slides O direito à educação histórico

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Unidade I: O direito à educação: 
limites e perspectivas
Estrutura e Funcionamento da 
Educação como Direito Universal
Profª Drª LUCI REGINA MUZZETI
ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO
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TEMA
Unidade I: O direito à educação: limites e perspectivas
Ementa da disciplina: Processos da educação como direito universal; 
pressupostos teóricos e filosóficos que ao longo da história têm embasado 
esse direito; a democracia e o direito à educação no Brasil
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Para trabalhar o tema me baseie em estudiosos clássicos da História da Educação, 
GESTÃO e da ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO:
Bárbara FREITAG
Otaíza ROMANELLI
Luis Antônio Cunha
Demerval SAVIANI 
Vários documentos e Leis
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FREITAG, Bárbara. Escola, Estado e Sociedade. 4 ed. São Paulo: Moraes, 1980.
ROMANELLI, Otaíza de Oliveira. História da educação no Brasil (1930/ 1973). 
22ªed. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 1999. 
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MUZZETI, LUCI REGINA ; SUFICIER, Darbi Masson ; MANZAN, W. A. . Trajetórias 
escolares de laureados nas políticas afirmativas: o caso de estudantes do curso 
de Pedagogia da Unesp. In: David, Célia Maria; Lemes, Sebastião de Souza; 
Ribeiro, Ricardo; Silva, Hilda Maria Gonçalves da. (Org.). Desafios 
Contemporâneos da Educação. 1ed.São Paulo: Cultura Acadêmica, 2015, v. 1, p. 
193-216.
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MUZZETI, L. R. ; SUFICIER, Darbi Masson ; REINA, F. T. . Trajetórias escolares, 
educação e gênero: contribuições do corpus elaborado por Pierre Bourdieu. 
In: Mariano Jabonero, Adriana Martínez Arias, Jose Luis Bizelli. (Org.). 
Miradas diversas de la educación en Iberoamérica. 1ed.Alcalá de Henares: 
Universidad de Alcalá, 2015, v. 1, p. 239-249.
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MUZZETI, L. R. . CONSENSO OU CONFLITO: CONTRIBUIÇÕES DAS TEORIAS 
SOCIOLÓGICAS EM ÉMILE DURKHEIM E DE PIERRE BOURDIEU. Boletim do 
Departamento de Didática, Araraquara, v. 15, p. 43-62, 1999.
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Para tanto a história da educação foi dividida em 4 momentos, são eles:
1º momento colônia, Império e 1ª República-----MODELO AGROEXPORTADOR 
aproximadamente de de 1500 – 1930. 
2º momento período de substituição de importações aproximadamente de de 1930 
à 1960. Dois períodos hegemônicos
A- aproximadamente de 1930-1945-início de substituição de importações
B- aproximadamente de 1945-1960-aceleração e diversificação do processo de 
diversificação da produção
3º momento  aproximadamente de 1960 –1980-internalização do mercado interno
4º momento: de 1980 aos dias atuais: neoliberalismo
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ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO
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O surgimento de educação no Brasil de 1500 – 1930
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• O descobrimento do Brasil se deu no ínterim de uma expansão política e 
econômica de vários países europeus, principalmente Espanha, Inglaterra, 
Portugal, França e a União das Províncias dos Países Baixos que procuraram 
fora de suas fronteiras, mecanismos de superação das relações sociais 
feudais.
• A colonização apareceu como uma tentativa de acúmulo para o capital.
• As relações impediam o pleno desenvolvimento da economia capitalista, 
privilegiando apenas a nobreza.
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A Companhia de Jesus organiza um plano geral de estudo, 
denominado RATHIO STUDIORUN
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• O Rathio Studiorum (1599) compreendia:
• Curso de Teologia e Filosofia
• Para ser aplicado em todos os lugares, elitista e universalista próprio para 
aqueles que estudaram (filhos homens não primogênitos de classe latifundiária).
• Curso de Humanidades
• Viagem de estudo à Europa
• Características do ensino era :
• Livresco, acadêmico, aristocrata e religioso. 
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O diploma se tornou um marco de distinção social invejado por todo 
aquele que aspirava adquirir status.
E o trabalho manual era para os escravos. 
Todo o período que os jesuítas permaneceram no Brasil, a sociedade foi 
composta:
• por uma minoria de grandes latifundiários 
•e por uma grande massa de escravos e agregados.
D. José subindo ao trono em 1750 em Portugal, encontra uma economia 
financeira de extrema gravidade, nomeando para Ministro o futuro Marquês de 
Pombal que desenvolve uma política com um conjunto de medidas visando à 
industrialização de Portugal, coisa que já se processava na Inglaterra. Procurava 
desta forma superar o dominador (Inglaterra) se igualando a ele.
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A Europa é marcada pelo movimento Iluminista, renovação da 
cultura. Tendo como características: razão acima da fé, educação 
separado da religião, valorização da ciência, valorização da razão 
humana.
Pombal de acordo com estas idéias e basicamente dois outros 
Verney e Ribeiro Sanches, saíram de Portugal e foram estudar na 
França, os jesuítas são responsabilizados pelo atraso da cultura.
Pombal representante dessas idéias, assina um decreto em 
1759, expulsando os jesuítas de Portugal e do Brasil.
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Momento de obscurantismo no Brasil, depois de 
treze anos Pombal criou as aulas régias. 
Mesmo com a expulsão dos jesuítas, o espírito 
continuava o mesmo, pois quem ministrava as aulas régias 
era o clero secular. 
O período que se seguiu a Independência Política 
(1822), diversificou-se também a demanda escolar. 
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A procura da educação escolarizada as oligarquias rurais e a 
classe intermediária e era dessa classe intermediária que eram 
recrutados indivíduos ligados ao jornalismo, às letras e 
principalmente às políticas.
• educação como um instrumento de ascensão social. 
• a classe intermediária logo alia-se com a classe dominante, pois 
precisava da mesma para ocupar cargos burocráticos, 
administrativos e intelectuais.
• são duas camadas distintas que procuram a educação mas, a 
educação continua a mesma das elites rurais. 
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D. João em 1808 no Brasil, foram abertos os primeiros cursos superiores 
não teológicos. Dentre as escolas superiores, distinguiram-se:a Academia Real 
da Marinha e a Academia Real Militar, esta mais tarde transformada em Escola 
Central e Escola Militar de Aplicação que objetivavam formar engenheiros civis 
e preparar a carreira das armas.
• Chegada D. João não apenas nascem os cursos superiores, mas também uma 
autonomia que vem culminar com a Independência Política. 
• Com a Independência Política (1822) não mudou o quadro do ensino no 
Brasil. Na Independência, os letrados ocuparam papel importante, uma vez 
que em sua maioria ocuparam cargos políticos e administrativos.
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• Ensino: A esfera provincial não tinha recursos para formar uma 
rede de ensino. 
• O ensino secundário caiu nas mãos da iniciativa privada e o ensino 
primário foi relegado ao abandono.
• Como na maioria dos países, a primeira forma de educação à 
distância ministrada no Brasil foi através de estudo por 
correspondência.
RESUMO 
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• 1930 À 1960
• 1889 houve a proclamação da República, 
• em 1888 a libertação dos escravos, 
• a economia sofre modificações
• com a libertação dos escravos houve a vinda de mão-de-obra imigrante
• o objetivo dos republicanos nesse momento é transformar essa massa 
amorfa que é composta por mestiços, ex-escravos e imigrantes em um 
povo ordeiro e organizado no cidadão e para isso eles contam com o 
ensino primário.
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Criação de Escolas: No Estado de São Paulo são criadas as Escolas Normais e 
os Grupos Escolares para alfabetizar a população e cultivar a tão almejada 
identidade nacional
Escola Tradicional no processo ensino aprendizagem quem dirige é o 
professor
Aquele que fracassa é o ignorante
A sociedade é vista como meritocrática
Palavra de ordem
A EDUCAÇÃO É DIREITO DE TODOS E DEVERDO ESTADO
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O cenário da Primeira República é a política do 
café-com-leite, o coronelismo.
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Na década de 20 que é final da Primeira República acontece o 
Movimento de Arte Moderna 
A criação da ABE em 1924, Associação Brasileira de Educação, 
houve várias Conferências de Educação onde, entre outras coisas, se 
apoiava o princípio de que a educação era dever do Estado, foi escrito 
o Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova. 
Os Pioneiros da Escola Nova que desejavam uma educação mais 
moderna e não mais aquela educação tradicional jesuítica
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Em 1930, o governo de Washington Luis derrubado foi à crise de 
1929, ocorrida pela superprodução do café, quebra da bolsa de Nova 
York 
Crise mundial de 1929, encaminharam-se mudanças estruturais 
que vai culminar com a substituição de importações pela produção de 
bens de consumo anteriormente importados
Foi o aumento ilimitado da dívida externa
As oligarquias rurais cafeeiras foram forçadas a dividir o poder 
com a burguesia emergente. Com o auxílio de alguns grupos militares 
(tenentes) e o apoio da burguesia 
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Com a Revolução de 1930 encaminham-se mudanças básicas a 
implantação do capitalismo 
Foram criadas escolas técnicas profissionalizantes (para os 
menos favorecidos). 
Objetivos:
• A diversificação da produção 
• Qualificação e diversificação da força de trabalho
O Estado assumiu a responsabilidade de treinar a força de 
trabalho 
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Nova configuração de sociedade de classes 
Capitalista: classe dominante - esta estava interessada em formar 
seus quadros dirigentes em escolas de elite 
Constituída - velha oligarquia rural cafeeira, pela burguesia 
financeira e pela burguesia industrial
Classe média e baixa burguesia e da pequena burguesia em ascensão 
- esta classe estava interessada em ocupar as vagas do ensino 
propedêutico com o objetivo de possuir títulos acadêmicos (meio de 
ascensão social). 
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Pequena classe operária formada por trabalhadores urbanos e 
rurais emigrados/ a população migrada nos centros urbanos -semi 
ou desqualificada 
Exército industrial de reserva
As escolas técnicas profissionalizantes eram a única via permitida ao 
operário. 
As escolas de nível médio não habilitavam os egressos a cursarem 
escolas de nível superior.
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Escola NOVA no processo ensino aprendizagem quem dirige é o aluno
DESQUALIFICAÇÃO do professor
Aquele que fracassa é o desajustado
A sociedade é vista como meritocrática
Palavra de ordem
A EDUCAÇÃO É DIREITO DE TODOS E DEVER DO ESTADO
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Manifesto dos Pioneiros de Escola Nova” com o objetivo de 
influenciar a Constituição em 1932. 
Há outros acontecimentos importantes em educação Foi criado
o Ministério da Educação 
1937 – Com a implantação do Estado Novo, as lutas ideológicas em 
torno dos problemas da educação entram numa espécie de 
hibernação 
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Constituição de 1937:
• A ação do Estado é de apenas subsidiar a educação
• Institui-se o ensino profissionalizante
• O ensino de religião é de frequência facultativa
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Em 1945 dá-se a queda do Governo de Getúlio Vargas 
O período que vai de 45 até o início dos anos 60 é 
marcado principalmente pela luta em torno da Lei de 
Diretrizes e Bases de Educação Nacional e a Campanha 
em Defesa da Escola Pública.
NOVO PERÍODO HEGEMÔNICO
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Economia de substituição de importações iniciada em 1930 e favorecida 
pela Segunda Guerra Mundial impulsionou a produção de bens de 
consumo que antes eram importados.
A fase que vai de 45 até o início dos anos 60 corresponde à aceleração e 
diversificação do processo de substituição de importações 
Característica política - primordial é o Estado Populista –
desenvolvimentista, que representa um acordo entre os empresários 
nacionais, com o amparo de barreiras protecionistas e setores populares
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COMO FICA A SOCIEDADE?
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As classes médias, profissionais liberais, forças armadas, pauperizadas pela 
inflação, sentem-se excluídas dos processos decisórios do Estado- Populista, que 
não mais representam seus interesses. 
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
• LDB só foi sancionado em 1961
LDB 4024/61 é o compromisso entre as duas tendências expressas pelos dois 
projetos-de-lei (Mariani e Lacerda). A gratuidade do ensino fixada na 
Constituição de 46 fica omissa na nova lei. Foi instituído que tanto as escolas 
particulares como as escolas públicas teriam o mesmo direito de ministrar a 
educação em todos os níveis.
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Breve histórico da educação de 1500 aos dias atuais
https://www.youtube.com/watch?v=eTYWvbW8XPw
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A Lei 4024/61 dissolve oficialmente a dualidade de ensino, mas surge uma nova situação o 
Estado subsidiará também as escolas particulares. 
Esse período político foi conturbado acaba com o GOLPE MILITAR
3º Momento
1960 Aproximadamente 1980 Internacionalização do mercado interno
Objetivo é viabilizar o modelo econômico- INTERNALIZAÇÃO DO MERCADO INTERNO - e 
acalmar o ímpeto das massas
É a hegemonia da burguesia nacional, do capital estrangeiro monopolista, das antigas 
oligarquias e o fracasso e a pauperização das camadas médias e populares.
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Escola TECNICISTA no processo ensino aprendizagem quem dirige é o 
material pedagógico
DESQUALIFICAÇÃO do professor
Aquele que fracassa é o incompetente
A sociedade é vista como meritocrática
Palavra de ordem
A EDUCAÇÃO É DIREITO DE TODOS E DEVER DO ESTADO
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E A EDUCAÇÃO?LEI DE 1e 2º GRAUS 5692/71
5540/68 REFORMA UNIVERSITÀRIA
MOBRAL
DECRETO LEI 477
AI-5
Onde fica a liberdade de expressão?
Os movimentos de reivindicação?
O povo brasileiro?
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LEI DE 1e 2º GRAUS 5692/71
Reforma Universitária
EXTINÇÃO DA CÁTEDRA
VESTIBULAR CLASSIFICATÓRIO
JUBILAMENTO
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A abertura política e a saída dos militares da cena 
política brasileira trazem à tona a necessidade de criação 
de uma nova Constituição e uma nova lei de Diretrizes e 
Bases da educação brasileira. A antiga LDB já não atende 
às necessidades dos problemas da realidade educacional 
do país. 
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No bojo da nova Constituição, um Projeto de Lei 
para uma nova LDB foi encaminhado à Câmara Federal, 
pelo Deputado Octávio Elísio, em 1988. No ano seguinte 
o deputado Jorge Hage enviou à Câmara um 
substitutivo ao Projeto e, em 1992, o Senador Darcy 
Ribeiro apresenta um novo Projeto que acabou por ser 
aprovado em dezembro de 1996, oito anos após o 
encaminhamento do Deputado Octávio Elísio.
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A década de 90 marca a entrada do Brasil na nova 
divisão internacional da economia mundial via abertura 
econômica, privatizações etc, desencadeada a partir do 
governo COLLOR e aprofundada nos dois governos de 
FHC. Assim, várias reformas foram implementadas, 
como por exemplo, a criação da Lei de Diretrizes e 
Bases da Educação Nacional, em 1996, no primeiro 
mandato de FHC. 
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A LDB não é o desaguadouro dos anseios da população
9394/96 NOVA LEI de DIRETRIZES E BASES da EDUCAÇÃO 
NACIONAL
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LDB
A estrutura didática do sistema de ensino brasileiro passa 
a ter dois níveis:
1-Educação Básica
2-Ensino Superior
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Art. 21. A educação escolar compõe-se de:
I-Educação Básica, formada pela educação infantil, ensino 
fundamental e ensino médio;
II - Educação Superior.
Sendo assim a estrutura didática da Educação Básica é 
composta por 3 níveis. São eles:
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• Educação Infantil• Ensino Fundamental
• Ensino Médio
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Modalidades de ensino postas pela LEI DE DIRETRIZES E BASES 
DA EDUCAÇÃO NACIONAL 9394/96. 
1-EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
2-EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
3-EDUCAÇÃO ESPECIAL
4-EDUCAÇÂO A DISTÂNCIA
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• A palavra de ordem 
• Incluir a todos
• Democratização da escola Todos na escola
• Funda-se uma nova forma de exclusão social
• Dissimulada, velada 
• Questão histórica
• Todos estão na escola, que escola é esta?Quanto a 
qualidade?Condições de trabalho?
• Na década de 50 Alunos fora e dentro da escola
• Objetivo democratização, alto índice de reprovação e repetência 
MERITOCRACIA
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• Hoje todos na escola
• Progressão continuada 
Analfabeto funcional ou simplesmente analfabeto
• Como entender este fenômeno ?
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A partir de 1970 no meio intelectual
PARADIGMA DO CONFLITO
-> vê a sociedade como formada por grupos conflitantes
-> constante processo de dominação por parte do grupo mais 
alto hierarquicamente
-> educação: meio de dominação e de manutenção desta
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-> sustentado por: Marx, Weber, Gramsci, Pierre 
Bourdieu, Althusses, etc.
Contexto global década de 70 Guerra Fria
O foguete soviético chega a lua
França Maio de 1968
Políticas de inclusão de camadas no ensino superior
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Pierre Bourdieu: referência para o paradigma do 
conflito.
► Bourdieu começa a formular sua teoria no 
momento em que a política educacional francesa 
preocupa – se com a ampliação da universalização 
do ensino secundário e com as necessidades 
econômicas do país.
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Segundo os autores da obra (Bourdieu e Passeron), a 
escola tende a reproduzir a sociedade e não contribui para 
a transformação social. Sendo assim, as causas do fracasso 
escolar são sociais. - >Onde deveria haver igualdade de 
oportunidades, há reprodução das desigualdades sociais. 
De que forma?
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Para Bourdieu, as desigualdades dos resultados 
escolares dos agentes são causas sociais e não ausência 
de talentos; A escola tende a não contribuir para a 
equalização social ao valorizar a herança cultural dos 
grupos dominantes.
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Capital Cultural
https://www.youtube.com/watch?v=nQ40S71FQxo
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Cada família transmite uma herança cultural à sua prole.
► A herança são saberes e atitudes que influenciam 
fortemente os êxitos escolares dos agentes.
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A escola “exige” dos agentes uma relação natural, 
familiar com a cultura e com a linguagem; privilegiando a 
facilidade de expressão e a desenvoltura. Essa familiarização 
deve ocorrer espontaneamente no ambiente familiar. -> 
aprendizagem imperceptível.
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Esses conhecimentos e posturas acabam sendo 
atribuídos a dom, talento, etc.
► O nível de instrução da família influencia na atenção 
as práticas culturais.
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A escola acaba por excluir os agentes que não têm herança 
cultural. -> o êxito escolar é condição do êxito social.
Quanto mais a escola se mostrar como o único meio de 
ascensão social dos agentes, maior será a inclinação aos 
estudos. Ex.: os jovens das camadas populares e médias 
sem capital econômico e cultural, aderem à escola e seus 
valores para ascenderem na sociedade
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A herança provém do “habitus” : sistema de disposições duráveis.
► O processo de socialização vivenciados pelos agentes no interior 
da família são “estruturas estruturadas predispostas a funcionarem 
como estruturas estruturantes.”
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Vida Maria
https://www.youtube.com/watch?v=Bs87_NQTM0M
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OBRIGADA
FOI UMA SATISFAÇÃO ESTAR AQUI
lucirm@fclar.unesp.br
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