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(20171003200607)PERÍCIA CONTABIL REVISÃO B1

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PERÍCIA, MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM
REVISÃO B1
Karen A. Bevilaqua
Advogada OAB-SP 
Mestre pela UNESP Franca-SP. Área: Direito, Sociedade e Políticas Públicas
O Código de Processo Civil prevê, em seu artigo 145, § 1º a atuação do perito: “Art. 145. Quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico, o juiz será assistido por perito, segundo o disposto no art. 421. § 1o Os peritos serão escolhidos entre profissionais de nível universitário, devidamente inscritos no órgão de classe competente, respeitado o disposto no Capítulo VI, seção VII, deste Código”.
O trabalho do perito
O perito é chamado pela Justiça para oferecer laudos técnicos em processos judiciais, nos quais podem estar envolvidos pessoas físicas, jurídicas e órgãos públicos. O laudo técnico é escrito e assinado pessoalmente pelo perito e passa a ser uma das peças (prova) que compõem um processo judicial.
São exemplos de perícia contábil na esfera judicial: critérios para calculo e distribuição aos sócios, ações de desapropriação (calculo dos prejuízos causados), contratos bancários de toda natureza, apuração e distribuição de lucros, dissolução parcial e integral de sociedades, processo especial de falências, improbidade administrativa, fraudes contábeis, responsabilidade contábil perante o Código Civil, indenizações de qualquer natureza, danos emergente, lucros cessantes, perda de oportunidade, fundo de comércio, liquidação extrajudicial, conseqüências de contratos bancários – aplicação de juros (tabela price, método de gauss), ações do SFH, FGTS, operações bancárias em geral, apuração de patrimônio em ações que tramitam na vara da família, liquidação de sentença trabalhista, apuração, cumprimento e liquidação de sentenças, além de outros casos que envolvem conseqüência patrimonial quer seja da pessoa física, quer seja da pessoa jurídica. Além de participação efetiva nas Câmaras de Arbitragem, como Arbitro ou como Perito.
Perícia Extrajudicial:
É a perícia levada a efeito fora do processo judicial. Resumidamente, podemos dizer que a perícia extrajudicial é a perícia amistosa consentida pelas partes.
Perícia Judicial:
É a perícia exercida em processo judicial, em juízo, seja qual for a Vara, ou Junta. A perícia judicial sempre surge em litígios, e é feita para dirimir dúvidas, para esclarecer as partes e seus procuradores e ao juiz.
Perícia administrativa:
A perícia é exame decisivo de situações, em caráter administrativo, quando o responsável pelos negócios de uma entidade econômica se depara com uma questão em que ele próprio tem dúvidas e solicita, então, os subsídios do contador para dirimi-las;
Espécies de Perícia:
Perícias quanto a espécies podem ser:
• Perícia civil
• Perícia comercial
• Perícia criminal (civil ou militar)
• Perícia trabalhista
• Perícia fiscal
Cada um desses tipos de perícias é desdobrável em uma multiplicidade de incidências ou de casos particulares dentro de cada uma das espécies.
A perícia comercial abrange questões referentes a atos e fatos de natureza comercial, mas tramitam pelas Varas Cíveis.
A perícia criminal pode ser civil ou militar e é exercida para assuntos de natureza criminal em face da ocorrência de certo ou pressuposto ilícito penal.
A perícia trabalhista é exercida junto à Justiça do Trabalho, iniciadas nas Juntas de Conciliação e Julgamento, embora o caso possa chegar ao Superior Tribunal do Trabalho, e versa sobre questões havidas entre empregados e empregadores. A maior parte das questões na perícia trabalhista se refere a assuntos de salários ou ordenados, horas extras, férias, aviso prévio, indenizações, comissões, dispensa.
A perícia fiscal é de natureza pública e emanada da autoridade competente, cujos fins implicam na apuração ou não de certas ou supostas irregularidades fiscais.
O CONTADOR COMO PERITO
Quem pode exercer a função de perito contador é o profissional registrado no Conselho Regional de Contabilidade, na categoria de contador, que exige a formação acadêmica de bacharel em ciências contábeis. 
Sendo requerida competência para o desenvolvimento da perícia e atualização permanente sobre as Normas Brasileiras de Contabilidade, as técnicas contábeis aplicadas à perícia, a legislação de sua profissão, e as normas jurídicas, com a finalidade de servir bem ao poder judiciário, apresentando o laudo de acordo com as normas, respondendo aos quesitos formulados e oferecendo ao juiz informações fidedignas.
Arbitragem
A arbitragem é um método alternativo de resolução de conflitos, no qual as partes definem que uma pessoa ou uma entidade privada irá solucionar a controvérsia apresentada pelas partes, sem a participação do Poder Judiciário. Caracterizada pela informalidade, embora com um procedimento escrito e com regras definidas por órgãos arbitrais e/ou pelas partes, a arbitragem costuma oferecer decisões especializadas e mais rápidas que as judiciais.
A sentença arbitral tem o mesmo efeito da sentença judicial, pois é obrigatória para as partes envolvidas na controvérsia. Por envolver decisões proferidas no âmbito de um mecanismo privado de resolução de controvérsias, a arbitragem desponta como uma alternativa célere à morosidade do sistema judicial estatal. Para recorrer à arbitragem, as partes devem estabelecer uma cláusula arbitral em um contrato ou um simples acordo posterior à controvérsia, mediante a previsão de compromisso arbitral. 
PESSOAS JURÍDICAS
O termo pessoa jurídica é utilizado na ciência jurídica para designar uma entidade que pode ser detentora de direitos e obrigações e à qual se atribui personalidade jurídica. No direito brasileiro, sua regulamentação encontra grande parte do fundamento legal no Código Civil desse país, entre outros documentos normativos. 
Conceito empregador PJ: 
é o ente, dotado ou não de personalidade jurídica, com ou sem fim lucrativo, que tiver empregado; “considera-se empregador a empresa. individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços” (CLT, art. 2º).
Observação: 
há o empregador em geral, a empresa, e o empregador por equiparação, os profissionais liberais, etc; 
estrutura jurídica do empresário, há pessoas físicas, firmas individuais e sociedades, sendo principal a anônima e a LTDA; 
tipo de atividade, há empregadores industriais, comerciais, rurais, domésticos e públicos.
no direito societário que os sócios respondem subsidiariamente pelas obrigações sociais, em virtude da autonomia patrimonial das pessoas jurídicas devidamente constituídas.
SOCIEDADE LTDA
A abertura de uma empresa como sociedade limitada é a mais utilizada pela maioria dos empresários.
Sua popularidade é causada não apenas pela simplicidade de constituição, mas também pelos mecanismos que ela permite.
A principal vantagem de uma sociedade limitada é dividir com terceiros o desejo de abrir um negócio e ter sua relação documentada por um contrato, chamado Contrato Social. Além disso, a responsabilidade da empresa é limitada (o porquê do nome) ao capital social da empresa.
O contrato social regulará a conduta entre os sócios, quanto será investido por cada um para iniciar o negócio, sob qual nome a empresa irá operar e como se dará sua responsabilidade perante terceiros.
Além disso, as sociedades limitadas não possuem um prazo de duração e os sócios podem sair ou entrar na sociedade por meio de alterações de contrato. No contrato social é determinado como isso será feito e como os sócios serão remunerados pelas suas quotas.
Ainda, numa sociedade limitada é possível determinar quais sócios serão administradores da empresa e com qual frequência deverá fazer a prestação de contas para os outros sócios.
S.A. – SOCIEDADE ANÔNIMA
Uma sociedade anônima é uma das formas mais flexíveis de constituição de uma empresa, pois possibilita vários tipos operações societárias e de planejamento tributário.
O principal diferencial da sociedade anônima é que os sócios, no caso, chamados de acionistas, não possuem
“cadeira fixa” na empresa e sim, ações delas, que podem ser transacionadas livremente.
seus recursos pelos acionistas e é controlada por eles ou terceiros.
Dessa forma, é possível a entrada de novos sócios numa sociedade anônima, pela venda ou compra de ações de outras pessoas que detenham tais direitos, e não é necessário alterar o documento de constituição da sociedade, que no caso é o Estatuto.
Na sociedade anônima os sócios possuem sua responsabilidade limitada ao valor ou porcentagem das suas ações.
Ainda, outra situação muito favorável para uma sociedade anônima é a possibilidade de um administrador externo ao quadro de acionistas. Ele deverá ser escolhido em uma reunião de Conselho de Administração e eleito pelos votos dos sócios acionistas.
MEI – MICRO EMPREENDEDOR INDIVIDUAL
O micro empreendedor individual (MEI) foi um marco no Brasil, pois possibilitou que muitos negócios, que antes existiam de forma informal, se legalizassem de forma simples e sem muita burocracia.
Basicamente o MEI é uma opção societária bastante simplificada e voltada para pequenos negócios, pois tem como pré-requisito o faturamento limitado a R$ 60 mil por ano ou, proporcionalmente, R$ 5 mil por mês.
Como qualquer empresa, sendo MEI é possível que a empresa tenha seu número de registro de CNPJ e emita nota fiscal pelo serviço prestado/produto vendido.
O único ponto é que nem todos os tipos de empresas podem optar pelo MEI, pois existem atividades que são restritas a esse tipo societário.
Fora isso, no MEI você não pode ter sócio, pois prevê a existência de um único proprietário, pois o nome da empresa é o próprio nome da pessoa acompanhada do seu número de CPF, por exemplo: “João Batista da Silva 999.999.999-99”.
Princípio da continuidade da empresa: consiste em considerar que as alterações relativas à pessoa do empresário não afetam o contrato de trabalho.
Efeitos: subroga-se o novo proprietário em todas as obrigações do primeiro, desenvolvendo-se normalmente o contrato de trabalho, sem qualquer prejuízo para o trabalhador.
Alteração na estrutura jurídica da empresa = despersonalização do empregador: entende-se por ela toda modificação em sua forma ou modo de constituir-se; ficam preservados os direitos dos trabalhadores.

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