Buscar

FITOGEOGRAFIA Amazonia

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Fitogeografia – Eng. Florestal
Floresta Amazônica
Prof. Dr. Mauricio Romero Gorenstein
Objetivo da Aula de hoje
Apresentar a fitogeografia do Bioma Amazônia
Bibliografia: 
p. 360 a 371 - Tratado de Fitogeografia do Brasil, Rizzini - Florestas Pluviais, Floresta Amazônica.
Manual Técnico da Vegetação Brasileira, 2ª ed. IBGE. 2012.
Dispersão Florística Regional - Pg. 55-57 
Sistema Fisionômico-Ecológico - Pg. 65-80
Floresta Ombrófila Densa, Floresta Ombrófila Aberta, Floresta Estacional Sempre Verde, Campinarana.
Amazônia é importante?
Maior reserva hídrica da biosfera (Rio Amazonas 6,85 mil km, 5 a 10 km de largura e 40 a 70 m de profundidade. Vazão 10 x o rio Mississipi);
Amazônia Internacional (6,7 milhões de km2 9 países: Colômbia, Venezuela, Peru, Equador, Bolívia, Guiana Francesa, Guiana, Suriname). Brasil ocupa 5,0 milhões km2 de em 9 estados);
Influencia regime climático global e brasileiro;
Biodiversidade animal e vegetal (2.500 spp. arbóreas, 30 mil spp. de plantas em 100 mil no neotrópico);
Maior reserva de floresta tropical do mundo;
Reservas minerais (Ferro, Alumínio, Ouro, Urânio, Plutônio – R$ 4,3 trilhões)
Pressão do desmatamento para áreas de soja e pastagem
Solo pobre, ácido. “Sem a floresta se vai o solo, sem o solo não há floresta”
Ararajuba EN
Onça-pintada
Galo-da-serra
Uacari VU
Sauim-de-coleira CR
harpia
Cuica-de-colete CR
Anta VU
Uirapuru
Boto-cor-de-rosa VU
Pirarucu
Tucunaré
Peixe-boi VU
Tracajá
Tucunaré
Jacaré-açu
Surucucu
Rã Kambô
Rã-dardo-azul
FLORESTA OMBRÓFILA DENSA
FLORESTA OMBRÓFILA DENSA – nome dado a formações onde não há déficit hídrico (de 0 a 4 meses secos < 60 mm de chuva). A pluviosidade é elevada (geralmente maior que 2.000 mm). Ombrófila (amiga da chuva)
Outra denominação encontrada na literatura – Floresta Pluvial (chuva do latim) 
Temperatura também elevada 25oC (sem ocorrência de geada)
Sugerido por Ellemberg & Müller-Dombois (1965/66).
Separação de floresta Ombrófila Densa (maior número de árvores: 2.000 por hectare)
Separação de floresta Ombrófila Aberta (menor número de árvores: 500 a 1.000 por hectare)
Separação em duas regiões no Brasil
AMAZÔNIA
MATA ATLÂNTICA 	 
FLORESTA OMBRÓFILA DENSA
FLORESTA OMBRÓFILA DENSA – nome dado a formações onde não há déficit hídrico (de 0 a 4 meses secos < 60 mm de chuva). A pluviosidade é elevada (geralmente maior que 2.000 mm). Ombrófila (amiga da chuva)
Outra denominação encontrada na literatura – Floresta Pluvial (chuva do latim) 
Temperatura também elevada 25oC (sem ocorrência de geada)
Sugerido por Ellemberg & Müller-Dombois (1965/66).
Separação de floresta Ombrófila Densa (maior número de árvores: 2.000 por hectare)
Separação de floresta Ombrófila Aberta (maior número de árvores: 500 a 1.000 por hectare)
Separação em duas regiões no Brasil
AMAZÔNIA
MATA ATLÂNTICA
FLORESTA OMBRÓFILA DENSA ?
Floresta Amazônica
Floresta latifoliada (do latim, lati = "largo"), formas de vida com folhas largas. 
Clima equatorial, tipicamente quente e superúmido, Hiléia. 
Solos intemperizados e ácidos
Grande diversidade de espécies animais e vegetais, Interações flora e fauna, estratificação vertical.
Regime hídrico define três diferentes tipologias florestais: igapó, várzea e terra firme. 
Amazônia Ocidental
Amazônia Oriental
Mata de Igapó
Inundação permanente. A mata é pantanosa. Ocorre principalmente no baixo Amazonas (a leste do rio Negro) e são encontrados tanto na terra firme (margens pantanosas de riachos), ou dentro das várzeas (são sustentadas pelas inundações). 
Fisionomia de mata baixa e pobre em espécies devido a seletividade, árvores afastadas. Reúne espécies de lianas, epífitas numerosas (musgos, hepáticas, orquídeas, aráceas, piperáceas, bromeliáceas, gesneriáceas e pteridófitas), parasitas e vitória-régia (Alta umidade do ambiente).
Espécies arbóreas típicas: Calophyllum brasiliense (jacareúba), Caraipa grandiflora (Meliaceae), Tapirira guianensis, Virola surinamensis. 
As plantas jovens suportam submersão por períodos longos (até 7 meses), resistência a carência de oxigênio e luz.
Mata de Várzea
A mata de várzea é própria das regiões que são periodicamente inundadas, denominadas terraços fluviais (época de chuvas – fim ao meio do ano). Intermediárias entre os igapós e a terra firme, as espécies da mata de várzea têm formações variadas, como seringueira, palmeiras, jatobá e maçaranduba. A altura dessas espécies aumenta à medida que se distanciam dos rios. 
Existem várzeas dos rios de água branca ou barrenta (mais ricas em sedimentos). Ex: rios Amazonas e Madeira. São mais férteis e com flora distinta das várzeas dos rios de água preta ou limpa (ex: rio Negro), com menos sedimentos e areias lavadas.
As matas de várzea são entrecortadas por pequenos riachos chamados de igarapés.
No Baixo Amazonas as matas de várzeas são mais abertas com submata relativamente pobres, com campos dominados por altas gramíneas aquáticas chamadas canaranas. No Alto Amazonas (do rio Negro aos Andes), as várzeas são mais viçosas e ricas.
Nas áreas de sedimentação antiga e intensa, forma-se a várzea alta, com árvores enormes, parecida com a mata de terra firme. 
Mata de Várzea
Espécies típicas: sumaúma, pau-mulato, Cedro (Cedrela odorata), maparajuba Manilkara bidentata (sapotaceae), seringueira (Hevea brasiliensis), etc.
Diferenciam-se três estratos verticais: (até 10 m - inferior rico em arbustos, lianas, palmeiras e epífitas. Superior de 20-30m, porém mais comum de 10-20m, raramente chegando a 30m, e as vezes emergentes maiores que 30m.) 
Há forte unidade florística nessas formações desde o Pará até o Peru. Falta de vochysiáceas nas várzeas do Baixo Amazonas e alta presença nas várzeas do Alto Amazonas. Qualea spp., Erisma spp.
Sumaúma com sapopema
Ceiba pentandra - Malvaceae
Canarana -Hymenachne amplexicaulis
Mata de Terra firme
As matas de terra firme correspondem à parte mais elevada do relevo. Com solo seco, livre de inundação, as árvores podem chegar a 60 m de altura. O entrelaçamento de suas copas, em algumas regiões, impede quase totalmente a passagem de luz, o que torna seu interior muito úmido, escuro e pouco ventilado. Em terra firme encontram-se espécies como a castanheira (Bertholletia excelsa - Lecythidaceae), o caucho (látex) Castilloa ulei seringueira de terra firme
e o guaraná. 
É uma floresta de grande porte, localizada em planaltos pouco elevados (60 – 200m). O substrato é areia mais ou menos argilosa, em alguns pontos argiloso (diabásico) e fértil. Cobre quase toda a Bacia Amazônica, no seu interior encontram-se as várzeas, iguapós, campos.
Divide-se em quatro estratos. O mais alto alcança 30-40m, as emergentes chegam 60m, sendo mais comum 40-50m. Um estrato mais baixo de de 5 a 20m e um mais baixo ainda de 2 a 5m (arbóreo-arbustivo), que forma a submata, dominam as mirtáceas, melastomatáceas e rubiáceas). O chão florestal é formado por herbáceas e plantas jovens.
As palmeiras (babaçu, açai, etc) são componentes comuns das submatas. Adensam-se em certos pontos (riachos). 
Mata de Terra firme
As matas de terra firme em geral são limpas e de fácil trânsito. Os cipós e trepadeiras não chegam a entrelaçar o espaço interior. Em maior umidade as herbáceas são mais abundantes, porém menos numerosas em mata muito fechada.
Matas muito ricas em espécies e com florística diferente das matas de várzea, apesar de espécies em comum. Castanha-do-pará é típica desta formação, sobretudo no norte do Baixo Amazonas.
Há dominância moderada de espécies, com 5-7 mais comuns e mais abundantes chegando a quase metade do número de árvores, com 8-15 arv./ha. Muitas espécies com um único indivíduo por há.
Quanto ao porte a maioria com menores diâmetros e grandes alturas devido a competição. Algumas chegam a 100 cm de diâmetro, com poucas chegando até a 3,5 m (sumaúma,
castanheira, angelim-pedra Hymenolobium petraeum - Fabaceae). 
Diagrama climático de Walter
Uma das melhores formas de representação do clima p/ estudos de vegetação
Mapa de climas - Brasil
Floresta Amazônica
Euterpe oleraceae (açai) – mata de várzea
Ceiba pentandra (sumaúma) – mata de várzea
Aniba roseodora (pau-rosa) – terra firme
Swietenia macrophylla (mogno) – terra firme
Hevea brasiliensis (seringueira) – mata de várzea
Carapa guianensis (andiroba)-mata de várzea
Bertholletia excelsa 
(castanha-do-Pará) 
terra firme
Estratos verticais da floresta
Sul da Bacia Amazônica, inúmeros agrupamentos disjuntos nas partes norte e leste da Hiléia. Árvores dão lugar a plantas de outras formas de vida.
Três fácies dominadas por gêneros típicos, áreas menos úmidas
“floresta-de-palmeiras” Attalea speciosa Mart. ex Spreng. (babaçu) e Attalea maripa (Aubl.) Mart (inajá), 
“floresta-de-bambu” Guadua superba (taquara)
“floresta-de-sororoca” Phenakospermum guianensis gregário, pequenas disjunções por toda Amazônia, 
sul do Estado do Pará, “mata-de-cipó”, existindo também nas encostas de relevo dissecado ocorrentes na Amazônia, “floresta- com-cipó”. Lianas lenhosas, gêneros de Fabaceae e Bignoniaceae, 
Floresta Ombrófila Aberta
Ducke (1938) e Sampaio (1942), Rodrigues (1961)
Sinônimo de Campina (falso campo). 
Único na fitogeografia mundial 
Ocorre predominantemente em áreas fronteiriças da Colômbia e Venezuela, Rios Negro e Branco, e disjunções por toda a Amazônia
Solo Espodossolo. Áreas planas e alagadas
Fisionomia bastante variada, desde formações campestres até florestais, com árvores finas. 
Campinarana 
Área core - extenso Planalto dos Parecis, sedimentos cretácicos e terciário-quaternários, 
Disjunta, até as Depressões dos Rios Paraguai, Guaporé e Araguaia, sobre terrenos sedimentares quaternários 
Apresenta uma baixa riqueza de espécies comparada às florestas do entorno, sejam as Ombrófilas (Densa e Aberta) ao norte ou a Estacional Semidecidual ao sul.
Espécies adaptadas a buscar água no solo para não perder as folhas na época mais seca.
Floresta Estacional Sempre-Verde

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando