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Princípios TGP

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Princípios: 
Do livre convencimento: esse princípio é chamado assim a partir do ponto de vista do juiz e também pode ser chamado de princípio da persuasão racional do juiz do ponto de vista das partes. Este estabelece que o juiz é livre para formar sua decisão a partir do que consta nos autos. O que não consta nos autos não pertence ao mundo do juiz, exceto quando o fato é público e notório, e por não precisar de prova, a lei permite que o juiz leve em consideração este fato mesmo sem estar nos autos. Esse princípio é o intermediário entre o princípio do julgamento segundo a consciência, que estabelece discricionariedade na formação da decisão do juiz e entre o princípio do sistema da prova legal, onde o juiz forma sua opinião mediante critérios objetivos e pré-estabelecidos em lei. Assim, o autor apresenta sua tese. O réu sua antítese. E o juiz a sua síntese. 
Da Oralidade: estabelece que todos os atos processuais devem ser praticados verbalmente, oralmente. Importante estabelecer que a forma que eles são praticados pode divergir da forma em que eles são documentados. As vantagens de ser praticados oralmente é a celeridade no processo, a imediação e a concentração dos atos. 
Da publicidade: para garantir às partes da imparcialidade do juiz, os atos processuais devem ser de caráter publico e de acesso irrestrito para todo e qualquer cidadão, permitindo, assim, o controle popular. Entretanto, a lei pode estabelecer ou autorizar o juiz que limite o acesso – publicidade restrita – quando se trata de situações de repercussões significativas ou que lidam com a intimidade ou imagem das partes. Assim, com a publicidade restrita o processo tramita em segredo de justiça. 
Da motivação: esse princípio complementa de certa forma o princípio do livre convencimento e estabelece que a decisão judicial deve ser fundamentada. Por isso, esse princípio também é conhecido como princípio da fundamentação. Isto acontece por uma questão de controle popular para conhecer e analisar a prestação jurisdicional estatal e para que as partes possam conhecer as razões da decisão. 
Da ação: conhecido também como princípio da demanda e determina que se alguém quiser ou for obrigado a buscar prestação jurisdicional, este alguém deve provocar a jurisdição, o juiz estatal, pois a jurisdição é inerte para garantir a imparcialidade do juiz. Assim, o juiz não atua de ofício, ele tem que ser provocado. 
Da adstrição: derivado do princípio da ação, esse princípio estabelece que o juiz só pode atuar dentro dos limites do pedido, da provocação. Não pode dar mais que o pedido – sentença ultra petita – ou coisa diversa – sentença extra petita. 
Da instrumentalidade das formas: é uma exceção ao princípio da relevância das formas e estabelece que se um ato processual for praticado em desconformidade com a lei, porém atingir sua finalidade e não causar prejuízos, esse ato deve ser aproveitado. É um nulo que pratica efeitos. Pois, apesar de a lei ser imperativa, o ato é instrumental à uma finalidade e se ele alcançou esta de forma diversa, mas sem causar prejuízos, ele deve ser aproveitado. 
Da lealdade processual: estabelece que todas as partes envolvidas no processo devem atuar de forma ética para buscar a verdade e com celeridade. Exige, então, probidade para todos que atuam no processo, como o MP, as testemunhas, o delegado... Esse princípio é tão importante que o ordenamento estabeleceu alguns crimes para quem não atuar de forma ética, como o falso testemunho. 
Duplo grau de jurisdição: estabelece a existência de duas instâncias para um processo para garantir a revisão da causa. Assim, as partes podem levar o processo para 2ª instância para tentar modificar a decisão de forma total ou parcial. Há pontos negativos: 1) procrastinação – o processo perdura ao longo do tempo, 2) não se pode dizer apleuristicamente que a decisão do 2º grau vai ser melhor, mais justa ou correta, 3)quando o 2º grau modifica a decisão, isso afeta a credibilidade do judiciário. Há pontos positivos: 1) o 2º grau é composto, geralmente, por um colegiado e um grupo de pessoas é mais propenso a acertar que uma só pessoa; 2) O 2º grau é composto normalmente por juízes mais experientes; 3) o 2º grau atua para uniformização da lei, o que garante uma eficácia maior ao ordenamento. 
Do impulso oficial: estabelece que cabe ao juiz dar andamento ao processo, fase por fase, até o seu desfecho. 
Dispositivo: estabelece que a iniciativa das provas e alegações cabe as partes e não ao juiz. 
Livre investigação das provas: estabelece que o juiz tem que plena liberdade para investigar as provas, pois ele tem que o dever de zelar pela busca da verdade e da celeridade. 
Economia processual: deve se buscar o máximo de resultados com o mínimo de esforço e dispêndio econômico. 
Da disponibilidade e da indisponibilidade: o da disponibilidade estabelece a liberdade de entrar ou não com a demanda em juízo. Caso decida entrar, deve-se provocar o juiz (princípio da ação ou demanda). Da indisponibilidade, é a obrigatoriedade de entrar com a demanda em juízo. Não há liberdade. Ex: ação publica incondicionada – o MP é obrigado a entrar em juízo com a demanda. 
Da imparcialidade do juiz: o terceiro julgador deve ser imparcial, isto é, ele não deve possuir pré-disposição para favorecer nenhuma das partes e sua esfera pessoal não deve ser afetada. Isto quer dizer que o juiz é equidistante das partes. E isto não quer dizer que o juiz não vai favorecer ninguém, porque ele vai quando proferir sua decisão, que não pode haver é a pré-disposição. 
Do juiz natural: princípio para proteger os cidadãos do tribunal/juízo de exceção. Este tribunal é criado diante da ocorrência de um fato para julgar o caso específico e a pessoa determinada, o que é muito problemático, pois o tribunal já nasce com uma posição pré-estabelecida. Possui três elementos: imparcialidade (e para ser imparcial, o juiz precisa ser independente), competência (que neste caso quer dizer legitimidade, ou seja, ser legítimo para julgar o caso em concreto) e investidura (que é atribuição oficial de qualidade de juiz segundo normas pré-estabelecidas). Assim, esse princípio busca evitar a existência desse tribunal com a garantia de um juiz imparcial e independente, competente para julgar o caso concreto e investido na qualidade de juiz, segundo normas pré-estabelecidas. 
Da igualdade das partes: é basicamente o princípio da isonomia concernente as relações processuais e determina que ambas as partes devem ter as mesmas oportunidades e os mesmos instrumentos no processo. Importante ressaltar que essa igualdade deve ser substancial/material e não meramente formal o que significa que deve tratar os desiguais de forma desigual. Pois caso não, há risco dessa igualdade ser injusta. Ex.: custa no processo -> se não houver a possibilidade de certas pessoas não pagarem, essas certas pessoas não terão acesso a justiça. 
Do contraditório e da ampla defesa: são princípios distintos, mas normalmente são tratados juntos. O contraditório diz respeito tanto a vítima quanto ao réu e estabelece que deve ser promover o pleno desenvolvimento das posições contrapostas no conflito, pois a bipolaridade é a natureza do conflito. Para isso, deve ser seguido dois critérios -> a ciência (ambas as partes devem ter ciência de todos os atos e fatos do processo) e a reação (a possibilidade de reagir a esses atos e fatos). Importante ressaltar que o princípio da contradição não diz respeito a reação efetiva e sim a possibilidade de reagir, sendo satisfeito a partir do momento que essas possibilidades surgem, mesmo que as partes não usem. O da ampla defesa diz respeito somente ao réu, pois só ele se defende, e garante todos os meios e recursos para a sua reação frente à postulação do autor – amplitude de defesa. E é obvio que quando o réu está exercendo sua defesa, ele está exercendo o contraditório.

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