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O Vintismo em Portugal

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VINTISMO 
 
Grupo:
Ellen
Gustavo
Hyago
Leitícia
Nicolly
Pablício
Steffany
2
Introdução
O Vintismo foi um Liberalismo de tipo radical que
vigorou em Portugal através da Constituição, entre 
1822 e 1826, embora ameaçado por golpes 
absolutistas desde 1823. Foi uma tentativa liberal
radical de recuperar as liberdades perdidas durante
os governos absolutistas antiliberais e de pôr em 
prática os ideais iluministas.
As invasões francesas e a proteção britânica 
ditaram a eclosão da revolta de 1820, no Porto.
Situação do país anterior ao Vintismo
O contexto político do país que antecedeu ao Vintismo
caracterizava-se por um regime absolutista e uma sociedade
típica de Antigo Regime. As atividades primárias
predominavam e, fundamentalmente, os camponeses, eram
sobrecarregados com pesadas obrigações senhoriais, o que os
conduzia cada vez mais à miséria.
O rei e a família real embarcaram para o Brasil em 1807, que de
colônia passou a sede de Governo, o que permitiu a Portugal 
manter a independência do Estado. 
Deram-se as invasões francesas, entre 1807 e 1810, originadas
pela “desobediência” de Portugal face ao Bloqueio Continental
decretado pelo governo francês de Napoleão Bonaparte, que 
nos ordenava o fecho os nossos portos à Inglaterra, nossa 
aliada há séculos. 
 
O despontar da Revolução 
O general Beresford teve de se deslocar ao Rio
de Janeiro, para pedir dinheiro ao rei para pagar 
as despesas militares,  e a sua ausência 
favoreceu a ação do Sinédrio, cujos membros 
começaram a aliciar figuras militares com vista a 
obter a sua ajuda para dar início à Revolução 
Liberal, que viria a ocorrer a 24 de agosto de 
1820, no Porto.
Revolução Liberal de 1820
A Revolução Liberal Portuguesa teve início a 24 de agosto de 1820, no 
Porto, e foi essencialmente um pronunciamento militar e permitiu 
assim uma ampla união de interesses. O seu sucesso pode ser 
explicado com a revolta do povo português contra a tamanha e 
influente presença britânica em Portugal. 
Os revolucionários apelavam à aliança do rei com as forças sociais
representadas nas Cortes, assembleia que não era reunida no Regime 
Absolutista. Apelavam também à convocação de novas Cortes, das 
quais esperavam uma Constituição baseada nos ideais liberais, que 
fosse defensora dos direitos da Nação  e de uma governação justa e 
eficaz.
Assim, por todo o país, a Revolução encontrou adesão imediata. 
Revolução Liberal
O Vintismo
O Vintismo português foi instituído na sequência desta Revolução 
Liberal de 1820, e a partir deste foi consagrada a Constituição de
1822. Caracteriza-se pelo radicalismo das suas posições, ao instituir a 
Soberania popular, ao limitar o poder real e ao não reconhecer
qualquer situação de privilégio à nobreza e ao clero, que até ali eram 
os grupos privilegiados. É encarado como um movimento renovador da
sociedade portuguesa, que vivia um caos político, em que a sua corte 
se encontrava longe da metrópole.
Depois da revolta de 24 de agosto de 1820 no Porto, logo outra 
ganhou forma em Lisboa, a 15 de setembro do mesmo ano. 
O Vintismo continuava então de pé, suportado pelas Cortes 
Constituintes, que nomeiam a regência para o reino e apoiam as
tentativas de governo constitucional. 
 
A Constituição de 22 foi elaborada pelas Cortes Gerais
Extraordinárias e Constituintes da Nação Portuguesa. Foi 
assinada pelos deputados e jurada pelo rei D. João VI:  
A Constituição de 22
Reconhece os direitos e deveres de cada um, garantindo a liberdade, a segurança, a propriedade e a igualdade perante a lei; 
 Afirma a soberania da Nação;
Aceita a independência dos poderes legislativo, executivo e judicial - tripartição dos poderes;
Não reconhece situação de privilégio à nobreza e ao clero; 
Submete o poder real à supremacia das Cortes Legislativas;
Extinguiu a Inquisição e o pagamento do dízimo;
 Aboliu os privilégios senhoriais e os monopólios régios;
A religião católica foi definida como a única da Nação (falta de liberdade religiosa);
 Extinção da censura;
 Instituição da liberdade de imprensa e do ensino.
Organização Política:
Afirmou a soberania da Nação e instituiu uma monarquia constitucional;
O poder legislativo cabia às Cortes reunidas numa só Câmara, cujos deputados eram escolhidos por sufrágio universal e direto por homens com mais de 25 anos que soubessem ler e escrever;
O poder executivo cabia ao rei, no entanto, submetido ao poder das Cortes;
O poder judicial cabia aos Tribunais;
Esta Constituição, tal como o próprio Vintismo, foi demasiado progressista para a época. 
O fracasso do radicalismo vintista
O triunfo dos liberais e a consequente aprovação da Constituição de 22 não 
agradou aos grupos privilegiados, o clero e a nobreza, pois viram-lhes serem 
retirados muitos dos seus privilégios. 
Assim, estes grupos queriam voltar ao Absolutismo. Deu-se então uma 
oposição aos liberais por parte dos absolutistas, liderados por D. Miguel, filho 
segundo de D. João VI, levando a cabo a contrarrevolução absolutista: a Vila 
Francada, em 1823, e a Abrilada, em 1824. Estes foram os dois movimentos 
que acabaram por pôr fim ao Vintismo.
Apesar das boas medidas que as Cortes legislaram para reformar a sociedade
desigual que encontrávamos até ali, a ação vintista revelou-se, muitas vezes, 
contraditória, pois defendia justiça e igualdade e, no entanto, acaba por pender
a favorecer os interesses dos burgueses. Vemos isso, por exemplo, nas
medidas protecionistas tomadas. 
Com esse protecionismo, defendiam os interesses dos proprietários rurais, que 
afastavam a concorrência e vendiam os seus produtos por bons preços.
As dificuldades de afirmação do Regime Vintista
O radicalismo vintista fez-se sentir nas fortes oposições e tensões criadas pelos absolutistas. Foram vários os motivos que levaram ao fracasso desta Revolução Vintista, entre eles:
O descontentamento do clero e da nobreza devido à abolição dos seus privilégios; 
A aplicação de uma legislação económica que favorecia a burguesia; 
A recusa da rainha e do príncipe D. Miguel em jurarem a Constituição; 
A restauração do Absolutismo em França; 
Descontentamento inglês com o ataque vintista à sua presença em Portugal;
A burguesia era pouco dinâmica;
A fraca adesão e descontentamento do povo face às medidas tomadas pelas Cortes, pois beneficiavam fundamentalmente a burguesia;
A independência do Brasil.
As dificuldades de afirmação do Regime Vintista
O radicalismo vintista fez-se sentir nas fortes oposições e tensões criadas pelos absolutistas. Foram vários os motivos que levaram ao fracasso desta Revolução Vintista, entre eles:
O descontentamento do clero e da nobreza devido à abolição dos seus privilégios; 
A aplicação de uma legislação econômica que favorecia a burguesia; 
A recusa da rainha e do príncipe D. Miguel em jurarem a Constituição; 
A restauração do Absolutismo em França; 
Descontentamento inglês com o ataque vintista à sua presença em Portugal;
A burguesia era pouco dinâmica;
A fraca adesão e descontentamento do povo face às medidas tomadas pelas Cortes, pois beneficiavam fundamentalmente a burguesia;
A independência do Brasil.
O Liberalismo em Portugal enfrentou problemas como:
A oposição da Santa Aliança (composta pela Rússia, Prússia e Áustria), que pretendia eliminar os vestígios da Revolução Francesa por toda a Europa;
O bloqueio comercial ao nosso país pelos países defensores do Absolutismo;
O apoio financeiro e militar aos absolutistas portugueses.
Conclusão
O Vintismo conheceu várias fações ao longo da 
sua época, em Portugal. O seu fim como
primeiromomento do liberalismo em Portugal deu
se com o golpe da Vila Francada, em 1823, uma 
revolta que surgiu na sequência da reposição do 
regime absolutista em Espanha.
A Carta Constitucional de 1826 substituiu a 
Constituição de 22 e tentou conciliar medidas 
liberais e absolutistas.

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