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UFBA – UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
ESCOLA POLITÉCNICA
PPEC – PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL (MESTRADO)
DISCIPLINA – REDES E TERRITÓRIO
DOCENTE – JUAN MORENO
ALUNO ESPECIAL – LINIKER BARBOSA
CARÁTER TERRITORIAL URBANO DAS REDES
SANTANA, M. R. C. Caráter Territorial Urbano das Redes. Revista de Rede de Ensino FTC. Diálogos & Ciência. Ano V, n. 11, 2007.
O texto está respaldado em uma análise acerca do papel das redes técnicas no que se refere a formação territorial e espaço urbano. Para o autor, as redes não podem ser analisada pontualmente, uma vez que depende de um espaço geográfico para que esta ocorra. Desta maneira, o mesmo coloca o território como um elemento base na construção de um espaço geográfico. 
Santana enfoca sua analise a partir de pontos diferentes quanto a conceituação do território, desde a ideia da de limitação de fronteiras, à aspectos biológicos, onde existe uma determinada dominação de certa espécie dentro de um espaço. O fator cultural e indenitário também é visto como preponderante nessa análise. 
Com base nessas relações, Haesbarert delimita o território Sob a ótica política, onde é nítido a relação espaço-poder; cultural, onde há a priorização da simbologia e subjetividade para tal delimitação e, econômica, cuja ideia das relações econômicas, bem como as divisões por classes sociais são determinantes para a determinação de um território. 
Levando em consideração o ponto de vista do Haesbarert, Santana considera o território como dimensões passíveis de delimitação respaldado na materialidade, que considera como três dimensões e imaterialidade, a quarta dimensão. O mesmo reforça a ideia de que é necessário que haja interação entre essas dimensões, pois é nesse sentido que o território se torna um misto de dominação, apropriação e controle.
Existe uma diversificação no controle de um território, para alguns casos efetivos, em outros praticamente inerte. Esse controle está condicionado a elementos variados o que fomenta a construção e caracterização das redes. 
As redes informacionais corroboram com a reafirmação da territorialidade, uma vez que aumenta as possibilidades de uso. Sendo assim, é possível entender que o espaço material é a base para as redes por mais que ela transcenda territórios. 
Os territórios tendem a desenvolver um cenário passível de dominação. Os elementos estruturados em um dado território estão condicionados às redes que, a depender da localização e do tempo, podem se tornar ativas ou não por agentes dominadores.
A distribuição territorial também deve ser compreendida a partir dos fluxos gerados pelo mesmo, pois só assim o controle será exercido como elementos de ligação e conexões. Esses fluxos são fundamentais para a definição territorial e circulação de informações que contribuem para a manutenção das relações entre os indivíduos e instituições sociais. 
As redes são capazes de conectar e ligar pontos onde existe descontinuidade contribuindo para a união entre territórios. A combinação entre elementos que fazem parte do território formam uma rede inclusiva com dimensão temporal-móvel ou espacial abstrata. 
Algumas considerações são levantadas quanto a territorialização e desterritorialização. O autor pondera que as redes podem ser entendidas como parcialmente territorializadas e não totalmente, uma vez que as redes técnicas, dentro de seus componentes materiais tendem a tornar-se menos evidentes quando observadas fora de um território.
O histórico das redes são essenciais para diferenciação dos territórios através de sua propagação. A inserção das redes dentro de um contexto histórico apontam para as exterioridades diferenciadas que possibilitam tais diferenciações que se rebatem no território. 
A mobilidade entre os indivíduos em uma rede está sujeita às desigualdades no acesso. Isso se reflete na velocidade e no tipo de deslocamento, o que não exclui o acesso a recursos. Essa velocidade depende de instrumentos técnicos que torna o deslocamento mais efetivo. Esses instrumentos estão voltados para grupos privilegiados que mantém o controle e amplia de acordo com as necessidades destes grupos. 
A sociedade capitalista é aquela que detém o controle sobre as fluxos das redes, permissões e restrições instituídas por nós, por códigos ou senhas. Aqueles que conseguem ter acesso às redes podem transformar o meio e o comportamento dos indivíduos.
De acordo com Dupuy, as redes e territórios deveriam levar em consideração o próprio indivíduo para que os serviços necessários para a vida urbana tenham certa lógica e proporcione mais versatilidade territorial. 
Ao considerar cada indivíduo como um território-rede, haveria então milhares de territórios-redes, milhares de desejos individualizados, tornando inviável esta concepção. Enquanto a ideia de individualidade sobressair a ideia de território-rede individualizada as possibilidades de se tornar insustentável.

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