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Regra Ortográfica
Trema
Deixou de ser usado, mas nada muda na pronúncia.
Bilíngue; pinguim; cinquenta; linguístico; delinquente; Antiguidade; quinquênio; tranquilo; sequestro; consequência; aguentar; sagui; arguir
Atenção:
Exceção para nomes próprios estrangeiros (como Müller e Bündchen)
Ditongos abertos
Os ditongos 'éi', 'ói' e 'éu' só continuam acentuados no final da palavra
Boia; paranoico; heroico; plateia; ideia; tipoia
Mas céu, dói, chapéu, anéis, lençóis não mudam.
Atenção: 
O acento será mantido em destróier e Méier, conforme a regra que manda acentuar os paroxítonos terminados em 'r'
Acento diferencial de tonicidade
Não se acentuam mais certos substantivos e formas verbais para distingui-los graficamente de outras palavras.
Vou para casa. (preposição)
Ela não para de chorar. (verbo)
Vou pelo morro/pela estrada. (contração de preposição + artigo)
O pelo do gato. (substantivo)
Eu pelo/ele pela a cabeça. (verbo)
Atenção: 
Esta regra aplica-se também às palavras compostas: para-brisa, para-raios. Para evitar confusões, foram mantidos os acentos do verbo pôr e da forma do pretérito perfeito pôde. O acento de fôrma (distinto de forma) é facultativo
Acento circunflexo
Os hiatos 'oo' e 'ee' não recebem mais acento
Abençoo; perdoo; magoo; enjoo; leem; veem; deem; creem
Atenção: 
Continuam acentuados (ele) vê, (eles) vêm [verbo vir], (eles) têm etc.
Acento agudo sobre o 'u'
1. Não se acentua mais o 'u' tônico das formas verbais argui, apazigue, averigue
2. Não se acentuam mais o 'u' e o 'i' tônicos precedidos de ditongo em palavras paroxítonas·.
 Feiura; bocaiuva; baiuca; Sauipe
Atenção: 
Feiíssimo e cheiíssimo continuam acentuados porque são proparoxítonos; bem como Piauí e teiú, que são oxítonos
Hífen
O hífen é empregado:
1. Se o segundo elemento começa por 'h'
Geo-história; giga-hertz; bio-histórico; super-herói; anti-herói; macro-história; mini-hotel; super-homem
2. Para separar vogais ou consoantes iguais
 inter-racial; micro-ondas; micro-ônibus; mega-apagão; sub-bibliotecário;
sub-base; anti-imperialista; anti-inflamatório; contra-atacar; entre-eixos; hiper-real; infra-axilar
3. Prefixos 'pan' ou 'circum', seguidos de palavras que começam por vogal, 'h', 'm' ou 'n'
 pan-negritude; pan-hispânico; circum-murados; pan-americano; pan-helenismo; circum-navegação
4. Com 'pós', 'pré' 'pró'
pós-graduado; pré-operatório; pró-reitor; pós-auricular; pré-datado; pré-escolar
Atenção: 
Esta regra não se aplica às palavras em que se unem um prefixo terminado em vogal e uma palavra começada por 'r' ou 's'. Quando isso acontece, dobra-se o 'r' ou 's': microssonda (micro + sonda), contrarregra, motosserra, ultrassom, infrassom, suprarregional.
Quando usar crase?
Ocorre crase:
Antes de palavras femininas em construções frásicas com substantivos e adjetivos que pedem a preposição a e com verbos cuja regência é feita com a preposição a, indicando a quem algo se refere, como: agradecer a, pedir a, dedicar a,…
Aquele aluno nunca está atento à aula.
Suas atitudes são idênticas às de sua irmã.
Não consigo ser indiferente à falta de respeito dessa menina!
É importante obedecer às regras de funcionamento da escola.
As testemunhas assistiram à cena impávidas e serenas.
Em diversas expressões adverbiais, locuções prepositivas e locuções conjuntivas: à noite, à direita, à toa, às vezes, à deriva, às avessas, à parte, à luz, à vista, à moda de, à maneira de, à exceção de, à frente de, à custa de, à semelhança de, à medida que, à proporção que,…
Ligo-te hoje à noite.
Ele está completamente à parte do grupo.
A funcionária apenas conseguiu a promoção à custa de muito esforço.
Meu filho mais velho está completamente à deriva: não estuda, não trabalha, não faz nada.
Nota: Pode ocorrer crase antes de um substantivo masculino desde que haja uma palavra feminina que se encontre subentendida, como no caso das locuções à moda de e à maneira de.
Decisões à Pedro Neves. (à maneira de Pedro Neves)
Estilo à Paulo Sousa. (à moda de Paulo Sousa)
Antes da indicação exata e determinada de horas:
Meu filho acorda todos os dias às seis da manhã.
Chegaremos a Brasília às 22h.
A missa começará à meia-noite.
Nota: Com as preposições para, desde, após e entre, não ocorre crase.
Estou esperando você desde as seis horas.
Marcaram o almoço para as duas horas da tarde.
Em diversas expressões de modo ou circunstância, atuando como fator de transmissão de clareza na leitura:
Vou lavar a mão na pia.
Vou lavar à mão a roupa delicada.
Ele pôs a venda nos olhos.
Ele pôs à venda o carro.
Ela trancou a chave na gaveta.
Ela trancou à chave a porta.
Estudei a distância.
Estudei à distância.
Casos específicos para o uso da crase
Em algumas situações, o uso da crase fica sujeito a verificação:
Antes de nomes de localidades: Apenas ocorre crase antes de nomes de localidades que admitam a anteposição do artigo a quando regidos pela preposição a. Uma forma fácil de verificar se há anteposição do artigo a é substituir a preposição a pelas preposições de ou em.
Contração da preposição a com artigo definido feminino a: a + a = à
Contração da preposição de com artigo definido feminino a: de + a = da
Contração da preposição em com artigo definido feminino a: em + a = na
Havendo contração com as preposições de e em, ficando da e na, também haverá contração com a preposição a, ficando à:
Vim da Bahia.
Estou na Bahia.
Vou à Bahia no próximo mês.
Não havendo contração com as preposições de e em, permanecendo de e em, também não haverá contração com a preposição a, permanecendo a:
Vim de Brasília.
Estou em Brasília.
Vou a Brasília no próximo mês.
Nota: Se houver adjunto adnominal que determine a cidade, ocorre crase.
Cheguei à Brasília dos políticos corruptos.
Regressei à Curitiba de minha infância.
Antes da palavra terra: Ocorre crase apenas com o sentido de Planeta Terra e de localidade, se esta estiver determinada. Com o sentido de chão, estando indeterminado, não ocorre crase.
Fui à terra onde meu pai nasceu. (localidade identificada)
O astronauta regressou à Terra trinta dias após sua partida. (Planeta Terra)
Os marinheiros chegaram a terra de madrugada. (chão indeterminado)
Antes da palavra casa: Ocorre crase apenas quando a palavra casa está determinada com um adjunto adnominal. Sem a determinação de um adjunto adnominal não há crase.
Regresso a casa sempre que posso. (Sem adjunto adnominal)
Regresso à casa de meus pais sempre que posso. (Com adjunto adnominal) 
Dica para o uso da crase
Uma forma fácil de verificar a existência ou não da crase em diversas situações é substituir o substantivo feminino por um substantivo masculino e verificar se haverá ou não a presença da preposição a contraindo com o artigo definido a.
Contração da preposição a com artigo definido feminino a: a + a = à
Contração da preposição a com artigo definido masculino o: a + o = ao
Dúvida no uso da crase: “Vou à praia” ou “Vou a praia”?
Substituição por um substantivo no masculino: Substituição de praia por parque.
Reconstrução da dúvida com o substantivo masculino: “Vou ao parque” ou “Vou o parque”?
Generalização da resposta correta: A forma correta é “Vou ao parque”, com a contração ao. Assim, a forma correta também será “Vou à praia”, com a contração à.
Dúvida no uso da crase: “Vale à pena” ou “Vale a pena”?
Substituição por um substantivo no masculino: Substituição de pena por sacrifício.
Reconstrução da dúvida com o substantivo masculino: “Vale ao sacrifício” ou “Vale o sacrifício”?
Generalização da resposta correta: A forma correta é “Vale o sacrifício”, sem a contração ao. Assim, a forma correta também será “Vale a pena”, sem a contração à.
 Concordância verbal
Ocorre quando o verbo se flexiona para concordar com o seu sujeito.
Exemplos:
Ele gostava daquele seu jeito carinhoso de ser./ Eles gostavam daquele seu jeito carinhoso de ser.
Os verbos impessoais haver e fazer 
Os verbos impessoais são aqueles que não admitemsujeito e, portanto, são flexionados na 3ª pessoa do singular.
No sentido de existir ou na idéia de tempo decorrido, o verbo haver é impessoal. Logo, o verbo ficará no singular.
Exemplo: Há uma cadeira vaga no refeitório. (sentido de existir)
Há dez dias não faço exercícios físicos. (tempo decorrido)
Da mesma forma, o verbo fazer no sentido temporal, de tempo decorrido ou de fenômenos atmosféricos é impessoal.
Exemplo: Faz dez dias que não faço exercícios físicos. (tempo decorrido)
Nesta época do ano, faz muito frio.
Quando da locução verbal, tanto o verbo haver quanto o verbo fazer exigem que o auxiliar fique na terceira pessoa do singular.
Exemplos: Deve haver uma forma de amenizarmos esse problema.
Vai fazer dez dias que não faço exercícios físicos.  
A regra básica da concordância verbal é o verbo concordar  em número (singular ou plural) e pessoa (1ª, 2ª ou 3ª) com o sujeito da frase.
1. Sujeito simples – o verbo concordará com ele em número e pessoa. 
Ex.: O artista excursionará por várias cidades do interior.
2. Sujeito composto – em regra geral, o verbo vai para o plural. 
Ex.: Sua avareza e seu egoísmo fizeram com que todos o abandonassem.
Se o sujeito vier depois do verbo, concorda com o núcleo mais próximo, ou vai para o plural.
Ex.: “Ainda reinavam (ou reinava) a confusão e a tristeza” (Dinah S. de Queiroz).
Se o sujeito vier composto por pronomes pessoais diferentes – o verbo concordará conforme a prioridade gramatical das pessoas.
Ex.: Eu e você somos pessoas responsáveis.
Atenção! Tu e ela estudais / estudam. A segunda forma é mais usada atualmente.
3. Expressões não só...mas também, tanto/quanto que relacionam sujeitos compostos permitem a concordância do verbo no singular ou no plural.
Ex.: Tanto o rapaz quanto o amigo obtiveram/obteve nota máxima na redação do ENEM.
4. Sujeito composto ligado por ou:
- indicando exclusão, ou sinonímia – o verbo fica no singular.
Ex.: Maria ou Joana será representante.
- indicando inclusão, ou antonímia – o verbo fica  no plural.
Ex.: O amor ou o ódio estão presentes.
- indicando retificação – o verbo concorda com o núcleo mais próximo.
Ex.: O aluno ou os alunos cuidarão da exposição.
5. Quando o sujeito é representado por expressões como a maioria de, a maior parte de e um nome no plural, o verbo concorda no singular (realçando o todo) ou no plural (destacando a ação dos indivíduos).
Ex.: A maioria dos jovens quer as reformas. (ou) A maioria dos jovens querem as reformas.
6. Não sou daqueles que recusa / recusam as obrigações.
Nesse caso, o referente do pronome relativo que é daqueles, a regra fundamental de concordância com o sujeito deverá levar o verbo para a 3ª pessoa do plural. Entretanto, também é aceito quando refletimos em uma concordância com um daqueles que.
7. Verbo ser + pronome pessoal + que – o verbo concorda com o pronome pessoal.
Ex.: Sou eu que executo a obra. Seremos nós que executaremos a obra.
Verbo ser + pronome pessoal + quem – o verbo  concorda com o pronome pessoal ou fica na 3ª pessoa do singular.
Ex.: Sou eu quem inicio a leitura. Sou eu quem inicia a leitura.
8. Nomes próprios locativos ou intitulativos – se precedidos de artigo plural, o verbo irá para o plural; não sendo assim, irá para o singular.
Ex.: Os Estados Unidos reforçam as suas bases.
Minas Gerais progride muito.
9. Pronome relativo antecedido da expressão “um dos”, “uma das” – verbo na 3ª pessoa do singular ou do plural. 
Ex.: Ela é uma das que mais impressiona (ou impressionam).
Quando apresenta uma ideia de seletividade, fica obrigatoriamente no singular.
Ex.: Aquela é uma das peças de Nelson Rodrigues que hoje se apresentará neste teatro.
10. Concordância do verbo ser: a) sujeito nome de coisa ou um dos pronomes nada, tudo, isso ou aquilo + verbo ser + PREDICATIVO no plural: verbo no singular ou no plural (mais comum).
Ex.: "A pátria não é ninguém: são todos.” (Rui Barbosa)
b) NAS ORAÇÕES INTERROGATIVAS iniciadas pelos pronomes quem, que, o que – verbo ser concorda com o nome ou pronome que vem depois.
Ex.: Quem eram os culpados?
c) 1º TERMO – SUJEITO = substantivo; 2º termo = pronome pessoal, o verbo concorda com o pronome pessoal.
Ex: Os defensores somos nós.
d) Nas expressões é muito, é pouco, é mais de, é tanto, é bastante + determinação de preço, medida ou quantidade: verbo no singular.
Ex.: Dez reais é quase nada.
e) Indicando hora, data ou distância – o verbo concorda  com o predicativo.
Ex.: São três horas. Hoje são 15 de fevereiro.
11. PASSIVO – NA VOZ PASSIVA SINTÉTICA, com o pronome apassivador SE, o verbo   concorda com o sujeito paciente (que é um aparente objeto direto).
Ex.: Escutavam-se vozes.
INDETERMINADO – com o pronome indeterminador do sujeito, o verbo fica na 3ª pessoa do singular.
Ex.: Precisa-se de operários.
Uso da vírgula
Palavras de mesma função sintática são separadas por vírgula se não vierem unidos por e, ou e nem. Estas palavras podem ser sujeito, predicado, adjunto adverbial e adnominal, substantivo, vocativo, aposto, etc. Exemplo:
Comprei livros, revistas, jornais, discos e brinquedos.
Isolamento do aposto
Palavra que explica ou especifica outro termo na oração, o aposto é sempre separado por vírgula. Exemplo:
O resto, os cds, nós colocamos no armário.
Isolamento do vocativo
Palavra usada para nomear a pessoa ou objeto ao qual nos dirigimos, o vocativo também sempre será separado por vírgula. Exemplo:
Ela não te chamou, Mariana.
Isolamento do adjunto adverbial
Adjunto adverbial vem para modificar o sentido de um adjetivo, verbo ou advérbio. Será sempre separado pela vírgula. Exemplo:
Ontem de manhã, ela me ligou.
Isolamento de palavras explicativas ou retificativas
Termos como isto é, ou melhor, ou seja, por exemplo, a saber e sem dúvida serão sempre separados por vírgula. Exemplo:
Aquele papel, isto é, aquele documento, ficou em cima da mesa.
Isolamento do nome de um lugar que vem antes de data
Ex. Campinas, 27 de julho de 2012.
Separação de orações coordenadas
Seja nas coordenadas sindéticas ou nas assindéticas, sempre utilizaremos vírgulas para separação de orações coordenadas se elas não estiverem ligadas pela conjunção e. Exemplo:
Pegou o caderno, abriu-o, fez várias anotações.
Se a conjunção e aparecer, a vírgula só será utilizada quando os sujeitos forem diferentes ou quando a conjunção se repetir. Mesmo assim a vírgula é opcional. Exemplos:
Ela não queria ir ao médico e chorava, e gritava, e esperneava.
Ela não queria ir ao médico e chorava e gritava e esperneava.
Separação de orações subordinadas
A vírgula será empregada para separar orações subordinadas de orações principais, no entanto, somente alguns tipos de orações subordinadas terão vírgula, como as substantivas apositivas, as adjetivas explicativas e as adverbiais.
Oração subordinada substantiva apositiva
São separadas da oração principal não só por vírgulas, mas também por dois pontos. Exemplo:
Seu grande sonho, de viajar pra fora do país, estava distante.
Oração subordinada adjetiva explicativa
Eu desejo conhecer Paris, que é uma cidade com muitos atrativos.
Oração subordinada adverbial
A vírgula nesta oração é obrigatória se essas orações estiverem intercaladas ou antepostas à oração principal. A única exceção é a adverbial consecutiva. Exemplos:
Como os economistas previram, o dólar subiu.
Se vier após a oração principal, a vírgula é opcional.
Ouvia muitas histórias quando era menino.
Ouvia muitas histórias, quando era menino.
Pontuação
Os sinais de pontuação são sinais gráficos empregados na língua escrita para tentar recuperar recursos específicos da língua falada, tais como: entonação, jogo de silêncio, pausas, etc.
Divisão e emprego dos sinais de pontuação:
1 - Ponto (.)
a) indicar o final de uma frase declarativa.
Ex.: Lembro-me muito bem dele.
b) separar períodos entre si.
Ex.: Fica comigo. Não vá embora.
c) nas abreviaturas
Ex.: Av.; V. Ex.ª
2 - Dois-pontos (:)
a) iniciar a fala dos personagens:
Ex.:Então o padre respondeu:
- Parta agora.
b) antes de apostos ou orações apositivas, enumerações ou sequência de palavras que explicam, resumem ideias anteriores.
Ex.: Meus amigos são poucos: Fátima, Rodrigo e Gilberto.
c) antes de citação
Ex.: Como já dizia Vinícius de Morais: “Que o amor não seja eterno posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure.”
3 - Reticências (...)
a) indicar dúvidas ou hesitação do falante.
Ex.: Sabe... eu queria te dizer que... esquece.
b) interrupção de uma frase deixada gramaticalmente incompleta.
Ex.: - Alô! João está?
- Agora não se encontra. Quem sabe se ligar mais tarde...
c) ao fim de uma frase gramaticalmente completa com a intenção de sugerir prolongamento de ideia.
Ex.: “Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas faces duns longes cor-de-rosa...” (Cecília - José de Alencar)
d) indicar supressão de palavra (s) numa frase transcrita.
Ex.: “Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros - Raimundo Fagner)
4- Parênteses ( ( ) )
a) isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo e datas.
Exemplos:
Na 2ª Guerra Mundial (1939-1945), ocorreu inúmeras perdas humanas.
"Uma manhã lá no Cajapió (Joca lembrava-se como se fora na véspera), acordara depois duma grande tormenta no fim do verão.” (O milagre das chuvas no Nordeste- Graça Aranha)
Dicas:
Os parênteses também podem substituir a vírgula ou o travessão.
5- Ponto de Exclamação (!)
a) Após vocativo
Ex.: “Parte, Heliel!” (As violetas de Nossa Srª. - Humberto de Campos)
b) Após imperativo
Ex.: Cale-se!
c) Após interjeição
Ex.: Ufa! Ai!
d) Após palavras ou frases que denotem caráter emocional
Ex.: Que pena!
6- Ponto de Interrogação (?)
a) Em perguntas diretas
Ex.: Como você se chama?
b) Às vezes, juntamente com o ponto de exclamação
Ex.: - Quem ganhou na loteria?
- Você.
- Eu?!
7- Ponto e vírgula ( ; )
a) separar os itens de uma lei, de um decreto, de uma petição, de uma sequência, etc.
Ex.: Art. 127 – São penalidades disciplinares:
I- advertência;
II- suspensão;
III- demissão;
IV- cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
V- destituição de cargo em comissão;
VI- destituição de função comissionada. (cap. V das penalidades referentes ao Direito Administrativo)
b) separar orações coordenadas muito extensas ou orações coordenadas nas quais já tenham utilizado a vírgula.
Ex.: “O rosto de tez amarelenta e feições inexpressivas, numa quietude apática, era pronunciadamente vultuoso, o que mais se acentuava no fim da vida, quando a bronquite crônica de que sofria desde moço se foi transformando em opressora asma cardíaca; os lábios grossos, o inferior um tanto tenso (...) " (O visconde de Inhomerim - Visconde de Taunay)
8- Travessão ( — )
a) dar início à fala de um personagem
Ex.: O filho perguntou:
— Pai, quando começarão as aulas?
b) indicar mudança do interlocutor nos diálogos
Ex.: - Doutor, o que tenho é grave?
- Não se preocupe, é uma simples infecção. É só tomar um antibiótico e estará bom
c) unir grupos de palavras que indicam itinerários
Ex.: A rodovia Belém-Brasília está em péssimo estado.
Dicas:
Também pode ser usado em substituição a vírgula em expressões ou frases explicativas.
Ex.: Xuxa — a rainha dos baixinhos — será mãe.
9- ASPAS ( “ ” )
a) isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias, estrangeirismos, palavrões, neologismos, arcaísmos e expressões populares.
Exemplos:
Maria ganhou um apaixonado “ósculo” do seu admirador.
A festa na casa de Lúcio estava “chocante”.
Conversando com meu superior, dei a ele um “feedback” do serviço a mim requerido.
b) indicar uma citação textual
Ex.: “Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pressas, bufando, com todo o sangue na face, desfiz e refiz a mala”. (O prazer de viajar - Eça de Queirós)
Dicas:
Se dentro de um trecho já destacado por aspas, se fizer necessário a utilização de novas aspas, estas serão simples. (' ') 
Recursos alternativos para pontuação:
Parágrafo ( § )
Chave ( { } )
Colchete ( [ ] )
Barra ( / )
Uso dos porquês:
Por que
É a junção da preposição por com o pronome interrogativo que. Esta forma é utilizada em dois casos:
Se, depois de seu emprego, houver um questionamento sobre a razão ou motivo de um determinado acontecimento;
Se pudermos substituir pela expressão pelo (a) qual e variações. Exemplos:
A vitória por que lutei está próxima.
A vitória pela qual lutei está próxima.
Por que (motivo/razão) você não foi ao shopping?
Por qual (motivo/razão) você não foi ao shopping.
Por quê
Essa forma é empregada somente no final da frase, com uso obrigatório do acento em quê. Exemplos:
Ela me chamou, mas não sei por quê.
Correr atrás do ônibus por quê?
Porque
Essa forma pode ser uma das conjunções subordinativas causais, subordinativas finais ou uma das conjunções coordenativas explicativas. Empregamos tal forma em frases afirmativas e respostas explicativas, que indiquem não só explicação, mas também causa ou finalidade. Podemos substituir a forma por, pois ou como.
Faltei à aula porque estava doente.
Faltei à aula, pois estava doente.
Porque era pequeno, os colegas não chamavam para brincar.
Como era pequeno, os colegas não chamavam para brincar.
Porquê
Forma empregada com o sentido de razão ou motivo. É sempre precedido por artigo ou pronome e também pode variar entre singular e plural, sendo, portanto, um substantivo. 
Exemplo:
Diga-me o porquê (o motivo) de você não querer ir ao médico.
Pronomes Relativos
São pronomes que se relacionam sempre com o termo da oração que está antecedente, servindo ao mesmo tempo de elo de subordinação das orações que iniciam. Exercem, assim, uma função sintática na frase. Normalmente, introduzem as orações subordinadas adjetivas. Através da utilização de pronomes relativos, evitamos a repetição dos termos nas orações, sendo fácil relacioná-los e sintetizá-los.
Exemplos:
Orações simples: Este é o museu. Eu visitei o museu.
Com pronome relativo: Este é o museu que eu visite.
Orações simples: Eu comprei a blusa. A blusa é amarela.
Com pronome relativo: Eu comprei a blusa que é amarela.
Exemplos de pronomes relativos
Formas invariáveis: que, quem, onde.
Formas variáveis: o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quanta, quantos, quantas.
Nota: Os pronomes relativos podem vir precedidos de preposição de acordo com a regência verbal dos verbos da oração.
Uso dos pronomes relativos
Que: É o pronome relativo mais utilizado, sendo considerado um pronome relativo universal. Refere-se a coisas ou a pessoas e pode ser substituído por: o qual, a qual, os quais e as quais. Além disso, pode aparecer precedido pelos pronomes demonstrativos o, a, os, as.
Exemplos:
Acabei de lavar o vestido que estava sujo de tinta.
Já nem sei o que faço.
Quem: Refere-se somente a pessoas, nunca a coisas. Vem sempre antecedido de preposição quando tem um antecedente explícito.
Exemplos:
Este é o garoto a quem sempre amei.
É esta a professora de quem você falou?
Onde: É utilizado para indicar um lugar, podendo ser substituído por: em que, no qual, na qual, nos quais e nas quais. Pode ser utilizado juntamente com preposições, formando as palavras aonde e donde para transmitir noções de movimento.
Exemplos:
Este é o apartamento onde vivi quando pequena.
O hotel onde ficamos era cinco estrelas.
Qual e suas flexões: Vem sempre precedido de um artigo. Emprega-se depois de preposições com duas sílabas ou mais e de locuções prepositivas.
Exemplos:
Pensei nisso naquela noite de tempestade, durante a qual não consegui dormir.
Li um livro sobre o qual nunca tinha ouvido falar nada.
Quanto e suas flexões: Aparece depois dos pronomes indefinidos tudo, tanto, todos, bem como suas flexões.
Exemplos:
Compre tanto quanto for preciso.
Ele não fez tudo quanto havia prometido.
Cujo e suas flexões: Aparece entre dois substantivos e transmite uma ideia de posse, sendo equivalente a: do qual, da qual, dos quais,das quais, de que e de quem. Deve concordar em gênero e número com a coisa possuída.
Exemplos:
Escolheram os alunos cujas notas foram exemplares.
Preferem atletas cujo condicionamento físico está excelente.
Fique sabendo mais!
Os antecedentes com os quais os pronomes relativos se relacionam podem ser um substantivo, um pronome, um adjetivo, um advérbio ou uma oração. Contudo, com os pronomes quem e onde, é possível que sejam utilizados na frase sem o antecedente, chamando-se então de pronomes relativos indefinidos.
Exemplo:
Quem copiou na prova, foi reprovado.
Conjunções
Conjunções são palavras que atuam como elementos de ligação entre termos semelhantes de uma oração ou entre duas orações, estabelecendo relações de coordenação ou de subordinação. 
As conjunções são invariáveis, não sendo flexionadas em gênero e número.
Exemplo de conjunção ligando termos de uma oração:
Vi sua mãe e seu pai na feira.
Exemplo de conjunção ligando orações:
Estudei muito e aprendi a matéria.
Classificação das conjunções
As conjunções estabelecem relações de coordenação ou subordinação, sendo assim classificadas em conjunções coordenativas e conjunções subordinativas.
Conjunções e locuções conjuntivas
Locuções conjuntivas são um conjunto de duas ou mais palavras que, juntas, atuam como uma conjunção, ligando orações.
A maior parte das locuções conjuntivas termina em que:
visto que;
dado que;
posto que;
sem que;
até que;
antes que;
já que;
desde que;
ainda que;
por mais que;
à medida que;
à proporção que;
logo que;
a fim de que;
se bem que;
contanto que;
...
Tipologia Textual
1. Narração
Modalidade em que um narrador, participante ou não, conta um fato, real ou fictício, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Refere-se a objetos do mundo real. Há uma relação de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado. Estamos cercados de narrações desde as que nos contam histórias infantis até às piadas do cotidiano. É o tipo predominante nos gêneros: conto, fábula, crônica, romance, novela, depoimento, piada, relato, etc.
2. Descrição
Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função caracterizadora. Numa abordagem mais abstrata, pode-se até descrever sensações ou sentimentos. Não há relação de anterioridade e posterioridade. Significa "criar" com palavras a imagem do objeto descrito. É fazer uma descrição minuciosa do objeto ou da personagem a que o texto se Pega. É um tipo textual que se agrega facilmente aos outros tipos em diversos gêneros textuais. Tem predominância em gêneros como: cardápio, folheto turístico, anúncio classificado, etc. 
3. Dissertação
Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Dependendo do objetivo do autor, pode ter caráter expositivo ou argumentativo.
3.1 Dissertação-Exposição
Apresenta um saber já construído e legitimado, ou um saber teórico. Apresenta informações sobre assuntos, expõe, reflete, explica e avalia ideias de modo objetivo. O texto expositivo apenas expõe ideias sobre um determinado assunto. A intenção é informar, esclarecer. Ex: aula, resumo, textos científicos, enciclopédia, textos expositivos de revistas e jornais, etc.
3.1 Dissertação-Argumentação
Um texto dissertativo-argumentativo faz a defesa de ideias ou um ponto de vista do autor. O texto, além de explicar, também persuade o interlocutor, objetivando convencê-lo de algo. Caracteriza-se pela progressão lógica de ideias. Geralmente utiliza linguagem denotativa. É tipo predominante em: sermão, ensaio, monografia, dissertação, tese, ensaio, manifesto, crítica, editorial de jornais e revistas.
4. Injunção / Instrucional
Indica como realizar uma ação. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados no modo imperativo, porém nota-se também o uso do infinitivo e o uso do futuro do presente do modo indicativo. Ex: ordens; pedidos; súplica; desejo; manuais e instruções para montagem ou uso de aparelhos e instrumentos; textos com regras de comportamento; textos de orientação (ex: recomendações de trânsito); receitas, cartões com votos e desejos (de natal, aniversário, etc.).
OBS1: Muitos estudiosos do assunto listam apenas os tipos acima. Alguns outros consideram que existe também o tipo predição. 
5. Predição
Caracterizado por predizer algo ou levar o interlocutor a crer em alguma coisa, a qual ainda está por ocorrer. É o tipo predominante nos gêneros: previsões astrológicas, previsões meteorológicas, previsões escatológicas/apocalípticas. 
OBS2: Alguns estudiosos listam também o tipo Dialogal, ou Conversacional. Entretanto, esse nada mais é que o tipo narrativo aplicado em certos contextos, pois toda conversação envolve personagens, um momento temporal (não necessariamente explícito), um espaço (real ou virtual), um enredo (assunto da conversa) e um narrador, aquele que relata a conversa. 
Dialogal / Conversacional
Caracteriza-se pelo diálogo entre os interlocutores. É o tipo predominante nos gêneros: entrevista, conversa telefônica, chat, etc.
Palavras homófonas são palavras que possuem a mesma fonética, embora apresentem grafias e significação diferentes. Assim, são pronunciadas da mesma forma, mas escritas de forma diferente, apresentando significados diferentes.
As palavras homófonas são também chamadas de palavras homônimas homófonas ou de homófonos.
Exemplos de uso de palavras homófonas
Traz e trás
Traz o martelo, por favor!
Está na parte de trás do armário.
Mal e mau
Meu filho está passando mal.
É muito mau o que está acontecendo?
Cem e sem
Você pode me emprestar cem reais?
Estou sem paciência para essas confusões.
Acento e assento
A palavra rubrica tem acento?
Esse assento está vazio?
Houve e ouve
Houve tiroteio no morro ontem à noite.
Minha avó já não ouve bem.
Gêneros textuais
Os Gêneros textuais são as estruturas com que se compõem os textos, sejam eles orais ou escritos. Essas estruturas são socialmente reconhecidas, pois se mantêm sempre muito parecidas, com características comuns, procuram atingir intenções comunicativas semelhantes e ocorrem em situações específicas. Pode-se dizer que se tratam das variadas formas de linguagem que circulam em nossa sociedade, sejam eles formais ou informais. Cada gênero textual tem seu estilo próprio, podendo então, ser identificado e diferenciado dos demais através de suas características. Embora os diferentes gêneros textuais apresentem estruturas específicas, com características próprias, é importante que os concebamos como flexíveis e adaptáveis, ou seja, que não definamos a sua estrutura como fixa. Os gêneros textuais possuem transmutabilidade, ou seja, é possível que se criem novos gêneros a partir dos gêneros já existentes para responder a novas necessidades de comunicação. São adaptáveis e estão em constante evolução.
Transmutabilidade: gêneros como o e-mail guardam "parentesco" com outros, como a carta.
Por exemplo: é possível considerar que um correio eletrônico guarda muitos traços comuns com a carta que costumávamos mandar pelo correio. Essa origem pode mesmo ser atestada pelo nome em português (correio eletrônico), em inglês (e-mail, abreviação para electronic mail) ou em francês (courriel, courrier para correio contraído com o adjetivo électronique). 
A partir de uma disposição existente, a da carta, desenvolve-se uma forma relativamente nova, mas que guarda a familiaridade do gênero de que provém, adaptada às funções e objetivos do contexto em que é gerada. Se antes a carta estava contida em um envelope e, nele, algumas informações paratextuais (os endereços de destinador e destinatário), no gênero correio eletrônico essas informações passam a constar da mensagem, ainda que de forma periférica, mas com implicações na forma como redigimos. 
Pensemos na data, que no correio eletrônico consta automaticamente dos cabeçalhos, ao passoque na carta era de responsabilidade do destinador indicar no texto ou à direita no papel. Todo sistema de referências temporais se articula a partir da informação dada, que não nos cabe inserir, nem alterar, pois ela é gerada pelo servidor que envia e recebe as mensagens. 
MODALIZAÇÃO
O que é modalização? 
Modalização é o fenômeno pelo qual o sujeito expressa sua adesão ao texto. Através da modalização é possível perceber qual a atitude do locutor na defesa do que pretende. Assim, é possível perceber se ele crê no que diz, se atenua ou impõe algo que diz. Na verdade, é a expressão de um ponto de vista. Portanto, como pode haver um texto sem modalização?
A resposta é muito simples. Simplesmente não há texto sem modalização. Essa pode sim ser mais explícita ou mais discreta.

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