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Trabalho de Pesquisa sobre Revestimentos - Pintura

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Prévia do material em texto

ARQUITETURA E URBANISMO 
TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO II 
 
 
 
 
Acadêmicos 
Adriano Brito 
Cláudia Barros 
Gabriela de Oliveira Teixeira 
Jessika Holsbach 
Kaísa Cunha 
Priscila Meyrele 
Wermerson Nascimento Silva 
 
 
 
Orientador 
Bibiana Ribeiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
Palmas, maio de 2015 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REVESTIMENTOS 
PINTURA 
 
 
 
Trabalho de pesquisa apresentado à 
disciplina de Tecnologia da Construção II, 
do Centro Universitário Luterano de Palmas 
– CEULP ULBRA, como parte do requisito 
para avaliação da disciplina do 2ª bimestre 
(G2). Orientado pela Professora Bibiana 
Ribeiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Palmas, maio de 2015 
INTRODUÇÃO 
 
Na construção civil a pintura representa uma operação de grande 
importância, uma vez que as áreas pintadas são, normalmente, muito 
extensas, implicando num alto custo. Há uma tendência natural em considerar 
a pintura uma operação de decoração, porém, além de decorar e proteger o 
substrato, a tinta pode oferecer melhor higienização dos ambientes, servindo 
também para sinalizar, identificar, isolar termicamente, controlar luminosidade e 
podendo ainda ter suas cores utilizadas para influir psicologicamente sobre as 
pessoas. 
 À primeira vista, uma parede interna ou uma fachada bem-acabada 
aparenta formar a base ideal para receber uma pintura, entretanto, a pintura 
sobre superfícies de reboco ou de concreto não é assim tão simples como 
parece, constituindo-se num problema onde os riscos e as dificuldades surgem 
em grande número. Os materiais de construção empregados na preparação e 
no acabamento das paredes são quimicamente agressivos, podendo, 
consequentemente, atacar e destruir as tintas aplicadas sobre elas. 
 Os materiais de alvenaria podem conter considerável quantidade de água, 
apresentar porosidade excessiva ou irregularmente distribuída, bem como sais 
minerais ou cal incorretamente carbonada, estando sujeitos à degradação 
progressiva que terminará por reduzir ou destruir a firmeza destas paredes, e 
com elas o sistema de pintura empregado. 
O presente trabalho é fornecido como uma visão geral desde a origem, 
desenvolvimento, fabricação, os tipos, ferramentas, execução, entre outros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
Introdução .......................................................................................................... 3 
1.0. História da Tinta .......................................................................................... 6 
1.1. Pré-História: função puramente decorativa ...................................... 6 
1.2. Egito: adicionando cores .................................................................. 6 
1.3. China: inventando a tinta de escrever .............................................. 7 
1.4. Roma: ascensão e queda ................................................................ 7 
1.5. Idade Média: redescoberta ............................................................... 7 
1.6. Revolução Industrial: expansão e produção em larga escala .......... 8 
1.7. Século XX: a tecnologia a serviço das tintas ................................... 8 
2.0. Definição ......................................................................................................9 
3.0. Composição Básica da Tinta .......................................................................9 
3.1. Pigmentos .........................................................................................9 
3.2. Veículos ou Aglutinadores ...............................................................10 
3.3. Solventes .........................................................................................10 
3.4. Aditivo ..............................................................................................10 
4.0. Fabricação .................................................................................................11 
4.1. Pesagem .........................................................................................11 
4.2. Mistura .............................................................................................11 
4.3. Diluição e Secagem ........................................................................11 
4.4. Trituração ........................................................................................12 
4.5. Teste de cor e qualidade ................................................................12 
4.6. Tintagem .........................................................................................12 
4.7. Filtragem .........................................................................................12 
4.8. Embalagem .....................................................................................13 
5.0. Usos ...........................................................................................................13 
6.0. Classificação das tintas .............................................................................13 
6.1. Látex PVA .......................................................................................13 
6.2. Tinta acrílica.....................................................................................14 
6.2.1. Tempo de secagem ...........................................................15 
6.2.2. Durabilidade .......................................................................15 
6.2.3. Toxinas ..............................................................................16 
6.2.4. Tempo de trabalho ............................................................16 
6.3. Tinta esmalte ...................................................................................16 
6.4. Isolante térmica ...............................................................................17 
6.5. Texturizadas ....................................................................................17 
6.6. A óleo ..............................................................................................17 
7. Patologias .....................................................................................................18 
8.0. Execução ...................................................................................................19 
8.1. A Sequência Correta de pintura ......................................................19 
8.2. Lixar a superfície .............................................................................19 
8.3. Aplicar o Selador .............................................................................19 
8.4. Aplicar Massa Corrida .....................................................................19 
8.5. Aplicar 1° demão de tinta ................................................................20 
8.6. Aplicar 2° demão de tinta ................................................................20 
9.0. Ferramentas de Aplicação da Tinta ...........................................................20 
10.0. Tipos de Pintura .......................................................................................21 
10.1. Imersão .........................................................................................21 
10.2. Pincel .............................................................................................21 
10.3. Rolo ...............................................................................................22 
10.4. Pistola ............................................................................................22 
10.5. Eletrostática ...................................................................................22 
11.0. Conclusão ................................................................................................23 
Bibliografia ........................................................................................................241.0. História da Tinta 
É muito difícil estabelecer uma data para o surgimento da tinta. O 
homem não estava procurando criar ou inventar algo que embelezasse ou 
protegesse sua casa quando a tinta surgiu, mesmo porque, naquela época, ele 
ainda morava em cavernas. Foi graças à incessante necessidade de o homem 
expressar os seus pensamentos, emoções e a cultura de seu povo que ela foi 
descoberta. Primeiramente, as tintas tiveram um papel puramente estético. 
Somente mais tarde, quando introduzidas em países do norte da América e da 
Europa, onde as condições climáticas eram mais severas, o aspecto "proteção" 
ganharia maior importância. 
 
1.1. Pré-história: função puramente decorativa 
 
Os povos pré-históricos fabricavam tintas moendo materiais coloridos como 
plantas e argila em pó, e adicionando água. A técnica empregada era simples, 
pois as cores eram preparadas com os próprios dedos e algumas vezes 
prensadas entre pedras. Usavam-na para a decoração de suas cavernas e 
tumbas, e sobre seus corpos. 
 
1.2. Egito: adicionando cores 
 
O primeiro povo a pintar com grande variedade de cores foram os 
egípcios. Inicialmente, fabricavam as tintas a partir de materiais 
encontrados na terra de seu próprio país e das regiões próximas. 
Somente entre 8.000 a 5.800 a. C. é que surgiram os primeiros 
pigmentos sintéticos. Para obterem cores adicionais, os egípcios 
importavam anileira e garança da Índia. Com a anileira, podia-se 
obter um azul profundo e, com a garança, nuances de vermelho, 
violeta e marrom. Os egípcios também aprenderam a fabricar brochas brutas, 
com as quais aplicavam a tinta. 
 
 
1.3. China: inventando a tinta de escrever 
As primeiras tintas de escrever foram provavelmente 
inventadas pelos antigos egípcios e chineses. As datas 
exatas dessa invenção são desconhecidas. Manuscritos de 
cerca de 2.000 a. C. comprovam que os chineses já 
conheciam e utilizavam nanquim. 
1.4. Roma: ascensão e queda 
Os romanos aprenderam a técnica de fabricar tinta com os egípcios. 
Exemplares de tintas e pinturas romanas podem ser vistos nas ruínas de 
Pompéia. Por volta do século V a. C., os romanos 
utilizaram pela primeira vez na história o alvaiade 
como pigmento. Após a queda do Império Romano, 
a arte de fabricar tintas perdeu-se, sendo retomada 
pelos ingleses somente no final da Idade Média. 
1.5. Idade Média: redescoberta 
Na Idade Média, o aspecto "proteção" começa a ganhar importância. Os 
ingleses usavam as tintas, principalmente, em igrejas e, depois, em 
prédios públicos e residências de pessoas importantes. Durante os 
séculos XV e XVI, artistas italianos fabricavam pigmentos e veículos 
para tintas. Nessa época, a produção de tinta era particularizada e 
altamente sigilosa. Cada artista ou artesão desenvolvia seu próprio 
processo de fabricação de tinta. Tratadas como se fossem um 
"segredo de Estado", as fórmulas de tintas eram enterradas com seu 
inventor. 
 
 
1.6. Revolução Industrial: expansão e produção em larga escala 
No ápice da Revolução Industrial, final do século XVIII e início do XIX, os 
fabricantes de tintas começaram a usar equipamentos mecânicos. Os primeiros 
fabricantes, entretanto, apenas preparavam os materiais para tinta, fornecendo-
os para os pintores, que compunham suas próprias misturas. Em 1867, os 
fabricantes introduziram as primeiras tintas preparadas no mercado. O 
desenvolvimento de novos equipamentos de moer e misturas tintas no final do 
século XIX também facilitou a produção em larga escala. 
1.7. Século XX: a tecnologia a serviço das tintas 
Durante Primeira e Segunda Guerras Mundiais, período considerado 
pelos historiadores bastante fértil para ciência, químicos desenvolveram novos 
pigmentos e resinas sintéticas. Esses pigmentos e veículos substituíram 
ingredientes das tintas, como óleo de linhaça, necessário para fins militares. 
Pesquisas desenvolvidas por químicos e engenheiros tornaram-se atividade 
importante na fabricação de tinta. 
No final da década de 50, químicos criaram tintas especiais para pintura 
de exteriores, novos tipos de esmaltes para acabamento de automóveis e tintas 
à prova de gotejamento para superfícies externas e internas. Nos anos 60, a 
pesquisa continuada com resinas sintéticas conferiu às tintas maior resistência 
contra substâncias químicas e gases. Foi nessa época, que as tintas 
fluorescentes se popularizaram. Devido à descoberta de envenenamento, por 
chumbo, de muitas crianças após terem comido lascas de tinta seca, na 
década de 1970 os governos de alguns países impuseram restrições ao 
conteúdo de chumbo nas tintas de uso doméstico, limitando-o a cerca de 
0,5%. 
 
 
2.0. Definição 
Há diversas maneiras de se definir o que é "tinta". No dicionário Aurélio, 
por exemplo, um dos significados encontrados para "tinta" é "substância 
química corante, que adere à superfície a qual se aplica e é usada para a 
pintura". Uma definição bastante simples e didática, porém, restrita para quem 
pretende se aprofundar mais no assunto. Se procurarmos uma explicação mais 
abrangente, recorrendo a um bom livro especializado, poderemos encontrar 
algo como "tinta é uma composição líquida, geralmente viscosa, constituída de 
um ou mais pigmentos dispersos em um aglomerante líquido que, ao sofrer um 
processo de cura quando estendida em película fina, forma um filme opaco e 
aderente ao substrato". Eis uma explicação mais ampla, ótima para que 
entende muito do assunto ou já trabalha na área. No entanto, pode ser um 
tanto complexa demais para uma pessoa que está tendo seu primeiro contato 
com esse universo. Mas, afinal, como podemos obter uma definição clara e, ao 
mesmo tempo, abrangente sobre tintas? Vamos por etapas. Em primeiro lugar, 
extraímos o caráter didático do Aurélio e a complexidade do livro especializado 
e chegaremos ao um conceito um pouco vago, mas importante sobre tinta, algo 
como: "tinta é uma mistura de um líquido e um ou mais pós coloridos”. 
Avancemos para a segunda etapa. Para compreendermos o que é tinta, 
precisamos entender o que é este "líquido" e estes "pós coloridos". Ou seja, 
precisamos saber qual é a composição da tinta, do que ela é feita. Sem isso, 
qualquer definição estará incompleta. 
3.0. Composição Básica Da Tinta 
A tinta é composta, basicamente, das seguintes substâncias: pigmento, 
veículo ou aglutinador, solvente ou redutor e aditivo. O pó colorido presente na 
mistura que constitui a tinta é denominado pigmento. O líquido que contém o 
pigmento e o torna fácil de se espalhar é chamado de veículo ou aglutinador. 
3.1. Pigmentos 
São divididos em dois principais: base e inerte. Pigmentos bases dão cor 
à tinta. Compostos de metais como o chumbo, já foram muito usados na 
fabricação de pigmentos bases. Atualmente, os fabricantes de tintas empregam 
sintéticos (substâncias artificiais) para a maioria dos pigmentos bases. Os 
pigmentos inertes são materiais, como carbonato de cálcio, argila, silicato de 
magnésio, mica ou talco, que conferem maior durabilidade à tinta. 
3.2. Veículos ou Aglutinadores 
Como o próprio nome diz, servem para aglutinar (unir) as partículas de 
pigmentos. Os veículos ou aglutinadores incluem óleos, vernizes, látex e 
resinas naturais e sintéticas. Por exemplo, um veículo de látex é obtido através 
da suspensão de partículas de resina sintética em água. Essa suspensão é 
chamada de emulsão. Tintas que utilizam esses veículos são denominadas 
tintas látex, ou emulsão. Quando um veículo entra em contato com o ar, seca e 
endurece. Essa ação transforma a tinta em uma película rígida que retém o 
pigmento sobre a superfície. 
3.3. Solventes 
São adicionados à tinta para torná-la mais fluida. Algumas tintas são 
classificadas de acordo com o solvente. As tintas de látex, por exemplo, são 
diluídas com água e são chamadas tintas à basede água. Tintas insolúveis em 
água requerem solventes orgânicos, como subprodutos de petróleo. Essas 
tintas são denominadas tintas à base de solvente. 
3.4. Aditivo 
Substância que, adicionada às tintas, proporciona características 
especiais às mesmas ou melhorias nas suas propriedades. Existe uma 
variedade enorme de aditivos usados na indústria de tintas e vernizes: 
secantes, anti-sedimentares, niveladores, antipele, antiespumante, etc. 
 
 
 
 
 
 
4.0. Fabricação 
Como citado anteriormente, a revolução industrial teve um importante 
papel no desenvolvimento e amadurecimento do processo de fabricação de 
tinta. Com o surgimento dos equipamentos mecânicos, a produção de tinta - 
antes um processo manual e personalizado (ver história da tinta) -, 
industrializa-se, permitindo a produção em larga escala para abastecer um 
mercado, embora embrionário, mas bastante promissor. O século XX colocou à 
disposição das indústrias uma série inovações tecnológicas que, pouco a 
pouco, automatizariam o processo de fabricação. Ainda neste século, as 
ciências - química, física e biológica - tiveram um espantoso progresso, o que 
contribuiu bastante para que a tinta chegasse ao patamar de excelência 
qualitativa em que se atualmente se encontra. 
A seguir, uma descrição resumidamente de cada etapa do processo de 
fabricação de tintas: 
4.1. Pesagem 
A primeira etapa na fabricação de tinta é a 
pesagem dos materiais líquidos para o veículo da 
tinta. Tubulações irão transportar os materiais do 
tanque de estocagem. 
4.2. Mistura 
O fabricante coloca uma pequena quantidade 
de veículo em um grande misturador mecânico. 
Depois adiciona gradualmente o pigmento 
pulverizado. As pás do misturador irão girar 
lentamente e transformarão os dois ingredientes em 
pasta de pigmento e de veículo. 
4.3. Diluição e Secagem 
Após a trituração, um operário derrama a pasta 
moída em um tanque, onde é misturada mecanicamente 
com mais veículo, solventes e secantes. Solventes como 
nafta ou água afinam a pasta. Sais de chumbo, cobalto e manganês levam a 
tinta a secar rapidamente. Nessa fase, a tinta é misturada até que esteja quase 
pronta para ser usada. 
4.4. Trituração 
Um operário deposita a pasta em um moinho ou 
triturador para dispersar as partículas de pigmento e distribuí-
las uniformemente pelo veículo. Existem dois tipos de moinhos: 
de rolos e de bolas ou seixos. Moinhos de bola ou de seixo são 
grandes cilindros revestidos de aço que contêm bolas de seixo 
ou de aço. Quando os cilindros giram, as bolas se movimentam 
e se chocam umas contra as outras, triturando a tinta. Um moinho de rolos tem 
cilindros de aço que rodam uns sobre os outros para triturar e misturar 
os pigmentos. A ilustração mostra um moinho de rolos. 
4.5. Teste de cor e qualidade 
Em seguida, o tingidor envia uma 
amostra da nova tinta para o laboratório de 
controle de qualidade da fábrica, que irá 
testar a cor e qualidade. No Brasil, os 
padrões de cor e qualidade são 
estabelecidos pelas fábricas de tintas e pelo Instituto Nacional de Pesos e 
Medidas. 
4.6. Tintagem 
Agora, um operário, chamado de tingidor, 
adiciona uma pequena quantidade de pigmento à tinta 
para conferir-lhe a cor exata e o brilho desejado. 
4.7. Filtragem 
Depois de ter sido aprovada, a tinta é finalmente 
filtrada através de um saco de feltro, ou de outro tipo 
de filtro, para remover partículas sólidas de poeira ou 
sujeira. 
4.8. Embalagem 
Esta é a última etapa do processo. A tinta é 
despejada em um tanque (máquina de alimentação) 
que irá encher as latas com a quantidade exata. 
Esteiras rolantes transportam as latas, que serão 
embarcadas em caminhões e trens para o transporte final. 
5.0. Usos 
São inúmeras as utilidades da tinta. Ela dá aspecto agradável e atraente 
às nossas casas, ao mesmo tempo, que as protege das intempéries. Dá vida e 
cor às salas de aulas, aos escritórios e fábricas. Quebram a seriedade dos 
prédios cinzentos, mudando a paisagem da cidade. Automóveis de cores 
alegres trafegam ao longo das ruas marcadas por faixas de segurança pintadas 
de branco e, áreas de estacionamento proibido, de amarelo. Obras de arte 
conferem beleza e graça a residências, escritórios e prédios públicos. A tinta 
também está presente nos jornais, revistas e nos demais veículos impressos. 
6.0. Classificação das tintas 
Uma boa pintura é sempre uma solução prática para renovar o visual 
das paredes da casa. Mas, com as diversas variedades de tintas encontradas 
no mercado, como saber qual é a escolha certa para cada superfície? 
6.1. Látex PVA 
 O PVA vem do nome da substância usada atualmente para fabricar a 
tinta látex, o Acetato de Polivinila. O látex tem uma base solúvel em água e, por 
isso, facilita muito a vida do pintor, que pode preparar seus pincéis e rolos 
apenas com água. Além disso, caso a tinta espirre em algum outro 
revestimento, basta lavar com água. 
É geralmente utilizada em pintura de paredes internas, principalmente 
para tetos e áreas secas que dispensam manutenção constante. É encontrada 
apenas em acabamento fosco, pois sua resina não permite a variação de 
brilho. Oferece pouca resistência à ação do sol e tem baixa "lavabilidade", ou 
seja, não resiste à lavagem e, por isso, deve ser limpo apenas com pano 
úmido. Seca rapidamente e o odor típico de pintura é mínimo. 
VANTAGENS DESVANTAGENS 
O acabamento em látex PVA é 
adequado para a parte interna das 
residências, que podem ser limpas 
apenas com um pano úmido. O 
acabamento desse tipo de tinta é 
muito bom, assim como seu 
recobrimento da camada anterior de 
pintura (se ela existir). Seca 
rapidamente, e o odor típico de 
pintura é mínimo. 
O produto não é adequado para áreas 
molhadas ou que possam receber 
chuva, e para recobrimentos de 
acabamento em alto brilho, como um 
corrimão, por exemplo; as superfícies 
pintadas com látex PVA também são 
mais difíceis de limpar. 
 
6.2. Tinta acrílica 
 Com propriedades similares ao látex, é uma tinta de secagem rápida e 
solúvel em água. Sua diferença está na composição: as resinas acrílicas, que 
concedem ao produto características impermeáveis, fazem com que ele seja 
muito utilizado em pinturas externas. Essa impermeabilidade também torna a 
tinta acrílica interessante para uso em áreas molhadas da casa, como cozinha 
e lavabo, já que podem ser lavadas sem preocupação. As tintas acrílicas 
podem ser encontradas em três tipos de acabamento: o fosco é menos 
resistente à limpeza, mas ressalta menos as imperfeições da parede; o semi-
brilho tem um pouco de brilho, destaca mais as imperfeições da superfície e 
resiste mais à limpeza do que a tinta fosca; já o acetinado confere à parede um 
toque mais fino, sofisticado, com um brilho suave, que resiste bem à limpeza. 
Assim como a tinta semi-brilho, ela destaca as imperfeições da superfície. 
Dentre os diferentes subconjuntos de tinta acrílica destacam-se: 
 Emborrachadas - Indicadas para pintura de paredes externas, 
possuem uma película flexível que acompanha a dilatação e a 
retração da argamassa sob mudança de temperatura, protegendo 
a parede contra a umidade e contra a ação da chuva e do sol. 
São as mais indicadas para fachadas e muros. 
 Laváveis - Têm acabamento acetinado e oferecem grande 
resistência à limpeza, sendo ideal para ambientes com intenso 
tráfego de pessoas ou locais onde há crianças. Podem ser 
usadas tanto em ambientes internos como externos. 
 Inodoras - São produtos que, em sua maioria, perdem o odor em 
até três horas após sua aplicação. Estão disponíveis em 
acabamento fosco e acetinado e podem ser utilizados na pintura 
de ambientes internos e externos. 
 
6.2.1. Tempo de secagem 
 
As tintas acrílicas secam muito rapidamente em comparação com outros 
tipos de tinta. Se você é um pintor de casasprofissional, isso é importante 
porque você não tem que esperar muito tempo para colocar as camadas 
adicionais. Se você é um artista, isso é importante porque as pinturas estarão 
secas o suficiente para serem transportadas com segurança dentro de 24 
horas, sem a preocupação de que a tinta irá manchar. 
 
6.2.2. Durabilidade 
 
Tintas acrílicas são conhecidas por serem mais flexíveis do que os outros tipos 
de tintas. Isso significa que, conforme a tela ou a moldura se expande e contrai, 
devido às mudanças de temperatura, a tinta irá expandir e comprimir em vez de 
rachar. 
 
 
 
6.2.3. Toxinas 
 
As tintas acrílicas contêm algumas toxinas no pigmento. Essas toxinas 
podem ser liberadas durante o processo de pintura como vapores, que podem 
irritar os olhos e a respiração das pessoas, ou mesmo dar-lhes dor de cabeça. 
Além disso, essas toxinas não podem ser eliminadas em um esgoto normal 
como outras tintas à base de água, uma vez que podem ser prejudiciais para o 
ambiente. 
6.2.4. Tempo de Trabalho 
As tintas acrílicas secam muito rapidamente sobre a paleta de um 
artista. Para os pintores que trabalham lentamente isso pode ser um problema, 
porque eles precisariam repor constantemente a tinta da paleta, e há uma 
pequena janela de tempo na qual o pintor pode manipular o material uma vez 
que ele é aplicado na tela. Além disso, o rápido tempo de secagem pode ser 
um desafio ao tentar misturar tintas. 
6.3. Tinta Esmalte 
É especialmente boa para a utilização em superfícies de ferro ou 
madeira. Possui acabamento brilhante e acetinado, embora exista a versão 
fosca. Seu acabamento dá sensação de uma película formada sobre a 
superfície e, por isso mesmo, não é muito adequada para o uso direto na 
parede, porque, dependendo da aplicação, podem surgir bolhas ou 
descascamento. 
O custo dessa tinta é mais alto do que o das demais, por conta de seu 
uso mais específico. Importante salientar que muitos esmaltes são feitos a 
partir de solventes e, por isso, apresentam cheiro forte e secagem demorada. 
No entanto, vários fabricantes estão produzindo esmaltes à base de 
água, o que resulta em produtos de baixo odor e secagem rápida. Tintas epóxi 
e poliuretano: produto resistente que não se deixa atacar facilmente por 
produtos químicos, como os de limpeza. Ideal para aplicação em locais em 
contato direto com a água, como piscinas e caixas d'água. É, ainda, uma ótima 
solução para ambientes como banheiros, boxes e cozinhas. 
6.4. Isolante térmica 
 
Indicada principalmente para atenuar o calor, a tinta isolante térmica é 
um revestimento à base de água flexível e resistente que incorpora em sua 
formulação polímeros acrílicos combinados com microesferas de cerâmica, e, 
com isso, reflete a maior parte da irradiação solar. Outra utilização da tinta é 
para a impermeabilização de lajes, telhados, caixas d'água, paredes, galpões, 
depósitos. Magnética: é uma tinta semi-brilho, geralmente cinza, densa e 
rugosa, com carga magnética, permitindo a aderência de ímãs. Deve ser 
aplicada sob a tinta desejada para que a área da parede fique imantada. 
 
6.5. Texturizada 
 
Se você está procurando um acabamento rústico ou se deseja uma 
cobertura eficaz para superfícies com defeitos, a tinta texturizada fará esse 
trabalho. Algumas variedades vêm misturadas com partículas semelhantes à 
areia e são utilizadas como artifício decorativo. À cal: muito barata e de fácil 
aplicação, ela não é lavável e é usada em muros e paredes externas. A 
qualidade do acabamento não é das melhores. 
 
6.6. A óleo 
 
Possui um ligante do tipo oleoso (óleos vegetais, minerais, essência de 
terebintina, entre outros) que possibilita um acabamento muito bonito (fosco ou 
brilhante). É utilizada em pinturas que exigem um cuidado maior, como móveis, 
janelas e portas. O óleo confere impermeabilidade à penetração de água, 
sendo, portanto, um protetor eficiente para materiais como madeiras e ferro. 
 
 
 
7.0. PATOLOGIAS 
 Aparecimento de trincas: Geralmente ocorre com a movimentação 
natural da estrutura da edificação e da natural expansão do concreto. 
 Aparecimento de bolhas: Decorrente do uso de massa corrida PVA em 
superfícies externas. As bolhas também podem surgir quando há uma 
repintura sobre uma tinta muito antiga ou de qualidade inferior. 
 Eflorescências: Manchas que aparecem quando se aplica a tinta 
diretamente sobre o reboco úmido ou por ação de infiltrações. 
 Descascamento: Ocorre quando se aplica a tinta em superfícies 
pulverulentas ou que tiveram aplicação de cal, dificultando sua aderência na 
base. 
 Enrugamento: Ocorre quando há uma excessiva quantidade de tinta 
numa demão ou quando não é respeitado o tempo de secagem correto entre 
demãos. 
 Saponificação: Ocorre pela alcalinidade natural da cal e do cimento que 
constituem o reboco. 
 Calcinação: Decorrente da alcalinidade natural da cal e do cimento e são 
provenientes das condições do intemperismo natural, principalmente pelas 
águas das chuvas. 
 Desagregamento: Acontece quando se aplica a tinta sobre um reboco 
novo, não curado ou na presença de umidade. 
 Descolamento: Acontece na repintura de superfícies, que devem estar 
em boas condições para receber novas demãos de tinta. 
 
 
 
 
 
 
 
8.0. Execução 
8.1. A Sequência Correta de pintura 
 Pintura do teto; 
 Pintura das paredes; 
 Pintura de portas e janelas; 
 Pintura dos rodapés (se for o caso) 
8.2. Lixar a superfície 
Lixar as paredes com lixa 80 ou 100 (mais finas) se a superfície estiver 
firme e sem muito excesso no reboco ou lixa 240 (mais grossa) nas partes em 
que a superfície estiver mais grosseira. Com o próprio tato da palma das mãos 
você verifica se a superfície está lisa o suficiente para receber o selador. 
8.3. Aplicar o Selador 
Abra a lata de selador, misture-a bem para que o material fique 
uniforme, coloque uma quantidade na bandeja de aplicação e, com o rolo de lã 
(23 cm de largura) aplique na parede em movimentos de sobe e desce. Repita 
a aplicação por todas as paredes do cômodo. 
8.4. Aplicar Massa Corrida 
Aplique a massa corrida com uma desempenadeira e auxílio de uma 
espátula para os cantos. Identifique, também, os pequenos buracos que ainda 
podem ter ficado na parede e faça a correção com massa corrida, aplicando-a 
com uma espátula. Deixe secar por duas ou três horas e, em seguida, passe a 
lixa para regularizar a superfície. Aplique o selador sobre a massa corrida. O 
selador vai reduzir o consumo de tinta (que é o material mais caro na pintura). 
8.5. Aplicar 1° demão de tinta 
Primeiro leia as orientações de aplicação do fabricante na lata da tinta. 
Abra a lata de tinta da cor que você escolheu, faça a diluição recomendada e 
misture para que o material fique uniforme. 
Coloque uma boa quantidade na bandeja de aplicação (que deve estar 
limpa e seca). Pegue o rolo lã de carneiro e envolva-o em toda a tinta, sem 
excessos, evitando que ele fique muito encharcado. 
Inicie a aplicação sobre a superfície em movimentos uniformes de vai-e-
vem cobrindo toda a superfície. Repita o movimento até que toda a parede 
receba a tinta de maneira uniforme. 
8.6. Aplicar 2° demão de tinta 
Em média, quatro horas após a aplicação da primeira demão, pode-se 
aplicar a segunda demão. Verifique as indicações do fabricante na lata. 
Pinte novamente toda a parede com os mesmos movimentos de vai-e-
vem cobrindo toda a superfície até finalizar todo o cômodo. Aplique também a 
segunda demão também nos cantos, bonecas de porta e janelas. 
9.0. Ferramentas de Aplicação da Tinta 
- Rolo de lã 23cm; 
- Garfo para Rolo; 
- Prolongador ou cabo para rolo de tinta; 
- Bandeja de aplicação de tinta; 
- Pincel Médio; 
- Lixa Massa Média e Fina; 
- Espátula; 
- Pano; 
- Jornal ou lona para cobrir opiso; 
- Desempenadeira de Aço; 
- Massa Corrida; 
- Selador Acrílico; 
- Tinta. 
 
10.0. Tipos de Pintura 
A pintura normalmente é utilizada para: 
• Proteção da Peça 
• Estética (Aparência) 
• Diferencial (Ressaltar algum objeto ou ambiente) 
 
Os vários tipos de pinturas: 
1. Imersão 
2. Pincel 
3. Rolo 
4. Pistola (Pulverização) 
5. Eletrostática 
10.1. Imersão 
VANTAGENS DESVANTAGENS 
Cobertura de tinta em locais de difícil 
acesso (Cantoneiras, Curvas etc.) 
Melhor acabamento nestas áreas 
 
– Escorrimento 
– Desperdícios 
– Volatilização (do solvente e da tinta) 
10.2. Pincel 
VANTAGENS DESVANTAGENS 
– Custo (Não Necessita 
Equipamentos Especiais) Compressor 
/ Pistola / Filtro de Ar. 
– Riscos das Cerdas (Imperfeições na 
Pintura) 
– Desperdício de Tinta 
– Acabamento não Uniforme 
 
10.3. Rolo 
VANTAGENS DESVANTAGENS 
– Custo ( Não Necessita 
Equipamentos Especiais ) 
Compressor / Pistola / Filtro de Ar. 
– Pinturas em Parede com Latex ( 
Mais Adequada ) 
– Desperdício de Tinta 
– Espirros de tinta na aplicação 
– Não cobertura de cantos 
10.4. Pistola 
VANTAGENS DESVANTAGENS 
– Alinhamento na Aplicação 
(Ordenação das Partículas de Tinta). 
– Uniformidade na Aplicação 
– Menor Desperdício de Tinta 
– Tempo Reduzido na Aplicação 
– Custo (Necessidade de Compressor 
de Ar, Filtro, Pistola, Local Adequado, 
Etc.) 
– Névoa na Aplicação (Poluição) 
– Manutenção dos Equipamentos 
10.5. Eletrostática 
VANTAGENS DESVANTAGENS 
– Uniformidade na Aplicação 
– Melhor Aproveitamento da Tinta 
(Reutilização). 
– Melhor Acabamento das Peças 
– Maior resistência da Pintura 
– Pintor ( Sem Necessidade de 
Qualificação) 
– Custo: Necessidade de Compressor 
de Ar, Filtro de Ar, Cabina de Pintura 
(para retenção do pó) e Estufa (para a 
cura da tinta) 
– Manutenção (Pessoa qualificada, 
Assistência Técnica Autorizada). 
 
12.0. Conclusão 
 
Concluímos que a Pintura acompanha o ser humano por toda a sua 
história. Foi uma das principais formas de representação dos povos durante o 
passar dos séculos, mas é a partir do século XIX graças à revolução industrial, 
que a tinta ganha espaço no mercado. E antes o que era apenas para fins 
decorativos ganha uma nova característica e finalidade. 
A pintura passa então a ter duas finalidades: Proteger e Embelezar. 
Assim sendo, seja na escolha da tinta, seja da classificação ou no recebimento 
do serviço, deve-se considerar se essas duas metas foram atingidas. 
 
A pintura é um serviço de obra tão importante como qualquer outro, e é 
um grave erro não lhe dar uma atenção condizente, ela deve ser projetada e 
executada segundo técnica adequada, não devendo ficar ao critério de pessoa 
não conhecedora. Deve-se cuidar para que todos os materiais e toda mão-de-
obra sejam da melhor qualidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
Tintas & Vernizes - Volume 1 - Ciência & Tecnologia - 2ª edição - Abrafati 
(Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas) 
 
Manual do construtor – CHAVES, Roberto 
 
Prática das pequenas construções – BORGES, Alberto 
 
GUIA DOS CURIOSOS - http://guiadoscuriosos.com.br/categorias/3791/1/tinta-
de-parede.html 
O Edifício e seu acabamento – Prática de Construção Civil, ALVES AZEREDO, 
Hélio.

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