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Revisão: 31/03/2017 Pag. 1/100 EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS ELABORAÇÃO: Manuel Leite REVISÃO TÉCNICA: Tatiana Barreto – Senai/ Cetind Revisão: 31/03/2017 Pag. 2/100 APRESENTAÇÃO Com o objetivo de apoiar e proporcionar a melhoria contínua do padrão de qualidade e produtividade da indústria, o SENAI BA desenvolve programas de educação profissional e superior, além de prestar serviços técnicos e tecnológicos. Essas atividades, com conteúdos tecnológicos são direcionadas para indústrias nos diversos segmentos, através de programas de educação profissional, consultorias e informação tecnológica, para profissionais da área industrial ou para pessoas que desejam profissionalizar-se visando inserir-se no mercado de trabalho. Este material didático foi preparado pela Alternative Training Services, para funcionar como instrumento de consulta. Possui informações que são aplicáveis de forma prática no dia-a-dia do profissional, e apresenta uma linguagem simples e de fácil assimilação. É um meio que possibilita, de forma eficiente, o aperfeiçoamento do aluno através do estudo do conteúdo apresentado no módulo. Revisão: 31/03/2017 Pag. 3/100 Capítulo Título Pág. 1 TUBULAÇÕES E ACESSÓRIOS 5 1.1. INTRODUÇÃO 5 1.2. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO DOS TUBOS 6 1.3. DIÂMETROS COMERCIAIS DOS TUBOS DE AÇO 7 1.4. MEIOS DE LIGAÇÃO DE TUBOS 9 1.5. ACESSORIOS DE TUBULAÇÕES 16 1.6. VÁLVULAS 17 1.7. JUNTAS DE EXPANSÃO 36 1.8. AQUECIMENTO DAS TUBULAÇÕES 38 1.9. ISOLAMENTOS TÉRMICOS 40 1.10. PURGADORES DE VAPOR 41 2. VASOS, TANQUES E AGITADORES 52 2.1 INTRODUÇÃO 52 2.2 PRINCIPAIS COMPONENTES 52 2.3 RUPTURA DOS VASOS 55 2.4 CRITÉRIOS PARA OPERAÇÃO 56 2.6 TANQUES 58 2.6.1 INTRODUÇÃO 58 2.6.2 CLASSIFICAÇÃO 58 2.6.3 TANQUES DE BAIXA E MÉDIA PRESSÃO 59 2.6.4 TANQUE DE ALTA PRESSÃO 61 2.6.5 MEDIÇÃO DE TANQUES 62 2.7 AGITADORES 62 Revisão: 31/03/2017 Pag. 4/100 2.7.1 INTRODUÇÃO 62 2.7.2 FINALIDADE 62 2.7.3 PARTES COMPONENTES DO AGITADOR 63 2.7.4 CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO TIPO DE FLUXO 63 3 AR COMPRIMIDO 69 3.1 INTRODUÇÃO 69 3.2 SISTEMA DE AR COMPRIMIDO 69 3.3 VANTAGENS DO AR COMPRIMIDO 69 3.4 .LIMITAÇÕES DO AR COMPRIMIDO 70 3.5 O AR COMPRIMIDO 70 3.6 EQUIPAMENTOS UTILIZADOS PARA GERAÇÃO DO AR COMPRIMIDO 71 3.7 UMIDADE 77 3.8 DISTRIBUIÇÃO DO AR COMPRIMIDO 78 4 TURBINAS 87 Revisão: 31/03/2017 Pag. 5/100 1. TUBULAÇÕES E ACESSÓRIOS 1.1. INTRODUÇÃO Tubos são condutos fechados, destinados principalmente ao transporte de fluidos. Todos os tubos são de seção circular, apresentando-se como cilindros ocos. A grande maioria dos tubos funciona como condutos forçados, isto é, sem superfície livre, com o fluido tomando toda área da seção transversal. Fazem exceção apenas as tubulações de esgoto, e às vezes as de água, que trabalham com superfície livre, como canais. Chama-se de "tubulação" um conjunto de tubos e de seus diversos acessórios. A necessidade da existência dos tubos decorre principalmente do fato do ponto de geração ou de armazenagem dos fluidos estar, em geral, distante do seu ponto de utilização. Usam-se tubos para o transporte de todos os fluidos conhecidos, líquidos ou gasosos, assim como para materiais pastosos e para fluidos com sólidos em suspensão, em toda faixa de variação de pressões e temperaturas usuais na indústria: desde o vácuo absoluto até cerca de 6.000 kg/cm2, e desde próximo do zero absoluto até as temperaturas dos metais em fusão. O emprego de tubulações pelo homem antecede provavelmente a história escrita. Foram descobertos vestígios ou redes completas de tubulações nas ruínas da Babilônia, da China antiga, de Pompéia e em muitas outras. Os primeiros tubos metálicos foram feitos de chumbo, séculos antes da Era Cristã. Pelo século XVII Fabricam-se tubos com os mais diferentes materiais como: Metálicos Aço-carbono Aço-liga Aço-inox Ferro fundido Ferro forjado Cobre Latão Monel Níquel, etc. Não metálicos PVC Derakane (resina e fibra) Polietileno Acetato Cimento-amianto Concreto armado, etc. Revisão: 31/03/2017 Pag. 6/100 1.2. MATERIAS DE CONSTRUÇÃO DOS TUBOS AÇO-CARBONO Os tubos mais encontrados na indústria são tubos de aço-carbono devido à relação custo beneficio. A quantidade de carbono no aço altera sua resistência sendo recomendado para temperaturas acima de 400°C e abaixo de O°C os chamados aços acalmados que têm uma quantidade de Si adicionada. As temperaturas superiores a 400°C, com o tempo, reduzem a resistência do aço-carbono devido às deformações permanentes, e ainda devido à precipitação do carbono, o que deve ser considerado ao empregar este material. A norma ANSI/ ASME B.31.3 recomenda o aço carbono para temperaturas desde -29°C sendo comum seu uso até -45°C. Acima de 530°C sofre intensa oxidação com escamação. Quanto maior for a quantidade de carbono no aço maior será a sua dureza e maiores serão os limites de resistência e de escoamento; em compensação o aumento do carbono prejudica a ductilidade e a soldabilidade do aço. Por esse motivo, em aços para tubos limita-se à quantidade de carbono até 0,35 %, sendo que até 0,30% de C a solda é relativamente fácil, e até 0,25% de C os tubos podem ser dobrados a frio. AÇOS-LIGA Tubulações de aços-liga são utilizadas em serviços especiais onde se deseja maior resistência em áreas onde o aço carbono não se aplica, como regiões de temperaturas extremas, serviços com fluidos perigosos etc. Os principais elementos ligantes são: Cr - Cromo: aumenta a resistência à corrosão e a oxidação em altas temperaturas (cerca de 2,5% de Cr). Mo – Molibdênio: aumenta a resistência mecânica em temperaturas elevadas (resistência à fluência). Ni - Níquel: aumenta a resistência à corrosão e é usado em baixas temperaturas. AÇOS INOXIDÁVEIS Aços inoxidáveis são produzidos com teor de cromo acima de 12% e têm elevada resistência à oxidação mesmo em atmosfera agressiva. Possuem alta resistência mecânica mesmo em temperaturas extremas com elevada resistência à corrosão. Os aços contendo 18% de Cr e 8% de Ni são chamados aços austeníticos com boa soldabilidade e facilidade de dobrar a frio. Em altas temperaturas (acima de 450°C) ocorre diminuição da resistência à corrosão principalmente em meio ácido. O problema é contornado pela adição de Ti ou Nb ou pela redução do teor de carbono. Revisão: 31/03/2017 Pag. 7/100 FERRO FUNDIDO E FERRO FORJADO Os tubos de ferro fundido e ferro forjado são usados em instalações de baixa pressão normalmente para água, esgoto, instalações secundárias de ar comprimido e condensado. Os tubos de ferro forjado têm baixa resistência mecânica e boa resistência a corrosão, equivalente à do ferro fundido e bem melhor do que a ao aço- carbono. Esses tubos resistem muito bem ao contato com a água; a atmosfera e o solo. A norma ANSI/ ASME B 31.3 só permite o uso destes tubos para hidrocarbonetos e inflamáveis em temperaturas abaixo de 150°C em tubulações enterradas com pressão até 1 MPa. Em outros locais a pressão pode ir até 2,7 MPa. NÃO FERROSOS São fabricados de diversas ligas como latão (Cu-Zn), bronze (Cu-Sn), monel (Ni-Cu) etc. e são usados para serviços especiais como steam- trace, tubos de pequeno diâmetro para ar comprimido, e serviços de alta corrosividade. NÃO METÁLICOS São fabricados em diversos materiais como cimento, plásticos, cimento- amianto, cerâmica, vidro, etc. Os tubos de materiais plásticos têm substituído com grande vantagem os tubos metálicos em serviçosde baixa pressão e em temperaturas moderadas. Apresentam grande resistência à corrosão e são facilmente moldáveis. Apresentam como desvantagem a baixa resistência mecânica e tomam-se quebradiços pela ação da luz ultravioleta. TUBOS PARA TROCA TÉRMICA São fabricados com quase todos os materiais metálicos, porém, as tolerâncias dimensionais são mais rígidas. São produzidos com diâmetro externo entre 3/4 e 2" e com espessuras determinadas em BWG para calibre 12, 14 e 16 e ainda em comprimentos entre 4 e 24 pés. 1.3. DIÂMETROS COMERCIAIS DOS TUBOS DE AÇO Os diâmetros comerciais dos "tubos para condução" (steel pipes) de aço carbono e de aços-liga, estão definidos pela norma americana ANSI.B.36.10, e para os tubos de aços inoxidáveis pela norma ANSI.B.36.19. Essas normas abrangem os tubos fabricados por qualquer um dos processos usuais de fabricação. Todos esses tubos são designados por um número chamado "Diâmetro nominal IPS" (iron pipe size), ou "bitola nominal". A norma ANSI.B.36.10 Revisão: 31/03/2017 Pag. 8/100 abrange tubos desde 1/8" até 36", e a norma ANSI.B.36.19 abrange tubos de 1/8" até 12". De 1/8" até 12" o diâmetro nominal não corresponde a nenhuma dimensão física dos tubos; de 14" até 36", o diâmetro nominal coincide com o diâmetro externo dos tubos. Para cada diâmetro nominal fabricam-se tubos com várias espessuras de parede. Entretanto, para cada diâmetro nominal, o diâmetro externo é sempre o mesmo variando apenas o diâmetro interno, de acordo com a espessura dos tubos. Por exemplo, os tubos de aço de 8" de diâmetro nominal têm todos um diâmetro externo de 8,625". Quando a espessura deles corresponde à série 20, a mesma vale 0,250" e o diâmetro interno vale 8,125". Para a série 40, a espessura vale 0,322", e o diâmetro interno 7,981"; para a série 80, a espessura vale 0,500", e o diâmetro interno 7,625"; para a série 160, a espessura vale 0,906", e o diâmetro interno 6,813", e assim por diante. A figura abaixo mostra as seções transversais de três tubos de 1" de diâmetro nominal, com diferentes espessuras. A série completa de 1/8" até 36" inclui um total de cerca de 300 espessuras diferentes. Dessas todas, cerca de 100 apenas são usuais na prática, e são fabricadas correntemente; as demais espessuras fabricam- se por encomenda. Os diâmetros nominais padronizados pela norma ANSI.B.36.10 são os seguintes: 1/8, 1/4", 3/8", 1/2", 3/4", 1", 11/4", 11/2", 2", 21/2", 3", 31/2'" 4", 5", 6", 8", 10", 12", 14", 16", 18", 20", 22", 24", 26", 30" e 36". Os tubos de aço são fabricados com três tipos de extremidades, de acordo com o sistema de ligação a ser usado: Pontas lisas, simplesmente esquadrejadas. Pontas chanfradas, para uso com solda de topo. Pontas rosqueadas (rosca especificação API-5B e ANSI.B.2.1). Os tubos com extremidades rosqueadas costumam ser fornecidos com uma luva. Revisão: 31/03/2017 Pag. 9/100 Tipos de extremidades de tubos Espessuras de parede dos tubos São adotadas as "séries" (schedule number) para designar a espessura (ou peso) dos tubos. O número de série é um numero obtido aproximadamente pela seguinte expressão: S P000.1série Onde: P = pressão de trabalho em psig; S = tensão admissível do material em psig. São padronizadas as séries 10, 20, 30, 40, 60, 80, 100, 120, 140 e 160 sendo que, para a maioria dos diâmetros nominais, apenas algumas dessas espessuras são fabricadas. Para diâmetros pequenos, até 2”, é usual na pratica especificarem-se apenas tubos de parede grossa (serie 80 ou 160) para que o tubo tenha resistência estrutural própria, simplificando assim os suportes e reduzindo a ocorrência de vibrações. 1.4. MEIOS DE LIGAÇÃO DE TUBOS PRINCIPAIS MEIOS DE LIGAÇÃO DE TUBOS Os diversos meios usados para conectar tubo servem não só para ligar as varas de tubos entre si, como também para ligar os tubos às válvulas, aos diversos acessórios, e a outros equipamentos. Os principais meios de ligação de tubos são os seguintes: Ligações rosqueadas Ligações soldadas Ligações flangeadas Ligações de porta e bolsa Outros sistemas de ligação: ligações de compressão, ligações patenteadas, etc. Vários outros tipos existem de ligações de tubos. A escolha do meio de ligação a usar depende de muitos fatores entre os quais: material do tubo, grau de segurança, custo, facilidade de desmontagem, localização, Revisão: 31/03/2017 Pag. 10/100 pressão e temperatura de trabalho, fluido contido, diâmetro do tubo, etc. Ligações Rosqueadas As ligações rosqueadas são um dos mais antigos meios de ligação usados para tubos. Essas ligações são de baixo custo e de fácil execução. Devido á facilidade de vazamentos e á pequena resistência mecânica que apresentam o seu uso é limitado a tubos de pequeno diâmetro (até 4") e em geral apenas as instalações domiciliares (água, gás), ou serviços secundários em instalações industriais (água, ar, condensado de baixa pressão). As normas exigem que as roscas dos tubos sejam cônicas, e recomendam que sejam feitas soldas de vedação nas roscas dos tubos que trabalham com fluidos inflamáveis, tóxicos, e outros em que se deva ter maior segurança contra vazamentos. As ligações rosqueadas são as únicas usadas para tubos galvanizados, tanto de aço como de ferro forjado. Empregam-se também ligações rosqueadas, embora não exclusivamente em tubos de aço-carbono, aços- ligas, ferro fundido, plásticos, vidro e porcelana, sempre limitadas até o diâmetro nominal de 4". Para tubos de aço inoxidáveis e de metais não- ferrosos, o rosqueamento é muito raro, devido às paredes finas que geralmente têm os tubos desses materiais. As varas de tubos são ligadas entre si por meio de luvas ou uniões rosqueadas. As roscas, tanto dos tubos como das luvas e uniões são cônicas de maneira que, com o aperto há interferência entre os fios das roscas, garantindo a vedação. Para auxiliar a vedação usam-se massas vedantes, que endurecem no fim de algum tempo, vedando completamente. É importante que a massa vedante usada não contamine nem seja atacada ou dissolvida pelo fluido circulante. Para serviços com água, geralmente usa-se zarcão como massa vedante. As uniões são empregadas quando se deseja que a tubulação seja facilmente desmontável, ou em arranjos fechados, onde sem a existência de uniões o rosqueamento seria impossível. A vedação entre as duas meias uniões é conseguida por meio de uma junta que é comprimida com o aperto da porca, ou por meio de sedes metálicas integrais, cuidadosamente usinadas, em ambas as meias uniões. Emprega-se esse ultimo sistema em uniões de boa qualidade para altas temperaturas. O rosqueamento enfraquece sempre a parede dos tubos; por essa razão quando há ligações rosqueadas usam-se sempre tubos de paredes grossas, série. 80, no mínimo. Revisão: 31/03/2017 Pag. 11/100 Ligações rosqueadas de tubos Ligações soldadas Em tubulações industriais, a maior parte das ligações são soldadas com solda por fusão e os dois tipos principais são os seguintes: Solda de topo Solda de encaixe As ligações soldadas constituem a grande maioria das usadas em tubulações industriais. Essas ligações têm as seguintes vantagens: Resistência mecânica boa (quase sempre equivalente à do tubo inteiro) Estanqueidade perfeita e permanente. Boa aparência Facilidades na aplicação de isolamento térmico e de pintura Nenhuma necessidade de manutenção. As principais desvantagens, pouco importantes na maioria dos casos, são a dificuldade de desmontagem das tubulações, e a necessidade de mão- de-obra especializada. A solda de topo é o sistema mais usado para a ligação de tubos de 2" ou maiores, de aços de qualquer tipo. Podeser aplicada em toda a faixa usual de pressões e de temperaturas. É o sistema de ligação mais empregado para tubulações de 2"ou maiores, em industrias de processamento. Revisão: 31/03/2017 Pag. 12/100 Solda de topo A Solda de encaixe é usada na maioria dos tubos industriais com diâmetros até 1%".2" inclusive, em toda faixa usual de pressões e de temperaturas, para tubos de aço de qualquer tipo. A solda de encaixe é empregada também, embora não exclusivamente, em tubos até 4", de metais não-ferrosos e de plásticos. Solda de encaixe Ligações Flangeadas Uma ligação flanqueada é composta de dois flanges, um jogo de parafusos ou estojos com porcas e junta de vedação. As ligações flangeadas, que são ligações facilmente desmontáveis, empregam-se principalmente para tubos de mais de 2" em dois casos específicos: a) Para ligar os tubos com as válvulas e os equipamentos (bombas, compressores, tanques, vasos, etc.), e também em determinados pontos, no correr da tubulação, onde se deseje facilidade de desmontagem, nas tubulações em que, para ligar uma vara na outra, sejam usados norma1mente outros tipos de ligação: solda, rosca, ponta e bolsa etc. Estão incluídas neste grupo todas as tubulações de aço, ferro forjado, metais não-ferrosos e grande parte das tubulações de plásticos, vidro e porcelana, onde se Revisão: 31/03/2017 Pag. 13/100 empregam normalmente as ligações de solda ou de rosca. Incluem- se também a maioria das tubulações de ferro fundido, cujas varas do tubo são usualmente ligadas com ponta e bolsa. b) Para a ligação corrente de uma vara na outra, em algumas tubulações de 4" ou maiores, de materiais em que não se possa empregar solda. Incluem-se neste grupo principalmente as tubulações de ferro fundido e as de ferro ou aço com revestimentos internos. Como regra geral, em qualquer caso, as ligações flangeadas devem ser usadas no menor número possível, porque são sempre pontos de possíveis vazamentos, e também porque são peças caras, pesadas e volumosas. Ligação flangeada Os flanges podem ser integrais, isto é, fundidos ou forjados juntamente com o tubo, ou independente, soldados ou rosqueados ao tubo. Os flanges de válvulas, bombas, compressores, turbinas e outras máquinas, são quase sempre integrais com esses equipamentos. São os seguintes os tipos mais usuais de flanges: a) Flange integral - os flanges integrais para tubos são usados apenas em alguns casos para tubos de ferro fundido. É o tipo mais antigo de flanges e também. o mais resistente. b) Flange de pescoço - é o tipo de flange mais usado em tubulações industriais para quaisquer pressões e temperaturas. De todos os flanges não integrais é o mais resistente, que permite melhor aperto, e que dá origem a menores tensões residuais em conseqüência da soldagem e das diferenças de temperaturas. O flange é ligado ao tubo por uma única solda de topo, ficando a face interna do tubo perfeitamente lisa, sem descontinuidades que facilitem a concentração de esforços ou a corrosão. A montagem com esses flanges é cara porque cada pedaço de tubo deve ter os extremos chanfrados para solda, e tem de ser cortado na medida certa, com muito pequena tolerância no comprimento. c) Flange sobreposto - é um flange mais barato e mais fácil de se Revisão: 31/03/2017 Pag. 14/100 instalar do que o anterior, porque a ponta do tubo encaixa no flange, facilitando o alinhamento e evitando a necessidade do corte do tubo na medida exata. O flange é ligado ao tubo por duas soldas em ângulo, uma interna e outra externa. Esse flange é usado em tubulações não críticas (até 20 kg/cm2 e 400°C) porque o aperto permissível é bem menor as tensões residuais são elevadas, e as descontinuidades de seção dão origem a concentração de esforços e facilitam a erosão e corrosão. d) Flange rosqueado - em tubulações industriais esses flanges são usados apenas para tubos de metais não-soldáveis (ferro fundido e alguns aços-liga não soldáveis), e para alguns tipos de tubos não- metálicos, como os de materiais plásticos, por exemplo. Empregam- se também para tubos de aço e de ferro forjado em tubulações secundárias (água, ar comprimido, etc.) e em redes domiciliares. São recomendadas soldas de vedação entre o flange e o tubo. O aperto permissível com esses flanges é pequeno, as tensões desenvolvidas são elevadas, e a rosca age como um intensificador de esforços, e também como uma permanente causa de vazamento. e) Flange de encaixe - esse flange é semelhante ao sobreposto, porém é mais resistente e tem um encaixe completo para a ponta do tubo, dispensando-se por isso a solda interna. É o tipo de flange usado para a maioria das tubulações de aço de pequeno diâmetro, até 2”. Por causa da descontinuidade interna não se recomendam esses flanges para serviços corrosivos. f) Flange solto - esses flanges que são também chamados de "van stone" não ficam como os demais presos à tubulação, e sim soltos, capazes de deslizar livremente sobre o tubo. Quando se empregam esses flanges solda-se a topo na extremidade do tubo uma peça especial denominada virola, que servirá de batente para o flange.A grande vantagem desses flanges é o fato de ficarem completamente fora do contato com o fluido circulante, sendo por isso muito empregados em serviços que exijam materiais caros especiais, tais como aços inoxidáveis, ligas de Ni, etc., bem como para tubos com revestimentos internos. Para todos esses serviços, os flanges podem ser de material barato, como ferro ou aço-carbono, ficando apenas os tubos e a virola de material especial. g) Flange cego - são flanges fechados, usados para extremidades de linhas ou fechamentos de bocais flangeados. Revisão: 31/03/2017 Pag. 15/100 Tipos de flanges JUNTAS PARA FLANGES Em todas as ligações flangeadas existe sempre uma junta que é o elemento de vedação. Quando em serviço, a junta está submetida a uma forte compressão provocada pelo aperto dos parafusos, e também a um esforço de cisalhamento devido à pressão interna do fluido circulante. O material da junta deverá ser deformável e elástico, para compensar as irregularidades das faces dos flanges dando una vedação perfeita, e para suportar as variações de pressão e de temperatura. Tipos de juntas para flanges Revisão: 31/03/2017 Pag. 16/100 ACESSORIOS DE TUBULAÇÃO Finalidades Tipos Ângulos a) Fazer mudança de direção em tubos Curvas de raio longo de 22, 1/20 , - Curvas de raios curto 450, 900 e - Curvas de redução 1800 - Joelhos - Joelhos de redução b) Fazer derivações em tubos: - Tês normais de 900 - Tês de 450 - Tês de redução - Peças em “Y” - Cruzetas - Cruzetas de redução - Selas - Colares - Anéis de reforço c) Fazer mudança de diâmetro em tubos - Reduções concêntricas - Reduções excêntricas - Reduções bucha d) Fazer ligações de tubos entre si: - Luvas - Uniões - Flanges - Niples - Virolas (para uso com flanges soltos) e) Fazer o fechamento da extremidade de um tubo: - Tampões - Bujões - Flanges cegos Revisão: 31/03/2017 Pag. 17/100 Acessórios para solda de topo 1.6. VÁLVULAS As válvulas são dispositivos destinados a estabelecer, controlar e interromper o fluxo em uma tubulação. São os acessórios mais importantes existentes nas tubulações e que por isso devem merecer o maior cuidado no seu manuseio. Em qualquer instalação existe sempre o menor número possível de válvulas, compatível com o funcionamento da mesma, porque as válvulas são peças caras, onde sempre há possibilidade de vazamento (em juntas, gaxetas, etc.) e que introduzem perdasde carga, às vezes de grande valor. As válvulas representam, em média, cerca de 80% do custo de uma instalação de processamento. A localização das válvulas é disposta de tal modo que facilite a manobra e a manutenção das mesmas, e para que as válvulas possam ser realmente úteis. CLASSIFICAÇÃO DAS VÁLVULAS Existe uma grande variedade de tipos de válvulas, algumas para uso geral, e outras para finalidades específicas. São os seguintes os tipos mais importantes de válvulas: a) Válvulas de Bloqueio: válvulas de gaveta válvulas de macho válvulas de esfera válvulas de comporta Revisão: 31/03/2017 Pag. 18/100 Denominam-se válvulas de bloqueio as válvulas que se destinam primordialmente a apenas estabelecer ou interromper o fluxo, isto é, que só devem funcionar completamente abertas ou completamente fechadas. b) Válvulas de Regulagem: válvulas de globo válvulas de agulha válvulas de controle válvulas de borboleta válvulas de diafragma Válvulas de regulagem são as destinadas especificamente para controlar o fluxo, podendo por isso trabalhar em qualquer posição de fechamento parcial. c) Válvulas que permitem o Fluxo em um só sentido: válvulas de retenção válvulas de retenção e fechamento válvulas de pé d) Válvulas que controlam a Pressão à Montante: válvulas de segurança e de alívio válvulas de contrapressão e) Válvulas que controlam a Pressão de Jusante válvulas redutoras e reguladoras de pressão COMPONENTES PRINCIPAIS DAS VÁLVULAS Carcaça O corpo e o castelo são as duas partes em que se divide a carcaça de uma válvula. O corpo é a parte principal da carcaça, onde estão o orifício de passagem do fluido e as extremidades (com flanges, roscas, etc.) para ligação às tubulações. O castelo é a parte superior da carcaça que se desmonta para acesso ao interior da válvula. Três meios mais usuais são empregados para a fixação do castelo ao corpo da. válvula: a) Castelo rosqueado diretamente ao corpo – É o sistema mais barato usado apenas em pequenas válvulas de baixa pressão. b) Castelo preso ao corpo por uma porca solta de união - Esse sistema é empregado para válvulas pequenas (até 2") de boa qualidade, para serviços severos ou altas pressões. c) Castelo aparafusado - É o sistema usado para válvulas grandes (3" em diante) e para qualquer pressão, por ser mais robusto e permitir muito melhor vedação. Qualquer que seja o sistema de fixação do castelo ao corpo da válvula deverá haver sempre uma junta de vedação entre essas duas peças. Revisão: 31/03/2017 Pag. 19/100 Mecanismo interno e gaxetas O mecanismo móvel interno da válvula (haste, peças de fechamento) e a sede, no orifício da válvula, onde o mesmo se assenta, chama-se "trim" da válvula. Essas peças, que são as partes mais importantes da válvula, estão sujeitas a grandes esforços mecânicos e devem ter uma usinagem cuidadosa para que a válvula tenha fechamento estanque: além disso, não podem sofrer desgaste por corrosão ou erosão nem deformações por fluência, que comprometeriam a estanqueidade da válvula. Por todas essas razões é freqüente que o trim da válvula seja feito de um material diferente e de melhor qualidade do que o da carcaça. Na maioria das válvulas a haste atravessa o castelo, saindo do corpo da válvula. Para evitar vazamentos pela haste, existem gaxetas convencionais com sobreposta e parafusos, ou com porcas de aperto, ou mais raramente, sistemas especiais de vedação, como retentores, foles, etc. Quando a haste é rosqueada (com acontece na maioria das válvulas), a rosca deve, de preferência estar por fora da gaxeta, para que não haja contato da rosca com o fluido, que estragaria a rosca. Nas válvulas pequenas, de baixa pressão, a rosca costuma ser interna, por dentro da gaxeta, por ser um sistema de construção mais barata. As válvulas para temperaturas muito baixas (serviços criogênicos) têm uma construção especial com a haste de grande comprimento, ficando as- sim o volante muito afastado do corpo da válvula, com a finalidade de dissipar a temperatura. Extremidades das válvulas Todas as válvulas são peças sujeitas a manutenção periódica, e por essa razão, em principio deveriam ser desmontáveis da tubulação. Tanto as válvulas rosqueadas como as flangeadas, são facilmente desmontadas da tubulação para reparos ou substituição. Também são bastante empregadas as válvulas com extremidades para solda de encaixe e para solda de topo. A desmontagem dessas válvulas é bem mais difícil, mas em compensação, não há risco de vazamentos na tubulação. São os seguintes os casos de emprego dos principais tipos de extremidade das válvulas: a) Extremidades flangeadas - Sistema usado em quase todas as válvulas, de qualquer material, empregadas em tubulações industriais de 2" ou maiores. b) Extremidades para solda de encaixe - Sistema usado principalmente em válvulas de aço, de menos de 2", empregadas em tubulações ligadas por solda de encaixe. c) Extremidades rosqueadas - Sistema usado em válvulas de 4" ou menores, empregadas em tubulações em que se permitam ligações rosqueadas. d) Extremidades para solda de topo - Sistema usado em válvulas de aço de mais de 2", em serviços com pressões muito altas ou com fluidos em que exijam eliminação absoluta do risco de vazamentos. Revisão: 31/03/2017 Pag. 20/100 Geralmente não são usadas válvulas com extremos para solda em tubulações de materiais que exijam tratamentos térmicos para a soldagem, a menos que a tubulação trabalhe a altas pressões. Partes componentes das válvulas MEIOS DE OPERAÇÃO DAS VÁLVULAS Há uma variedade muito grande de sistemas usados para a operação das válvulas; os principais são os seguintes: a) Operação manual: por meio de volante por meio de alavanca por meio de engrenagens, parafusos sem fim,etc. b) Operação motorizada: pneumática hidráulica elétrica c) Operação automática pelo próprio fluído (por diferença de pressões gerada pelo escoamento). por meio de molas ou contrapesos. A operação manual é o sistema mais barato e mais comumente usado; emprega-se em todas as válvulas que não sejam automáticas e para as quais não se exija operação motorizada. No manuseio das válvulas operadas manualmente, durante o seu fechamento (principalmente nas gavetas e globo) é necessário que após o fechamento total o volante seja girado na posição de abertura de 1/4 de volta para evitar o emperramento, manter hastes, roscas, lubrificados e acionados quando possível e evitar manusear seus volantes com chaves “F” desproporcionais para não quebrá-los. O fechamento das válvulas corresponde sempre à rotação da haste no Revisão: 31/03/2017 Pag. 21/100 sentido dos ponteiros do relógio, para quem olha a haste do extremo para o corpo da válvula. Nas válvulas com operação manual empregam-se os volantes ou as alavancas em válvulas até 12", e os sistemas com engrenagens de redução ou parafusos sem fim para válvulas maiores, a fim de tomar a operação mais leve . Para a operação manual de válvulas situadas fora do alcance do operador utilizam-se volantes ou alavancas com correntes, para válvulas de 2" ou maiores, colocadas acima do operador, e hastes de extensão, para válvulas, de qualquer tamanho, colocadas abaixo do operador. Os volantes para corrente têm uma coroa dentada onde se engrenam os elos da corrente; deve haver sempre um dispositivo de guia que impeça o desengate e a queda da corrente. As hastes de extensão terminam em um pedestal para a manobra do volante; quando o comprimento for muito grande devem existir mancais intermediários de guia. A operação motorizada é empregada apenas nos seguintes casos: em válvulas comandadas por instrumentosautomáticos; em válvulas situadas em posições inacessíveis; em certas válvu1as muito grandes, em que seja difícil a operação manual. Nos sistemas de operação motorizada, hidráulica ou pneumática a haste da válvula é comandada diretamente por um êmbolo ou um diafragma sujeita à pressão de um líquido ou de ar comprimido. O comando hidráulico bastante mais raro na prática do que o comando pneumático, é usado quase somente para válvulas muito grandes. A operação motorizada pneumática é o sistema mais usado nas válvulas comandadas por instrumentos automáticos. Válvula com acionador hidráulico Válvula com acionador elétrico Revisão: 31/03/2017 Pag. 22/100 TIPOS DE VÁLVULAS Válvulas de gaveta Esse é o tipo de válvula mais importante e de uso mais generalizado. Os principais empregos das válvulas de gaveta são os seguintes: a) Em quaisquer diâmetros para todos os serviços de bloqueio em linhas de água, óleo e líquidos em geral, desde que não sejam muito corrosivos, nem deixem muitos sedimentos ou tenham grande quantidade de sólidos em suspensão. b) Em diâmetros acima de 8" para bloqueio em linhas de vapor. c) Em diâmetros acima de 2" para bloqueio em linhas de ar. Em qualquer um desses serviços, as válvulas de gaveta são usadas para quaisquer pressões e temperaturas. O fechamento nessas válvulas é feito pelo movimento de uma peça chamada de gaveta, que se desloca paralelamente ao orifício da válvula, e perpendicularmente ao sentido geral de escoamento do fluido. Quando completamente abertas, a perda de carga causada pelas válvulas de gaveta é desprezível. Essas válvulas só devem trabalhar completamente abertas ou completamente fechadas, isto é, são válvulas de bloqueio a não de regulagem. Quando parcialmente abertas, causam perdas de carga muita elevadas e também laminagem da veia fluida, acompanhada muitas vezes de cavitação e violenta corrosão e erosão. Observe-se que as válvulas de gaveta são sempre de fechamento lento sendo impossível fecha-las instantaneamente: o tempo necessário para o fechamento será tanto maior quanto maior for a válvula. Essa é uma grande vantagem das válvulas de gaveta, porque assim controla-se o efeito dos golpes de aríete. As válvulas de gaveta dificilmente dão uma vedação absolutamente estanque; entretanto na maioria das aplicações práticas, tal vedação não é necessária. Diz-se que uma válvula dá uma vedação absolutamente estanque quando, com a válvula completamente fechada, submetendo-se à máxima pressão de serviço, não há o menor vazamento do outro lado. Revisão: 31/03/2017 Pag. 23/100 Válvula de Gaveta Válvulas de macho As válvulas de macho aplicam-se principalmente nos serviços de bloqueio de gases (em quaisquer diâmetros, temperaturas e pressões), e também no bloqueio rápido de água, vapor e líquidos em geral (em pequenos diâmetros e baixas pressões). As válvulas macho são recomendadas também para serviços com líquidos que deixem sedimentos ou que tenham sólidos em suspensão. Nessas válvulas o fechamento é feito pela rotação de uma peça (macho) onde há um orifício bloqueado, no interior do corpo da válvula. São válvulas de fecho rápido, porque se fecham com 1/4 de volta do macho ou da haste. As válvulas macho só devem ser usadas como válvulas de bloqueio,isto é, não devem funcionar em posições de fechamento parcial. Revisão: 31/03/2017 Pag. 24/100 Válvula de macho Variante das válvulas de Macho: Válvulas de esfera O macho nessas válvulas é uma esfera, que gira sobre um orifício, deslizando entre anéis retentores de material resiliente (borracha, neoprene, teflon, etc.), tornando a vedação absolutamente estanque. As vantagens da válvula de esfera sobre as de gaveta são o menor tamanho, peso, custo, melhor vedação e maior facilidade de operação. Algumas válvulas de esfera têm dispositivos especiais de dupla sede, que são anunciados como garantindo perfeita vedação no caso de destruição dos anéis retentores, estando a válvula envolvida por um incêndio. Existem válvulas desse tipo que têm o furo na esfera em forma de “V” e que podem ser empregadas tanto para bloqueio como para regulagem. Revisão: 31/03/2017 Pag. 25/100 Válvula de esfera Válvulas de 3 ou 4 vias O macho nessas Válvulas é furado em “T”, em "L" ou cruz, dispondo a válvula de 3 ou 4 bocais para ligação às tubulações. As válvulas de 3 e 4 vias são fabricadas e empregadas apenas em diâmetros pequenos, até 4". Válvula de 3 vias Válvulas de Globo Nas válvulas globo o fechamento é feito por meio de um tampão que se ajusta contra a sede da válvula, cujo orifício está geralmente em posição paralela ao sentido geral de escoamento do fluido. As válvulas de globo podem trabalhar em qualquer posição de fechamento, isto é, são válvulas de regulagem. Causa, entretanto, em qualquer posição fortes perdas de carga. As válvulas globo dão uma vedação bem melhor do que as válvulas gaveta, podendo-se conseguir, principalmente em válvulas pequenas, uma vedação absolutamente estanque. Na maioria das válvulas globo o Revisão: 31/03/2017 Pag. 26/100 fechamento é de metal contra metal, o que torna essas válvulas à prova de fogo desde que todos os metais sejam de alto ponto de fusão (mais de 1.100°C). Em algumas válvulas, de tamanhos pequenos, tem-se o tampão com um anel não metálico, de borracha, couro, neoprene, plásticos, etc. Essas válvulas, que estão tão limitadas às temperaturas de trabalho dos materiais não metálicos do tampão, dão uma vedação muito boa e destinam-se, entre outras aplicações, a serviço com fluidos corrosivos. O tampão pode ser integral com a haste, que é o sistema usado em válvulas pequenas e baratas, ou desmontável, que é a disposição usual nas válvulas maiores de melhor qualidade. Exceto em válvulas pequenas e baratas, a sede costuma ser postiça e substituível. As válvulas globo devem ser instaladas de forma que o fluido entre sempre pela face inferior do tampão. Essa disposição tem a vantagem de poupar as gaxetas, porque a pressão não fica agindo permanentemente sobre elas, e também de permitir, em muitos casos, o reengaxetamento com a válvula em serviço. As válvulas globo são usadas principalmente para serviços de regulagem e de fechamento estanque em linhas de água, óleos, líquidos em geral (não muito corrosivo), e para o bloqueio e regulagem em linhas de vapor e de gases. Para todos esses serviços as válvulas globo são empregadas para quaisquer pressões e temperaturas, em diâmetros até 8". Não se fabricam válvulas de globo em diâmetros maiores porque seriam muito caras e dificilmente dariam una boa vedação. Válvula de globo Revisão: 31/03/2017 Pag. 27/100 Variantes das válvulas globo: Válvulas angulares As válvulas angulares têm os bocais de entrada e de saída a 900, um com o outro, dando por isso perdas de carga bem menores do que as válvulas de globo normais. Essas válvulas têm pouco uso em tubulações industriais porque uma válvula, em principio, não deve sofrer os esforços aos quais as curvas e joelhos estão geralmente submetidos. Por essa razão, só se devem usar válvulas angulares, quando localizadas em uma extremidade livre da linha, principalmente tratando-se de linhas quentes. Válvula angular Válvulas em 'Y" Essas válvulas têm a haste a 450 com o corpo, de modo que a trajetória da corrente fluida fica quase retilínea, com um mínimo de perdas de carga. Essas válvulas são muito usadas para bloqueio e regulagem de vapor. Revisão: 31/03/2017 Pag. 28/100 Válvulas em 'Y" Válvulas de agulha O tampão nessas válvulas é substituído por uma peça cônica, aagulha, permitindo um controle de precisão do fluxo. São válvulas usadas para regulagem fina de líquidos e gases, em diâmetros até 2". Válvula de agulha Válvulas de retenção Essas válvulas permitem à passagem do fluido em um sentido apenas, fechando-se automaticamente por diferença de pressões, exercidas pelo fluido em conseqüência do próprio escoamento, se houver tendência à inversão no sentido do fluxo. São, portanto, válvulas de operação automática. Empregam-se as válvulas de retenção quando se quer impedir em determinada linha qualquer possibilidade de retorno do fluído por inversão do sentido de escoamento. Citaremos dois casos típicos de uso válvulas de retenção: a) Linhas de recalque de bombas (imediatamente após a bomba) quando se tiver mais de uma bomba em paralelo descarregando no mesmo tronco. As válvulas de retenção servirão nesse caso para evitar a possibilidade de ação de uma bomba que estiver operando sobre outras bombas que estiverem paradas. b) Linha de recalque de uma bomba para um tanque elevado ou como refluxo de uma torre elevada. A válvula de retenção evitará o retomo do líquido no caso de ocorrer uma paralisação súbita no funcionamento da bomba. As válvulas de retenção devem sempre ser instaladas de tal maneira que a ação da gravidade tenda a fechar a válvula. Em tubos verticais, por exemplo, as válvulas de retenção só podem ser colocadas se o fluxo for ascendente. Existem três tipos principais de válvulas de retenção: Revisão: 31/03/2017 Pag. 29/100 Válvulas de retenção de levantamento O fechamento dessas válvulas é feito por meio de um tampão, semelhante ao das válvulas globo, cuja haste desliza em uma guia interna. O tampão é mantido suspenso, afastado da sede, por efeito da pressão do fluido sobre a sua face inferior. É fácil de entender que caso haja tendência à inversão do sentido de escoamento, a pressão do fluido sobre a face superior do tampão, aperta-o contra a sede, interrompendo o fluxo. Existem modelos diferentes para trabalhar em posição horizontal e posição vertical. As válvulas de retenção de pistão são uma variante desse tipo nas quais a peça de fechamento é um pistão deslizante. Todas essas válvulas causam perdas de carga bastante elevadas, não sendo por isso fabricadas nem usadas para diâmetros acima de 6". As válvulas desse tipo são adequadas ao trabalho com gases e vapores. Não devem ser usadas para fluidos que deixem sedimentos ou depósitos sólidos. Válvula de retenção de levantamento Válvulas de retenção de portinhola É o tipo mais usual de válvulas de retenção; o fechamento é feito por uma portinhola articulada que se assenta no orifício da válvula. Existem também modelos para trabalhar em posição horizontal (mais comum) ou vertical. As perdas de carga causadas, embora elevadas, são menores do que as introduzidas pelas válvulas de retenção de levantamento. As válvulas de portinhola não devem ser usadas em tubulações sujeitas a muito freqüentes inversões de sentido de fluxo, porque nesse caso tem tendência a vibrar fortemente. Para diâmetros muito grandes, acima de 12", essas válvulas costumam ter a portinhola balanceada, isto é, o eixo de rotação atravessa a portinhola que fica assim com uma parte para cada lado do eixo. A finalidade dessa disposição é amortecer o choque de fechamento da válvula quando houver inversão do fluxo. Revisão: 31/03/2017 Pag. 30/100 Algumas válvulas de retenção desse tipo têm uma alavanca externa, com a qual a portinhola pode ser aberta ou fechada, à vontade, quando necessário. Válvula de retenção de portinhola Válvulas de retenção de esfera Essas válvulas são semelhantes às válvulas de retenção de levantamento, sendo porém o tampão substituído por uma esfera. É o tipo de válvula de retenção cujo fechamento é mais rápido. Essas válvulas, que são muito boas para fluidos de alta viscosidade, são fabricadas e usadas apenas para diâmetros até 2". Válvula de retenção de esfera Válvulas de retenção de pé São válvulas de retenção especiais para manter a escorva nas linhas de sucção de bombas. São semelhantes às válvulas de retenção de levantamento, tendo geralmente no tampão um disco de material resiliente (couro, borracha, etc.), para melhorar a vedação. Possuem também uma grade externa de proteção. Revisão: 31/03/2017 Pag. 31/100 Válvula de retenção de pé Válvulas de borboleta Essas válvulas são usadas principalmente por tubulações de grande diâmetro (mais de 20",), de baixa pressão onde não se exija vedação perfeita, para serviços com água, ar, gases, materiais pastosos, bem como para líquidos sujos ou contendo sólidos em suspensão. O fechamento da válvula é feito por meio de uma peça circular que pivota em torno de um diâmetro perpendicular ao sentido de escoamento do fluido. A válvula de borboleta mostrada é do tipo "wafer" destinada a ser instalada entre dois flanges de tubulação. Existem também válvulas de construção convencional com flanges integrais, que evidentemente são mais pesadas e mais compridas do que o modelo da figura. Válvula de borboleta Válvulas de diafragma São válvulas sem gaxeta muito usadas para fluidos corrosivos, tóxicos, inflamáveis, ou perigosos de um modo geral. O fechamento da válvula é feito por meio de um diafragma flexível que é apertado contra a sede; o mecanismo móvel que controla o diafragma fica completamente fora do contato com o fluido. As válvulas de diafragma são quase sempre válvulas pequenas (até 6"), geralmente de materiais não metálicos ou de metais com revestimentos internos especiais contra a corrosão (vidro, porcelana, ebonite, borracha, Revisão: 31/03/2017 Pag. 32/100 plásticos, etc.). A temperatura limite de trabalho da válvula está em geral na dependência do material empregado no diafragma que varia conforme o fluido conduzido (borracha natural, borrachas sintéticas, neoprene, teflon,etc.). Válvula de diafragma Válvulas redutoras de pressão As válvulas redutoras de pressão regulam a pressão a jusante da válvula, fazendo com que essa pressão mantenha-se dentro de limites preestabelecidos. Essas válvulas são automáticas, isto é, funcionam sem intervenção de qualquer ação externa. Em muitas delas o funcionamento se faz através de uma, pequena válvula-piloto, integral com a válvula principal e atuada pela pressão de montante, que dá ou não passagem ao fluido para a operação da válvula principal. Tanto a válvula-piloto com a principal fecham-se por meio de molas de tensão regulável de acordo com a pressão desejada. Revisão: 31/03/2017 Pag. 33/100 Válvula redutora de pressão Válvulas de controle Essas válvulas são usadas em combinação com instrumentos automáticos, e comandadas à distância por esses instrumentos, para controlar a vazão ou a pressão de um fluido. A válvula tem sempre um atuador (pneumático, hidráulico ou elétrico), que faz movimentar a peça de fechamento, em qualquer posição, em determinada proporção, por um sinal recebido de uma fonte motriz externa. Esse sinal (a pressão do ar comprimido, por exemplo) é comandado diretamente pelo instrumento automático. A válvula em si é quase sempre semelhante a uma válvula de globo. Para diminuir o esforço necessário à operação, e assim facilitar o controle, essas válvulas têm freqüentemente dois tampões superpostos na mesma haste, que se assentam em duas sedes colocadas de tal maneira que a pressão do fluido exercida sobre um tampão contrabalança a pressão exercida sobre o outro. Válvula de controle DISPOSITIVOS DE ALIVIO DE PRESSÃO Generalidades Na indústria de processos para todos os vapores, gases e líquidossob pressão há necessidade de instalar dispositivos de segurança e alivio para garantir que não haja acidentes por excesso de pressão. Dentre estes dispositivos os principais são as válvulas de segurança e de alivio de pressão e os discos de ruptura. Essas válvulas que controlam a pressão à montante abrindo-se Revisão: 31/03/2017 Pag. 34/100 automaticamente quando essa pressão ultrapassar um determinado valor para o qual a válvula foi ajustada, são chamadas de "válvulas de segurança" quando destinadas a trabalhar com fluidos elásticos (vapor, ar, gases) e de "válvulas de alivio", quando destinadas a trabalhar com líquidos, que são fluidos incompressíveis. Devido a compressibilidade e a força elástica para fazer cair a pressão de um gás é necessário que um grande volume de gás possa escapar em um tempo muito curto. Por essa razão o desenho dos perfis da sede e do tampão nas válvulas de segurança é feito de tal forma que a abertura total se dê imediatamente após ser atingida a pressão de abertura, nas válvulas de alívio pelo contrário a abertura é gradual atingindo o máximo com 110 a 125% da pressão de abertura porque uma pequena quantidade de líquido que escape faz logo abaixar muito a pressão. Válvulas de segurança e de alívio de pressão Basicamente, o principio de funcionamento dos diversos tipos existentes de válvulas automáticas de proteção de equipamentos, contra excesso de pressão, é o mesmo diferindo apenas no desenho interno, devido às diferentes condições de emprego de cada tipo. Tal principio resume-se no seguinte: trata-se de um dispositivo que consiste de uma mola ou contrapeso regulável, que age sobre um disco ou uma esfera, pressionando-a contra uma sede. A uma pressão previamente determinada capaz de vencer a tensão exercida pela mola ou contrapeso, o disco ou esfera se desloca, permitindo o fluxo através da sede. Quando a pressão é aliviada, caindo a um valor abaixo daquele que provocou a abertura da válvula, o disco ou esfera retorna à posição anterior. Nas válvulas de segurança a sede (ou disco) quando começa a abrir oferece una área adicional à pressão do sistema ajudando-a no sentido de uma abertura mais rápida. Junto à sede da válvula existe um anel ajustável que permite aumentar aquela área adicional ao regular-se ao referido anel. Podemos regular também a pressão das descargas dos gases (blow down) tendo-se o cuidado durante o ajustamento para não diminuir excessivamente a pressão de descarga dos gases, pois isto produzirá golpes no instante da abertura e também dificultara a rapidez da ação. Nas válvulas de alívio, a superfície, exposta é a mesma, desde o começo até o fim da abertura, portanto tem-se um levantamento gradativo da válvula até chegar a abertura total em caso da pressão continuar subindo. As válvulas de segurança geralmente têm regulação nas molas, podendo- se ajustar pela tensão da mola e por uma porca ajustável que fica na parte superior da haste. Revisão: 31/03/2017 Pag. 35/100 Válvula de segurança Válvula de pressão e vácuo Outro tipo de alívio de pressão é a válvula de pressão e vácuo utilizada em tanques de estocagem também chamadas de quebra vácuo ou ventosas. Sua finalidade é dar alivio aos vapores do produto gerados em conseqüência da elevação da temperatura ambiente, ou nas ocasiões em que se registra enchimento do tanque, para isto abrindo-se a uma pressão ligeiramente superior à pressão atmosférica, e também a de possibilitar a entrada de ar no tanque nas ocasiões de descarregamento do mesmo. Seu principio de funcionamento baseia-se em um dispositivo que conta com dois bocais de alívio independentes e cuja vedação é feita através de um disco contra uma sede, que são instaladas de maneira inversa, abrindo-se um deles no caso de pressão no interior do tanque, e o outro no caso de vácuo. Disco de ruptura É um dispositivo que pode em alguns casos substituir as válvulas na proteção contra excesso de pressão ou trabalhar em conjunto com elas. São dispositivos de segurança com a função de proteger um sistema líquido ou gases, ante um excesso de pressão por um mau funcionamento dos equipamentos mecânicos, disparos de reação ou por incêndios internos ou externos. Este dispositivo oferece um alivio instantâneo e sem restrições. Além disso, pode ser empregado para sistemas com fluidos corrosivos ou instáveis (formadores de polímeros), para proteger a sede e assegurar o bom funcionamento das válvulas de segurança. Neste caso o equipamento tem um disco de ruptura antes da PSV. Trata-se de um disco que, normalmente, é pressionado entre dois flanges acoplados ao equipamento a ser protegido. Seu rompimento a uma pressão previamente determinada propiciará alivio Revisão: 31/03/2017 Pag. 36/100 no caso de excesso de pressão no sistema, protegendo, assim, o equipamento desejado. O material empregado comumente é alumínio, níquel, ou aço inox, mas às vezes é construído para processos especiais em cobre, prata, platina, titânio, etc. Disco de ruptura 1.7. JUNTAS DE EXPANSÃO As juntas de expansão são peças não-rígidas que se intercalam nas tubulações com a finalidade de absorver total ou parcialmente as dilatações provenientes das variações de temperatura e também de impedir a propagação de vibrações. As juntas de expansão são, entretanto, raramente usadas: na maioria dos casos, o controle da dilatação térmica dos tubos é feito simplesmente por um traçado conveniente dado à tubulação, com diversas mudanças de direção, de maneira que a tubulação tenha flexibilidade própria o suficiente. São os seguintes os principais casos em que se justifica o emprego de juntas de expansão: a) Quando o espaço disponível é insuficiente para que se possa ter um trajeto da tubulação com flexibilidade capaz de absorver as dilatações. b) Em tubulações de diâmetro muito grande (acima de 20"), ou de material muito caro, onde haja interesse econômico em fazer-se o trajeto o mais curto possível. c) Em tubulações que por exigências de serviço devam ter trajetos diretos retilíneos, com um mínimo de perdas de carga ou de turbilhonamentos. d) Em tubulações sujeitas a vibrações de grande amplitude. e) Em certas tubulações ligadas a equipamentos delicados, ou muito sensíveis. A junta de expansão servirá, nesse caso, para evitar a possibilidade de transmissão de esforços da tubulação para o equipamento. f) Para a ligação direta entre dois equipamentos. Comparando-se uma junta de expansão com uma tubulação com curvas capazes de absorver uma dilatação equivalente, verifica-se que a tubulação com curvas, devido ao maior comprimento de tubo necessário, conduz a maiores valores das perdas de carga e das perdas de calor, acréscimo esse que pode chegar a 30%. Em compensação, as juntas de expansão são em geral mais caras do que o comprimento adicional de tubo, principalmente para pequenos diâmetros. A desvantagem mais séria Revisão: 31/03/2017 Pag. 37/100 das juntas de expansão é, porém, o fato de constituírem sempre um ponto fraco da tubulação, sujeito a defeitos, a vazamentos, e a maior desgaste, podendo dar origem a sérios acidentes, e com necessidade constante de inspeção e de manutenção: essa é a principal razão do seu pouco uso. Juntas de expansão 1.8. AQUECIMENTO DAS TUBULAÇÕES O aquecimento das tubulações pode ser feito com as seguintes finalidades: a) Manter os líquidos de alta viscosidade em condições de escoamento; b) Manter determinados líquidos, por exigência de serviço, dentro de certos limites de temperatura. Para qualquer uma das duas finalidades acima o aquecimento deve ser feito em regime contínuo. No caso de líquidos de alta viscosidade basta, às vezes, aquecer apenas nos períodos de frio,quando a temperatura ambiente estiver muito baixa. c) Pré aquecer os tubos, no início do funcionamento, para liquefazer depósitos sólidos que se tenham formado no interior dos tubos, enquanto o sistema esteve parado. Com essa finalidade, basta que o aquecimento seja feito no período inicial de funcionamento, depois de cada interrupção prolongada de serviço. Observe-se que o aquecimento dos tubos não se destina a elevar a temperatura do líquido circulante, deseja-se apenas compensar as perdas Revisão: 31/03/2017 Pag. 38/100 de calor que se dão ao longo da tubulação, para que a temperatura inicial do líquido seja mantida. O meio de aquecimento mais usado em tubulações industriais é o vapor de baixa ou de média pressão (0,7 a 10 kgfcm2) através de “steam- tracing”. Qualquer que seja o sistema de aquecimento empregado nunca pode dispensar o isolamento térmico da tubulação, sem o qual a eficiência do aquecimento seria baixíssima. De um modo geral, devem ser aquecidas as tubulações que trabalham com líquidos de alta viscosidade, alto ponto de congelamento, ou líquidos que tendam a formar depósitos sólidos quando resfriados. Algumas vezes é necessário também o aquecimento em linhas de gases liquefeitos, para evitar o congelamento em pontos onde haja uma forte descompressão do gás, como é o caso, por exemplo, no trecho a jusante de certas válvulas de controle. SISTEMAS USADOS PARA O AQUECIMENTO São os seguintes os principais sistemas usados para o" aquecimento das tubulações: Tubos de aquecimento externos paralelos O aquecimento é feito por um ou mais tubos de vapor, paralelos, de pequeno diâmetro (steam-tracers), justaposto externamente ao tubo principal. Os tubos de vapor são amarrados no tubo a aquecer, e o conjunto todo é envolvido com isolamento térmico. Esse sistema tem as vantagens do baixo custo inicial, facilidade de manutenção e impossibilidade de contaminação do fluido circulante pelo vapor e vice-versa. Em compensação, as desvantagens são o aquecimento irregular e de difícil controle, troca de calor apenas por irradiação e convecção, e aquecimento inicial lento. Pode-se conseguir melhor eficiência da troca de calor, preenchendo-se os espaços entre os tubos de aquecimento e o tubo a aquecer, com massas especiais que possuem alto coeficiente de transmissão de calor. Aquecimento em paralelo Tubo de aquecimento externo em espiral Revisão: 31/03/2017 Pag. 39/100 Nesse sistema, o tubo de aquecimento, por onde corre o vapor, é enrolado em espiral no tubo a aquecer. Essa disposição é usada apenas quando se deseja uma troca de calor mais intensa, ou para aquecimento de acessórios e equipamentos de formato irregular. O aquecimento por tubo em espiral é bem mais caro e complicado do que o por tubos paralelos permitindo, entretanto um aquecimento mais intenso e mais uniforme. Cada ramal de tubo de aquecimento só pode abranger um pequeno comprimento de tubo principal. Aquecimento em espiral Camisa externa Nesse sistema o fluido de aquecimento corre por um tubo externo de diâmetro maior envolvendo completamente o tubo a aquecer. A camisa externa de aquecimento é uma solução complicada, de preço elevado e de manutenção custosa. A dilatação diferencial entre o tubo interno e a camisa é sempre difícil de ser compensada; há ainda a possibilidade de contaminação em conseqüência de qualquer vazamento, que por sua vez é também difícil de ser descoberto, localizado e reparado. Em compensação, esse sistema permite um aquecimento rápido, intenso e controlado, sendo por isso empregado apenas quando houver necessidade desses requisitos. O fluido de aquecimento pode ser vapor de baixa pressão, água quente, óleos ou fluidos especiais de alto ponto de ebulição, com os quais conseguem-se temperaturas mais altas com baixas pressões. Camisa externa 1.9. ISOLAMENTOS TÉRMICOS Todos os isolamentos térmicos têm por finalidade geral reduzir as trocas de calor do tubo para o meio ambiente, ou vice-versa. Distinguem-se duas classes gerais de isolamentos térmicos: Revisão: 31/03/2017 Pag. 40/100 a) Isolamentos para linhas quentes, isto é, para tubos cujas temperaturas de operação sejam superiores à temperatura ambiente. b) Isolamentos para linhas frias, isto é, para tubos cujas temperaturas de operação sejam inferiores à temperatura ambiente. Tanto para as linhas quentes como para as frias, o isolamento térmico pode ser usado por diversas razões, com finalidades específicas diferentes, que são as seguintes: 1. Motivo econômico - As perdas de calor ou de frio, de um fluido para o exterior, representam um desperdício da energia empregada no aquecimento, ou na refrigeração. O emprego do isolamento térmico resulta, portanto, em economia de energia. 2. Motivo de serviço - Em muitos casos, independente de razões econômicas, o isolamento térmico deve ser aplicado por exigências da natureza do serviço, seja para manter o fluido em uma determinada temperatura, seja para conseguir que o fruído possa chegar ao destino com a temperatura desejada. A manutenção de um fluido em uma determinada temperatura pode ser necessária, entre outras razões, para evitar o congelamento, a vaporização, a polimerização ou transformações químicas no fluido. 3. Proteção pessoal - O isolamento térmico pode também ser necessário para evitar queimaduras em alguém que se encoste à tubulação, ou, em alguns casos, para evitar o desconforto da excessiva irradiação de calor. O isolamento para linhas frias pode ainda ser necessário por uma outra razão, que é evitar a formação de orvalho ou de gelo na superfície dos tubos, provenientes da condensação da umidade do ar. O orvalho se forma nos tubos cuja temperatura seja inferior à ambiente, mas superior a 0 0C; o gelo se forma nos tubos cuja temperatura seja inferior a 0 0C. Isolamento térmico 1.10. PURGADORES DE VAPOR Revisão: 31/03/2017 Pag. 41/100 ELIMINAÇÃO DO CONDENSADO Imaginemos o que ocorre no momento em que o vapor entra no sistema desde a caldeira e encontra as superfícies das tubulações de distribuição e os equipamentos frios. Haverá um diferencial de temperatura elevado entre o vapor e as paredes metálicas, acarretando uma grande velocidade na transferência de calor. Nesta condição, o consumo de vapor será alto, pois, a condensação se dará de forma muito rápida. À medida que o diferencial de temperatura vai diminuindo, menor será a quantidade de condensado formado, sendo também menor o consumo de vapor. No momento em que as temperaturas do vapor e das superfícies metálicas se equilibrarem, a taxa de condensação será mínima e o consumo de vapor se manterá estável. Existe a necessidade de se eliminar o condensado dos sistemas com o intuito de agilizar os tempos de aquecimento. Supondo um equipamento conforme a figura, se colocarmos um furo em sua parte inferior, todo o condensado será eliminado Vapor Condensado Porém, além do condensado, também haverá descarga de vapor. Se o objetivo é aproveitar toda a energia do vapor no processo, temos que pensar em algo que possa descarregar o condensado sem perder vapor. PURGADORES DE VAPOR Somente através da aplicação de válvulas automáticas conseguimos garantir a descarga do condensado sem perda de vapor. Isso porque essas válvulas reagem, abrindo ou fechando, em função da presença de condensado. Válvulas assim são chamadas de PURGADORES e sua função é drenar condensado sem perder vapor. Existem vários tipos de purgadores, cada qual com suas características próprias de funcionamento, que definem sua aplicação ideal. Se as condições de operação de todos os pontos de aplicação fossem as mesmas, teríamos um único tipo de purgador paraatendê-las. Porém, na prática, isso não ocorre. Portanto, não existe um purgador universal, que se aplique em qualquer condição de processo. Revisão: 31/03/2017 Pag. 42/100 Além do condensado, temos que levar em consideração também o efeito nocivo do ar em sistemas de vapor. Nem todos os purgadores possuem características de eliminadores de ar. TIPOS DE PURGADORES Os tipos de purgadores diferenciam-se basicamente pelas várias formas de acionamento, sendo assim divididos: PURGADORES TERMOSTÁTICOS Este tipo identifica e diferencia vapor e condensado através da diferença de temperatura, sensibilizado por um elemento termostático. Para ser eliminado, o condensado deve atingir uma temperatura abaixo da temperatura de saturação. Os purgadores termostáticos podem ser: de pressão balanceada de expansão líquida bimetálicos PURGADORES MECÂNICOS Operam em função da diferença de densidade entre vapor e condensado. Essa diferença faz atuar um elemento que se movimenta num determinado sentido, atuando sobre o orifício de descarga. Podem ser: de bóia livre de bóia e alavanca de balde aberto de balde invertido PURGADORES TERMODINÂMICOS A abertura se dá pela diferença de velocidade entre vapor e condensado. Essa ação ocorre num disco que bloqueia a passagem com a alta velocidade do reevaporado e abre com a baixa velocidade do condensado. OUTROS TIPOS São aqueles que não se classificam em nenhuma das categorias anteriores. Podem ser: tipo labirinto tipo impulso Purgadores termostáticos de pressão balanceada Revisão: 31/03/2017 Pag. 43/100 O elemento termostático é uma cápsula preenchida com uma mistura à base de álcool, que sofre a ação de expansão ou retração em função da temperatura. Na extremidade da cápsula localiza-se a esfera, que age sobre o orifício. O elemento é fixo em sua parte superior, fazendo com que haja livre movimento da esfera no sentido vertical. No início do processo, o vapor circula pelo sistema empurrando o ar presente, sendo este imediatamente eliminado pelo purgador. O condensado frio que vem em seguida também é descarregado. O condensado quente que vem a seguir faz com que haja absorção de calor pelo elemento, que será transmitido para a mistura alcoólica. Pelo fato desta possuir ponto de ebulição abaixo da temperatura de ebulição da água, a mistura entrará em ebulição antes da chegada do vapor, aumentando a pressão interna do elemento, sendo esta maior que a pressão existente no corpo do purgador. Nesse instante, ocorrerá a expansão do elemento, fazendo com que a esfera se assente sobre o orifício, não permitindo perdas de vapor. À medida que o condensado contido no corpo se resfria, haverá perda de calor na mistura alcoólica, provocando sua condensação e a diminuição da pressão interna. Ocorre, então, a retração do elemento, fazendo a esfera se afastar do orifício, promovendo a abertura do purgador e a conseqüente descarga do condensado. Principais características: Possuem grandes capacidades de descarga comparada com seu tamanho; São excelentes eliminadores de ar; Ajustam-se automaticamente às variações de pressão do sistema; São de fácil manutenção, não sendo necessária a desmontagem do purgador da linha para troca dos internos; Podem sofrer avarias por golpes de aríete; Podem sofrer ataque pela presença de condensado corrosivo, a não ser que o elemento seja de aço inox; Não atendem as condições de operação com vapor superaquecido; Descarregam o condensado abaixo da temperatura do vapor, podendo causar alagamentos; Portanto, não são recomendados em processos onde se deseja descarregar o condensado assim que haja sua formação. Revisão: 31/03/2017 Pag. 44/100 Purgador termostático de pressão balanceada Purgadores termostáticos de expansão líquida Opera pela expansão e retração de um termostato contendo um líquido que responde às variações de temperatura entre vapor e condensado. Na ausência do vapor, o ar e o condensado fluem livremente pelo orifício da sede. O elemento termostático contém óleo que está em contato com um pistão de movimento livre, constituído de uma haste central contendo, numa das extremidades, o obturador. Havendo aumento na temperatura do condensado, o calor é transmitido ao óleo, ocasionando sua expansão, fazendo atuar o pistão, que empurra o obturador contra o assento da sede. Essa atuação se dá de forma gradual, reduzindo o fluxo de condensado até que ocorra o fechamento total do purgador, sem que haja perdas de vapor. Se a formação de condensado ocorrer a uma velocidade constante, o pistão permanecerá numa posição fixa, permitindo o fluxo livre do condensado. Uma maior quantidade de condensado acarreta numa diminuição da temperatura do óleo, fazendo com que o pistão se retraia, permitindo uma abertura maior entre o obturador e a sede. Já uma menor quantidade de condensado faz ocorrer o contrário, uma vez que a temperatura do óleo aumentará devido à aproximação do vapor. Principais características: Permitem ajustes para descarregar condensado a baixas temperaturas (aproveitamento do calor sensível); São excelentes eliminadores de ar; São muito resistentes a golpes de aríete e a vibrações; Não absorvem grandes variações de pressão, em função de sua forma construtiva; Possuem baixa resistência quando da presença de condensado corrosivo; Descarregam condensado a temperaturas abaixo de 100C, possibilitando alagamentos. Não devem ser aplicados em drenagem de sistemas onde se requeira eliminação imediata do condensado. Revisão: 31/03/2017 Pag. 45/100 Purgador termostático de expansão líquida Purgadores termostáticos bimetálicos Neste tipo, o movimento de abertura e fechamento é obtido pela deformação de uma lâmina composta de dois metais que, quando aquecidas, sofrem dilatação em proporções diferentes, causando uma deformação nas placas metálicas de materiais diferentes, quando submetidas a um aquecimento: Frio Q uente Par bimetálico Abaixo vemos um purgador que utiliza uma única placa bimetálica, sendo que uma das extremidades encontra-se fixa e a outra contém o obturador: Purgador termostático bimetálico Ar e condensado fluem livremente no início do processo, até que este atinja temperaturas próximas do vapor. Neste momento, a placa bimetálica se curvará para baixo, levando o obturador contra o orifício da sede, bloqueando o fluxo. A abertura só voltará a ocorrer assim que o condensado contido no corpo perca calor de forma suficiente, fazendo a placa bimetálica voltar à sua posição inicial. A deformação da placa se dá a uma temperatura fixa, independente das condições de pressão e temperatura do vapor. Por outro lado, uma vez fechado, a pressão do vapor exerce uma força sobre o obturador a favor Revisão: 31/03/2017 Pag. 46/100 do sentido de fechamento, tornando sua abertura dificultosa. Portanto, para que haja abertura do purgador, o condensado deverá se resfriar consideravelmente. Além disso, a força exercida pelo elemento bimetálico é muito pequena, necessitando, portanto, de uma quantidade maior de placas, implicando numa lentidão na reação diante das variações de temperatura. Uma outra forma de melhorar o projeto deste modelo é a utilização de lâminas bimetálicas na forma apresentada abaixo: Lâminas bimetálicas Lâmina bimetálica cruzada Purgador termostático de lâminas cruzadas Principais características: Possuem grandes capacidades de descarga comparada com seu tamanho. São excelentes eliminadores de ar São muito resistentes a golpes de aríete. Podem ser projetadospara resistir a ação de condensado corrosivo Podem trabalhar em altas pressões e com vapor superaquecido O obturador localizado na saída serve como retenção ao fluxo inverso São de fácil manutenção Não respondem rapidamente às variações de pressão Descarregam o condensado abaixo da temperatura de saturação, não sendo viável sua instalação em sistemas onde se necessita uma rápida drenagem do condensado. Purgadores mecânicos de bóia O condensado chega ao corpo do purgador através do orifício e, à medida que o nível da água vai aumentando, a bóia se eleva. Como a alavanca interliga a bóia ao obturador, essa elevação desloca o obturador, afastando-o da sede, permitindo o fluxo de condensado. Percebe-se que, ao variar o nível da água, irá variar a abertura, permitindo a drenagem do condensado de forma contínua, independente das condições de vazão do processo. Na ausência do condensado, a bóia voltará à posição inferior e o obturador se assentará contra a sede, bloqueando o fluxo. Revisão: 31/03/2017 Pag. 47/100 Esses purgadores são dotados de um elemento eliminador de ar, idêntico ao elemento termostático de um purgador de pressão balanceada. Na presença do ar, com o purgador frio, o elemento encontra-se retraído, permitindo o fluxo pelo orifício. Com a chegada do condensado quente, o elemento se expande, levando a esfera contra o orifício, bloqueando a passagem. Principais características: Proporcionam a descarga contínua do condensado na mesma temperatura do vapor, sendo ideais para aplicações onde haja a necessidade da imediata eliminação do condensado. São os únicos que possibilitam a eliminação do vapor preso, desde que dotados da válvula tipo SLR, visto anteriormente. São bons eliminadores de ar, desde que providos com elemento próprio. Absorvem muito bem quaisquer variações de pressão e / ou vazão. Podem sofrer danos por golpes de aríete e por condensado corrosivo. Lâminas bimetálicas Lâmina bimetálica cruzada Purgador termostático de lâminas cruzadas Lâmina bimetálica cruzada Purgador termostático de lâminas cruzadas Purgadores mecânicos de balde invertido Os purgadores de balde invertido operam em função da força proporcionada pelo vapor que, ao entrar no balde, o faz flutuar sobre o condensado presente. No início do processo, o balde encontra-se na posição inferior, mantendo o orifício da sede aberto. O ar é descarregado, passando pelo orifício do balde e fluindo pelo orifício da sede. O condensado entra pelo orifício, fazendo aumentar o nível de água, tanto no interior como na parte externa do balde. Este permanece na posição inferior, mantendo a sede aberta, permitindo o fluxo de condensado na descarga. Quando chega o vapor, este eleva o balde, fazendo-o flutuar, fechando a sede através do obturador incorporado a um sistema de alavanca. O vapor contido no balde flui lentamente pelo orifício, ao mesmo tempo que vai perdendo sua Revisão: 31/03/2017 Pag. 48/100 parcela de calor latente, vindo a se condensar. Se o vapor continuar chegando, o purgador permanecerá fechado. Caso chegue condensado em grande volume, o balde não poderá continuar flutuando, voltando à posição inferior, abrindo a sede e permitindo a descarga. Principais características: Atendem altas pressões São muito resistentes a golpes de aríete e a condensado corrosivo Eliminam o ar de forma lenta Necessitam de um selo d’água para operar Necessitam de válvula de retenção na entrada para se evitar a perda do selo d’água, em função de eventuais variações de pressão Purgador mecânico de balde invertido Purgadores termodinâmicos São purgadores de construção extremamente simples. Purgador termodinâmico O purgador se divide em três partes básicas, sendo elas: corpo, tampa e disco, sendo esta última sua única parte móvel. O assento do disco sobre a sede se dá através dos ressaltos formados pelo canal localizado na cabeça do corpo do purgador. As faces de assentamento e o disco são planos, para garantir o perfeito fechamento do purgador, isolando os orifícios de entrada e saída. No início do processo, ar e condensado frio alcançam o purgador passando pelo orifício. O disco se desloca para cima até apoiar-se no ressalto localizado na tampa, permitindo o fluxo pelos orifícios de saída. A temperatura do condensado vai aumentando gradualmente e, ao ser descarregado, possibilita a formação de uma determinada quantidade de Revisão: 31/03/2017 Pag. 49/100 vapor flash. Essa mistura (condensado + vapor flash) continua a fluir pela parte inferior do disco. Porém, o vapor ocupa um volume muito maior que o condensado, fazendo aumentar a velocidade de saída em função do aumento da temperatura do condensado. O aumento da velocidade acarreta numa diminuição da pressão estática abaixo do disco, fazendo-o descer, se aproximando dos ressaltos e permitindo a passagem de uma parcela de vapor flash pela lateral do disco até a câmara de controle. Purgador termodinâmico em funcionamento O vapor flash passa a exercer uma pressão estática sobre toda a superfície do disco, sendo esta pressão suficiente para vencer a pressão exercida pelo fluído na entrada. Nesse momento, o disco se apóia definitivamente sobre os assentos, não permitindo o fluxo na descarga. Purgador termodinâmico em funcionamento O disco permanece fechado até que ocorra a condensação do vapor flash contido na câmara de controle, devido à transferência de calor para a atmosfera e para o próprio corpo do purgador. Essa condensação faz diminuir a pressão exercida sobre a parte superior do disco, fazendo com que a pressão exercida pelo condensado retido na entrada possa vencê-la, elevando o disco e permitindo a abertura do purgador. Não há riscos de perdas de vapor, pois, o tempo necessário para que o vapor flash se condense na câmara de controle é suficiente para garantir a chegada do condensado ao purgador antes da abertura. Os purgadores termodinâmicos podem ser de fluxo simples (um único orifício de saída) ou distribuído (até três orifícios de saída). A vantagem deste último é a ocorrência de um fluxo simétrico na descarga, evitando- se o desgaste desigual das superfícies de assentamento. Por sua vez, o disco possui em uma das faces uma ou mais ranhuras, que servem para romper as linhas de fluxo para as bordas do disco, retardando seu Revisão: 31/03/2017 Pag. 50/100 fechamento até que o condensado atinja uma temperatura bem próxima da do vapor. Principais características: Não necessitam de ajustes em função das variações de pressão São muito compactos e possuem grandes capacidades de descarga em comparação ao seu tamanho Admitem altas pressões Não sofrem danos por golpes de aríete São altamente resistentes a condensado corrosivo São de fácil manutenção Podem operar em qualquer posição (preferencialmente na horizontal, em função do desgaste do disco) Não admitem contrapressões ou pressões diferenciais baixas Eliminam o ar, desde que a pressão no início do processo se eleve lentamente Caso seja instalado em ambientes expostos à atmosfera, é imprescindível a montagem de uma proteção sobre a tampa (chamada ISOTUB) para evitar que ocorra uma rápida condensação do vapor flash contido na câmara de controle. Isso faz com que o purgador promova aberturas e fechamentos em curtos espaços de tempo, causando perda de vapor e desgaste prematuro. Descarregam o condensado de forma intermitente Não atendem bem grandes variações de pressão e vazão de condensado Revisão: 31/03/2017 Pag. 51/100 2. V A S O S, TANQUES E AGITADORES 2.1. INTRODUÇÃO
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