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Aula 6 Constitucional LEGISLATIVO

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Profª. Áurea Bezerra de Medeiros
DIREITO CONSTITUCIONAL II
PODER LEGISLATIVO 
Artigos 45 a 58 CF
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PODER LEGISLATIVO
CONGRESSO NACIONAL
Art. 44 – Temos o bicameralismo que é tradição brasileira, em nosso sistema desde o imperio , excetuadas as Constituições de 1934 e 1937, que adotaram o unicameralismo.
Sendo assim, o Congresso Nacional nada mais é do que a reunião das duas casas: Câmara e Senado. 
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CONGRESSO NACIONAL
Algumas hipóteses que geram a necessidade de sessão conjunta: Artigo 57 § 3 ̊.
Atribuições do Congresso Nacional.
Art. 48, cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República.
Art. 49, dispensam a sanção presidencial, sendo editada por decreto legislativo. 
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PODER LEGISLATIVO
Câmara dos Deputados
É a casa composta por representantes do povo, sendo essencial para o Estado Democrático de Direito. (Art. 1 ̊ CF)
O mandato é de quatro anos, não havendo limites para reeleição. 
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PODER LEGISLATIVO
CÂMARA DOS DEPUTADOS (art. 45, CF)
Sistema proporcional em cada Estado e no DF (Dependendo do número de habitantes)
Quociente eleitoral e quociente partidário 
Territórios Federais: 4 deputados federais
Limites: mínimo 8 e máximo 70
Suplência dos deputados federais.
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PODE LEGISLATIVO
CÂMARA DOS DEPUTADOS
Para tomar posse como Deputado Federal, o candidato deve possuir:
A) Idade de 21 anos (art.14,VI,c)
B) ter filiação partidária;
C) domicílio eleitoral no Estado onde irá concorrer.
D) Nacionalidade brasileira (artigo 12 § 3̊, II, 14, § 3 ̊, VI , a e 80).
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PODER LEGISLATIVO
Obs: A Lei Complementar nº 78, de 30 de dezembro de 1993, estabelece que o número de Deputados não pode ultrapassar quinhentos e treze. A Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística fornece os dados estatísticos para a efetivação do cálculo.
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PODER LEGISLATIVO
SENADO FEDERAL : É a casa legislativa que representa os Estados-membros. A forma federativa de estado concede aos Estados federados poderes políticos autônomos, por isso é fundamental para a manutenção da forma de estado adotada pelo Brasil que haja uma casa no âmbito federal que comporte a representação equânime dos entes da federação. 
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PODER LEGISLATIVO
SENADO FEDERAL: Cada Estado tem o direito de eleger três senadores, que serão eleitos junto com dois suplentes. 
O mandato é de oito anos, não havendo limites para reeleição. Ocorre que a representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro em quatro anos, alternadamente por um e dois terços (art. 46, § 2°). 
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PODER LEGISLATIVO
À Câmara Federal compete, privativamente: Art. 51
1) autorizar, por 2/3 de seus membros, a instauração de processo contra o presidente e o vice-presidente da República e os ministros de Estado; 
2) proceder à tomada de contas do presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de 60 dias após a abertura da sessão legislativa; 
3) elaborar o seu regimento interno; 
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4) dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; 
5) eleger dois membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII.
Obs: As matérias elencadas no art. 51 serão editadas por meio de resolução e não se submetem à sanção do Presidente da República.
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SENADO FEDERAL 
Assim como a Câmara dos Deputados, o Senado Federal possui um artigo destinado a elencar suas competências privativas (art. 52). 
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1 – Legislativo Estadual
Deputados Estaduais representam o povo.
Mandato de 4 anos, sistema de eleição proporcional.
2 - Legislativo Distrital
Representa o povo, com mandato de 4 anos, sistema de eleição proporcional.
3- Legislativo Municipal
Vereadores representam o povo.
Tem mandato de 4 anos, tem sistema proporcional.
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PODER LEGISLATIVO
Poder legislativo Funções: 
a) típica: legislar. Cabe constitucionalmente ao poder legislativo criar, discutir e aprovar leis (art. 59 da CF/88).
b) atípica: administrar e julgar. O legislativo excepcionalmente administra, quando, por exemplo, nomeia e exonera servidores de seu quadro administrativo. Ainda, desempenha o papel de julgar o Presidente da República nos crimes de responsabilidade (art. 52, II, da CF/88).
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PODER LEGISLATIVO
A) Legislatura – É o período de quatro anos. (artigo 44 parágrago único)
B) Sessão legislativa: é o período em que o poder legislativo se reúne anualmente. Cada sessão legislativa é dividida em dois períodos.
C) Periodo legislativo 2/2/ a 17/07 e 1/8 a 22/12. (art. 57, caput).
D) Sessão legislativa extraordinária, (artigo 57). 
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 ARTIGO 53
a) Imunidade material : É a imunidade prevista no caput do art. 53 da Constituição, que determina que os deputados e senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras ou votos no exercício da função parlamentar. 
A imunidade material protege o congressista da incriminação civil, penal, política ou disciplinar em relação aos chamados “crimes de opinião” ou “crimes da palavra”, tais como a calúnia, a difamação e a injúria.
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b) Imunidade Processual
São prerrogativas que, apesar de não afastarem a ocorrência do crime, são aplicadas no âmbito processual. 
Assim, a imunidade formal, se satisfeitas as condições constitucionais, protege o parlamentar contra a prisão e torna possível a sustação do andamento do processo penal instaurado junto ao Supremo Tribunal Federal. (artigo 53 § 3 ̊ )
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PODER LEGISLATIVO
b.1.) Quanto à prisão : Essa prerrogativa protege o parlamentar, afastando a possibilidade de prisão, civil, cautelar (preventiva, provisória), prisão de sentença penal condenatória recorrível ou prisão em flagrante, exceto quando for flagrante de crime inafiançável efetuado depois da diplomação. Mesmo sobre essa situação, os autos do inquérito devem ser remetidos à respectiva casa do parlamentar, em vinte e quatro horas, para resolver se ele permanecerá preso ou não. (artigo 53 § 2 ̊ )
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PODER LEGISLATIVO
b.2.) Quanto à sustação do processo
A imunidade formal ou processual quanto à sustação do processo trata-se da possibilidade de que a respectiva casa legislativa, pelo voto da maioria de seus membros, suste o andamento do processo, perante o Supremo Tribunal Federal, por crime ocorrido após a diplomação e desde que haja a iniciativa de partido político nela representado e ocorra antes da decisão final.
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PODER LEGISLATIVO
“A cláusula de inviolabilidade constitucional, que impede a responsabilização penal e/ou civil do membro do Congresso Nacional, por suas palavras, opiniões e votos, também abrange, sob seu manto protetor, as entrevistas jornalísticas, a transmissão, para a imprensa, do conteúdo de pronunciamentos ou de relatórios produzidos nas Casas Legislativas e as declarações feitas aos meios de comunicação social, eis que tais manifestações – desde que vinculadas ao desempenho do mandato – qualificam-se como natural projeção do exercício das atividades parlamentares.” (Inq 2.332-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 10-2-2011, Plenário, DJE de 1º-3-2011.) No mesmo sentido: RE 606.451-AgR-segundo, Rel. Min. Luiz Fux, julgamento em 23-3-2011, Primeira Turma, DJE de 15-4-2011; RE 501.555-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, julgamento em 1º-2-2011, Primeira Turma, DJE de 28-3-2011; AI 401.600-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 1º-2-2011, Segunda Turma, DJE de 21-2-2011.
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PODER LEGISLATIVO
Foro Privilegiado ( STF)
O foro privilegiado é mais amplo do que a imunidade formal ou processual, uma vez que também é aplicado aos processos iniciados antes da diplomação, ou seja, os deputados e senadores depois de diplomados serão submetidos a julgamento
perante o Supremo Tribunal Federal, pela prática de crimes comuns ocorridos antes ou depois da diplomação. 
Entretanto, a prerrogativa de foro não alcança as ações que não sejam de natureza criminal. As ações de natureza civil ou trabalhista não possuem foro especial.
Com o término do mandato tem-se o fim do foro privilegiado.
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PODER LEGISLATIVO
“Inquérito criminal. Suplente de senador. Retorno do titular. Competência. STF. A prerrogativa de foro conferida aos membros do Congresso Nacional, vinculada à liberdade máxima necessária ao bom desempenho do ofício legislativo, estende-se ao suplente respectivo apenas durante o período em que este permanecer no efetivo exercício da atividade parlamentar. Assim, o retorno do deputado ou do senador titular às funções normais implica a perda, pelo suplente, do direito de ser investigado, processado e julgado no STF”. (Inq 2.421-AgR, Rel. Min. Menezes Direito, julgamento em 14-2-2008, Plenário, DJE de 4-4-2008.) No mesmo sentido: Inq 3.341, Rel. Min. Celso de Mello, decisão monocrática, julgamento em 25-4-2012, DJE de 3-5-2012; AP 511, Rel. Min. Celso de Mello, decisão monocrática, julgamento em 25-11-2009, DJE de 3-12-2009.
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PODER LEGISLATIVO
Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão: (incompatibilidade)
I - desde a expedição do diploma:
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades constantes da alínea anterior;
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PODER LEGISLATIVO
II - desde a posse:
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades referidas no inciso I, "a“;
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, "a“;
d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.
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PODER LEGISLATIVO
Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador:
I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;
II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar;
III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada;
IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;
V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos nesta Constituição;
VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado.
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PODER LEGISLATIVO
Art. 56. Não perderá o mandato o Deputado ou Senador:
I - investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática temporária
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PODER LEGISLATIVO
Seção VI - DAS REUNIÕES
Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. (EC nº 50/06)
§ 1º - As reuniões marcadas para essas datas serão transferidas para o primeiro dia útil subseqüente, quando recaírem em sábados, domingos ou feriados.
§ 2º - A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias.
§ 3º - Além de outros casos previstos nesta Constituição, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-ão em sessão conjunta para:
I - inaugurar a sessão legislativa;
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PODER LEGISLATIVO
Seção VII - DAS COMISSÕES
Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação.
§ 1º - Na constituição das Mesas e de cada Comissão, é assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da respectiva Casa.
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PODER LEGISLATIVO
As Comissões Parlamentares
As Comissões parlamentares são órgãos de natureza técnica competentes para examinar as propostas legislativas em curso nas casas legislativas e sobre elas emitir pareceres ou para controlar e investigar fatos relevantes e determinados.
Comissões Permanentes
As comissões permanentes são aquelas criadas para durarem por tempo indeterminado.
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PODER LEGISLATIVO
Comissões Temporárias
As comissões temporárias são aquelas criadas para fins específicos e durarem o tempo necessário para conclusão de seus trabalhos ou no prazo previamente fixado. São comissões especiais.
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PODER LEGISLATIVO
Comissões Mistas
As comissões mistas são aquelas criadas no âmbito do Congresso Nacional e se compõem conjuntamente de deputados e senadores. Podem ser permanentes ou temporárias. São exemplos de comissão mista permanente: a comissão para examinar as medidas provisórias antes de serem apreciadas pelas casas separadamente (art. 62, §9º) e a comissão do orçamento (art. 166, §1º).,
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PODER LEGISLATIVO CPI
Com poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, a CPI apura um fato determinado e por prazo certo. A CPI pode ser criada no âmbito de cada uma das Casas, por requerimento de um terço dos respectivos parlamentares, ou do Congresso Nacional, por requerimento de um terço dos senadores e um terço dos deputados. nal dos infratores
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PODER LEGISLATIVO
CPI
A CPI pode convocar pessoas para depor, ouvir testemunhas, requisitar documentos e determinar diligências, entre outras medidas. Ao final dos trabalhos, a comissão envia à Mesa, para conhecimento do Plenário, relatório e conclusões. O relatório poderá concluir pela apresentação de projeto de lei e, se for o caso, suas conclusões serão remetidas ao Ministério Público, para que promova a responsabilização civil e criminal.
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PODER LEGISLATIVO
CPI
Comissão Parlamentar de Inquérito
Para o seu requerimento é necessário 1/3 dos membros para investigar fato determinado por certo prazo.
Suas conclusões, se for o caso, são encaminhadas ao Ministério Público, que poderá promover a responsabilidade civil e criminal dos infratores.
Poderes das CPI´s
O §3º, do artigo 58 da CF/88 estabelece como regra geral que as CPI´s terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, devendo, inclusive motivar suas decisões (art. 93, inciso IX).
Contudo, alguns poderes judiciais não podem ser desempenhados em face da chamada reserva de jurisdição. Ou seja, a Constituição preferiu reservar ao Poder Judiciário certos atos, tendo em vista a imparcialidade e a especialização jurídica ínsitas à esse Poder.
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PODER LEGISLATIVO
Desse modo, não podem as CPI´s:
- determinar prisões (art. 5º, inciso LXI), salvo as em flagrante delito;
- buscas domiciliares (art. 5º, inciso XI);
- interceptações telefônicas (art. 5º, inciso XII).
Podem, por exemplo:
- requisitar documentos e informações dos órgãos da Administração Pública;
- determinar intimação de testemunhas;
- acessar diretamente dados fiscais, financeiros e bancários.
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BIBLIOGRAFIA
DA SILVA, José Afonso. Curso de Direito Constitucional Positivo. São Paulo: Malheiros Editores Ltda., 2009.
BULOS, Uadi Lammêgo. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Saraiva, 2011.
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