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SISTEMAS - CITO/HISTO NUTRIÇÃO

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SISTEMA URINÁRIO
Funções:
- Filtrar o sangue
-Produzir a urina
-Remover produtos residuais do organismo
-Recuperar os metabólitos úteis
-Armazenar os resíduos líquidos 
-Transportar os resíduos para o exterior
-Contribui com a homeostase (eliminação de resíduos do metabolismo, água, eletrólitos e não eletrólitos, controle do balanço do ácido básico e do volume de liquido corporal). 
-Secreção de hormônios: renina e eritropoetina. Renina controla a pressão arterial. Eritropoetina estimula a medula pra produzir hemácia.
-Ativação de vitamina D3. 
* Os rins produzem 125ml/min de filtrado, 124 ml são reabsorvidos nos túbulos renais e apenas 1ml forma a urina. Em 24horas é produzido 1500ml de urina. 
Rim 
Rim: é divido em cápsula fibrosa que reveste o rim externamente, zona cortical (córtex renal, mais externa), e em zona medular (mais interna). 
Lobo renal: é toda zona medular mais a zona cortical. 
Parênquima: são células funcionais do órgão. 
A zona cortical apresenta células produtoras de 85% de eritropoetina. 
A zona medular é composta por varias estruturas: pirâmide renal, papilas renais, cálices renais e pelve renal. É rica em proteoglicanos hidratados e apresenta células intersticiais com gotículas lipídicas e produtoras de prostaglandinas e prostaciclinas. 
As pirâmides da medula são separadas entre si por projeções do córtex renal, as colunas renais. No ápice da coluna há os néfrons e na porção final da pirâmide há as papilas renais. As papilas renais vão desembocar no cálice menor. A junção de três cálices menores formam o cálice maior. E a junção de cálices maiores forma a pelve renal (tubo largo). Quando a pelve se estreita forma o ureter.
Hilo renal é composto por artérias e veias renais. Por onde entra vasos, ductos e nervos (local de entrada e saída de vasos e onde os cálices formam a pelve renal). 
Raios medulares: é o agrupamento de alças de Henle e túbulos coletores. Juntamente com o córtex renal ao redor, formam o lóbulo renal.
Túbulo Urinífero: Néfron + Túbulo coletor.
Interstício Renal: Espaço ao redor dos néfrons, vasos sanguíneos e linfáticos, formado por tecido conjuntivo com fibroblastos e fibras colágenas. É escasso na zona cortical, sendo maior na zona medular. 
Néfron
É a unidade filtrante, funcional do rim. Néfron justamedular faz a reabsorção de água e concentração de urina. 
É divido em algumas partes. Em ordem o néfron se inicia no glomérulo -> túbulo contorcido proximal -> parte espessa descendente da alça de Henle -> Alça de Henle -> parte delgada da alça de Henle -> parte espessa ascendente da alça de Henle -> túbulo contorcido distal. Todas essas estruturas formam o néfron. 
No final do néfron há o túbulo coletor que não faz parte do néfron, mas é importante pra condução da filtração. 
O glomérulo está dentro do corpúsculo renal. É uma esfera onde há muitos capilares sanguíneos pra filtração. Arteríola aferente -> capilares -> arteríola eferente. 
Corpúsculo renal: é presente somente no córtex renal. O glomérulo e a cápsula de Bowman formam o corpúsculo renal. Ele apresenta dois polos, um vascular onde entra a arteríola aferente e sai a eferente, e o polo urinário que é o inicio do túbulo contorcido proximal. As arteríolas se dividem em capilares formando alças. A arteríola eferente controla a pressão hidrostática. Há a passagem de sangue arterial.
Cápsula de Bowman: É um dos componentes do corpúsculo renal. Ela envolve as alças dos capilares. O folheto externo parietal da CB é composto de epitélio pavimentoso simples apoiado na lâmina basal e fibras reticulares finas, e está envolta do corpúsculo. Já o folheto interno visceral da CB possui podócitos que emitem prolongamentos primários e secundários, envolvendo os capilares completamente. 
O líquido que sai dos vasos cai num espaço que segue pro túbulo proximal. 
A arteríola eferente tem capacidade de contrair e relaxar. Ela aumenta ou diminuiu a pressão do sangue. Quanto mais pressão, mais filtrado se terá. 
Túbulo Contorcido Proximal: o folheto externo da CB se continua com o túbulo contorcido proximal. É formado por epitélio cuboidal ou colunar baixo com células com borda em escova. O lúmen é central de formato irregular e o limite entre as células é pouco visto. Esse túbulo é maior que o túbulo distal, é o segmento mais longo do néfron. Absorve: toda glicose, todos os aminoácidos, H20, bicarbonato, cloreto de sódio, cálcio e fosfato. Secreta: creatinina, ácido úrico e penicilina. 
Nos microvilos da borda em escova há canalículos para aumentar a capacidade absortiva. Na parte basal há as mitocôndrias. E lateralmente, há os prolongamentos laterais interdigitais. Presença de vesículas pinocitose que reabsorvem macromoléculas. 
Alça de Henle: É uma estrutura em forma U comprida. Composta pela porção espessa descente, porção delgada descendente, porção delgada ascendente (impermeável à água) e porção espessa ascendente. Ela tem como função a retenção de água (15%) –urina hipertônica- poupa água, cria um ambiente hipertônico dentro da medula que influencia a concentração da urina quando ela passa nos ductos coletores, e reabsorção de 25% de HCO3, K+ e Ca2+. A porção fina da alça de Henle é composta de epitélio pavimento simples. Apresenta lúmen relativamente grande. 
Néfrons justamedulares tem alças de Henle muito longas, que vão até a profundidade da medula, segmento espesso curto e delgado fino. Os néfrons corticais têm alça com parte delgada curta, sem parte ascendente. 
Túbulo Contorcido Distal: Logo que a alça de Henle entra na área cortical ela fica tortuosa. Esse túbulo é formado por epitélio cuboidal, com células menores, sem borda em escova e menos mitocôndrias. Ele age na troca iônica, com absorção de sódio (7%) e secreção de potássio. Secreta íons de hidrogênio e amônia para urina, mantendo o equilíbrio ácido básico. O túbulo distal é mais curto que o proximal, e menos contorcido. Apresenta células cuboidais menores e menos eosinofílicas, sem borda em escova e estrias basais devido a presença de mitocôndrias. Diâmetro menor com maior lúmen. Dentro do túbulo há uma massa densa que é sensível ao conteúdo isotônico de Na+ e Cl- e ao volume de água no fluido dentro do túbulo e promove a liberação de renina. 
Túbulos e Ductos coletores: túbulo coletor é mais fino e apresenta epitélio cuboidal. O ducto coletor é mais grosso com maior diâmetro e apresenta epitélio cilíndrico, lúmen central grande e células com bordas lisas e limite visível. Eles participam na retenção de água controlada por ADH e secretam H+ e HCO3, reabsorvendo K+ e regulando o equilíbrio ácido básico. Há 2 tipos de células, as células principais que reabsorvem Na+ e água e secretam K+, e as células intercelulares, que possuem muitas mitocôndrias, secretam H+ e HCO3+ e reabsorvem K+.
Aparelho justaglomerular: Na arteríola aferente existem células musculares lisas modificadas – as células justaglomerulares. As quais tem os núcleos esféricos e coloração escura com grânulos de secreção. Produzem renina, angiotensina I, angiotensina II e aldosterona (adrenal). Elevam a pressão arterial e retém sódio e água. O aparelho justaglomerular é composto por células justaglomerulares, mácula densa, e células mesangiais extraglomerulares. 
Sistema de filtração glomerular:
Apresenta três componentes: o epitélio capilar fenestrado (com buracos), membrana basal e CB interna. 
A membrana basal separa as células endoteliais dos podócitos. 
Os podócitos emitem prolongamentos primários e secundários, formando fendas de filtração entre eles. Essas fendas de filtração são fechadas por uma membrana constituída de nefrina que fica entre os prolongamentos dos podócitos. Entretanto fibras de actina nos podócitos permitem que eles aumentem ou diminuam as fendas. 
Barreira de filtração glomerular: a membrana basal tem moléculas com carga negativa que impede a passagem de moléculas grandes, funcionando como uma peneira para moléculas pequenas. Além disso, há membrana entre os prolongamentos dos podócitos que não permitem passarsubstâncias grandes. A membrana basal é composta por 3 lâminas: a lâmina rara interna, a lâmina densa, e a lâmina rara externa. As lâminas raras têm fibronectina (ligação com a célula) e a lâmina densa tem colágeno IV e laminina, além de proteoglicanos negativos. 
Filtração: substâncias pequenas passam entre as células endoteliais, como H20, glicose, sódio, potássio, cálcio, cloreto, proteínas com baixo peso molecular, etc. 
Bexiga:
Função: Armazenar urina. O cálice, a pélvis, o ureter e a bexiga tem a mesma estrutura básica. A mucosa da bexiga é composta por epitélio de transição e por lâmina própria de tecido conjuntivo. Apresenta 5-7 camadas de células. 
Barreira osmótica: placas espessas na membrana plasmática, demossomos e junções oclusivas entre as células. 
A bexiga apresenta camada muscular longitudinal interna, circular média e oblíqua externa. 
Advertícia da bexiga é formada por tecido conjuntivo frouxo com plexos nervosos, vasos sanguíneos e linfáticos. 
Forma um esfíncter interno perto da uretra. 
O ureter entra na bexiga de forma angulada, para evitar refluxo. Tem somente camada longitudinal interna.
Uretra Masculina: 
É maior que a das mulheres. Apresenta parte prostática e peniana. De acordo com o tipo de epitélio ela é divida em: prostática (epitélio de transição com áreas de epitélio colunar estratificado), membranosa (epitélio colunar estratificado) e cavernosa (epitélio escamoso pseudoestratificado não queratinizado). 
Uretra Feminina: 
É menor, pequena. Com grande propensão há infecção urinária. Epitélio de transição com áreas de epitélio colunar estratificado. Epitélio colunar estratificado. Epitélio escamoso pseudoestratificado não queratinizado. 
Hormônios que regulam a absorção de H2O e NaCl:
Angiotensina II; Aldosterona; Fator atrial natriurético; Urodilatina; e Hormônio antidiurético ou vasopressina. 
*O álcool inibe o hormônio antidiurético. 
SISTEMA ENDÓCRINO
Hormônio:
São sinais químicos liberados por células endócrinas. Os hormônios tem que se ligar a um receptor específico, o qual vai liberar uma resposta bioquímica. 
Distribuídos pelo organismo através dos vasos sanguíneos ou no interstício para células adjacentes. 
Os hormônios incluem três tipos de componentes: 
-Esteroides: derivados de colesterol (ovários, testículos, adrenal) liberados na corrente sanguínea e transportados ligados a proteínas carreadoras. 
-Peptídeos, proteínas e glicoproteínas: sintetizados por hipotálamo, hipófise, tireoide, paratireoide, pâncreas, células enteroendócrinas no sistema digestório. 
-Análogos ou derivados de aminoácidos: são sintetizados pela medula adrenal e neurônios, também se incluem os hormônios tireoidianos iodados. 
Regra geral: -Molécula mensageira: hormônio, neurotransmissor ou droga. –Célula alvo: célula que tem receptor específico na membrana plasmática ou intracelular para aquele hormônio, agindo no núcleo. –Resultando numa resposta bioquímica. 
Hipófise:
É uma glândula mestra, localizada na sela túrcica no osso esfenoidal. Se liga ao hipotálamo por um pedículo. 
A hipófise tem origem embrionária dupla: neuroectoderma e ectoderma oral. Ela é divida em Neuro-hipófise (hipófise posterior) e Adeno-hipófise (hipófise-anterior). 
A Adeno-hipófise é maior e dividida em três partes: Pars distalis (lobo anterior), Pars tuberalis e Pars intermediária (lobo intermediário). O lobo anterior secreta hormônios hipofisários como: GH, PRL (prolactina), ACTH (estimula a adrenal a produzir cortisol), FSH, LH e TSH (hormônio da tireoide). 	O lobo intermediário, entre o lobo anterior da adeno e o posterior da neuro, secreta: MSH (que eleva a produção de melanina) e Beta endorfina. 
A Neuro-hipófise tem a Pars nervosa (lobo posterior) e o Infundíbulo ou Haste infundibular. O lobo posterior secreta: Ocitocina (contração uterina e ejeção de leite-glândulas mamárias) e ADH (antidiurético que aumenta a absorção de H2O no tubo coletor do rim). 
Sistema hipotálamo-hipofisário:
Há três locais envolvidos com a produção de grupos de hormônios:
Peptídeos produzidos por agregados de neurônios secretores no hipotálamo.
-Núcleos supra-ópticos e Núcleos para-ventriculares. Ambos secretam para os capilares da neurohipófise. 
Peptídeos produzidos por neurônios secretores de outros 3 núcleos.
-Núcleo dorso-mediano, Núcleo dorso-ventral, e Núcleo infundibular do hipotálamo. Eles secretam na eminência mediana e controlam a pars distalis. 
Proteínas e glicoproteínas produzidas pro células da pars distalis. 
Hormônios produzidos na hipófise são controlados também com hormônios secretados no hipotálamo. TRH -> TSH ->T -> T3 e T4. Ou seja, o hipotálamo secreta hormônios que controlam os hormônios hipofisários. 
Adeno-hipófise:
75% da adeno é o lobo anterior (a parts distalis).
É uma glândula endócrina. 
É um agrupamento ou cordões de células glandulares epiteliais + capilares sinusoides (com lúmen largo e irregular com buracos) formam o aspecto da glândula. Apresenta estroma fibroso reticular fino. 
As células estão dispostas aletoriamente dentro da adeno-hipófise. 
Possui 2 tipos de células: 
- Células cromófilas: grandes, grânulos secretórios, que coram intensamente. Podem se dividir em acidófilas ou basófilas. 
-Células cromofobas: menores, poucos ou nenhum grânulo secretório, que coram fracamente. 
Das células 40% são acidófilas, 10% basófilas e 50% cromofobas. 
Imunocitoquímica: processo em que se descobre que célula produz qual hormônio. 
Neuro-hipófise:
Formado pela Pars nervosa + infundíbulo. 
100 mil axônios não mielinizados de neurônio dos núcleos supra-ópticos e para-ventriculares – trato hipotálamo-hipófise. 
Não fazem sinapse, as secreções ocorrem nos capilares fenestrados. 
Há a presença de vesículas secretórias em toda a célula. 
Dilatações dos axônios, agregados de material neurosecretório: corpos de Herring. 
Corpos celulares se localizam no hipotálamo e se organizam em núcleos, os núcleos para-ventriculares e os núcleos supra-ópticos. 
As terminações nervosas que secretam as substâncias ficam na parte nervosa da neuro-hipófise. E os axônios passam pelo infundíbulo. 
Feixes neuronais hipotálamo-hipofisário. 
Adrenal:
Glândulas achatadas em forma de meia lua. Localizada no polo superior dos rins. 
É divida em córtex (encapsulado) e medula.
Apresenta circulações bem extensas formando ramificações. 
Origem embriológica diferente: córtex mesodérmico e medula neuroectoderma. 
A função e a morfologia são distintas. 
Secreção de hormônios esteroidais (córtex) e catecolaminas (medula). 
O córtex adrenal é divido em cápsula, zona glomerulosa, zona fasciculada e zona reticulada. 
-Zona glomerulosa: corresponde a 15% do córtex. Células piramidais ou colunares aglomeradas, que produzem mineralocorticóides-aldosterona. 
-Zona fasciculada: 75% do córtex. Cordões retos de células poliédricas com capilares fenestrados. Espongiócitos produzem hormônios esteroides, cortisol e também androgênios. 
-Zona reticulada: 10% do córtex. Células pequenas formando cordões curtos anastomosados, que sintetizam androgênios.
Medula Adrenal: 
Células cromafins ou medulares: poliédricas organizadas em cordões ou aglomerados. 
Células do parênquima e células ganglionares parassimpáticas. 
Secretam epinefrina ou norepinefrina (catecolaminas), cromograninas, dopamina B- hidroxilase, encefalinas. 
As células são inervadas por terminações colinérgicas de neurônios simpáticos pré-ganglionares. 
Armazenam em grânulos. 
Pâncreas: 
Grupos arredondados de células.
Células poligonais em cordões e ao redor rede de capilares. 
Existem 5 tipos celulares: alfa (produz glucagon-glicose no sangue), beta (produz insulina-glicose nas células), delta, PP e épsilon. 1.000.000 no pâncreas, sendo mais numerosos na cauda do pâncreas. 
Terminações nervosas podem ser observadas. 
Tireoide: 
Produz T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina) . Está localizada na região cervical anterior a laringe. 
É formada por dois lobos unidos por um istmo.Única glândula que não é cordonal.
Apresenta células fusiformes, que são chamadas de tirocitos. O epitélio é cúbico simples com coloide central. 
Os tirocitos em conjunto formam os folículos. 
Os folículos tireoidianos são preenchidos por coloide.
Essa glândula é envolvida por uma cápsula de tecido conjuntivo frouxo que envia septos.
Células parafoliculares produzem calcitonina que inibe a reabsorção óssea, e tira o cálcio do sangue. 
Processos: 1- Síntese de tireoglobulina. 2-Captação de iodeto circulante. 3-Oxidação do iodeto. 4- Iodação da tirosina. 
Composto de tireoglobulina é formado por glicoproteína iodada que é a forma precursora de armazenagem dos hormônios tireoidianos, triiodotironina e tetraiodotironina. 
Paratireoides: 
São quatro pequenas glândulas localizadas nos polos superiores e inferiores da tireoide. 
É envolvida por uma cápsula de tecido conjuntivo que envia trabéculas pra dentro da glândula. 
Células epiteliais dispostas em cordões separados por capilares.
Há dois tipos de células: principais e oxífilas. 
Principais: predominantes, são células pequenas poligonais, núcleo central e citoplasma acidófilo. Secretam paratormônio (PTH). O paratormônio é responsável pela homeostasia de cálcio no sangue. E a célula C secreta calcitonina. 
Oxífilas: são células arredondadas, maiores e com citoplasma bastante acidófilo, mais claras. A sua função é desconhecida, não secretória. 
SISTEMA DIGESTÓRIO
 
Funções: Deglutição, digestão, absorção, eliminação de resíduos (na forma de fezes), proteção imunológica e produção hormonal. 
 O sistema digestório é divido em duas partes: o tubo digestivo e as glândulas associadas.
O tudo digestório é composto pela cavidade oral, esôfago, estômago, intestinos, reto e ânus. Já as glândulas associadas são compostas pelas glândulas salivares, fígado e pâncreas. 
A organização do revestimento do tubo digestório é dividida em 4 camadas sendo da mais interna até a mais externa composta pelas camadas: mucosa, submucosa, muscular e serosa (mais externa). A camada mucosa (mais interna) é ainda subdividida em três subcamadas: o epitélio (mais interno, próximo do lúmen), lâmina própria e a camada muscular da mucosa. 
Língua: 
É uma massa de feixes entrelaçados de músculo estriado esquelético revestido por camada mucosa dividida em duas partes: a parte anterior (2/3) e a parte posterior (1/3), as quais se dividem um da outra por um sulco em V, o sulco terminal. 
As funções da língua são mastigação, deglutição, fala e paladar.
O epitélio da língua é estratificado não queratinizado. 
Os músculos da língua se entrecruzam em 3 planos, as fibras são separadas por tec. Conjuntivo
A camada mucosa da língua é firmemente aderida à musculatura, pois a lâmina própria penetra os espaços entre os feixes musculares. 
A superfície dorsal da língua é rugosa e apresenta projeções verticais de superfície, as papilas linguais. Há quatro tipos de papilas: a papila filiforme, papila fungiforme, papila circunvalada, e papila foliácea ou foliata.
No 1/3 posterior da língua há as tonsilas linguais. 
Papila Filiforme: 
São as menos, mais numerosas e comuns. Tem de 2-3 mm de comprimento. Elas são projeções alongadas e cônicas de tecido conjuntivo, revestidas por epitélio estratificado pavimentoso queratinizado. Ajudam na ficção para a manipulação da comida. Apresentam queratinização na ponta. Essas papilas são as únicas que não tem botões gustativos. 
Papila Fungiforme: 
São menos numerosas com formato de cogumelo, estão entre as papilas filiformes, no dorso da ponta da língua. Projetam-se acima das papilas filiformes. Os botões gustativos estão presentes no epitélio estratificado pavimentoso da superfície dorsal dessas papilas.
Papila Circunvalada:
Estão presentes na frente do sulco terminal, formando uma linha de 8-12 papilas. São estruturas grandes, tem diâmetro até 3mm. Residem na mucosa anterior ao sulco terminal. São envoltas por um sulco circular revestido por epitélio pavimentoso que contém numerosos botões gustativos. A glândula serosa de von Ebner na lâmina própria secreta secreção aquosa para limpar os debris (fragmentos de células). Essa secreção joga para fora o matéria do sulco para possibilitar que os botões gustativos respondam rapidamente a estímulos que se alteram. 
Papila Foliácea:
Consistem em colunas paralelas profundas, separadas por fendas mucosas profundas. Localizadas na lateral da língua. Menor número em pessoas idosas. Possuem botões gustativos. 
Botões Gustativos: 
São órgãos intraepiteliais nas superfícies laterais das papilas fungiformes, circunvaladas e foliáceas. 
Possuem receptores sensoriais que transmitem o estímulo químico para impulsos nervosos e transmitem a sensação de gosto. 
O paladar é uma sensação química na qual varias substâncias químicas desencadeiam o estimulo a partir das células neuroepiteliais dos botões gustativos. 
Além de serem encontrados na língua, associados as papilas, os botões gustativos também estão presentes no palato mole, epiglote, laringe, e faringe.
Esôfago:
É um tubo muscular que conecta a faringe com o estômago. 
Tem quatro camadas primárias: mucosa, submucosa, muscular e adventícia ou serosa. 
A muscular externa tem duas camadas ainda: uma camada circular interna e uma camada longitudinal externa. 
 1/3 superior músculo esquelético, 1/3 médio músculo esquelético e 1/3 inferior músculo liso.
O epitélio do esôfago é pavimentoso estratificado não queratinizado. 
No esôfago há glândulas mucosas e submucosas que produzem e secretam muco fino altamente viscoso para lubrificar e proteger o lúmen. Elas se localizam na parede do esôfago e são de dois tipos: esofágicas próprias (muco ácido) e cárdicas esofágicas (muco neutro). 
Junção gastro-esofágica: 
Transição abrupta no epitélio. Passa de um epitélio pavimentoso estratificado (esôfago) para um epitélio colunar simples do estômago. 
Além da diferença do epitélio entre o esôfago e estômago, as células da mucosa também diferem o esôfago e o estômago. Mucosa lisa do esôfago e mucosa pregueada do estômago. 
Estômago:
É a parte mais dilatada do tudo digestivo. Saco expansível que conecta o esôfago ao intestino. 
Pode armazenar 1,5 a 3L se distendido. 
O estômago armazena, mistura e digere o alimento para uma massa semissólida chamada quimo. 
Ele é divido em cárdia, fundo, corpo e piloro (e canal pilórico). 
A camada muscular estômago apresenta três camadas, enquanto o resto dos órgãos possui só duas.
O epitélio do estômago é colunar simples com células mucosas. O epitélio forma fossas gástricas e na sua profundidade se encontram as glândulas gástricas. 
Dependendo da região do estômago o formato das glândulas é um pouco diferente. 
Glândulas gástricas na fosseta ou foça da mucosa do estômago. 
Na cárdia as fossetas e glândulas são poucas desenvolvidas. No corpo e no fundo as fossetas são curtas e as glândulas longas, compridas que vão produzir mais as enzimas digestivas. Já no piloro as fossetas são longas e as glândulas são curtas. 
Células Mucosas: São células colunares altas com núcleo basal e apresenta epitélio colunar simples. Elas possuem glicoproteínas ricas em carboidratos e HCO3- (bicarbonato). São mais superficiais, revestindo a superfície interna do estômago. O muco gástrico do estômago é secretado pelas células mucosas, ele protege o estômago de ácidos, impedindo que o estômago se degenere. O ácido ao chegar na mucosa do estômago se torna neutro. Funcionam como uma barreira de proteção da superfície do estômago. 
Células Parietais: São as células mais numerosas no corpo da glândula gástrica, na parte mais superior. São grandes, arredondadas ou poligonais com núcleo central. Apresenta citoplasma eosinófilo, claro, com numerosas mitocôndrias. A principal função é a produção de HCl (ácido clorídrico) e fator intrínseco. O HCl é produzido na luz dos canalículos intracelulares. 
Células Principais: São células cuboidais a colunares. Localizadas na parte basal inferior da glândula. Apresentacitoplasma basofílico, com grânulos secretórios (zimogênico), dando um aspecto granular. Essas células são secretoras de proteínas típicas. Produzem dois tipos de enzimas proteolíticas: as pepsinogênio I e II. Produzem também lipases fracas. Em contato com o suco gástrico ácido, o pepsinogênio é convertido em pepsina, uma enzima proteolítica. 
Musculatura do estômago: camada muscular externa longitudinal, camada média circular e interna oblíqua. 
Junção Gastroduodenal: 
Piloro (ultima parte do estômago) é contínuo com duodeno (1 porção do intestino delgado). 
Transição gradual entre a mucosa gástrica e a intestinal (epitélio viloso). 
Há a presença de glândulas gástricas até 6mm do duodeno. 
A camada muscular no piloro é mais espessa formando um esfíncter pilórico que controla o esvaziamento gástrico. 
Intestino Delgado: 
É um tubo longo de 4-7 metros, sendo o componente mais longo do trato digestivo. 
Pode ser dividido em três regiões: duodeno (menor e mais larga), jejuno (maior) e íleo (médio). Diferenças histológicas: mucosa e da submucosa.
Funções de absorção devido a um sistema de pregas. Ampliação da superfície. Maior contato com os alimentos digeridos. 
Esse intestino é o principal local para digestão do alimento e absorção dos produtos da digestão. 
Para aumentar a capacidade absortiva do intestino há as pregas circulares, vilosidades e as microvilosidades. Vilosidades são projeções do epitélio, onde há células absortivas e na membrana plasmática dessas células há as microvilosidades. Dentro das vilosidades há vasos sanguíneos e linfáticos onde os nutrientes absorvidos são depositados. 
Duodeno:
É a primeira porção do intestino delgado que começa no piloro do estômago e termina na junção duodenojejunal. 
Possui vilos e criptas. 
O epitélio é colunar simples, contendo enterócitos e células caliciformes. 
Na base dos vilos o epitélio forma as glândulas intestinais (criptas de Lieberkuhn).
Glândulas secretoras de Brunner: secreção muco alcalina com alta concentração de HCO3- e urogastrona. Secreta bicarbonato e urogastrona. 
Glândula de Brunner: ela protege o duodeno contra o conteúdo ácido do quimo. Promove uma condição alcalina favorecendo a ativação das enzimas intestinas. Favorece o processo de absorção. Lubrifica as paredes intestinais.
Glândulas duodenais na submucosa têm como função produzir bicarbonato pra trocar Ph 5-6 neutro. 
Jejuno:
Tem a maior área de secreção e absorção. Vilosidades e pregas maiores, maior comprimento. 
No epitélio há os enterócitos e as células caliciformes.
Submucosa pobre. 
A lâmina própria é ricamente vascularizada. 
Músculo liso nas vilosidades. 
Não possuem glândulas de Brunner. 
Íleo:
É a continuação do jejuno e termina na junção ileocecal (a união do íleo distal com o ceco). 
Possui nódulos de tecido linfático, também chamados de placas de Peyer. 
Enterócitos:
Células absortivas. 
Células colunares alongadas com microvilosidades. Núcleo oval basal. 
Função de absorção e transporte ativo transcelular. 
Sintetizam enzimas dissacaridases, peptidase, enteroquinase e lipase. 
Os enterócitos são também células secretoras, produzindo enzimas necessárias para digestão e absorção terminais bem como secreção de água e eletrólitos. 
Células Caliciformes: 
Produzem muco protetor. 
São glândulas unicelulares secretoras de mucina. 
Contém glicoproteína viscosa que lubrifica e bloqueia a ligação de bactérias. 
A parte apical é distendida com vesículas secretórias. 
Apresenta citoplasma não corado. 
Intestino Grosso:
É a parte final do tubo digestivo. 1,5m de comprimento.
Possui uma rica flora bacteriana.
A principal função é a reabsorção de eletrólitos e água e a eliminação de comida não digerida e de resíduos. 
Faz a absorção de água, sais biliares, algumas vitaminas e de certos eletrólitos. 
Eliminação de resíduos do corpo (defecação). 
Não possui vilosidades. Possuem criptas. 
O intestino grosso compreende o ceco (1° porção) com seu apêndice vermiforme, cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente, cólon sigmoide, o reto e o canal anal. 
O epitélio é colunar simples. 
Ceco: epitélio colunar simples. Aumento progressivo das células caliciformes. Aqui ainda existem células de Paneth (cuja função principal é manter a imunidade inata da mucosa pela secreção de substâncias antimicrobicidas). O apêndice é uma extensão do ceco que se difere dele por possuir uma camada uniforme de músculo longitudinal na muscular externa. 
Reto: é uma porção distal dilatada do canal alimentar. Na sua porção superior há pregas transversais do reto. A porção mais distal do canal alimentar é o canal anal. 
Glândulas Salivares:
Há as glândulas salivares menores que secretam + - 10% do volume salivar e + - 70% do muco secretado e as glândulas salivares maiores que são as Parótidas, Submandibulares (submaxilares) e as Sublinguais. Tem uma parte secretora e o ducto excretor. 
Saliva: é uma suspensão aquosa de muco, enzimas, íons (cálcio e fosfato) e anticorpos. Ela contém água, várias proteínas e eletrólitos. Ela lubrifica; protege; ajuda na digestão de carboidratos com a enzima digestiva amilase, que decompõe uma a quatro ligações glicosídicas e continua a agir no esôfago e no estômago; controla a flora bacteriana da cavidade oral pelo uso de Lisozima; e desempenha funções imunológicas através das imunoglobulinas (IgA, IgM, e IgG). 
A saliva possui solvente e agente umidificador que ajuda na deglutição, umedecendo os alimentos secos para auxiliar a deglutição e a mucosa oral. A saliva possui secreções combinadas de todas as glândulas salivares maiores e menores. 
Os ácinos de glândulas secretoras são de três tipos: serosos, mucosos ou mioepiteliais. 
Células Serosas: Típicas células secretoras de proteínas, ex: a amilase. Apresentam formato piramidal com base larga. Elas possuem núcleos centrais e arredondados. O polo apical é repleto de grânulos proteicos, os grânulos de zimogênio onde elas armazenam suas secreções. Contêm grandes quantidades de RER, ribossomos livres, aparelho de Golgi proeminente e numerosos grânulos secretores esféricos. 
Células Mucosas: São células secretoras de mucina, muco, ex: mucinas. Têm funções lubrificantes da saliva. Apresentam formato cuboide ou colunar, com núcleos ovais, formato irregular na base da célula, citoplasma apical repleto de grânulos de mucinogênio e um grande aparelho de Golgi. A cromatina é condensada. 
Células Mioepiteliais: São células contráteis que abraçam a face basal das células secretoras acinosas. Possuem numerosos prolongamentos e uma capacidade contrátil. Se localizam entre a membrana plasmática basal das células epiteliais e a lâmina basal do epitélio. Também são encontradas subjacentemente ás células da porção proximal do sistema ductal. Localização: junto á lâmina basal, terminações secretoras e ductos intercalares. Essas células aceleram a secreção da saliva. Núcleo pequeno redondo próximo da membrana basal. 
Glândulas Parótidas: Localizada abaixo da orelha posterior ao masseter da boca. São as maiores das glândulas salivares maiores. Ela possui cápsula fibrosa de T.C que emite septos dividindo-a em lobos e lóbulos. É uma glândula tubuloacinar ramificada, que possui grupamentos de acinos serosos ramificados (tem células serosas com núcleo arredondado). As unidades secretoras na parótida são serosas e circundam numerosos ductos intercalares longos e estreitos. Células serosas têm grânulos secretores de proteínas, enzimas (amilase, lisozima, peroxidase), proteínas com atividade antimicrobiana: cistatina e histatina. Produz proteínas. Possuem grande quantidade de tecido adiposo. 
Glândulas Submandibulares: é uma glândula mista (mistura de células serosas e mucosas), grande e emparelhada localizada na região medial da mandíbula, sob cada um dos lados do assoalho da boca. Possui também cápsula fibrosa com septos que dividem a glândula. Tem ácinos mucosos e serosos. Ácinos seromucosos: células mucosas ao redor de um lúmen com semiluas serosas, encontrados entre os ácinosserosos predominantes. As células mucosas secretam mucinas glicosiladas ricas em ácido siálico e sulfato, dando proteção. Não possuem células adiposas e os ductos intercalares são menos extensos. 
Glândulas Sublinguais: São as menores glândulas salivares maiores, estão localizadas abaixo da língua, no assoalho da boca. Possuem células mucosas. As unidades secretoras mucosas podem ser mais tubulares do que acinosas. Porção secretória: ácidos seromucosos mistos. Alguns dos ácinos mucosos predominantes exibem meias-luas serosas, porém ácinos puramente serosos são raros. Os ductos intercalados e ductos estriados são pouco desenvolvidos, curtos, cada lobo tem seu ducto excretor que se abre embaixo da língua. 
Ductos Estriados: São específicos das glândulas salivares. Eles são revestidos por um epitélio simples cúbico, que se torna gradualmente colunar à medida que se aproxima do ducto excretor. As células desse ducto têm numerosas invaginações da membrana plasmática basal. Esse ducto é formado por invaginações da membrana plasmática basal das células colunares. Eles têm papel no transporte de eletrólitos; Modificam a composição da saliva por reabsorção de Na+ (da secreção primária) e pela secreção de K+ e HCO3-. Eles também secretam calicreina e imunoglobulinas. 
 Há também os ductos intercalares que estão localizados entre um ácino secretor e um ducto maior, e os ductos excretores, que viajam no tecido conjuntivo interlobular e interlobar. 
Pâncreas: 
É uma glândula tubuloacinosa composta alongada, que possui cabeça, corpo e cauda. 
Ele é coberto por uma cápsula de tecido conjuntivo que envia septos dentro da glândula dividindo-a em lóbulos. 
Produz enzimas digestivas que atuam no intestino delgado. 
Secreta hormônios como a insulina e o glucagon.
A principal função é a regulação do metabolismo da glicose. 
O pâncreas é uma glândula anfícrina, ou seja, mista, possui uma porção exócrina e uma porção endócrina. Produz enzimas digestivas e hormônios. A porção exócrina (ácinos) é uma glândula serosa que sintetiza e secreta enzimas no duodeno que são essenciais para a digestão no intestino – 98% - 1,5L/dia. Já a porção endócrina (ilhotas pancreáticas ou de Langerhans), sintetiza e secreta os hormônios insulina e glucagon no sangue. Esses hormônios regulam o metabolismo da glicose, do lipídeo e das proteínas do corpo. 
Ácino pancreático: é o único entre os ácinos glandulares. Ele possui células piramidais ao redor de um lúmen central. Núcleo esferoide na base da célula, citoplasma basofílico. Apresenta grânulos secretórios na parte apical. Eles secretam tripsina, quimotripsina, amilase, lipase e carboxipeptidade (varia dependendo da dieta). Há a presença de células centroacinares dentro do lúmen acinar, que secretam fluido rico em HCO3-. 
Células serosas da porção exócrina: Típicas células secretoras de proteínas. São células polarizadas com núcleo esférico, onde há a presença de grânulos de zimogênio (Gz). Esses grânulos contêm uma variedade de enzimas digestivas em uma forma ativa, ex: proteinases, amilases, lipases, nucleases, etc, todas secretadas na forma inativa. Essas enzimas são ativadas apenas após alcançarem a luz do intestino delgado. 
Fígado:
Pesa 1,5kg 
É a maior massa de tecido glandular no corpo. É envolto pela cápsula de Glisson (tecido fibroso). Uma cobertura serosa (peritônio visceral) circunda a cápsula. 
Ele é divido em 4 lobos: o direito e esquerdo que são separados pelo ligamento fusiforme, e os lobos caudado (superior) e quadrado (inferior). No final do ligamento fusiforme há o ligamento redondo e em cima dos lobos direito e esquerdo há o ligamento coronário separando o fígado da face diafragmática.
Principais funções do fígado: Emulsificação de gorduras (digestão); secreção da bile; armazenamento e liberação de glicose; armazenamento de vitaminas, ferro, lipídeos; síntese de proteínas do plasma (albuminas, lipoproteínas, glicoproteínas) e colesterol; produção de triglicerídeos; conversão de amônia em ureia; destoxificação de muitas drogas e toxinas.
A produção de bile é uma função exócrina do fígado. Já as funções endócrinas são representadas por sua capacidade de modificar a estrutura e a função de muitos hormônios. 
As células do fígado são os hepatócitos. 
Estrutura geral do fígado: o fígado é formado por lóbulos hexagonais separados por tecido conjuntivo. Na periferia desses lóbulos há 3 estruturas que formam o tríade portal: a artéria hepática, veia porta e ducto biliar. E no centro lobular há a veia central. 
O fígado tem um suprimento sanguíneo duplo, um venoso (portal) através da veia porta hepática e um suprimento arterial através da artéria hepática.
Duas veias principais do fígado: veia porta hepática (chega, formada pela junção dos vasos, veias do intestino grosso) e veia hepática (sai). 
Os componentes estruturais do fígado incluem: o parênquima (placas organizadas de hepatócitos separadas por capilares sinusoidais), o estroma de tecido conjuntivo ( que é contínuo com a cápsula fibrosa de Glisson e onde vasos sanguíneos, nervos e vasos linfáticos e ductos biliares passam), e os capilares sinusoidais (sinusoides, canais vasculares entre placas de hepatócitos). 
Irrigação sanguínea dos lóbulos: o sangue passa pelos hepatócitos e são coletados na veia central. A artéria hepática e a veia porta da tríade portal se juntam e formam um canal para a passagem do sangue que será depositado na veia central. O ducto biliar, também da tríade portal, é um canal que serve de passagem da bile, o fluxo da bile é em sentido oposto ao sentindo do fluxo sanguíneo, ou seja, é da veia central pra periferia da célula. 
Sinusoide: Capilares formados pela junção de artéria hepática e veia porta. Capilares finos com paredes fenestradas. Células endoteliais achatadas e células de Kupffer (fagocíticas) revestem o sinusoide. O sangue é venoso e arterial misturado. As células de Kupffer são macrófagos que fagocitam substâncias estranhas. 
Espaço de Dissé: é o espaço entre as células endoteliais que revestem os sinusoides e o hepatócito. Projeções celulares, os microvilos dos hepatócitos, projetam-se para dentro desse espaço a partir da superfície basal dos hepatócitos. Essas microvilosidades aumentam a área de superfície disponível para a troca de materiais entre os hepatócitos e o plasma. Com isso, esse espaço é cheio de plasma que passa pelas fenestras. Nesse espaço há ainda células de Ito, que são células estreladas hepáticas que armazenam vitamina A e gordura e também secretam citocinas, fatores de crescimento e proteínas da MEC. 
Ácino hepático: tem a forma de um losango e representa a menor unidade funcional do parênquima hepático. Os hepatócitos na zona 1, mais próximos dos vasos, tem maior oxigenação, nutrientes e a síntese de glicogênio e proteínas é mais funcional. Já os da zona 3, mais distantes dos vasos e mais perto do vaso central, tem uma pior oxigenação, menos nutrientes, a atividade funcional é menor e agem na detoxificação de álcool e drogas. 
Hepatócitos: são células poligonais grandes, sendo as principais do fígado. Apresentam núcleo grande, esféricos e central. Citoplasma acidófilo. A superfície canalicular secretória é a onde o canalículo biliar é formado e a superfície absortiva é a superfície de contato intercelular, sinusoides. Eles têm função de detoxificar drogas, converter glicogênio a glicose, síntese de colesterol e proteínas plasmáticas e conjugação de bilirrubina e drogas.
A bile é liberada, excretada e secretada nos canalículos biliares (espaços laterais entre as células).

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