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ARQUITETURA E URBANISMO TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO II Acadêmicos Adriano Brito Cláudia Barros Gabriela de Oliveira Teixeira Jessika Holsbach Kaísa Cunha Priscila Meyrele Wermerson Nascimento Silva Orientador Bibiana Ribeiro Palmas, maio de 2015 REVESTIMENTOS PINTURA Trabalho de pesquisa apresentado à disciplina de Tecnologia da Construção II, do Centro Universitário Luterano de Palmas – CEULP ULBRA, como parte do requisito para avaliação da disciplina do 2ª bimestre (G2). Orientado pela Professora Bibiana Ribeiro. Palmas, maio de 2015 INTRODUÇÃO Na construção civil a pintura representa uma operação de grande importância, uma vez que as áreas pintadas são, normalmente, muito extensas, implicando num alto custo. Há uma tendência natural em considerar a pintura uma operação de decoração, porém, além de decorar e proteger o substrato, a tinta pode oferecer melhor higienização dos ambientes, servindo também para sinalizar, identificar, isolar termicamente, controlar luminosidade e podendo ainda ter suas cores utilizadas para influir psicologicamente sobre as pessoas. À primeira vista, uma parede interna ou uma fachada bem-acabada aparenta formar a base ideal para receber uma pintura, entretanto, a pintura sobre superfícies de reboco ou de concreto não é assim tão simples como parece, constituindo-se num problema onde os riscos e as dificuldades surgem em grande número. Os materiais de construção empregados na preparação e no acabamento das paredes são quimicamente agressivos, podendo, consequentemente, atacar e destruir as tintas aplicadas sobre elas. Os materiais de alvenaria podem conter considerável quantidade de água, apresentar porosidade excessiva ou irregularmente distribuída, bem como sais minerais ou cal incorretamente carbonada, estando sujeitos à degradação progressiva que terminará por reduzir ou destruir a firmeza destas paredes, e com elas o sistema de pintura empregado. O presente trabalho é fornecido como uma visão geral desde a origem, desenvolvimento, fabricação, os tipos, ferramentas, execução, entre outros. SUMÁRIO Introdução .......................................................................................................... 3 1.0. História da Tinta .......................................................................................... 6 1.1. Pré-História: função puramente decorativa ...................................... 6 1.2. Egito: adicionando cores .................................................................. 6 1.3. China: inventando a tinta de escrever .............................................. 7 1.4. Roma: ascensão e queda ................................................................ 7 1.5. Idade Média: redescoberta ............................................................... 7 1.6. Revolução Industrial: expansão e produção em larga escala .......... 8 1.7. Século XX: a tecnologia a serviço das tintas ................................... 8 2.0. Definição ......................................................................................................9 3.0. Composição Básica da Tinta .......................................................................9 3.1. Pigmentos .........................................................................................9 3.2. Veículos ou Aglutinadores ...............................................................10 3.3. Solventes .........................................................................................10 3.4. Aditivo ..............................................................................................10 4.0. Fabricação .................................................................................................11 4.1. Pesagem .........................................................................................11 4.2. Mistura .............................................................................................11 4.3. Diluição e Secagem ........................................................................11 4.4. Trituração ........................................................................................12 4.5. Teste de cor e qualidade ................................................................12 4.6. Tintagem .........................................................................................12 4.7. Filtragem .........................................................................................12 4.8. Embalagem .....................................................................................13 5.0. Usos ...........................................................................................................13 6.0. Classificação das tintas .............................................................................13 6.1. Látex PVA .......................................................................................13 6.2. Tinta acrílica.....................................................................................14 6.2.1. Tempo de secagem ...........................................................15 6.2.2. Durabilidade .......................................................................15 6.2.3. Toxinas ..............................................................................16 6.2.4. Tempo de trabalho ............................................................16 6.3. Tinta esmalte ...................................................................................16 6.4. Isolante térmica ...............................................................................17 6.5. Texturizadas ....................................................................................17 6.6. A óleo ..............................................................................................17 7. Patologias .....................................................................................................18 8.0. Execução ...................................................................................................19 8.1. A Sequência Correta de pintura ......................................................19 8.2. Lixar a superfície .............................................................................19 8.3. Aplicar o Selador .............................................................................19 8.4. Aplicar Massa Corrida .....................................................................19 8.5. Aplicar 1° demão de tinta ................................................................20 8.6. Aplicar 2° demão de tinta ................................................................20 9.0. Ferramentas de Aplicação da Tinta ...........................................................20 10.0. Tipos de Pintura .......................................................................................21 10.1. Imersão .........................................................................................21 10.2. Pincel .............................................................................................21 10.3. Rolo ...............................................................................................22 10.4. Pistola ............................................................................................22 10.5. Eletrostática ...................................................................................22 11.0. Conclusão ................................................................................................23 Bibliografia ........................................................................................................241.0. História da Tinta É muito difícil estabelecer uma data para o surgimento da tinta. O homem não estava procurando criar ou inventar algo que embelezasse ou protegesse sua casa quando a tinta surgiu, mesmo porque, naquela época, ele ainda morava em cavernas. Foi graças à incessante necessidade de o homem expressar os seus pensamentos, emoções e a cultura de seu povo que ela foi descoberta. Primeiramente, as tintas tiveram um papel puramente estético. Somente mais tarde, quando introduzidas em países do norte da América e da Europa, onde as condições climáticas eram mais severas, o aspecto "proteção" ganharia maior importância. 1.1. Pré-história: função puramente decorativa Os povos pré-históricos fabricavam tintas moendo materiais coloridos como plantas e argila em pó, e adicionando água. A técnica empregada era simples, pois as cores eram preparadas com os próprios dedos e algumas vezes prensadas entre pedras. Usavam-na para a decoração de suas cavernas e tumbas, e sobre seus corpos. 1.2. Egito: adicionando cores O primeiro povo a pintar com grande variedade de cores foram os egípcios. Inicialmente, fabricavam as tintas a partir de materiais encontrados na terra de seu próprio país e das regiões próximas. Somente entre 8.000 a 5.800 a. C. é que surgiram os primeiros pigmentos sintéticos. Para obterem cores adicionais, os egípcios importavam anileira e garança da Índia. Com a anileira, podia-se obter um azul profundo e, com a garança, nuances de vermelho, violeta e marrom. Os egípcios também aprenderam a fabricar brochas brutas, com as quais aplicavam a tinta. 1.3. China: inventando a tinta de escrever As primeiras tintas de escrever foram provavelmente inventadas pelos antigos egípcios e chineses. As datas exatas dessa invenção são desconhecidas. Manuscritos de cerca de 2.000 a. C. comprovam que os chineses já conheciam e utilizavam nanquim. 1.4. Roma: ascensão e queda Os romanos aprenderam a técnica de fabricar tinta com os egípcios. Exemplares de tintas e pinturas romanas podem ser vistos nas ruínas de Pompéia. Por volta do século V a. C., os romanos utilizaram pela primeira vez na história o alvaiade como pigmento. Após a queda do Império Romano, a arte de fabricar tintas perdeu-se, sendo retomada pelos ingleses somente no final da Idade Média. 1.5. Idade Média: redescoberta Na Idade Média, o aspecto "proteção" começa a ganhar importância. Os ingleses usavam as tintas, principalmente, em igrejas e, depois, em prédios públicos e residências de pessoas importantes. Durante os séculos XV e XVI, artistas italianos fabricavam pigmentos e veículos para tintas. Nessa época, a produção de tinta era particularizada e altamente sigilosa. Cada artista ou artesão desenvolvia seu próprio processo de fabricação de tinta. Tratadas como se fossem um "segredo de Estado", as fórmulas de tintas eram enterradas com seu inventor. 1.6. Revolução Industrial: expansão e produção em larga escala No ápice da Revolução Industrial, final do século XVIII e início do XIX, os fabricantes de tintas começaram a usar equipamentos mecânicos. Os primeiros fabricantes, entretanto, apenas preparavam os materiais para tinta, fornecendo- os para os pintores, que compunham suas próprias misturas. Em 1867, os fabricantes introduziram as primeiras tintas preparadas no mercado. O desenvolvimento de novos equipamentos de moer e misturas tintas no final do século XIX também facilitou a produção em larga escala. 1.7. Século XX: a tecnologia a serviço das tintas Durante Primeira e Segunda Guerras Mundiais, período considerado pelos historiadores bastante fértil para ciência, químicos desenvolveram novos pigmentos e resinas sintéticas. Esses pigmentos e veículos substituíram ingredientes das tintas, como óleo de linhaça, necessário para fins militares. Pesquisas desenvolvidas por químicos e engenheiros tornaram-se atividade importante na fabricação de tinta. No final da década de 50, químicos criaram tintas especiais para pintura de exteriores, novos tipos de esmaltes para acabamento de automóveis e tintas à prova de gotejamento para superfícies externas e internas. Nos anos 60, a pesquisa continuada com resinas sintéticas conferiu às tintas maior resistência contra substâncias químicas e gases. Foi nessa época, que as tintas fluorescentes se popularizaram. Devido à descoberta de envenenamento, por chumbo, de muitas crianças após terem comido lascas de tinta seca, na década de 1970 os governos de alguns países impuseram restrições ao conteúdo de chumbo nas tintas de uso doméstico, limitando-o a cerca de 0,5%. 2.0. Definição Há diversas maneiras de se definir o que é "tinta". No dicionário Aurélio, por exemplo, um dos significados encontrados para "tinta" é "substância química corante, que adere à superfície a qual se aplica e é usada para a pintura". Uma definição bastante simples e didática, porém, restrita para quem pretende se aprofundar mais no assunto. Se procurarmos uma explicação mais abrangente, recorrendo a um bom livro especializado, poderemos encontrar algo como "tinta é uma composição líquida, geralmente viscosa, constituída de um ou mais pigmentos dispersos em um aglomerante líquido que, ao sofrer um processo de cura quando estendida em película fina, forma um filme opaco e aderente ao substrato". Eis uma explicação mais ampla, ótima para que entende muito do assunto ou já trabalha na área. No entanto, pode ser um tanto complexa demais para uma pessoa que está tendo seu primeiro contato com esse universo. Mas, afinal, como podemos obter uma definição clara e, ao mesmo tempo, abrangente sobre tintas? Vamos por etapas. Em primeiro lugar, extraímos o caráter didático do Aurélio e a complexidade do livro especializado e chegaremos ao um conceito um pouco vago, mas importante sobre tinta, algo como: "tinta é uma mistura de um líquido e um ou mais pós coloridos”. Avancemos para a segunda etapa. Para compreendermos o que é tinta, precisamos entender o que é este "líquido" e estes "pós coloridos". Ou seja, precisamos saber qual é a composição da tinta, do que ela é feita. Sem isso, qualquer definição estará incompleta. 3.0. Composição Básica Da Tinta A tinta é composta, basicamente, das seguintes substâncias: pigmento, veículo ou aglutinador, solvente ou redutor e aditivo. O pó colorido presente na mistura que constitui a tinta é denominado pigmento. O líquido que contém o pigmento e o torna fácil de se espalhar é chamado de veículo ou aglutinador. 3.1. Pigmentos São divididos em dois principais: base e inerte. Pigmentos bases dão cor à tinta. Compostos de metais como o chumbo, já foram muito usados na fabricação de pigmentos bases. Atualmente, os fabricantes de tintas empregam sintéticos (substâncias artificiais) para a maioria dos pigmentos bases. Os pigmentos inertes são materiais, como carbonato de cálcio, argila, silicato de magnésio, mica ou talco, que conferem maior durabilidade à tinta. 3.2. Veículos ou Aglutinadores Como o próprio nome diz, servem para aglutinar (unir) as partículas de pigmentos. Os veículos ou aglutinadores incluem óleos, vernizes, látex e resinas naturais e sintéticas. Por exemplo, um veículo de látex é obtido através da suspensão de partículas de resina sintética em água. Essa suspensão é chamada de emulsão. Tintas que utilizam esses veículos são denominadas tintas látex, ou emulsão. Quando um veículo entra em contato com o ar, seca e endurece. Essa ação transforma a tinta em uma película rígida que retém o pigmento sobre a superfície. 3.3. Solventes São adicionados à tinta para torná-la mais fluida. Algumas tintas são classificadas de acordo com o solvente. As tintas de látex, por exemplo, são diluídas com água e são chamadas tintas à basede água. Tintas insolúveis em água requerem solventes orgânicos, como subprodutos de petróleo. Essas tintas são denominadas tintas à base de solvente. 3.4. Aditivo Substância que, adicionada às tintas, proporciona características especiais às mesmas ou melhorias nas suas propriedades. Existe uma variedade enorme de aditivos usados na indústria de tintas e vernizes: secantes, anti-sedimentares, niveladores, antipele, antiespumante, etc. 4.0. Fabricação Como citado anteriormente, a revolução industrial teve um importante papel no desenvolvimento e amadurecimento do processo de fabricação de tinta. Com o surgimento dos equipamentos mecânicos, a produção de tinta - antes um processo manual e personalizado (ver história da tinta) -, industrializa-se, permitindo a produção em larga escala para abastecer um mercado, embora embrionário, mas bastante promissor. O século XX colocou à disposição das indústrias uma série inovações tecnológicas que, pouco a pouco, automatizariam o processo de fabricação. Ainda neste século, as ciências - química, física e biológica - tiveram um espantoso progresso, o que contribuiu bastante para que a tinta chegasse ao patamar de excelência qualitativa em que se atualmente se encontra. A seguir, uma descrição resumidamente de cada etapa do processo de fabricação de tintas: 4.1. Pesagem A primeira etapa na fabricação de tinta é a pesagem dos materiais líquidos para o veículo da tinta. Tubulações irão transportar os materiais do tanque de estocagem. 4.2. Mistura O fabricante coloca uma pequena quantidade de veículo em um grande misturador mecânico. Depois adiciona gradualmente o pigmento pulverizado. As pás do misturador irão girar lentamente e transformarão os dois ingredientes em pasta de pigmento e de veículo. 4.3. Diluição e Secagem Após a trituração, um operário derrama a pasta moída em um tanque, onde é misturada mecanicamente com mais veículo, solventes e secantes. Solventes como nafta ou água afinam a pasta. Sais de chumbo, cobalto e manganês levam a tinta a secar rapidamente. Nessa fase, a tinta é misturada até que esteja quase pronta para ser usada. 4.4. Trituração Um operário deposita a pasta em um moinho ou triturador para dispersar as partículas de pigmento e distribuí- las uniformemente pelo veículo. Existem dois tipos de moinhos: de rolos e de bolas ou seixos. Moinhos de bola ou de seixo são grandes cilindros revestidos de aço que contêm bolas de seixo ou de aço. Quando os cilindros giram, as bolas se movimentam e se chocam umas contra as outras, triturando a tinta. Um moinho de rolos tem cilindros de aço que rodam uns sobre os outros para triturar e misturar os pigmentos. A ilustração mostra um moinho de rolos. 4.5. Teste de cor e qualidade Em seguida, o tingidor envia uma amostra da nova tinta para o laboratório de controle de qualidade da fábrica, que irá testar a cor e qualidade. No Brasil, os padrões de cor e qualidade são estabelecidos pelas fábricas de tintas e pelo Instituto Nacional de Pesos e Medidas. 4.6. Tintagem Agora, um operário, chamado de tingidor, adiciona uma pequena quantidade de pigmento à tinta para conferir-lhe a cor exata e o brilho desejado. 4.7. Filtragem Depois de ter sido aprovada, a tinta é finalmente filtrada através de um saco de feltro, ou de outro tipo de filtro, para remover partículas sólidas de poeira ou sujeira. 4.8. Embalagem Esta é a última etapa do processo. A tinta é despejada em um tanque (máquina de alimentação) que irá encher as latas com a quantidade exata. Esteiras rolantes transportam as latas, que serão embarcadas em caminhões e trens para o transporte final. 5.0. Usos São inúmeras as utilidades da tinta. Ela dá aspecto agradável e atraente às nossas casas, ao mesmo tempo, que as protege das intempéries. Dá vida e cor às salas de aulas, aos escritórios e fábricas. Quebram a seriedade dos prédios cinzentos, mudando a paisagem da cidade. Automóveis de cores alegres trafegam ao longo das ruas marcadas por faixas de segurança pintadas de branco e, áreas de estacionamento proibido, de amarelo. Obras de arte conferem beleza e graça a residências, escritórios e prédios públicos. A tinta também está presente nos jornais, revistas e nos demais veículos impressos. 6.0. Classificação das tintas Uma boa pintura é sempre uma solução prática para renovar o visual das paredes da casa. Mas, com as diversas variedades de tintas encontradas no mercado, como saber qual é a escolha certa para cada superfície? 6.1. Látex PVA O PVA vem do nome da substância usada atualmente para fabricar a tinta látex, o Acetato de Polivinila. O látex tem uma base solúvel em água e, por isso, facilita muito a vida do pintor, que pode preparar seus pincéis e rolos apenas com água. Além disso, caso a tinta espirre em algum outro revestimento, basta lavar com água. É geralmente utilizada em pintura de paredes internas, principalmente para tetos e áreas secas que dispensam manutenção constante. É encontrada apenas em acabamento fosco, pois sua resina não permite a variação de brilho. Oferece pouca resistência à ação do sol e tem baixa "lavabilidade", ou seja, não resiste à lavagem e, por isso, deve ser limpo apenas com pano úmido. Seca rapidamente e o odor típico de pintura é mínimo. VANTAGENS DESVANTAGENS O acabamento em látex PVA é adequado para a parte interna das residências, que podem ser limpas apenas com um pano úmido. O acabamento desse tipo de tinta é muito bom, assim como seu recobrimento da camada anterior de pintura (se ela existir). Seca rapidamente, e o odor típico de pintura é mínimo. O produto não é adequado para áreas molhadas ou que possam receber chuva, e para recobrimentos de acabamento em alto brilho, como um corrimão, por exemplo; as superfícies pintadas com látex PVA também são mais difíceis de limpar. 6.2. Tinta acrílica Com propriedades similares ao látex, é uma tinta de secagem rápida e solúvel em água. Sua diferença está na composição: as resinas acrílicas, que concedem ao produto características impermeáveis, fazem com que ele seja muito utilizado em pinturas externas. Essa impermeabilidade também torna a tinta acrílica interessante para uso em áreas molhadas da casa, como cozinha e lavabo, já que podem ser lavadas sem preocupação. As tintas acrílicas podem ser encontradas em três tipos de acabamento: o fosco é menos resistente à limpeza, mas ressalta menos as imperfeições da parede; o semi- brilho tem um pouco de brilho, destaca mais as imperfeições da superfície e resiste mais à limpeza do que a tinta fosca; já o acetinado confere à parede um toque mais fino, sofisticado, com um brilho suave, que resiste bem à limpeza. Assim como a tinta semi-brilho, ela destaca as imperfeições da superfície. Dentre os diferentes subconjuntos de tinta acrílica destacam-se: Emborrachadas - Indicadas para pintura de paredes externas, possuem uma película flexível que acompanha a dilatação e a retração da argamassa sob mudança de temperatura, protegendo a parede contra a umidade e contra a ação da chuva e do sol. São as mais indicadas para fachadas e muros. Laváveis - Têm acabamento acetinado e oferecem grande resistência à limpeza, sendo ideal para ambientes com intenso tráfego de pessoas ou locais onde há crianças. Podem ser usadas tanto em ambientes internos como externos. Inodoras - São produtos que, em sua maioria, perdem o odor em até três horas após sua aplicação. Estão disponíveis em acabamento fosco e acetinado e podem ser utilizados na pintura de ambientes internos e externos. 6.2.1. Tempo de secagem As tintas acrílicas secam muito rapidamente em comparação com outros tipos de tinta. Se você é um pintor de casasprofissional, isso é importante porque você não tem que esperar muito tempo para colocar as camadas adicionais. Se você é um artista, isso é importante porque as pinturas estarão secas o suficiente para serem transportadas com segurança dentro de 24 horas, sem a preocupação de que a tinta irá manchar. 6.2.2. Durabilidade Tintas acrílicas são conhecidas por serem mais flexíveis do que os outros tipos de tintas. Isso significa que, conforme a tela ou a moldura se expande e contrai, devido às mudanças de temperatura, a tinta irá expandir e comprimir em vez de rachar. 6.2.3. Toxinas As tintas acrílicas contêm algumas toxinas no pigmento. Essas toxinas podem ser liberadas durante o processo de pintura como vapores, que podem irritar os olhos e a respiração das pessoas, ou mesmo dar-lhes dor de cabeça. Além disso, essas toxinas não podem ser eliminadas em um esgoto normal como outras tintas à base de água, uma vez que podem ser prejudiciais para o ambiente. 6.2.4. Tempo de Trabalho As tintas acrílicas secam muito rapidamente sobre a paleta de um artista. Para os pintores que trabalham lentamente isso pode ser um problema, porque eles precisariam repor constantemente a tinta da paleta, e há uma pequena janela de tempo na qual o pintor pode manipular o material uma vez que ele é aplicado na tela. Além disso, o rápido tempo de secagem pode ser um desafio ao tentar misturar tintas. 6.3. Tinta Esmalte É especialmente boa para a utilização em superfícies de ferro ou madeira. Possui acabamento brilhante e acetinado, embora exista a versão fosca. Seu acabamento dá sensação de uma película formada sobre a superfície e, por isso mesmo, não é muito adequada para o uso direto na parede, porque, dependendo da aplicação, podem surgir bolhas ou descascamento. O custo dessa tinta é mais alto do que o das demais, por conta de seu uso mais específico. Importante salientar que muitos esmaltes são feitos a partir de solventes e, por isso, apresentam cheiro forte e secagem demorada. No entanto, vários fabricantes estão produzindo esmaltes à base de água, o que resulta em produtos de baixo odor e secagem rápida. Tintas epóxi e poliuretano: produto resistente que não se deixa atacar facilmente por produtos químicos, como os de limpeza. Ideal para aplicação em locais em contato direto com a água, como piscinas e caixas d'água. É, ainda, uma ótima solução para ambientes como banheiros, boxes e cozinhas. 6.4. Isolante térmica Indicada principalmente para atenuar o calor, a tinta isolante térmica é um revestimento à base de água flexível e resistente que incorpora em sua formulação polímeros acrílicos combinados com microesferas de cerâmica, e, com isso, reflete a maior parte da irradiação solar. Outra utilização da tinta é para a impermeabilização de lajes, telhados, caixas d'água, paredes, galpões, depósitos. Magnética: é uma tinta semi-brilho, geralmente cinza, densa e rugosa, com carga magnética, permitindo a aderência de ímãs. Deve ser aplicada sob a tinta desejada para que a área da parede fique imantada. 6.5. Texturizada Se você está procurando um acabamento rústico ou se deseja uma cobertura eficaz para superfícies com defeitos, a tinta texturizada fará esse trabalho. Algumas variedades vêm misturadas com partículas semelhantes à areia e são utilizadas como artifício decorativo. À cal: muito barata e de fácil aplicação, ela não é lavável e é usada em muros e paredes externas. A qualidade do acabamento não é das melhores. 6.6. A óleo Possui um ligante do tipo oleoso (óleos vegetais, minerais, essência de terebintina, entre outros) que possibilita um acabamento muito bonito (fosco ou brilhante). É utilizada em pinturas que exigem um cuidado maior, como móveis, janelas e portas. O óleo confere impermeabilidade à penetração de água, sendo, portanto, um protetor eficiente para materiais como madeiras e ferro. 7.0. PATOLOGIAS Aparecimento de trincas: Geralmente ocorre com a movimentação natural da estrutura da edificação e da natural expansão do concreto. Aparecimento de bolhas: Decorrente do uso de massa corrida PVA em superfícies externas. As bolhas também podem surgir quando há uma repintura sobre uma tinta muito antiga ou de qualidade inferior. Eflorescências: Manchas que aparecem quando se aplica a tinta diretamente sobre o reboco úmido ou por ação de infiltrações. Descascamento: Ocorre quando se aplica a tinta em superfícies pulverulentas ou que tiveram aplicação de cal, dificultando sua aderência na base. Enrugamento: Ocorre quando há uma excessiva quantidade de tinta numa demão ou quando não é respeitado o tempo de secagem correto entre demãos. Saponificação: Ocorre pela alcalinidade natural da cal e do cimento que constituem o reboco. Calcinação: Decorrente da alcalinidade natural da cal e do cimento e são provenientes das condições do intemperismo natural, principalmente pelas águas das chuvas. Desagregamento: Acontece quando se aplica a tinta sobre um reboco novo, não curado ou na presença de umidade. Descolamento: Acontece na repintura de superfícies, que devem estar em boas condições para receber novas demãos de tinta. 8.0. Execução 8.1. A Sequência Correta de pintura Pintura do teto; Pintura das paredes; Pintura de portas e janelas; Pintura dos rodapés (se for o caso) 8.2. Lixar a superfície Lixar as paredes com lixa 80 ou 100 (mais finas) se a superfície estiver firme e sem muito excesso no reboco ou lixa 240 (mais grossa) nas partes em que a superfície estiver mais grosseira. Com o próprio tato da palma das mãos você verifica se a superfície está lisa o suficiente para receber o selador. 8.3. Aplicar o Selador Abra a lata de selador, misture-a bem para que o material fique uniforme, coloque uma quantidade na bandeja de aplicação e, com o rolo de lã (23 cm de largura) aplique na parede em movimentos de sobe e desce. Repita a aplicação por todas as paredes do cômodo. 8.4. Aplicar Massa Corrida Aplique a massa corrida com uma desempenadeira e auxílio de uma espátula para os cantos. Identifique, também, os pequenos buracos que ainda podem ter ficado na parede e faça a correção com massa corrida, aplicando-a com uma espátula. Deixe secar por duas ou três horas e, em seguida, passe a lixa para regularizar a superfície. Aplique o selador sobre a massa corrida. O selador vai reduzir o consumo de tinta (que é o material mais caro na pintura). 8.5. Aplicar 1° demão de tinta Primeiro leia as orientações de aplicação do fabricante na lata da tinta. Abra a lata de tinta da cor que você escolheu, faça a diluição recomendada e misture para que o material fique uniforme. Coloque uma boa quantidade na bandeja de aplicação (que deve estar limpa e seca). Pegue o rolo lã de carneiro e envolva-o em toda a tinta, sem excessos, evitando que ele fique muito encharcado. Inicie a aplicação sobre a superfície em movimentos uniformes de vai-e- vem cobrindo toda a superfície. Repita o movimento até que toda a parede receba a tinta de maneira uniforme. 8.6. Aplicar 2° demão de tinta Em média, quatro horas após a aplicação da primeira demão, pode-se aplicar a segunda demão. Verifique as indicações do fabricante na lata. Pinte novamente toda a parede com os mesmos movimentos de vai-e- vem cobrindo toda a superfície até finalizar todo o cômodo. Aplique também a segunda demão também nos cantos, bonecas de porta e janelas. 9.0. Ferramentas de Aplicação da Tinta - Rolo de lã 23cm; - Garfo para Rolo; - Prolongador ou cabo para rolo de tinta; - Bandeja de aplicação de tinta; - Pincel Médio; - Lixa Massa Média e Fina; - Espátula; - Pano; - Jornal ou lona para cobrir opiso; - Desempenadeira de Aço; - Massa Corrida; - Selador Acrílico; - Tinta. 10.0. Tipos de Pintura A pintura normalmente é utilizada para: • Proteção da Peça • Estética (Aparência) • Diferencial (Ressaltar algum objeto ou ambiente) Os vários tipos de pinturas: 1. Imersão 2. Pincel 3. Rolo 4. Pistola (Pulverização) 5. Eletrostática 10.1. Imersão VANTAGENS DESVANTAGENS Cobertura de tinta em locais de difícil acesso (Cantoneiras, Curvas etc.) Melhor acabamento nestas áreas – Escorrimento – Desperdícios – Volatilização (do solvente e da tinta) 10.2. Pincel VANTAGENS DESVANTAGENS – Custo (Não Necessita Equipamentos Especiais) Compressor / Pistola / Filtro de Ar. – Riscos das Cerdas (Imperfeições na Pintura) – Desperdício de Tinta – Acabamento não Uniforme 10.3. Rolo VANTAGENS DESVANTAGENS – Custo ( Não Necessita Equipamentos Especiais ) Compressor / Pistola / Filtro de Ar. – Pinturas em Parede com Latex ( Mais Adequada ) – Desperdício de Tinta – Espirros de tinta na aplicação – Não cobertura de cantos 10.4. Pistola VANTAGENS DESVANTAGENS – Alinhamento na Aplicação (Ordenação das Partículas de Tinta). – Uniformidade na Aplicação – Menor Desperdício de Tinta – Tempo Reduzido na Aplicação – Custo (Necessidade de Compressor de Ar, Filtro, Pistola, Local Adequado, Etc.) – Névoa na Aplicação (Poluição) – Manutenção dos Equipamentos 10.5. Eletrostática VANTAGENS DESVANTAGENS – Uniformidade na Aplicação – Melhor Aproveitamento da Tinta (Reutilização). – Melhor Acabamento das Peças – Maior resistência da Pintura – Pintor ( Sem Necessidade de Qualificação) – Custo: Necessidade de Compressor de Ar, Filtro de Ar, Cabina de Pintura (para retenção do pó) e Estufa (para a cura da tinta) – Manutenção (Pessoa qualificada, Assistência Técnica Autorizada). 12.0. Conclusão Concluímos que a Pintura acompanha o ser humano por toda a sua história. Foi uma das principais formas de representação dos povos durante o passar dos séculos, mas é a partir do século XIX graças à revolução industrial, que a tinta ganha espaço no mercado. E antes o que era apenas para fins decorativos ganha uma nova característica e finalidade. A pintura passa então a ter duas finalidades: Proteger e Embelezar. Assim sendo, seja na escolha da tinta, seja da classificação ou no recebimento do serviço, deve-se considerar se essas duas metas foram atingidas. A pintura é um serviço de obra tão importante como qualquer outro, e é um grave erro não lhe dar uma atenção condizente, ela deve ser projetada e executada segundo técnica adequada, não devendo ficar ao critério de pessoa não conhecedora. Deve-se cuidar para que todos os materiais e toda mão-de- obra sejam da melhor qualidade. BIBLIOGRAFIA Tintas & Vernizes - Volume 1 - Ciência & Tecnologia - 2ª edição - Abrafati (Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas) Manual do construtor – CHAVES, Roberto Prática das pequenas construções – BORGES, Alberto GUIA DOS CURIOSOS - http://guiadoscuriosos.com.br/categorias/3791/1/tinta- de-parede.html O Edifício e seu acabamento – Prática de Construção Civil, ALVES AZEREDO, Hélio.
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