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ESTRUTURA E FUNÇÃO DOS ÁCIDOS NUCLEICOS Lewin, B. Genes VII.Artmed editora, Porto Alegre, 2001.955p Suzuki, et al. Introdução a Genética. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro , 1992. 633p. Seres vivos: a) PROCARIOTOS b) EUCARIOTOS Bactérias Algas azuis Micoplasmas AnimaisAnimais Vegetais Protistas : Protozoários Algas Fungos Ribossomos Nucleóide (DNA compactado) Pili Flagelo Célula procariótica (bactérias): Não tem organelas (núcleo, Tamanho do genoma: E. Coli : 4.600 kb 3.000 proteínas Mycoplasma genitalium: 580 kb 470 proteínas Envelope celular (membrana) Não tem organelas (núcleo, mitocondrias, etc) Material genético compactado no nucleóide (não compartimentalizado) Cromossomo único, circular fechado (na maioria das bactérias, ex: Escherichia coli) Exceção: Borrelia burgdorferi DNA dupla hélice e linear Célula eucariótica: Organelas (núcleo, mitocôndrias, cloroplastos, etc) Material genético compactado no núcleo Cromossomos lineares DNA de fita dupla Ribossomos Envelope nuclear Núcleo Ribossomos Mitocondrias Cloroplasto Breve história da genética •1865: os genes são fatores particulados •1884: Primeira publicação dos trabalhos de Mendel •1884: Descoberta dos cromossomos • 1869: descoberta do DNA (Friedrich Miescher) •1900 : redescoberta das leis de Mendel • 1903: os cromossomos são unidades hereditárias • 1910: os genes estão nos cromossomos• 1910: os genes estão nos cromossomos • 1913: os cromossomos contem arranjos lineares de genes • 1927: as mutações são mudanças físicas nos genes • 1931: a recombinação é causada pelo crossing-over • 1944: o DNA é o material genético • 1945: um gene codifica uma proteína • 1953: o DNA é uma dupla hélice • 1958: o DNA replica de forma semiconservativa •1960: Descoberta do RNA mensageiro • 1961: o código genético é uma trinca Breve história da genética •1977: o DNA pode ser seqüenciado •1987: os genomas podem ser seqüenciados • 1988: Inicio do projeto genoma Humano • 2005 : Importância do “DNA lixo” •Atualmente: Projetos Proteômica • 2010: sintese “in vitro” do genoma de uma bactéria • 2010: Revisão do conceito de gene ( “um gene é um• 2010: Revisão do conceito de gene ( “um gene é um •segmento de DNA que codifica um produto funcional (polipeptídeo ou RNA)” Material genético está presente nos cromossomos Dúvida: DNA RNA Proteínas O DNA é o material genético em todos os organismos exceto em alguns vírus (vírus de RNA) Comprovado por Griffith 1928 e Avery e colaboradores em 1944 Griffith, 1928 Avery, McLeod & McCarty 1944 Princípio transformante Hershey e Chase,1953 Só Fagos marcados com 32P produziam filhos radioativos Compactação do DNA Antes da descoberta do DNA pressupunha que o material responsável pelas características herdáveis deveria ter três características principais: 1) Conter toda a informação para a estruturação da célula de um organismo, suas funções, desenvolvimento e reprodução de forma estável. 2) Se replicar com precisão para que a progênie de células tenha a2) Se replicar com precisão para que a progênie de células tenha a mesma informação genética que as células parentais. 3) Ser capaz de variação (mutação e recombinação), senão não haveria evolução FORMAS DE DNA Cromossomo bacteriano Plasmídeo LINEAR Plasmídeo DNA mitocondrial DNA de cloroplasto DNA de alguns vírus (bacteriófagos) CIRCULAR Fonte Fita Simples (FS) ou Fita Dupla (FD) Circular ou linear Número de bases (b) ou pares de bases (pb) % (C+G) SV40 Vírus de macaco FD Circular 5.243 pb 40,80 Fago M13 FS Circular 6.470 b 40,75 Propriedades das moléculas de DNA encontradas em vários organismos M13 Vírus mosaico da couve-flor FD Circular 8.031 pb 40,19 AD-2 Adenovírus FD Linear 35.937 pb 55,20 Fago T2 FD Linear 1,7 x 105 pb 52 E. coli FD Circular 4,2 x 106 pb 53 Drosophila melanogaster (um cromossomo) FD Linear 6,5 x 107 pb 40 Componentes dos ácidos nucléicos •Nucleosídeos: açúcar + base nitrogenada (pentose) •Nucleotídeos:•Nucleotídeos: Nucleosídeo + grupo fosfato A ligação entre a base nitrogenada e a pentose é feita covalentemente através de uma ligação N-glicosídica com a hidroxila ligada ao carbono-1 da pentose. A ligação entre o grupo fosfato e a pentose é feita através de uma ligação fosfoéster com a hidroxila ligada ao carbono-5 da pentose. Bases Nitrogenadas Composição dos ácidos nucléicos Uracila Timina Ribose Composição dos ácidos nucléicos Citosina 2´desoxirribose Adenina Guanina Ácido fosfórico RNA Ribonucleotídeo DNA POLINUCLEOTÍDEOS: dNTP: dATP, dGTP, dCTP, dTTP 2´- Desoxiadenosina 5-´trifosfato 2´- Desoxiguanosina 5-´trifosfato 2´- Desoxicitidina 5-´trifosfato 2´- Desoxitimidina 5-´trifosfato Desoxirribonucleotídeos 2´- Desoxitimidina 5-´trifosfato Ácidos nucléicos são polímeros lineares de nucleotídeos unidos por ligações fosfodiéster 5´ – 3´. Cadeia polinucleotídicaCadeia polinucleotídica Sequencias de ácidos nucléicos, por convenção, são escritas na 5´- 3´ Sequencia de bases: como a informação genética é carregada Os nucleotídeos estão ligados covalentemente por ligações fosfodiéster. A posição 3’ da molécula de açúcar liga-se ao grupamentoliga-se ao grupamento fosfato que se liga a posição 5’da molécula de açúcar subseqüente O alongamento da fita de DNA ocorre SEMPRE na direção 5' para 3' Estrutura da Molécula de DNA 1953 Watson e Crick propuseram um modelo de estrutura tridimensional do DNA a) Estudos de difração do raio X (Franklin e Wilkins) b) Estudos químicos da molécula ( Chargaff)b) Estudos químicos da molécula ( Chargaff) DAMA SOMBRIAROSALIND FRANKLIN: A DAMA SOMBRIA DO DNA (1920 – 1958) R. Franklin e M. Wilkins (1953): Difração de raios-X Moléculas de DNA assumem estrutura helicoidal, com 2 periodicidades (3.4 e 34Aº ) ao longo do eixo da hélice. Rosalind Franklin: The Dark Lady of DNA. Brenda Maddox Erwin Chargaff (1950) “Regras de Chargaff” As quantidades relativas de A, T, G e C são características de cada organismo, não variando entre diferentes tecidos ou em diferentes condições fisiológicas. Em qualquer DNA celular, a quantidade de resíduos A=T e G=C. The Double Helix - James D. Watson (leitura adicional) J. Watson e F. Crick (1953): •Modêlo tri-dimensional para a estrutura do DNA: •Duas cadeias de DNA complementares (pareamento de bases) • São anti-paralelas (direções opostas), • Formam uma dupla-hélice com rotação no sentido anti-horário (“right-handed”). Fitas enrolam para a direita •Arcabouço açúcar-fosfato do lado externo (cargas negativas)•Arcabouço açúcar-fosfato do lado externo (cargas negativas) • As bases ficam no interior da cadeia (degraus) •A torção das fitas gera dupla hélice com sulco maior e sulco menor •Duas cadeias estão associadas por pontes de Hidrogênio entre as bases. DNA fita dupla: cadeias antiparalelas Bases no meio Ligações glicosídicas no DNA, entre as desoxirriboses e as bases nitrogenadas, não estão diretamente opostas na dupla-hélice, gerando 2 cavidades desiguais em seu contorno.cavidades desiguais em seu contorno. PONTES DE HIDROGÊNIO Estrutura Química e Tamanho das bases nitrogenadas CETO ( C=O ) GRUPOS AMINO ( C-NH2 ) Permitem a formação de PONTES DE HIDROGÊNIO entre as bases. T e U grupo CETO A grupo AMINOA grupo AMINO C e G grupos CETO e AMINO T e U grupo CETO A grupo AMINO 1 ponte de hidrogênio A grupo AMINO C e G grupos CETO e AMINO 2pontes de hidrogênio 1 ponte de hidrogênio adicional entre os nitrogênios dos anéis aromáticos em todos os pares de bases OUTROS PAREAMENTOS PAREAMENTO DE HOOGSTEEN Ocorre em fitas triplas dos anéis aromáticos de RNA e DNA : GA , CA e TG. Com base na estrutura de dupla hélice do DNA e nas características de hidrofobicidade das moléculas, a estrutura do DNA fica da seguinte forma: •••• O grupo fosfato e o açúcar (parte hidrofílica) - estão localizados na parte externa da molécula. •••• As bases nitrogenadas (parte hidrofóbica) - estão localizadas na parte interna da molécula. T A GC A T G C Pontes de hidrogênio entre bases C-G e A-T em fitas de DNA complementares estabilizam e conferem especificidade a dupla-fita de DNA FORÇAS QUE ESTABILIZAM A ESTRUTURA DA DUPLA-HÉLICE a) fortes para manter a integridade do DNA FORÇAS b) permitir uma flexibilidade conformacional, essencial para suas atividades •Ligações covalentes: une os átomos nas moléculas (pontes de hidrogênio) •Força de Van der Walls: ligações moleculares (fracas) entre os anéis aromáticos de bases adjacentes que são fracas, mas aditivas na manutenção da estrutura.da estrutura. Efeitos hidrofóbicos interações hidrofóbicas entre bases nitrogenadas adjacentes os anéis purínicos e pirimidínicos das bases são forçados para o interior da dupla-hélice. •Efeitos hidrofílicos as cadeias de açúcar-fosfato (carregados negativamente) interagem com cátions (principalmente Mg2+) em solução, neutraliza a repulsão entre as duas cadeias estabiliza a dupla-hélice. Dupla – hélice Antiparalelas Estrutura da Molécula de DNA Antiparalelas DNA Açúcar, Grupo fosfato e Bases nitrogenadas Anéis aromáticos das bases nitrogenadas (hidrofóbicos) Bases pareadas entre as duas fitas DUPLA-HÉLICE DO DNA PROPOSTA POR WATSON E CRICK A) Modelo simplificado B) Modelo molecular mostrando as cavidades A B CM Cm Cm Cm CM Tipos de DNA mais comuns encontradas em condições fisiológicas. CM= cavidade maior; Cm= cavidade menor. Características das diferentes formas de hélice dupla de DNA Forma A Forma B Forma Z Sentido helicoidal Giro para a direita Giro para a direita Giro para a esquerda Diâmetro ~2,6 nm ~2,0 nm ~1,8 nm Pares de base por giro da hélice (n) 11 10 12 (6 dímeros) Giro helicoidal por pb (=360/n) 33° 36° 60°(por dímero) Subida da hélice por pb (h) 0,26 nm 0,34 nm 0,37 nmSubida da hélice por pb (h) 0,26 nm 0,34 nm 0,37 nm Espaçamento na hélice (=nh) 2,8 nm 3,4 nm 4,5 nm Inclinação da base em relação ao eixo da hélice 20° 6° 7° Sulco maior Estreito/profundo Largo/profundo Achatado Sulco menor Largo/raso Estreito/profundo Estreito/profundo Ligação glicosídica anti anti anti (pir) sin (pur) CONSEQÜÊNCIAS DA DUPLA HÉLICE 1. Molécula pode ser duplicada ou replicada (especificidade entre as bases) 2. Seqüência de pares de nucleotídeos dita a seqüência de aminoácidos na proteína 3. Os ácidos nucléicos hibridizam por pareamento de bases PROPRIEDADES DO DNA Propriedade crucial: capacidade da dupla hélice separar em duas fitas simples sem romper as ligações covalentes A dupla hélice de DNA pode ser desnaturada reversivelmente: Agentes desnaturantes: Aquecimento Extremos de pH Desnaturação e Renaturação da fita dupla de DNA Fusão ( melting) Reanelamento Fundamentais para os processos de:Fundamentais para os processos de: REPLICAÇÃO TRANSCRIÇÃO RECOMBINAÇÂO Tm= Temperatura de fusão(melting) Tm é uma função do conteúdo de G + C da amostra de DNA, varia de 80°C a 100°C. 40% de GC (mamíferos): DNA desnatura com uma Tm em torno de 87°C. Cada molécula de DNA Apresenta uma Tm diferente Rompimento de pares de bases: GC ( três pontes de hidrogênio) são necessárias temperaturas mais elevadas, pH mais altos ou maiores concentrações de agentes desnaturantes do que para a separação de um par AT (duas pontes de hidrogênio). Quanto maior a porcentagem de CG, maior será a temperatura necessária para a desnaturação, > valor daTm Relação entre a composição de bases e a Tm RENATURAÇÃO DO DNA a) Resfriamento Temperatura 25°C abaixo da Tm lentamente Resfriamento abrupto fitas de DNA colapsam b) Sedimentação por centrifugação c)Tratamento com enzimas específicas para fita simples (nuclease S1)c)Tratamento com enzimas específicas para fita simples (nuclease S1) UTILIZAÇÃO: Caracterização de genomas Identificação de sequências de interesse Hibridização Replicação Transcrição Ácido Desoxirribonucleico DOGMA CENTRAL DA BIOLOGIA Transcrição Tradução Proteína Ácido Ribonucleico Replicação do DNA Replicação do DNA: Processo que precede a divisão celular e através do qual são geradas cópias idênticas das moléculas de DNA presentes na célula-mãe, a seguir herdadas pelas duas células-filhas Divisão celular (fase S da intérfase) Duplicaçao dos cromossomos Separaçao dos cromossomos Divisao celular A replicação semi-conserva- tiva foi provada em experimentos nos quais o DNA de Eschericchia coli foi inicial- mente marcado com 15N, mais pesado.Nas gerações gerações sucessoras, cultivadas sem 15N, formaram-se DNAs híbridos, que não se formariam se a replicação não fosse semi- conservativaMeselson e Sthal, 1958 Replicação envolve várias atividades enzimáticas nas seguintes fases: • Iniciação : reconhecimento de uma origem por um complexo protéico. Nas Forquilhas de replicação •Alongamento ou extensão: replissomo )outro complexo protéico.. • Terminação: reações de junção e/ou terminação. Síntese de nova fita: DNAs polimerases Envolvidas em reparo (DNA polimeraseI e II), Envolvida na replicação : DNA polimerase III Estendem a fita pela adição de um nucleotídeo por vez a uma rxtremidade 3’-OH DNA é sintetizado por DNA polimerases • DNA polimerase I foi isolada a partir de E.coli em 1955 por A. Kornberg • As DNA polimerases necessitam sempre de um DNA molde e de uma seqüência iniciadora (Primer). • O substrato da síntese é o desoxiribonucleosídeo 5´-trifosfato.• O substrato da síntese é o desoxiribonucleosídeo 5´-trifosfato. • A síntese de DNA ocorre pela adição de nucleotídeos a extremidade 3´OH da cadeia em crescimento. •Sentido da síntese sempre é 5’ → 3’. Forquilha de Replicação: Região do DNA onde ocorre a transição do DNA mãe fita dupla, para as novas fitas filhas duplas Fragmentos de Okasaki: Bactéria: 1.000 a 2.000 pb Eucariotos: 150 a 200 pb Todas as DNA polimerases conhecidas são capazes de estender fitas de DNA apenas na direção 5'→ 3' Como, então, se dá a síntese na direção 3'→ 5' da forquilha de replicação? Todas as DNA polimerases conhecidas são capazes de estender fitas de DNA apenas na direção 5'→ 3' Como, então, se dá a síntese na direção 3'→ 5' da forquilha de replicação? O que ocorre é uma replicação descontínua numa direção e contínua na outra; os fragmentos (de Okasaki) são unidos mais tarde por uma ligase Todas as DNA polimerasesprecisam de um grupo 3'-OH para estender a cadeia de DNA Como, então, se inicia a síntese de DNA? Uma enzima Uma enzima chamada primase sintetiza um PRIMER de RNA tanto na fita lider como nos fragmentos de Okasaki Elongação da cadeia Atividade revisora (atividade exonuclease 3’ → 5’) garante a fidelidade da replicação Replicon: Unidade do DNA onde está ocorrendo um evento de replicação • Origem + Término • Ativados apenas uma única vez em cada ciclo celular • O genoma de uma célula procariótica possui um único replicon • Cada cromossomo eucariótico possui vários replicons e• Cada cromossomo eucariótico possui vários replicons e todos são ativados uma única vez no ciclo celular ainda que não simultaneamente O genoma bacteriano circular possui um único replicon • A velocidade da forquilha de replicação bacteriana é 50.000 pb/min • Uma única origem de replicação em E.coli (OriC, 245 pb) • Bidirecional O genoma eucariótico possui vários replicons • A velocidade da forquilha de replicação eucariótica é 2.000 pb/min • Os replicons eucarióticos tem 40-100 kb e são iniciados em tempos diferentes • Fase S do ciclo celular demora ~ 6hrs em uma célula somática Replicação: Síntese Replicação em E. coli Iniciação - 1º estágio da replicação em E.coli Estrutura da origem de replicação bacteriana oriC • A origem de replicação OriC é extremamente conservada. • sequências repetidas com 9 e 13 bases, ricas em A-T são reconhecidas por > 9 enzimas diferentes.. Proteínas presentes na origem de Replicação de E.coli DNA A : Reconhece a origem oriC e abre a dupla fita em sítios específicos DNA B (helicase) : Desenrola o DNA DNA C : Auxilia a ligação de DNAB na origem HU : Proteína do tipo histona que estimula a iniciação Primase (DNAG): Sintetiza os iniciadores de RNAPrimase (DNAG): Sintetiza os iniciadores de RNA Single strand binding (SSB): Liga a fita simples de DNA RNA polimerase: Facilita a ação da DNAA DNA girase: (topoisomerase): Alivia a tensão torsional gerada pela abertura da dupla-fita Dam Metilase: Metila as sequências GATC na OriC Elongação - 2º estágio da replicação Aplicações na PCR: •Sentido da síntese 5’ 3’ da cadeia •Capacidade do DNA de desnaturar e renaturar•Capacidade do DNA de desnaturar e renaturar •Temperatura de melting •Necessidade de iniciadores (primer) •Propriedades das DNAs polimerases
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