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FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZapresentação1206

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RESSOCIALIZAÇÃO DO DETENTO POR MEIO DA PREPARAÇÃO PARA O TRABALHO
Daniel Bezerra Lima de Alencar
Fortaleza / 2017
Orientador :Prof Ms. Antônio Delano Soares Cruz .
FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ 
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA- UNIFOR 
CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS - CCJ 
Curso de Direito 
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É possível a ressocialização do preso através do trabalho no sistema penitenciário brasileiro? 
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Geral 
Analisar a efetividade ressocializadora do trabalho dos apenados, no âmbito das unidades prisionais, para que façam jus ao seu sustento e a uma vida mais digna.
Específicos 
Contextualizar de forma histórica a origem do trabalho penitenciário e sua natureza jurídica; 
Analisar os aspectos jurídicos do trabalho penitenciário no Brasil, considerando que o trabalho, no âmbito prisional, tem por finalidade ressocializar o detento e proporcionar-lhe a reintegração social.
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Atualmente, diversas são as críticas a respeito da situação carcerária brasileira, alguns falam inclusive na falência do sistema carcerário, e muitas são as discussões acerca da sua eficácia. 
A precariedade das instituições carcerárias e as condições subumanas nas quais vivem os presos colocam em xeque o objetivo ressocializador da pena privativa de liberdade, gerando questionamentos quanto à possibilidade de obtenção de efeitos positivos do cárcere sobre o apenado.
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Evolução da Pena de Prisão no Tempo
A Antiguidade desconheceu totalmente a privação de liberdade como sanção penal. A prisão servia para a contenção e custódia do réu que esperava a celebração de sua execução
Durante a Idade Média, a ideia de pena privativa de liberdade não aparece. Há nesse período uma grande influência do direito germânico. O sistema de penas era alicerçado nas penas de morte e nas penas corporais. Nesse período a privação da liberdade continua a ter uma finalidade primordialmente custodial.
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A prisão canônica era mais humana e mais suave que os suplícios e as mutilações do direito laico. O direito canônico serviu consideravelmente ao surgimento da prisão moderna, especialmente no que se refere à reforma do infrator.
Na segunda metade do século XVI iniciou-se a criação e construção de prisões organizadas, para a correção dos apenados, visando a reforma dos delinquentes por meio do trabalho e da disciplina. 
No fim do século XVIII se inicia o denominado Período Humanitário do Direito Penal, que tinha como propósito a reforma do sistema punitivo
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O Brasil adota atualmente um sistema progressivo de execução da pena privativa de liberdade, este sistema objetiva a ressocialização do condenado, e a progressão ocorre em razão do merecimento do apenado. 
Código Penal (art. 33, §2º) 
Lei de Execução Penal, Lei 7.210, de 11 de julho de 1984 (art. 112).
A pena de prisão passa por uma grande crise no Brasil, sem condições de oferecer qualidade, oportunidade e, muito menos, a recuperação do apenado.
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A RESSOCIALIZAÇÃO DOS DETENTOS COMO AÇÃO INTEGRADORA AO MERCADO DE TRABALHO 
A ressocialização é uma das palavras-chaves para a inserção social da pessoa que se encontra em privação de liberdade;
A LEP trata do trabalho do condenado como dever social e condição de dignidade humana e terá finalidade educativa e produtiva (art. 28). A atividade laborativa do preso visa a sua reinserção no meio social, tendo o trabalho finalidade educativa e produtiva, com escopo de dever social e resgate da dignidade humana. .
A LEP, por sua vez, refere que “o trabalho do condenado, como dever social e condição de dignidade humana, terá finalidade educativa e produtiva” (BRASIL, 1984). 
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A atividade de trabalho para o preso deve ser orientada de acordo com a sua aptidão e capacidade, propiciando-lhe a valorização como ser humano e a concretização de sua dignidade (BRASIL, 1984). 
O trabalho é um direito extensível a todos, inclusive ao condenado, pois, segundo o artigo 3º da LEP, “Ao condenado e ao internado serão assegurados todos os direitos não atingidos pela sentença ou pela lei” (BRASIL, 1984). 
A questão do trabalho dentro da prisão tem os pressupostos na LEP, que tem no trabalho  uma verdadeira ferramenta ressocializadora do preso à sociedade e tem sua previsão tanto como um direito (art. 41, II da LEP), bem como um dever (art. 39, V da LEP) do apenado, com a finalidade educativa e produtiva (art. 28 da LEP).
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Pesquisa exploratória: objetivo proporcionar maior familiaridade no trato do problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. Pode-se dizer que estas pesquisas têm como finalidade principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições (GIL, 2002). 
Qualitativa com base descritiva: O resultado final não se volta para a generalização, e sim para a análise (YIN, 2011). 
Bibliográfica, a fonte das informações, por excelência, estará sempre na forma de documentos escritos, estejam eles impressos ou depositados em meios magnéticos ou eletrônicos. Genericamente, podemos chamar toda base de material depositária de informações escritas como “documento”. (GIL, 2002)
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O governo deve incentivar em campanhas as parcerias entre empresas e o sistema prisional para abrir mais vagas no sistema carcerário a fim de qualificar e colocar trabalhando o maior número possível de apenados, pois isso seria bom para todos, para o próprio sistema que não gastaria tanto em segurança armada para conter rebeliões, uma vez que os presos ocupados não podem pensar em se rebelar, para o próprio preso que teria sua remuneração ao termino do mês, para suas famílias, e para o seu futuro.
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A Constituição garante que toda pessoa tem direitos e garantias individuais que não podem ser desrespeitadas, e a LEP também está aí para garantir ao preso uma qualidade de vida condizente com os padrões de humanidade que o mesmo merece ser tratado pelo simples fato de ser um ser humano independente do grau de violência que o levou para dentro dos muros da prisão.
A LEP é um alento que ainda não esta efetivada por conta do desmantelamento do sistema penal, mas, onde está sendo implementada já mostra seus efeitos, pois o preso que trabalha não tem tempo para se especializar na criminalidade, e em tem como maquinar rebeliões e ainda melhora sua estima e acumula pontos que se transformam em dias a menos no sistema carcerário. 
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BRASIL. Constituição (1988) Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, Senado: 1988. 
_______. Lei nº. 7.210/84, de 11 de julho de 1984. Lei de Execução Penal. Brasília- DF: Presidência da República. Institui a Lei de Execução Penal. Diário Oficial da União. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7210.htm. Acesso em: 06 de dez 2017.
 
_______. Lei n. 10.792/03. Altera a Lei no 7.210, de 11 de junho de 1984 - Lei de Execução Penal e o Decreto-Lei no 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal e dá outras providências. Diário Oficial da União. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.792.htm. Acesso em: 06 de dez 2017.
 
_______. Decreto-Lei nº 3.689/41. Código de Processo Penal. Rio de Janeiro: Senado Federal,0003000out.1941.00000Diário000Oficial000da000União00Disponível em: http://www2.camara.leg.br/legin/fed/declei/1940-1949/decreto-lei-3689-3-outubro-1941 322206-normaatualizada-pe.pdf. Acesso em: 06 de dez 2017. 
_______. Decreto-Lei nº. 2.848/40. Código penal. Rio de Janeiro: Senado Federal, 7 dez.1940. Diário Oficial da União. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848compilado.htm. Acesso em: 06 de dez 2017.

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