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Relatório 1 Segurança em um laboratório de Química Orgânica

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Segurança em um laboratório de Química Orgânica
Disciplina: Química Orgânica experimental XI
Turma: EB
Professor: Carlos Magno
Aluno: Lucas Nemer Saud Volpato Freire
Data da entrega: 15/09/2017
1-Introdução
1.1- Segurança e planejamento de laboratório de química
Tendo em vista a prevenção de acidentes, ocorrências não programadas que podem resultar em danos físicos ou funcionais e danos ao patrimônio da instituição, em um laboratório de química, algumas normas de segurança e conduta são estabelecidas para o trabalho no laboratório. São algumas dessas regras:
Não ingerir alimentos ou líquidos no laboratório;
Não fumar no laboratório;
Não se distrair durante o trabalho o laboratório;
Não trabalhar sozinho em um laboratório;
Utilizar calça comprida e sapatos fechados;
Se tiver cabelos compridos, prendê-los;
Utilizar corretamente os EPI’s e EPC’s;
Antes de remover um produto químico do seu frasco, ler a etiqueta de identificação e observar as indicações no rótulo;
Não tentar identificar uma substância pelo odor ou sabor;
Ao se posicionar a tampa de um frasco na bancada, colocar sobre um papel e virada para cima, de forma a evitar contaminação;
Cuidado para não trocar as tampas dos frascos durante o manuseio;
Retirar do frasco apenas a quantidade necessária da substância, para evitar desperdício;
Nunca pipetar com a boca, utilizar pipetadores adequados;
Adicionar cuidadosamente o reagente ao sistema da reação, observando o que acontece antes de prosseguir;
Frascos não identificados não podem ser utilizados e devem ser tratados como perigosos;
Ter cuidado com as impurezas dos frascos para não inutilizar todo o trabalho;
Não manipular produtos com as mãos; utilizar as vidrarias adequadas;
Não retornar os reagentes ao frasco para evitar a contaminação;
Manusear as substâncias líquidas de forma que o rótulo fique direcionado à palma da mão para que evite sua danificação;
Manter as substâncias inflamáveis em recipientes adequados e longe de fontes de calor;
Utilizar a capela ao manusear substâncias voláteis;
Conhecer o funcionamento dos equipamentos antes de manuseá-los;
1.2 - Incêndios e Extintores
	Existem diferentes situações de incêndio e para cada uma, há uma maneira de se extinguir, ou seja, há um agente extintor mais apropriado, que depende do material em combustão. Deve-se atentar para a extinção, pois os agentes extintores, se usados na situação incorreta, podem, ao invés de conter, agravar o incêndio. Para identificação dos incêndios, eles são classificados em:
Classe 	A: incêndio em combustíveis sólidos com capacidade de queimar em superfície e em profundidade que deixa resíduos sólidos, como madeira, papel, tecidos e borracha. 
Classe B: incêndio em líquidos inflamáveis, graxas e gases combustíveis que queimam apenas em superfície e não deixa resíduos, como a gasolina, o álcool, o GLP (gás liquefeito de petróleo), óleos. 
Classe C: incêndio envolvendo equipamentos elétricos e eletrônicos energizados, ou seja, que estejam conduzindo corrente elétricas. Caso o incêndio ocorra em material desenergizado, este é considerado um incêndio da classe A.
Classe D: incêndio envolvendo metais combustíveis pirofóricos, como selênio, alumínio, titânio, sódio, zinco, potássio entre outros.
1.2.1 - Tipos de extintores de incêndio:
Extintor de água pressurizada (AP)-Classe A: extintor com carga ideal de água para incêndio classe A. O processo de extinção ocorre por resfriamento (a água absorve o calor) e elimina o fogo pela base. Não pode ser utilizado na presença de eletricidade e líquidos inflamáveis. 
Extintor de pó químico seco (PQSP)-Classes B e C: extintor a base de bicarbonato de sódio ou de potássio (tratado para que absorva umidade) ideal para incêndios classes B e C. O agente propulsor pode ser o gás carbônico ou nitrogênio. O agente extintor forma uma nuvem de pó sobre a chama que visa à eliminação do oxigênio, depois são acrescidos à nuvem, gás carbônico e vapor de água devido à queima do pó. Esse processo de extinção se dá por abafamento (diminui ou impede o contato com do oxigênio com o material combustível). 1 e 2
Extintor de espuma mecânica (EMP)-Classes A e B: extintor composto de espuma química, ideal para incêndios classe A e B. O processor de extinção ocorre por resfriamento ou por neutralização do agente químico, apaga apenas na base e na superfície eliminando o fogo. 
Extintor de gás carbônico (CO2)-Classes B e C: extintor composto de gás carbônico ideal para pequenos focos de fogo em líquidos inflamáveis (classe B) e pequenos equipamentos energizados (classe C). Esse processo de extinção se dá por abafamento e resfriamento, pois ao ser acionado, o gás é liberado formando uma nuvem que abafa e resfria.
1.3 - Vidrarias e equipamentos
	Para execução de qualquer atividade em um laboratório é necessário a utilização de materiais adequados. Para isso, deve-se conhecer as vidrarias, os equipamentos e os utensílios comuns em um laboratório de química. 
Almofariz com pistilo: utilizado para triturar e pulverizar sólidos. 
Anel ou Argola: utilizado como suporte do funil na filtração, fica preso à haste do suporte universal.
Balança analítica: utilizada para pesagens com alta exatidão.
Balão de destilação: utilizado em destilações simples ou fracionado, fica ligado ao condensador.
Balão de fundo chato: utilizado como recipiente para conter líquidos ou soluções, ou mesmo, fazer reações com desprendimento de gases. Pode ser aquecido sobre o tripé com tela de amianto e manta aquecedora.
Balão de fundo redondo: utilizado em sistemas de refluxo e evaporação a vácuo, acoplado a um rotaevaporador. Utilizado também em reações em que há desprendimentos gasosos.
Balão volumétrico: utilizado no preparo de soluções para medir com precisão um volume único e fixo descrito no balão.
Bastão de vidro: utilizado para agitação ou transferência de líquidos.
Béquer: pode ser utilizado para dissolver substâncias, efetuar reações químicas, aquecer líquidos etc. Também pode ser aquecido utilizando o bico de Bunsen em conjunto com a manta aquecedora.
Bico de Bunsen: fonte de aquecimento utilizada em laboratório.
Bureta: utilizado para análises volumétricas (em geral, titulações), possui graduação em décimos de milímetros.
Cadinho: utilizado para aquecimento a seco e intenso, pode ser levado diretamente ao bico de Bunsen. Geralmente de porcelana.
Cápsula de porcelana: utilizada para evaporar líquidos das soluções e na secagem de substâncias.
Coluna cromatográfica: utilizada na cromatografia em coluna.
Condensador: utilizado na destilação a fim de condensar vapores gerados pelo aquecimento de líquidos. É comum sua utilização em conjunto com o balão de destilação.
Dessecador: utilizado para armazenamento de substâncias em atmosfera com baixo nível de umidade.
Erlenmeyer: apresenta as mesmas utilidades do béquer, mas seu formato afunilado evita salpicos de substâncias.
Espátulas: utilizadas para transferência de sólidos, são encontradas em aço inox e porcelana.
Funil de Buchner: utilizado nas filtrações a vácuo, acoplado ao kitassato e munido de papel de filtro.
unil de haste longa: utilizado na transferência de substâncias entre recipientes e na filtragem de substâncias como o auxílio de um filtro de papel. É feito de vidro.
Garra de condensador: espécie de braçadeira que prende o condensador ou outras peças, como balões, erlenmeyers e outros à haste do suporte universal.
Lâmina de vidro: em geral, utilizada para visualização de uma amostra no microscópio.
Mufa: adaptador do suporte universal.
Papel Filtro: serve para separar sólidos de líquidos. O filtro deve ser utilizado no funil comum.
Pinça metálica ou Tenaz: utilizada para manipular objetos aquecidos.
Pipeta graduada: utilizada para medir pequenos volumes. Mede volumes variáveis. Não pode ser aquecida e não apresenta precisão na medida.
Pipeta Pasteur: utilizada para lavagem de vidrarias com solventes não aquosos ou então para transferências.
Pipeta volumétrica: utilizadapara medir e transferir volume de líquidos, não podendo ser aquecida, pois possui grande precisão de medida. Mede um único volume, o que caracteriza sua precisão.
Pipetador tipo pera: acoplado a uma pipeta ajuda a “sugar” e a “empurrar” pequenos volumes de líquidos.
Pisseta ou frasco lavador: frasco de plástico utilizado nas lavagens de materiais ou recipientes através de jatos de água, álcool ou outros solventes.
Placa de toque: utilizada em reações químicas que apresentem produção de gases, salpicos ou até mesmo explosões.
Proveta graduada: a proveta é um instrumento preciso, por isso, é utilizado para medição de líquidos. Pode ser encontrada em volumes de 25 até 1000 ml. Não pode ser aquecida.
Suporte universal: utilizado na sustentação de peças e sistemas.
Termômetro: utilizado para medir a temperatura de substâncias ou do ambiente.
Tela de amianto: suporte para peças a serem aquecidas. A função do amianto é distribuir uniformemente o calor recebido pelo bico de Bunsen.
Triângulo de porcelana: suporte para cadinhos de porcelana colocados em contato direto com a chamado bico de Bunsen.
Tripé: apoio para efetuar aquecimentos de soluções em vidrarias diversas de laboratório. É utilizado em conjunto com a manta aquecedora.
Tubo de ensaio: nele podem ser feitas reações em pequena escala e pode ser aquecido diretamente sob a chama do bico de Bunsen.
Vidro de relógio: peça de forma côncava, utilizado em análises e evaporações em pequena escala, além de auxiliar na pesagem de substâncias não voláteis e não higroscópicas. Não pode ser aquecido diretamente.
2- Objetivos
Avaliar o laboratório 103 de Química Orgânica, localizado no instituto de Química da Universidade Federal Fluminense, em termos de segurança e sua disposição de materias adequados às praticas propostas pelos professores.
3 – Metodologia
A metodologia aplicada à esse relatório foi baseada em consultas e pesquisas realizadas, que pudessem servir de padrão para as análises feitas ao laboratório de Química Orgânica 103 da Universidade Federal Fluminense. As análises foram feitas no âmbito da segurança e equipamentos do laboratório.
4- Discussões de Resultados
4.1 - Segurança e planejamento de um laboratório 
Os riscos em um ambiente de trabalho laboratorial independem da atividade exercida. Dentre esses riscos, podem-se citar os relacionados à exposição aos reagentes biológicos, às substâncias químicas e aos agentes físicos. Pode-se acrescentar como fator de risco, a conduta humana e a deficiência na organização laboratorial, que podem ser consideradas psicossociais, por estarem associadas ao conhecimento, às atitudes e ao hábito humano. Também é importante considerar o risco ergonômico, que está relacionado a qualquer fator que possa interferir nas características psicofisiológicas do trabalhador, causando desconforto ou afetando sua saúde.
Esses riscos podem ser minimizados ou até mesmo eliminados mediante: o uso de proteção coletiva, fornecimento de equipamentos de proteção individual adequados ao risco. Treinamento se segurança para o laboratorista sobre o uso correto de equipamentos de proteção coletiva (EPC), uso de equipamentos de proteção individual (EPI) adequados ao risco, prevenção e combates a princípios de incêndio, abandono de áreas, primeiros socorros, treinamentos sobre os perigos de estocagem, manuseio, derramamento e descarte de produtos químicos.
A montagem de um laboratório deve incluir todos os requisitos de segurança. Para isso, é fundamental a elaboração de um projeto detalhado para que haja funcionalidade, eficiência, segurança e se minimizem futuras.
Área quente
Onde se localizam as capelas, muflas, estufas, placas de aquecimento, mantas de aquecimento, maçaricos, bicos de bunsen, lamparinas. Além da alta temperatura, nesses locais há mais possibilidades de acidentes como explosões, incêndios, ou até mesmo intoxicações. Com isso, o laboratorista deve atentar para não manusear substâncias inflamáveis nessa área.
Área de armazenagem
O local de armazenamento de substâncias químicas deve localizar-se longe da parte operacional do laboratório, para evitar o contato frequente do laboratorista com as substâncias puras e possíveis intoxicações e acidentes do trabalho. É imprescindível a correta estocagem de produtos químicos a fim de se evitar incompatibilidades químicas que podem gerar reações inflamáveis, explosivas, tóxicas, venenosas, corrosivas. Nesse local deve haver ventilação exaustora em constante operação.
Pisos, corredores e áreas de circulação. 
 O piso deve ser impermeável, antiderrapante, resistente mecânica e quimicamente e não pode apresentar saliências nem depressões que possam prejudicar a circulação de pessoas ou a movimentação de materiais. 
 Para a rápida retirada do pessoal em serviço em casos de emergência, os corredores, áreas de circulação e vias de passagens deverão ter largura mínima de 1,2 metros sempre rigorosamente desobstruídos.
Paredes
As paredes devem ser claras, foscas e impermeáveis, revestidas com material que permita o desenvolvimento das atividades em condições seguras, para isso, devem ser resistentes ao fogo e a substância químicas, além de oferecer facilidade de limpeza.
Teto
O teto deve atender às necessidades do laboratório quanto à passagem de tubulações, luminárias, grelhas, isolamento térmico e acústico, estática.
Portas
Em um laboratório deve conter, pelo menos, duas portas e afastadas uma da outra de modo que haja sempre a possibilidade de abandonar o local por mais de uma saída, é obrigatório que o sentido de abertura das portas seja orientado para a parte externa do ambiente de trabalho. As portas de saída de emergência deverão ter largura mínima de 1,2 metros e ser providas de fechaduras anti-pânico.
Janelas
As janelas devem ser localizadas acima de bancadas e equipamentos, numa altura de, aproximadamente, 1,2 metros do nível do chão e que a área de ventilação/iluminação seja proporcional à do laboratório. 
Instalação elétrica
Os circuitos elétricos devem estar protegidos contra a umidade e agentes corrosivos, com eletrodutos enborrachados e flexíveis e dimensionados com base no número de equipamentos e suas respectivas potências. O quadro de força deve ser localizado de maneira a se ter facilidade de visualização e acesso, recomenda-se um painel com sistema que permita interrupção imediata da energia elétrica, em caso de emergência, em vários pontos do laboratório, como por exemplo, as bancadas.
É necessário também a diferenciação das voltagens das tomadas, em 110V ou 220V, para que se evite danificação de equipamentos.
Instalação Hidráulica
A tubulação para distribuição de água e escoamento de efluentes diluídos deve ser projetada de forma a considerar os produtos que serão manuseados e a vazão necessária. Todas as redes de água devem dispor de uma válvula de bloqueio, do tipo fechamento rápido, de fácil acesso, para que haja agilidade quando precisar interromper o fluxo de água.
Instalação de gases
Os cilindros de gases oferecem altos riscos em caso de vazamentos ou quedas, exigindo, assim, cuidados especiais. Há especificidades nas tubulações para os diferentes tipos de gases: para os de gás acetileno, as tubulações devem ser feitas de aço inox, nunca de cobre, pois possuem risco de explosão; para os gases oxigênio e óxido nitroso, devem ser lavadas e secas para que não contenham graxas e óleos e, assim, não corra risco de explosão; para o GLP (gás liquefeito de petróleo), não podem correr em caneletas fechadas, ou postas em espaços confinados atrás de bancadas, devem percorrer espaços ventilados e serem da cor amarela.
Ventilação e Exaustão
É necessário, em todo laboratório, um sistema de exaustão e ventilação corretamente projetado para as atividades realizadas, que inclui capelas, coifas, ar condicionado, exaustores e ventiladores. Para que haja eficiência de tais instalações, deve ser realizada periodicamente a manutenção.
Os sistemas de exaustão dos gases das capelas no telhado devem serinstalados de forma que as correntes de ar não conduzam os gases para janelas de outros prédios administrativos ou de produção ou, ainda em direção ao ponto de captação de ar condicionado do próprio laboratório.
Armazenagem de produtos químicos
O armazenamento de produtos químicos deve considerar sua procedência. Os produtos podem ser tóxicos, inflamáveis, corrosivos, oxidantes, explosivos, gases comprimidos, sensíveis à água e incompatíveis.
 Também são necessários armários especiais para armazenamento de inflamáveis com resistência ao fogo, prateleiras com sistema de contenção de derramamento, aterramento elétrico, tela corta chama, sistema de exaustão local e devidamente sinalizado e refrigeradores com segurança intrínseca.
Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC’s)
 Os equipamentos de proteção coletiva são destinados à proteção dos trabalhadores que se expõem a riscos, essa proteção é feita de maneira geral, isto é, incluem todos ao mesmo tempo.
Capelas e Exaustores: equipamentos indispensáveis para qualquer laboratório. Construção robusta com revestimento interno resistente aos produtos em operação. Apresenta um sistema de exaustão com potência suficiente para promover a exaustão dos gases leves que rapidamente ocupam as camadas superiores, e dos gases pesados tipo gases de enxofre, e alguns solventes, que tendem a permanecer nas partes baixas da capela.
Mantas corta-fogo: fabricadas em tecidos especiais não combustíveis, são empregadas em casos de incêndios, no qual um líquido em chama é espirrado na roupa do operador.
Chuveiros de emergências e lava-olhos: o chuveiro de emergência deve ter o crivo de aproximadamente 30 cm de diâmetro e seu acionamento de se dar por meio de alavancas ou pelo sistema de plataforma. Deve ser instalado em local de fácil acesso de qualquer ponto do laboratório e com espaço livre de 1 m2. O “lava-olhos” pode estar ou não acoplado ao chuveiro.
Vaso de areia ou balde de areia: utilizado sobre o derramamento de álcalis para neutralizá-lo.
Extintores de incêndio
Microincinerador de alça de transferência metálica: são aquecidos a gás ou eletricidade. Possuem anteparos de cerâmica ou de vidro de silicato de boro para reduzir, ao mínimo possível, a dispersão de aerossóis durante a flambagem das alças de transferência.
Luz ultravioleta: lâmpadas germicidas, cujo comprimento de onde eficaz é de 240 nm. Seu uso em cabine de segurança biológica não deve exceder a 15 minutos.
Dispositivos de pipetagem: dispositivos de sucção para pipetas.
Proteção do sistema de vácuo: são filtros do tipo cartucho, que impedem a passagem de aerossóis. Também é usado o frasco de transbordamento, que contém desinfetante.
Contenção de homogeneizador, agitador, ultrassom, entre outros: devem ser cobertos com anteparo de material autoclavável e sempre abertos dentro das cabines de segurança biológica.
Kit de primeiros socorros: composto de material usualmente indicado, inclusive antídoto universal contra cianureto e outros antídotos especiais.
Equipamentos de proteção individual (EPI’s)
 Equipamentos destinados a proteger o laboratorista em operações com risco de exposição em que se podem ter emanações de produtos químicos, riscos de quebras ou explosões de aparelhos de vidros, cortes com vidrarias, lâminas, ferramentas, perfurocortantes etc. Devem ser de boa qualidade e proporcionar o mínimo de desconforto possível, sem tirar a liberdade de movimento do usuário, além de ser usado correta e interruptamente, adequando-se à atividade exercida. 
Jalecos: devem ser de mangas compridas e comprimento na altura do joelho e feitos de algodão, de forma alguma, de material sintético.
Óculos: devem ser usados para todas as áreas nas atividades de risco, como manipulação de produtos biológicos potencialmente contaminados, produtos químicos, além daquelas que portam risco de radiação e/ou iluminação (uso de óculos especiais em presença de lâmpada UV). Existem diversos modelos de óculos de proteção e cada qual se adapta às atividades desenvolvidas: óculos de proteção contra radiação ultravioleta; óculos de proteção contra gases e vapores; óculos de proteção contra produtos químicos.
Máscaras: devem ser usadas sempre que manipuladas substâncias químicas como alto teor de evaporação (além de serem realizadas em capelas de exaustão), e em áreas de alta contaminação com produtos biológicos.
Luvas: obrigatórias na manipulação de qualquer material biológico, e com determinados produtos químicos. Devem ter formato anatômico, boa resistência e oferecer conforto e destreza ao usuário. Muito importantes, já que muitas contaminações se dão pela cútis.
Disposição e adequação do laboratório 
Tendo sido apresentado as características estruturais de um laboratório ideal, pode-se comparar à realidade do laboratório em que as aulas se desenvolvem. No laboratório 103 de Química Orgânica da Universidade Federal Fluminense, portanto, é possível observar algumas deficiências, que se dão tanto na estrutura quanto nos equipamentos dispostos no mesmo.
Analisando-se a estrutura de tal laboratório, pode-se observar a ausência de saídas de emergência, nas normas de segurança é regulamentada a existência de duas ou mais opções, porém nao encontra-se nenhuma no laboratório. Existem duas portas no laboratório, uma ao lado da outra, e ambas abrem no sentido externo do local, de acordo com as recomendações. Há duas bancadas, uma no estilo “ilha” e outra no estilo “parede”, ambas as bancadas estão de acordo com as normas.
As instalações elétricas apresentam a diferenciação das voltagens (110 V ou 220 V) das tomadas e são pintadas de preto para identificação de tal instalação elétrica. O mesmo ocorre para as instalações hidráulicas que são identificadas pela pintura da cor verde que caracteriza as tubulações com fluxo de água. O sistema de ventilação e exaustão suprem as necessidades das atividades que são realizadas no recinto.
Sobre os equipamentos de proteção coletiva (EPC’s), há ausência de alguns de elevada importância como “lava-olhos”, vaso (ou balde) de areia, kit de primeiro socorros e alguns elementos do kit para limpeza (em caso de derramamento biológico, químico ou radioativo). O laboratório apresenta apenas uma capela, que apresenta o sistema de exaustão necessário. Os outros EPC’s que o laboratório não apresenta não são necessários ao tipo de atividade nele exercida. 
Os equipamentos de proteção individual (EPI’s) necessários e adequados às praticas realizadas na aula são o jaleco (100% algodão), os óculos de segurança e as luvas de borracha nitrílica.
	As deficiências encontradas no laboratório 103 de Química Orgânica da Universidade Federal Fluminense comprometem ligeiramente a segurança dos usuários do mesmo. A ausencia de uma saída de emergência é algo a que se deve preocupar, pois em uma situação que precise de ação imediata, a evacuação dos laboratoristas presentes na aula se dará pelo mesmo local. 
	No entanto, as bancadas de tamanho e revestimento ideais favorecem o trabalho realizado no laboratório. Os espaços para locomoção dos laboratoristas é maior que o recomendado e, portanto, permite a circulação livre das pessoas sem muitas possibilidades de colisões e eventuais acidentes. A diferenciação das tubulações por cor favorece a realização das atividades, e a diferenciação das voltagens evita a danificação de equipamentos, visto que, muitos desses são de elevado custo financeiro. 
 Com isso, pode-se avaliar o laboratório 103, como adequado para a situação das aulas, porque apresenta os equipamentos necessários para realização do mesmo e, as deficiências identificadas não atrapalham a aula em si. Contudo, essas deficiências podem comprometer a segurança dos laboratoristas quando em uma situação de emergência e, por isso, não podem ser desprezadas.
4.2 - Incêndios e Extintores
Como foi apresentado na introdução, há diferentes classes de incêndios e para cada qual há um tipo de extintor adequado. No laboratório 103 de Química Orgânica daUniversidade Federal Fluminense são dispostos dois extintores, um de pó químico seco, ideal para as classes B e C (Figura 1) e o outro de dióxido de carbono, ideal para as classes B e C (Figura 2), esses extintores atendem às necessidades das atividades realizadas nas aulas.
 Figura 1: Extintor de incêndio de pó químico seco do laboratório 103.
 Figura 2: Extintor de incêndio de dióxido de carbono do laboratório 103.
Em um laboratório de química, nunca deve se apagar o fogo com água ou extintores de água, pois nesse ambiente existem substâncias que reagem com a água podem provocar explosões e ao invés de amenizar pode-se agravar a situação. Caso o incêndio seja de alto nível, deve-se chamar o corpo de bombeiros pelo número 193, e avisar que se está em um laboratório químico, portanto, não poderá ser utilizada água para a extinção.
4.3 - Vidrarias e equipamentos
Na introdução foram apresentados algumas vidrarias e equipamentos comuns em um laboratório de química. Pode-se comparar agora com os que se encontram no laboratório 103 de Química Orgânica da Universidade Federal Fluminense. Estes são os necessários para a realização das aulas da disciplina Química Orgânica Experimental XI e estão listados a seguir.
	Vidrarias e equipamentos
	Quantidade
	Argola
	01
	Balão
	02
	Bécher
	04
	Condensador de refluxo
	01
	Condensador de tubo reto 
	01
	Cuba 
	01
	Erlenmayer
	02
	Funil
	01
	Funil de separação
	01
	Funil de sólidos 
	01
	Tubo de ensaio
	04
	Garra
	05
	Gral
	01
	Lâmina de vidro 
	04
	Mangueira
	02
	Mufa
	05
	Pistilo
	01
	Placa de toque
	01
	Proveta
	02
	Tela de amianto
	02
	Tripé
	02
	Tubo de Thiele
	01
	Vidro de relógio
	01
5 - Conclusões 
5.1 - Segurança e conduta em laboratório de química
Tendo em vista as informações sobre segurança e conduta em laboratório de química discutidas, pode-se perceber a importância do conhecimento do mesmo para promoção da segurança individual e coletiva no ambiente de trabalho laboratorial de forma a evitar acidentes e exposições a riscos. 
Torna-se, portanto, indispensável a efetivação das tais regras no projeto do laboratório. Como se pôde observar o laboratório em que as aulas se desenvolvem não atende todas as normas exigidas o que não interfere no desenvolvimento da aula, mas deixa a desejar quanto à segurança dos usuários de tal ambiente.
 É de conhecimento que as adequações necessárias dispendem dinheiro, o que torna difícil a estruturação do laboratório de forma ideal. No entanto, é necessário priorizar a segurança, para isso, deve-se atendar as normas e eliminar as deficiências encontradas, como, por exemplo, a ausência de uma saida de emergência.
5.2 - Incêndios e Extintores
	O conhecimento das classes de incêndios e os tipos de extintores adequados para cada situação é imprescindível para o trabalho em um ambiente laboratorial, visto que, a extinção quando feita de maneira incorreta ao invés de eliminar, pode agravar o incêndio e colocar a vida das pessoas presentes em tal situação em risco.
	No laboratório da aula em questão, são dispostos os extintores adequados para os possíveis incêndios em um laboratório. Sendo assim, é apenas necessário a manutenção dos extintores, de forma que este não perca sua utilidade e quando for necessário seu uso, não ocorram surpresas como a de um extintor sem validade, que não funciona.
5.3- Vidrarias e Equipamentos
	Em um laboratório, existe uma elevada quantidade de vidrarias e equipamentos, que são essenciais para o desenvolvimento das atividades. Contudo, deve-se atentar para o uso correto de tais materiais de forma a se evitar danificações ou até mesmo acidentes. No laboratório em questão, as vidrarias e equipamentos atendem e suprem as necessidades das práticas a serem desenvolvidas.
5- Bibliografia
CORPO DE BOMBEIROS. São Paulo. Disponívelem: http://www.ccb.policiamilitar.sp.gov.br/emb5/wp-content/uploads/2014/03/EXTINTORES..pdf 
DAVID, L.C. et al. Manual de Biossegurança, IMS/CAT-UFBA, Programa Permanecer. Disponível em http://www.ims.ufba.br/wp-content/uploads/downloads/2012/09/Livro-biosseguranca-IMS1.pdf. DEL REY, M; MELLO, M.A.; BERGAMO, M.E. et al. Guia de Laboratório para o Ensino de Química, Conselho Regional de Química IV Região (SP-MS). Disponível em: http://www.crq4.org.br/downloads/selo_guia_lab.pdf. 
UNICAMP, Segurança em Laboratórios Químicos, Diretoria de Segurança do Trabalho – Instituto de Química. Disponível em: http://www.iqm.unicamp.br/sites/default/files/seg_lab_quimico.pdf 
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Manual de Segurança. Instituto de Química. São Paulo, 2004. Disponível em: http://www2.iq.usp.br/cipa/manual/manualinteiro.pdf. 
VERGA FILHO, F.A. Segurança em Laboratório Químico, Conselho Regional de Química – IV Região (SP). Disponível em http://www.crq4.org.br/sms/files/file/mini_seg_lab_2009.pdf. 
Sites
http://www.pucminas.br/cipa/index_padrao.php?pagina=629 
http://www.maccextintores.com.br/servicos/extintores/ 
http://www.vidrariadelaboratorio.com.br/vidrarias-de-laboratorio-2/ 
http://www.vidrariadelaboratorio.com.br/a-lamina-para-microscopio/ 
 http://www.prolab.com.br/ 
 http://www2.fc.unesp.br/lvq/prexp02.htm 
Imagens
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http://www.vidrariadelaboratorio.com.br/vidrarias-de-laboratorio-2/ http://www.iqm.unicamp.br/sites/default/files/seg_lab_quimico.pdf http://www2.iq.usp.br/iqrecicla/pdv_0705.html

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