.
Combinado HZ/AZ: a combinação das estacas/vigas H com os perfis AZ possibilitam atingir maiores profundidades de contenção.
De alma reta: essas estacas são planas e sua justaposição oferece pouca resistência à flexão. São projetadas para formar estruturas cilíndricas. Uma característica importante desse tipo de perfil é a capacidade de resistência à tração nos conectores. 
	
	
	
Figura: 10- Perfis de Esctacas 
Fonte : Infra Estrutura Urbana / Acesso em : 25/05/2017
Parede - Diafragma 
Paredes-diafragma são uma tecnologia de contenção de solos normalmente associada a tirantes. No entanto, nem sempre as condições de resistência do solo e de recuo de terreno em relação a construções vizinhas permite o uso de tirantes.
O processo inicia-se escavando o solo até encontrar rocha ou solo firme, onde o travamento das paredes é feito. Depois é isolado o buraco escavado com chapas-espelho metálicas e concretamos e se retira as chapas à medida que se dá a cura do concreto.
1° passo: As ferragens são preparadas em lamelas. 
Figura: 11- Lamelas 
Fonte : Equipe de obra / Acesso em : 25/05/2017
 Passo: em todo o perímetro, canaletasguia ajudam a orientar a escavação com clamshell. 	
3° passo: a escavação é feita com oguindaste clamshell. As aberturas são feitas, onde as lamelas metálicas serão inseridas. A lama retirada é depositada até secar e, depois, é levada para fora do canteiro.
	
Figura: 12- Escavação 
Fonte : Equipe de Obra / Acesso em : 25/05/2017
4° passo: as lamelas metálicas são içadas por guindaste e inseridas nos pontos escavados.
5° passo: as alças das armaduras são passadas travas de segurança que as mantêm suspensas 20 cm em relação ao fundo do buraco escavado para que o metal não toque a terra.
	
	 Figura: 13- Escavação 
 Fonte : Equipe de Obra / Acesso em : 25/05/2017
6° passo: o tubo por onde a parede diafragma será concretada é içado pelo guindaste e direcionado para o ponto central da armadura. Ele deve atingir o ponto mais profundo da escavação, uma vez que a concretagem acontece de baixo para cima.
	
Figura: 13- Escavação 
Fonte : Equipe de Obra / Acesso em : 25/05/2017
7° passo: O bocal do tubo é deixado pronto para receber o funil por onde despejará o concreto.
	
Figura: 14- Escavação 
Fonte : Equipe de Obra / Acesso em : 25/05/2017
8° passo: chapas-junta são inseridas nas laterais de cada armadura, separando umas das outras.
	
9° passo: Ao mesmo tempo, a bomba por onde circula lama bentonítica é ajustada para sugar o material expelido no fundo do buraco à medida que a concretagem avança.
A solução indicada quando é necessária escavação que ultrapasse o nível do lençol freático absorve esforços de empuxo de solo e hidrostático.
Resultados final:
Figura: 15- Resultado Final
Fonte : Equipe de Obra / Acesso em : 25/05/2017
Essa solução nada mais é do que uma parede de concreto armado, escavada com o auxílio de um clamshell, que funciona como contenção em uma escavação. Dependendo do projeto, a parede diafragma pode se valer do auxílio de tirantes ou estroncas estruturais
Temos como desvantagens o custo que é relativamente alto quando comparado com outras soluções semelhantes; o controle de qualidade do concreto deve ser rigoroso; o fato de o equipamento utilizado ser de grande porte, não cabendo em qualquer terreno. Além disso, devido ao uso de fluído estabilizante é uma obra que produz bastante barro.
As paredes diafragma são utilizadas na escavação, quando se pretende alcançar profundidades geralmente abaixo do nível do lençol freático e com certa agilidade executiva
Parede de estacas Justapostas
A execução desse tipo de contenção se faz ao longo do perímetro da obra, com execução de estacas alternadas com posterior fechamento dos intervalos. Deve ser garantida a verticalidade das estacas, para que não existam espaços vazios entre estacas sucessivas, fato que prejudicaria a escavação.
Figura: 16- Estacas Justapostas 
Fonte : Serki / Acesso em : 25/05/2017
Esse tipo de solução pode ser executada com estacas escavadas a seco, hélice contínua, estacas injetadas (tipo raiz) e até cravação de pranchas metálicas.
Parede de estacas secantes
Figura: 17- Estacas Secantes
Fonte : Infra Estrutura urbana / Acesso em : 25/05/2017
Contenções executadas com estacas secantes são indicadas principalmente para solos arenosos e com presença de água. Isso porque as estacas formam uma estrutura rígida com elevada resistência à pressão horizontal da terra e à pressão aquosa, sendo praticamente impermeável. 
Os muros podem ser construídos em locais de dimensões reduzidas e junto a estruturas já existentes. A técnica de perfuração para as estacas secantes permite a construção das paredes em condições de terreno difíceis - camadas cimentadas duras, gravilha, elementos rochosos, com diversos diâmetros e profundidades. Entre as principais diferenças desse processo, em relação ao sistema convencional de paredes-diafragma com lama bentonítica, está a possibilidade de se fazer escavações menores; de se ter a usina de concreto fora do local das escavações; utilizar equipamentos mais compactos e executar uma concretagem rápida e limpa.
Veja o passo a passo da execução de estacas secantes:
Construção das guias: Pode-se construir muros-guia em concreto não armado para a execução das estacas secantes. Eles servem para delinear o muro de contenção a ser executado e para atuar, como o nome diz, como guia das estacas.
Instalação da camisa metálica: Uma perfuratriz hidráulica pode ser utilizada para abertura de um préfuro para instalação da camisa metálica. As camisas são instaladas para execução das estacas primárias e ajudam a garantir a verticalidade da perfuração. Para permitir sua recuperação após a concretagem da estaca, a camisa metálica não deve ser apoiada no fundo da escavação.
Perfuração com circulação reversa: Uma perfuratriz hidráulica é utilizada sobre a camisa metálica para perfuração definitiva. Esse processo pode ser feito com lama bentonítica (para facilitar a escavação) e com circulação reversa - o material escavado é transportado à superfície por meio da injeção de ar comprimido para dentro da perfuração, processo conhecido como air lift.
Injeção de concreto na perfuração: As estacas secantes podem ser preenchidas com concreto ou, também, com coulis(uma mistura de bentonita, cimento e água). Deve-se sempre atentar aos coeficientes de permeabilidade das misturas. O preenchimento é lançado por um tubo tremonha, tipicamente usado em concretagens submersas. A sequência executiva das estacas começa com a perfuração e concretagem das peças não armadas, espaçadas de forma a permitir a execução posterior das estacas armadas secundárias.
Perfuração para estaca secundária: Antes da nova perfuração, a camisa metálica é removida da estaca primária já executada. Pode-se utilizar um extrator hidráulico para essa tarefa. Na perfuração para a execução das estacas armadas, é necessário cortar lateralmente as estacas primárias, já executadas, para garantir a interação total das peças alinhadas. A estaca secundária é sempre executada entre duas estacas primárias já prontas. Para que a perfuratriz consiga fazer esse corte lateral, é necessário que estacas sejam executadas com concreto com slump alto, com características especiais de plasticidade e trabalhabilidade.
Instalação da armadura e nova concretagem: Uma armadura de aço, montada especialmente para o diâmetro e o comprimento da estaca secante, é instalada na escavação destinada à estaca secundária. Depois disso, é feita a concretagem da estaca secundária, que também é preenchida por meio de um tubo tremonha.
Repetição do processo: Por fim, para completar a construção do muro de contenção com estacas secantes, a execução das estacas primárias e secundárias é repetida alternadamente. Esse ciclo é seguido até que se complete todo o perímetro da construção do muro de contenção.
SOLOS REFORÇADOS 
É um procedimento construtivo que constitui-se em se obter á tração, através da implantação de elementos de amarração que distribuem esses esforços através do atrito. O conjunto disso atua como corpo sólido, este solo ele reforça e restringi deformações em estruturas geotécnicas e sua mobilidade tem que estar firme interna e externa.
As vantagens são: a alternativa de construção de muros e aterros com grandes inclinações, maneiras de acabamento da face dos taludes, baixo, possibilidade de executar obras em lugares de difícil acesso, baixo impacto ambiental, alta velocidade na construção e utilização de equipamentos simples. 
O reforço deve proporcionar ao solo a resistência a tração.
 
Figura: 18 - Solo Reforçado 
Fonte : NTC Brasil / Acesso em : 25/05/2017
Solo Grampeado
Vem sendo utilizada como reforço do solo desde meados de 1970. É a técnica de reforços de solos em que utilizam colocações semirrígidas denominados grampos resistentes a tensão de tração. O concreto projetado da segurança local junto ao paramento,a drenagem atua sobre os dois casos e os chumbadores proporcionam a estabilização total do maciço. (Figura 2).
O solo grampeado tem diversas aplicações na melhoria de solos, contenção e estabilização em escavações, estabilização de taludes existentes. O solo grampeado é a solução ideal por exemplo para contenção em subsolos de edifícios e outras situações em que a necessidade de ganhar espaço demanda taludes verticais. 
Estudos Geotécnicos de estabilidade permitem o dimensionamento do solo grampeado que será ajustado durante sua execução. No corte de maciços inicia com a escavação, ela pode ser mecânica ou manual dependendo das condições do terreno.
A perfuração é feita na profundidade e em ângulos determinados em projeto, dependendo da profundidade do furo, do diâmetro e da área de trabalho podem ser utilizadas perfuratrizes tipo sonda, manuais ou carretas perfuratrizes entre outras. A água é utilizada como fluido de perfuração e para a limpeza do furo, ela é injetada por meio de hastes de perfuração. Na fixação a primeira fase chamada de bainha apenas preenche e reconstitui o espaço escavado para execução do furo, a calda de injeção é preparada em misturadores coloidais de alta turbulência. Os chumbadores são peças moldadas no local que fazem a contenção e consolidação de uma massa de solo instável, por meio da injeção de calda de cimento e de sua estrutura metálica. A execução do chumbador se dá pela introdução no solo de barra metálica e de tubulação de injeção.
A injeção de calda de cimento sob pressão na tubulação é feita em tantas fases quantas forem necessárias. Os Drenos são instalados para os escoamentos de água, o dreno sub-horizontal profundo capta as águas distantes da face do talude impedindo que eles caminhem erraticamente promovendo erosões profundas, e por fim o acabamento feito com concreto projetado.Concreto Projetado
Chumbadores
Figura: 19 - Solo Grampeado 
Fonte : NTC Brasil / Acesso em : 25/05/2017
Figura: 20 - Chumbadores Injetados 
Fonte : NTC Brasil / Acesso em : 25/05/2017
Figura: 21 - Solo Grampeado Concreto Reforçado 
Fonte : NTC Brasil / Acesso em : 25/05/2017
Algumas de suas vantagens são: Baixo custo, facilidade de execução, velocidade na construção, acessibilidade, segurança e versatilidade. 
Os sistemas de solo grampeado também apresentam algumas desvantagens sendo: necessidade de coesão, nível d’água, monitoramento, corrosão e deformações. 
Terra Armada
O princípio da tecnologia terra armada é uma interação entre o aterro selecionado nos reforços ou seja, armaduras de alta aderência que corretamente dimensionados produzem um maciço integrado, no qual as armaduras resistem aos esforços internos de tração desenvolvidos no seu interior. Esse maciços armados passam a comportar-se como um corpo coesivo suportando além do seu próprio peso as cargas externas para as quais foram projetadas.
A invenção da técnica foi feita pelo Henri Vidal em 1960, é até hoje reconhecida como uma das grandes inovações da Engenharia Civil, a brilhante intuição e o dinamismo de Henri Vidal fizeram surgir um grupo de empresas terra armada disseminada pelo mundo inteiro, com isso levando agilidade a muitas obras da Engenharia. 
Na terra armada os materiais mais utilizados como elementos de face são placas ou blocos pré-moldados de concreto de auto encaixe, mas também podem ser feitos de geossintéticos ou metal.
O processo de execução da Terra Armada é simples e rápido e pode ser executada em locais restritos e com pouco espaço físico.
Colocação das escamas (painéis pré-moldados de revestimento):
A primeira linha de placas é normalmente colocada sobre uma base de concreto, que serve como elemento de fundação para o parâmetro externo;
Devem ser instaladas formando uma superfície vertical com o auxílio de tratores e guindastes;
Em princípio, a fundação da base das escamas de concreto e do aterro deve ser de mesma natureza a fim de se evitar recalques diferenciais e esforços de tração não previstos nas tiras metálicas;
Tal soleira deve ser apoiada em material resistente como, por exemplo, solo compactado, solo-cimento, etc.;
• A colocação das escamas deve se desenvolver em linhas horizontais sucessivas, sendo o aterro executado juntamente com a elevação das escamas.
Fixação de uma camada de armadura: são fixadas às escamas de forma perpendicular às mesmas.
 Espalhamento e compactação das camadas de aterro selecionado sobre as armaduras:
Nas proximidades do paramento a vibração deve ser lenta e cuidados.
A compactação das diversas camadas deve seguir a NBR 7182 – “Solo – Ensaio e compactação” e deve obedecer às especificações de projeto.
Não deve danificar ou deslocar da posição original as armaduras ou escamas.
Figura: 22 - Terra Armada 
Fonte : Portal VirtuHab / Acesso em : 25/05/2017
Vantagens: Agilidade com redução dos prazos de execução, as grandes alturas dos aterros são muito favorecidas com a terra armada e os custos ficam bastante reduzidos, estética da estrutura e adaptabilidade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante das pesquisas feitas, podemos observar que todas as estruturas de contenção devem ser projetadas por um profissional habilitado, e executado por profissionais sempre prontos para fazer conforme o projeto. 
Em escoramentos vale lembrar que por serem estruturas que devem ser executadas geralmente com bate estacas entre outros equipamentos, verificar a vizinhas e fazer um estudo de impacto. Também analisar e estudar qual é o melhor tipo de escoramento a ser feito para cada tipo de solo assim como em contenções e em reforços de solo.
Abranger também o estudo do solo antes da escolha de cada contenção, dimensionar os esforços para depois iniciar o processo de execução. 
Os profissionais de engenharia sempre devem buscar as melhores opções avaliando impactos, a vizinhança, e sempre trabalhar com profissionais adequadamente habilitados para as diversas tarefas. 
REFERÊNCIAS:
Muro de Gravidade , disponível em : < https://blogdopetcivil.com/tag/muro-de-gravidade/> , acesso em 24/05/2017.
Muro de Arrimo, disponível em :< http://portalvirtuhab.paginas.ufsc.br/muros-de-arrimo-por-flexao/> , acesso em 24/05/2017.
Muros de Arrimo: Disponível em : < http://engenhariaconcreta.com/muro-de-arrimo-tipos-de-muro-e-cuidados-essenciais/> , acesso em 24/05/2017.
Contenções, disponível em :
< http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfN5kAC/apostila-tecnica-construcao-civil1?part=5> , acesso em 25/05/2017.
Solo Grampeado , disponível em : < https://www.ntcbrasil.com.br/blog/muros-de-arrimo/> , acesso em 25/05/2017.
Muro Atiantado , disponível em :< http://www.ebah.com.br/content/ABAAAgTR0AL/tcc-estudo-caso-metodo-construtivo-muro-arrimo-no-residencial-dom-osorio-stoffel-roo-mt-2012?part=2>, disponível em 25/05/2017. 
Crib Wall, disponível em :< https://quadrangularisms.wordpress.com/2013/08/20/pre-fab-retaining-walls/> , acesso em 25/05/2017.
Saco solo, disponível em : <http://www.arquitetaresponde.com.br/como-fazer-muro-de-contencao/> , acesso em 25/05/2017. 
Estacas Pranchas , disponível em : < http://infraestruturaurbana.pini.com.br/solucoes-tecnicas/3/1-estacas-prancha-tecnologia-pode-ser-usada-para-obras-de-215092-1.aspx> , acesso em 25/05/2017.
Terra Armada, disponível em :< http://portalvirtuhab.paginas.ufsc.br/terra-armada/> , acesso em 25/05/2017.
Estacas Justapostas, disponível em :< http://serki.com.br/servicos/contencao-com-estacas-justapostas/> , acesso em 25/05/2017.
Parede Diafragma , disponível em :< http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/57/parede-diafragma-confira-todas-as-etapas-de-construcao-desse-tipo-278120-1.aspx> , acesso em 25/05/2017.

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