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Introdução
O presente artigo propõe analisar a economia do café na primeira república, e os efeitos da crise de 1929 sobre a economia nacional. Após a instauração da República e da estabilização do poder, o Brasil vive os anos de prosperidade proporcionados pelo auge das exportações do café. A alta demanda do produto nos mercados internacionais e a elevação dos preços propiciaram a estabilização da balança comercial e um grande aumento na economia. Esses acontecimentos permitiram o Brasil assumir o posto de principal produtor/exportador do grão que colocaria o país nos trilhos do desenvolvimento e da modernidade.
O Brasil, do período republicano, se caracterizava por ser um país de base econômica predominantemente agrícola e por ter suas atividades econômicas voltadas para o mercado agroexportador. Porém, a intensa competividade das áreas produtoras internacionais dos produtos que também eram produzidos no país (cana-de-açúcar, algodão, fumo, borracha, cacau, etc.), aliada a técnicas rudimentares de produção, contribuíram para a precariedade dos negócios e para um intenso declínio da balança econômica.
Nesse cenário, o café que já estava consolidado na região sudeste, e despontava como importante produto exportador obteve uma grande ascensão nos outros estados brasileiros. Em 1906, o café garantiu a solidez de suas bases após a assinatura do Tratado de Taubaté, (uma série de medidas que objetivavam garantir preços mínimos em moeda nacional para o café estocado.) dominando assim a economia nacional. Ressalta-se, que o respectivo crescimento e expansão das áreas produtoras derivam da grande demanda do produto nos mercados internacionais e das politicas de incentivo para a produção.
Nesse processo de expansão, o café possibilitou o desenvolvimento, fez surgir cidades e dinamizou importantes centros urbanos por todo o interior do estado de São Paulo, sul de Minas Gerais e norte do Paraná. Ferrovias foram construídas para permitir o escoamento da produção, substituindo o transporte animal e impulsionando o comércio inter-regional de outras importantes mercadorias. O café trouxe grandes contingentes de imigrantes, consolidou a expansão da classe média, a diversificação de investimentos e até mesmo intensificou movimentos culturais.
Nesse contexto, o país atravessou anos prósperos e de grandes avanços em diversos setores e também na sua economia. Porém a quebra da bolsa de valores de Nova York em outubro de 1929 desacelerou o progresso econômico trazido pela cafeicultura e fizera com que o país sofresse as duras penas de ser dependente de apenas um produto para a estabilidade de sua economia.
Dessa maneira, o presente artigo propõe analisar a economia do café na Primeira República e os impactos da crise de 1929 sobre a economia nacional, buscando assim compreender como o café impactou economicamente o período.
A metodologia aplicada nesse artigo consiste em revisões bibliográficas que estimulem as reflexões e a compreensão das transformações recorrentes desse período.
2- Contexto político-econômico brasileiro nas primeiras décadas republicanas.
A transposição do século XIX para o século XX não fica marcada apenas por uma mudança secular, as transformações em meados do século XIX possibilitaram a construção de uma rica história econômica e politica do nosso país. Dentre as transformações ocorridas podemos aqui salientar o crescimento das exportações que contribuíram para uma progressiva expansão das lavouras de café e de produtos agroexportadores, que consequentemente exigiram uma constante leva de imigrantes (uma vez que o modelo escravagista havia sido abolido), o continuo crescimento das cidades e um maior investimentos nos meios de transportes (tanto para deslocamento entre estados, como também, para escoação dos bens produzidos). É necessário saber que o Brasil deste período é caracterizado por manter o processo de industrialização ainda bem desestimulado e apoiar sua balança comercial nos modelos de economia predominantemente agrícola-rural, baseada e sustentada pelas exportações.		 						Porém as transformações não tange só o campo econômico e social, no campo politico a instauração da república em 15 de novembro de 1889 marcaria profundamente os cenários da nova desenvoltura politica do país, a partir deste momento o Brasil, assume uma republica democrática e deixa de lado o regime monárquico, a partir deste momento o país passa a ser governado por um militar (NEVES, 2010). O que se pode notar e que após a instauração da República, e que o poder de decisões do Estado, poderia ser concretizado sem a interferência do governo monárquico, isso possibilitou uma hegemonia nas decisões e uma situação favorável para a difusão do novo modelo de governo que se consolidou, no entanto se por hora não havia interferência do rei, havia consolidado ao poder um inúmero contingente de interesses que pressionavam o governo para realização de suas feitorias. De acordo com Furtado(2005, p,118): 
 Desde cedo eles compreenderam a enorme importância que podia ter o governo como instrumento de ação econômica. Essa tendência à subordinação do instrumento político aos interesses de um grupo econômico alcançará sua plenitude com a conquista da autonomia estadual, ao proclamar-se a República. O governo central estava submetido a interesses demasiadamente heterogêneos para responder com a necessária prontidão e eficiência aos chamados dos interesses locais. A descentralização do poder permitirá uma integração ainda mais completa dos grupos que dirigiam a empresa cafeeira com a maquinaria político-administrativa. 
Fica marcado nos anos iniciais da republica um governo regido por um constante jogo de interesses, grandes oligarquias e predominância das desigualdades sociais e econômicas de outras épocas. 					Por não ter uma economia de base e um processo solido de industrialização o panorama econômico mantem-se em total dependência do modelo agroexportador, a agricultura por sua vez segue castigada pelos modelos de produção arcaicos e sem grandes inovações. Os grandes produtos de interesses internacionais apresentam em constante declínio. O açúcar grande propulsor do Brasil no inicio do século XIX enfrentava disparada concorrência dos mercados internacionais que dispunham de técnicas inovadoras que sobrepunham à oferta brasileira, a situação do algodão não se encontrava muito diferente que a do açúcar, no processo de expansão norte-americano inicia-se também um grande investimento na produção do produto causando excesso de oferta e derrubando o valor no mercado mundial, outros produtos que ajudaram na balança comercial e mantinham certo papel de destaque também encontraram dificuldades e concorrência pelas ampliações e transformações nas áreas de cultivo de outros países produtores, de acordo com Furtado (2001, p.113):
O fumo, os couros, o arroz e o cacau eram produtos menores, [...], no mercado dos couros pesava cada vez mais a produção do rio da Prata, e no arroz, a norte-americana que passava por fundamentais transformações nos métodos de cultivo. O fumo perdera o mercado africano, com a eliminação do tráfico de escravos sendo necessário orientar o produto para outras regiões. Finalmente o cacau, cujo uso apenas começava a vulgarizar-se constituía tão somente uma esperança. 
 A saída para superar esta etapa de estagnação seria remanejar o sistema de comércio internacional e alinha-lo com a economia de novos produtos para o mercador exportador. Dessa forma os investimentos se concentravam de forma extensiva em produtos que eram cada vez mais exigidos nos mercados internacionais, o sucesso dessa transposição pode ser notado nos iniciais do nascimento da república. para Prado (2000, p.207):
 Para isto concorrem ao mesmo tempo, estimulando-se reciprocamente, fatores externose internos. Entre aqueles encontramos o grande incremento adquirido pelo comércio internacional; era o fruto considerável desenvolvimento da população norte-americana em particular da ascensão do seu nível de vida, a industrialização, e finalmente do aperfeiçoamento técnico, tanto material - os sistemas de transportes - da organização do trafico mercantil e financeiro. 
De maneira discreta o que se pode notar em que há uma concentração de capital em indústrias de matérias-primas e produtos de bens de consumo e uma forte investida econômica em produtos subtropicais de exportação Prado (2005.p, 207). Nesse processo consolidam-se de maneira efetiva diversos produtos relativamente novos para o cenário econômico, que é o caso do café. Introduzido no Brasil no inicio do século XVII, o café se expandiu rapidamente por quase todo território, se fixando com maior solidez nos estados da região sudeste e sul, no inicio do século XIX quando o café ganha fama e status de bebida nobre, se multiplicam as lavouras e o investimento no produto que passa a ser chamado de ouro-verde. Diversos fatores servem para explicar o dinamismo do sucesso da produção e do cultivo do café no solo Brasileiro, grande parte disso se deve as características subtropicais que oferecem o nosso país, ou seja, clima quente chuvas delimitadas em certas estações do ano e ainda vale ressaltar a qualidade do solo onde a cultura se fixou, esse conjunto de especificações eram garantias para uma boa safra. Outra explicação se da pelo grande concentração de capitais estrangeiros, fixação de casas de câmbio e facilidade de empréstimos. Concedidos desde o período imperial, nota-se uma elevação gradativa dos investimentos por meio de empréstimos nas áreas rurais e nos produtos de bem de consumo após o ato republicano. Sem o investimento de capital estrangeiro, seria inimaginável o extenso incremento da lavoura cafeeira e de outros produtos tropicais. Furtado (2001). No setor politico alguns acontecimentos servem de justificativa para estímulos as atividades agrícolas, e a própria proclamação da República seria em partes ocasionada por interesses de grandes grupos de produtores rurais. E para completar o quadro de justificativas nasce nesse período a figura do homem de negócios, que segundo Prado (2005, p.208) seria o individuo inteiramente voltado com suas atividades e pretensões, para um único objetivo, o de enriquecer.									Segundo Furtado (2001) criou-se uma situação extremamente favorável para a expansão do café, as áreas de lavoura se multiplicaram cada dia mais, os investimentos no setor logístico de transportes (estradas de ferro) que começaram a acontecer já na metade do século passado se intensificaram no período republicano, nota-se uma restruturação também nos locais onde os produtos eram alojados (estoques- armazéns). Os portos também receberam uma restruturação nas suas estalagens, reesposáveis por enviar os produtos e também de receber as mercadorias importadas, ficaram também incumbidos de ser o ponto de chegada de grandes contingentes de imigrantes, que desembarcavam no solo brasileiro. Há chegada desse novo personagem possibilitou mão-de-obra mais técnica e qualificada em relação ao escravo, e foi também atributo para esta expansão.						Diante desse quadro de pressupostos que facilitariam a dinâmica do processo de produção (Mão-de-obra, transportes, escoamento e exportação), o sucesso seria iminente, porém, os anos que seguiram a consolidação da república ficam marcados pelas intensas crises financeiras. 			Com um novo modelo de governo e gestão, as primeiras decisões seriam de certa forma ainda sem muita previsibilidade dos seus possíveis resultados, o governo era formado por um contingente de diversos representantes da sociedade Certamente a primeira experiência brasileira de seu novo modelo de governo seria a politica de Encilhamento,[1: O novo plano econômico, transformado em lei pelo decreto de 17 de janeiro de 1890 [...] mantinha os empréstimos à lavoura e autorizava a utilização de títulos públicos como cobertura para a emissão. O Brasil foi dividido em três regiões bancárias (Norte, do Amazonas à Bahia; Centro, incluindo os estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná e Santa Catarina; e Sul, abrangendo Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Goiás), autorizadas a emitir dinheiro mediante a garantia de apólices da dívida pública. Os bancos deviam formar um fundo de 10% sobre seus lucros brutos e, com esses recursos, amortizariam a dívida pública. INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA. História - encilhamento: crise financeira e república. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&view=article&id=2490:catid=28&itemid=23>. Acesso em: 19 set. 2017.]
2- A economia do café na primeira república 
A consolidação da República como modelo governamental trouxe transformações nos cenários políticos e sociais do país, mas manteve inalterada a disposição econômica brasileira. A história econômica nacional, durante este período permaneceu estruturada na agricultura e na exportação, que ainda se conservavam como alicerces econômicos. As bases para este sistema de produção se caracterizam na monocultura e no latifúndio, para produção em grande escala. O que se compreende e que no ano de 1889 o Brasil conservava inalterados os processos de desenvolvimento baseados em ciclos (extração do pau-brasil, plantio de cana-de-açúcar, ciclo do ouro), segundo Furtado (2001), nesse período começa um novo ciclo, de um novo produto que permitiria ao país reintegrar suas bases para um dinâmico mercado internacional. 	 								Esse produto era o café, que de acordo com Suzigan (2000), era o produto mais importante e mais dinâmico produzido no país. A produção em grande escala que se iniciou no século no século XIX, continuou seu crescimento de forma progressiva por diversas partes do país, mas foi na região sudeste do país que se destacaria pelas atividades da cultura do café. 	No início da República, segundo Prado (2000) os plantios aumentaram de forma significativa, as terras férteis e o clima tropical ofereceram ao produto condições ideais para sua estabilidade, de acordo com Suzingan (2000) o estado de são Paulo chegou a ocupar cerca de 73% dos cafezais no período da República, ainda enfatiza as características pela escolha do estado para o cultivo Prado (2000,p.227):
 Em suma, a concorrência das terras virgens de São Paulo, com seus magníficos solos, sua topografia regular que proporciona boas facilidades para o transporte, e com seu clima a que o trabalhador europeu se adaptou fácil e admiravelmente, desviou para elas os melhores esforços e recursos do país; e lá se concentrou a maior e melhor parcela da lavoura cafeeira do Brasil.
A produção nesse período foi crescendo uniformemente, chegando à média anual. No período de 1900 a 1930 a produção foi de 12 a 15 milhões de sacas, com anos excepcionais, como 1915(17 milhões de sacas) e 1928 (26 milhões de sacas) . 								Segundo Prado (2000), o café no inicio do século XX obteve posição de relevo e chegou a liderar o comercio internacional, gozando o Brasil de 70% da produção mundial. 									[2: NADAI, Elza; NEVES, Joana. História do Brasil. 20 ed. São Paulo: Editora Saraiva 1997.]
Diversos fatores corroboram para a grandiosa trajetória do café no solo brasileiro. A demanda do mercado internacional, o solo, o clima, a chegada da eletricidade, a utilização de maquinário nos processos de separação dos grãos, a evolução e o constante investimento nos meios de transportes (ferroviários e marítimos), mas para Furtado (2001) e Prado (2000) o principal agente responsável pela ascensão do café, foi à mão-de-obra imigrante. Os efeitos dessa produção em massa são perceptíveis logo nas primeiras décadas da republica. O mercado internacional segue em constante processo de importações dos produtos o que para Suzigan (2000), estimulou a diversificação das atividades internas e a modernização da economia.Com a estabilização monetária o que se viu foi um cíclico investimento em lavouras de café pelo território brasileiro, mas com demanda massiva no estado de São Paulo. Nota-se, porém que o constante aumento da produção fizera com que as cotações do café começassem a entrar em declínio no ano de 1905 por uma elevada quantidade de oferta, e por uma retração da procura no mercado exterior. Ocorre nesse período a primeira superprodução, que para Prado (2000, p.229) são acontecimentos que marcaram a historia do café. Para a saída da primeira crise de forte expressão, nota-se o intervencionismo dos cafeicultores sobre o governo federal para a limitação da produção do café, a fim de diminuir a oferta e elevar os preços, conforme corrobora Furtado (1999 p, 118) “o governo do estado de São Paulo, seguindo a orientação do governo federal, proibiu, a partir de 1902, novas plantações pelo prazo de cinco anos”. No mesmo exposto Prado (2000): “estabelecer-se-á [...] um imposto sobre novas plantações”. [3: “no período de 1890 a 1900 as plantações de São Pulo tinham duplicado (220 e 520 milhões de cafeeiros respectivamente)” JUNIOR, Caio Prado. Historia econômica do Brasil: expansão e crise da produção agraria. 44 ed. Rio de Janeiro: editora brasiliense, 2000. 229 p.]
O que sucede, porém é que devido ao liberalismo econômico os plantios de cafezais se multiplicaram no inicio do século XX, entre 1901 a 1910·. O que possibilitou “controlar três quartas partes da oferta mundial desse produto. Essa circunstancia possibilitou a manipulação da oferta mundial” (FURTADO, 2001, p.178). Dessa maneira, a especulação comercial é usada como mecanismo capaz de construir um procura artificial. Segundo Suzigan (2000), o novo aparato de controle comercial estava sobre o poder dos cafeicultores. 	Com o monopólio da produção, o que se pode notar é um maciço aumento em novas plantações, o que parece ser lógico mais que naquele momento não chegou de fato a ser considerado e que os cafezais demoravam de 4 a 5 anos para a primeira colheita, mas suas produções aumentavam de forma gradativa atingindo números muitos superiores a demanda da época. Dessa maneira era necessária a criação de estoques para armazenar os excedentes. Segundo Furtado (2000, p.178) “os estoques de café, que se avolumavam ano a ano, pesavam sobre os preços, provocando uma perda permanente de renda para os produtores e para o país”. 				A partir de 1904, o que se pode notar é uma produção com números vultosos, aumento progressivos de estocagens e uma estabilização das exportações o que provocou uma depressão no mercado, fazendo com que a taxa de cambio brasileira entrasse em retração. Certamente estes acontecimentos marcariam o inicio das politicas de valorização que sucedem o ano de 1906. [4: Os plantios de café chegaram a 9% ao ano enquanto o consumo mundial aumentou apenas 1,5% no mesmo período. ][5: Um pé de café começa a produzir plenamente cinco anos depois de ter sido plantado. Ele produz em média 2,5 Kg de frutos por ano. Esses 2,5 Kg renderão 0,5 Kg de café verde (grãos), REVISTA CAFEICULTURA. O pé de café. Disponível em: <http://revistacafeicultura.com.br/?mat=30403>. Acesso em: 02 out. 2017.]
2.1 As politicas de valorização 
Com a queda dos preços do café no ano de 1904 e o aumento do numero de cafezais por todos os estados, os fazendeiros que obtinham maior controle politico, interviam com o poder das oligarquias no governo propuseram a estabelecer medidas que assegurassem a instabilidade do produto e garantissem os preços elevados através das politicas de valorização do café. 	No ano de 1906, os governadores dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais prevendo uma enorme safra (A produção brasileira superava os 22 milhões de sacas), se reuniram e resolveram estabelecer uma serie de medidas consubstanciadas na convenção de Taubaté, essas medidas objetivavam garantir um valor mínimo para o café que ficaria estocado, retirando do mercado o excedente da produção e garantindo a armazenagem por meio de empréstimos externos. Para o pagamento das dividas dos empréstimos para estocagem, foram cobradas a partir de 1906 uma sobretaxa por saca de café exportada. Com essa medida visava reduzir as exportações de grãos de menor qualidade e incentivar o consumo externo através de promoções. Furtado (1999).								O governo ainda adotou uma série de medidas cambiais que objetivavam estabilizar as taxas de câmbios para assegurar os preços altos do produto. Os resultados dessa primeira politica de valorização vieram no ano de 1909, quando o preço do café aumentou seu valor comercial expressivamente, segundo Furtado (1999, p.118):[6: REVISTA CAFEICULTURA. História do café: desde o convênio de taubaté - 1906 a 2006. Disponível em: <http://revistacafeicultura.com.br/?mat=30403>. Acesso em: 02 out. 2017.]
Esse aumento favoreceu maior relação de trocas e propiciou, inclusive, maior importação de bens de produção e matéria-prima essencial, principalmente ao setor industrial, no período de 1910-13. Os efeitos da convenção se estenderam até por volta de 1946, e o empréstimo externo foi totalmente pago em 1914. 
Com a estabilização do preço do produto e o controle do mercado de exportações em 1910 interromperam-se as compras e estocagens, Entre 1906 e 1910, foram retiradas do mercado livre cerca de 8,5 milhões de sacas.			A política de valorização de fato funcionou nos seus primeiros anos, mas a partir de 1914 começou a entrar em queda, e dois motivos levam a entender a decadência nos preços do produto, um deles é o inicio da primeira guerra mundial (1914-1918), o acontecimento gerou uma desorganização do comércio e intensificou a retração dos mercados consumidores, e o segundo motivo é o constante aumento da quantidade de oferta, esses episódios alavancaram efeitos indesejados sobre o mercado, provocando uma elevada instabilidade nas exportações e uma consecutiva queda nos preços do produto, dessa maneira o governo teve que entrevir novamente, mas agora diretamente, comprando cerca de três milhões de sacas de café, dessa maneira estava consolidado o segundo plano de valorização do café em 1917, Furtado (1997). A aquisição de grande parte da produção pelo governo amenizou os efeitos das deficiências da primeira politica de valorização. Outro fator que colaborou para o fim das baixas nos preços foram as fortes geadas que atingiram os cafezais de São Paulo e do sul de Minas Gerais, que destruíram grandes áreas de lavouras e consequentemente diminuíram a elevada quantidade de oferta, porem nos anos subsequentes os efeitos dessa geada fizeram certa retração nas exportações pela falta do produto. 						Com o fim da guerra o mercado internacional voltou a sua normalidade e o consumo de produtos aumentou de forma progressiva, a partir de 1921 a produção voltou a ser novamente estimulada contribuindo para uma constante elevação da balança comercial. Naquele mesmo ano o atual presidente Epitácio Pessoa (1865-1942), propôs ao congresso um programa que visava manter de forma permanente os preços do café no mercado mundial, para isso seriam novamente adquiridos e estocados todos os excessos da produção e a partir deste período estava proibido o cultivo de novas lavouras, estava consolidado desse modo o terceiro plano de valorização do café. Entre 1923-1925 o governo mobilizou esforços pra incentivar o aumento da produção, foram criadas medidas e taxas que visavam o investimento no “ouro verde”, no entanto com a tentativa de reestruturar e zerar os déficits e as dividas adquiridas dos outros planos, forcaram ao governo a paralisação do programa. Colhe-se do site da Federação Getúlio Vargas:[7: NADAI, Elza; NEVES, Joana. História do Brasil. 20 ed. São Paulo: Editora Saraiva, 1997.][8: FURTADO, Milton Braga. Síntese da economia brasileira. 6. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1998.][9: FUNDACAO GETULIO VARGAS. Café. Disponível em: <http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/cafe-1>. Acesso em: 09 out. 2017.]Por toda a década de 1920, a produção brasileira atingiu 167,3 milhões de sacas, sendo exportadas 137,7 milhões (82,3%) e retida uma sobra de 29,6 milhões de sacas. Os países concorrentes, cuja participação no mercado externo era inexpressiva no início do século, exportaram na safra de 1927-1928 mais de oito milhões de sacas e mais de 13 milhões na última safra do decênio. 	
A partir dai coube aos estados à confecção de mecanismos que pudessem garantir a estabilidade de preços do café no mercado internacional, o estado de São Paulo, criou o Instituto do café de São Paulo, essa implantação garantiu através do Banco do Estado de São Paulo o valor de sessenta mil-réis por saca, o que influenciou ainda mais a intensificação dos plantios dos cafezais, Furtado (1999). A eficácia deste mecanismo se mostrou eficiente e de extrema solidez as oscilações da produção, no entanto as elevações da demanda dos produtos, aliada as garantias dos preços estáveis fizeram surgir à entrada de inúmeros concorrentes pela disputa do mercado internacional. No ano de 1926 foram adotadas pelo governo de Washington Luís (1869-1957), medidas que proponham a estabilidade das transações cambiais, essas medidas garantiram um elevado lucro e proporcionaram mais uma vez em uma grande concentração de recursos no plantio de novas lavouras. 											O plantio de novas lavouras somadas as que já estavam produzindo possibilitaram o período de safras históricas, como ocorreu na safra 1927-28, segundo Furtado (1999, p.120) “a produção foi quase dez milhões a mais do que a maior safra então colhida”. O que acontece, porém, e que a prosperidade da lavoura era ilusória, pois efetivamente não se vendia o produto, isso permitiu um excessivo amontoamento de café nos estoques nacionais. Segundo o site da Revista Cafeicultura “As exportações do produto, que chegaram a US$ 445 milhões em 1929, caíram para US$ 180 milhões em 1930. A cotação da saca no mercado internacional caiu quase 90% em um ano”.		 Essa politica de valorização começou virar problema a partir de 1928, o incentivo a produção e seguridade de altos preços proporcionaram cada vez mais investimentos nas lavouras, porém esse sistema tornou-se um circulo vicioso, o café era demasiadamente produzido e encontrava o problema das superproduções, por sua vez essas grandes safras aumentavam as quantidades dos estoques que forçavam a alta nos preços, no entanto a entrada de novos fornecedores proporcionou forte concorrência aos preços antes estabelecidos pelo Brasil, fazendo com que o programa de valorização entrasse em declínio. No ano seguinte, a situação do sistema cafeicultor seguiu-se em queda, no mês de setembro daquele ano o produto continuava com as baixas nos preços e uma excessiva quantidade de oferta, no mês de outubro a crise que já estava instalada no sistema cafeicultor viu chegar o seu apogeu com o crash (quebra) da Bolsa de New York. 
Os efeitos da crise de 1929 sobre a economia do café.
O dia 24 de outubro de 1929 marcaria profundamente o cenário econômico mundial, o colapso do modelo capitalista se iniciou com a quebra da Bolsa de Nova York, generalizando para todo o mundo capitalista seus efeitos ao longo da primeira metade de 1930. 							O Brasil por se um país dependente do mercado exportador sofreu severamente os impactos da crise. Para Prado (2000, p. 291):
 		A crise mundial desencadeada [...] repercutirá gravemente no Brasil. O valor dos produtos fundamentais que assentava a sua vida econômica (em particular o café) cai brusca e consideravelmente. As exportações sofrem em consequência grande redução. 
	 Todos os produtos que mantinham sua lucratividade pelo modelo de exportação enfrentaram uma profunda recessão depois de instaurada a crise, porém o caso do café foi o mais grave. Segundo Almeida e Angel (2016, p.7):
	O preço do café atingiu um terço do preço que alcançara entre 1925 e 1929 e as relações de troca do país caíram em torno de 50%. Além da redução das receitas de exportação, a entrada do capital estrangeiro cessou quase por completo, o que obrigou o governo a tomar algumas medidas drásticas. Em 1931, houve a suspensão de parte dos pagamentos da dívida externa e o início de negociações para chegar a um acordo sobre sua consolidação.
 	Como vimos anteriormente o café assumiu posição de relevo e no período da Primeira República essa liderança se ampliou, as politicas de defesa e as alianças comerciais e governamentais mantinham a consolidação do produto, porém as perspectivas do Brasil como fornecedor do comércio internacional tornaram-se mínimas, o café, que durante um século lhe assegurara neste terreno uma posição notável já relativamente pouco poderia render e passou a avolumar os estoques nacionais (FURTADO 2001). 		 		
	As consequências da derrocada do modelo agro exportador vieram se fazer perceptíveis de forma rápida já nos primeiros trimestres de 1930, A economia iniciou um profundo declínio, e as exportações sentiram o impacto negativo das decorrências da crise, colhe-se da Revista Época:
	As exportações, que atingiram US$ 445 milhões em 1929, caíram para US$ 180 milhões em 1930. [...], a cotação da saca no mercado internacional – 200 mil-réis em agosto de 1929 – caíra quase 90%, para 21 mil-réis, em janeiro de 1930.
 De acordo com Martins (2015) e Krilow (2015) para agravar a situação, possuíamos um grave desequilíbrio no balanço de pagamentos, do que resultou que, no ano de 1929, nossas contas externas estivessem estranguladas, sem perspectivas de melhora no curto prazo.
Esses fatores, segundo Furtado (2001, p.185) contribuíram para que as reservas metálicas acumuladas durante muito tempo fossem embora para fora do país em poucos meses, causando assim um constante desequilíbrio nas finanças nacionais. 								
Segundo Prado (2000) “tudo isso determinará naturalmente um brusco e profundo desequilíbrio das contas externas do país e um déficit considerável”.
O que se pode analisar a partir deste momento e desvalorização da moeda que apesar dos mecanismos cambiais, continua seu intenso processo de declínio. Descontentes com a situação das baixas das exportações e pelo inexpressivo faturamento os cafeicultores pressionaram o governo. Segundo Fausto (2010, p.179): 	
	Os cafeicultores solicitaram [...] o enfrentamento da crise pela concessão de novos financiamentos e de uma moratória de seus débitos. Preocupado em manter o plano de estabilidade cambial, que alias, acabou indo por agua abaixo. 
A alternativa imediata para tentar contornar a situação caótica da economia nacional foi transferir a responsabilidade das politicas de proteção para o governo federal conforme corrobora Fausto (2010, p.186) O governo Vargas não abandonou e nem poderia abandonar o setor cafeeiro. Martins e Krilow (2015, p.9) ainda contribuem:
	Em 1931, o governo retira de São Paulo a responsabilidade pela política cafeeira, que passou a ser efetuado por um órgão do governo federal, o Conselho Nacional do Café. Este promoveu a aquisição de sucessivas safras de café, na tentativa de contornar o descompasso entre a produção e a demanda mundial. 
Com a criação do órgão, as primeiras medidas tomadas visavam à retenção da produção em grandes armazéns, porém o numero de sacas de café crescia vigorosamente a cada mês···, O que causava uma sobrecarga nos estoques e uma consecutiva baixa no valor do produto. De acordo com Furtado (2001), não bastava somente retirar o excedente da produção do mercado, pois as produções juntamente com os estoques excediam a capacidade de absorção dos mercados internacionais. A solução para o problema acima, mesmo que pareça ser absurda, foi colher o produto, mas ao invés de armazena-lo o mesmo começou a ser destruído, de acordo com Furtado (2001, p.189):[10: Devido às inúmeras plantações de café feitas entre 1927 e 1928.]
	Para induzir o produtor a não colher, os preços teriam que baixarmuito mais, particularmente se tem em conta que os efeitos da baixa de preços eram parcialmente anulados pela depreciação da moeda. Ora, como o que se tinha em vista era evitar que continuasse a baixa de preços, compreende-se que se retirasse do mercado parte do café colhido para destruí-lo. Obtinha-se desta forma, o equilíbrio entre oferta e a procura a nível mais elevado dos preços.
 
A partir deste o que se compreende é que grande parcela da produção colhida no ano de 1930 passou a ser destruída, sendo armazenado somente o suficiente para as demandas exportadoras. Esta etapa de destruição fica bem definida no artigo da Revista Época:
	Em junho de 1931, uma nuvem de fumaça gigantesca, que vinha de uma enorme fogueira, pairava sobre a cidade de Santos, no Litoral de São Paulo, por onde escoava boa parte das exportações do café brasileiro. Acesa durante as festas juninas, a fogueira duraria até o fim do ano – mas tinha pouco a ver com a comemoração de São João. Ela fora iniciada para queimar os estoques de café, então responsável por 70% das exportações brasileiras, que se acumularam com a retração do mercado externo. Enquanto o fogo durou, consumiu milhões de sacas. O aroma do café torrado era tão forte que ultrapassava as fronteiras municipais. Era contido apenas pelas encostas da Serra do Mar, que se estende pela costa paulista.
Getúlio Vargas (1882-1954) além destas medidas citadas acima, ainda reduziu o imposto de exportação do café, autorizou o pagamento do prejuízo para outros produtores de menor volume de produção e garantiu pequenos empréstimos para o pagamento de dividas. Para Furtado (2001) essas politicas que foram adotadas no geral objetivaram para o mesmo fim, a garantia do emprego e a estabilização da moeda. Não importava se estava queimando 50 milhões de sacas de café, o que realmente importava era seguridade da continuação do emprego do trabalhador. Para Furtado (2001, p.192) “o que importa ter em conta é que o valor do produto que se destruía era muito inferior ao montante que se criava”. Ainda pode se compreender que essas politicas de defesa garantiam de certa forma a procura do produto, com tudo se estima que um 1/3 dessa produção foi destruído entre 1931 e 1939. As politica de defesa no setor cafeeiro surtiram efeitos positivos logo nos primeiros anos da depressão e já em 1933 a renda nacional brasileira tenha começado a crescer, segundo Earps e Kornis (2017):
 Esta intervenção não fez com os preços do caféƒ crescessem no mercado internacional, mas permitiu o saneamento das finanças e a recuperação€ da renda dos cafeicultores, o que por sua vez exerceu um poderoso efeito multiplicador sobre o conjunto da economia, gerando taxas elevadas de crescimento do PIB (8,9% em 1933 e 9,2% em 1934).
Desse modo enquanto as grandes potências sofriam os impactos da crise nos seus mercados econômicos o Brasil gozava de certa tranquilidade, de acordo com Prado (2001) “o impulso que necessitava a economia já havia sido recuperado”. Podemos aqui salientar que o sucesso da saída do país da crise se deve pelas politicas de proteção do café e pela adoção do modelo keynisiano, que furtado defende como pratica inconsciente. 
Conclusão
O objetivo deste artigo foi analisar a economia do café na Primeira República (1889-1930), após construir um entendimento inicial através de uma da analise do período levantou-se uma problematização sobre a economia, a partir deste momento, foi necessária uma revisitação as obras de importantes historiadores brasileiros, os conceitos utilizados em obras de Celso Furtado, Caio Prado Junior, e Boris Fausto contribuíram para o norteamento da construção da pesquisa. Nota-se que o contexto econômico do país no período continuava entrelaçado no modelo agroexportador que se conservava do século passado, que sustentava suas características na produção para a venda em mercados internacionais. O café liderava a pauta das exportações e manteve a economia estabilizada (apesar das inúmeras crises durante o período).											Em segundo momento tratou de aqui esclarecer se o café possibilitou o crescimento da economia no período, em conclusão a esta interrogativa compreende-se que os números dos lucros advindos do café superaram em larga diferença as de outros gêneros (açúcar e borracha), suas exportações cresciam a cada ano e as colheitas ocasionaram receitas extraordinárias que garantiam a solidez do produto. Utilizando o conceito de Furtado (2001) o café não deixou bem estrutural como legado, mas manteve a economia, criou-se neste momento um complexo sistema capitalista e monetário no país, pois o café gerava trabalho, construía o comercio unilateral e ainda foi responsável por construir uma burguesia cafeeira. Outro ponto que devemos aqui salientar, que embora fosse um desejo de um grupo, as intervenções estaduais e federais na economia propiciava à cultura do café uma conjuntura privilegiada em relação aos demais produtos primários que entravam no comércio internacional. E por resultado garantiam o emprego e consequentemente a estabilidade da moeda nacional. 								Outro ponto que vale aqui salientar é que o Estado, quando efetivamente, interviu no mercado de café, o fez, pois os seus interesses estavam extremamente ligados, uma vez que o café era o alicerce da economia. O que havia, de fato, era uma dependência financeira em função da dominação da economia agroexportadora. Logo, as politicas de defesas representaram um mecanismo para garantir ao Estado brasileiro sua estabilidade econômica.									O outro objetivo foi analisar os efeitos da crise de 1929 sobre a economia brasileira do período republicano, que chegou ao entendimento que os impactos da crise, embora tenha causado uma forte recessão, foram menos avassaladores do que em outras partes do mundo, essa conclusão se da pela eficácia das politicas de defesa que foram implantadas por Getúlio Vargas em 1930 e que obtiveram bons resultados em meados de 1931.

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