RESENHA MAQUIAVEL

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A partir da leitura dos capítulos XIV e XIX da obra “O Princípe”, de Nicolau Maquiavel, observamos as características que um príncipe deveria ter, de acordo com o que autor julgava importante. No contexto desta obra, ser príncipe significa assumir o poder de liderança sobre o povo e governá-lo.
No capítulo XIV: O que compete a um príncipe acerca da Milícia (Tropa), Maquiavel enfatiza questões a respeito da “arte da guerra” que devem ser priorizadas pelo príncipe. O autor acredita que um líder deve se dedicar completamente à guerra, sem distrair-se com outros afazeres, como afirma no trecho a seguir: “Deve, pois, um príncipe não ter outro objetivo nem outro pensamento, nem tomar qualquer outra coisa por fazer, senão a guerra e a sua organização e disciplina, pois que é essa a única arte que compete a quem comanda”. Maquiavel afirma também que “quando os príncipes pensam mais nas delicadezas do que nas armas, perdem o seu Estado”, ou seja, a guerra é um meio de garantir o poder do príncipe e sua organização define sua permanência no comando do Estado. Esta ideia se afirma no trecho “(...) ela, de tanta virtude, que não só mantém aqueles que nasceram príncipes, como também muitas vezes faz os homens de condição privada subirem àquele posto”.
O autor sugere que o príncipe não deve desviar em nenhum momento o seu pensamento do exercício da guerra, e, deve fazer isto por meio da ação e da mente. Quanto à ação, o príncipe deve sempre estar em caçadas, a fim de acostumar seu corpo ao cansaço e também conhecer a natureza que o cerca. Esta é uma forma de usar o conhecimento sobre a região e a geografia local como estratégias de guerra para vencer o inimigo. 
Quanto ao exercício da mente, sugere-se que o príncipe leia historias e observe as ações de grandes homens guerreiros em sua vivencia nas guerras, a fim de aprender com suas vitórias e suas derrotas.